História Thousands Of Problems And You - Capítulo 11

Acordo ao sentir meu corpo se mover um pouco. Ao olhar para cima encontro Gemma dormindo como um anjo, enquanto eu estava abraçado a ela e seus braços delicados envolviam meu pescoço.

Tirei seus braços delicadamente do meu pescoço e os coloquei na cama, assim que me levantei da mesma com cuidado para não acorda-la. Cobri seu corpo com o lençol e caminhei lentamente até o banheiro, suspirando ao lembrar de ontem a noite. Não demorei muito em meu banho e menos ainda quando me vesti e arrumei meu cabelo, cobrindo boa parte com uma beanie preta.

Peguei meu celular e minha mochila, logo descendo as escadas e indo até meu carro, tudo perfeitamente rápido. Antes de ligar o carro verifiquei meu celular, encontrando algumas chamadas perdidas de Niall e uma mensagem... Do Louis. Lutei contra a minha extrema vontade de abri-la e bloqueei o celular, agora ligando o carro e dando partida. 

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— Você vai mesmo ficar encarando esse celular o intervalo inteiro? -Niall disse, ao mesmo tempo em que mordia um pedaço da barra de cereal que estranhamente estava comendo.

— Sim! -Exclamei e voltei a observar meu celular.

Abri a mensagem de Louis, ele pediu-me desculpas. Para falar a verdade, foi apenas um "Desculpe-me por ontem. Louis xx" mas isso ainda assim é um pedido digno de desculpas. Talvez possa até ser que ele queira falar comigo novamente.

— Você está mais viciado no Louis do que o Niall em comida. -Nick bufou e eu revirei os olhos. Sua bochecha estava sendo amassada pela sua mão que a segurava.

— Eu não posso ficar feliz por ele me mandar uma mensagem? -Bufei e eles se entreolharam, certeza que estavam segurando sua risada.

— Feliz até de mais. -Liam disse, após sentar-se conosco. Arqueei as sobrancelhas para ele no mesmo momento. — Acha mesmo que ele não contaria isso para alguém?

Meus olhos brilharam e pude sentir meu rosto queimar inteiro. 

Ele desabafou mesmo com o amigo? Isso soa tão bem!

— Eu-eu não esperava que ele fosse fa-fazer isso... -Gaguejei totalmente, tentando voltar a ficar normal.

— Nem eu, mas ele me procurou ontem e... -Liam estava dizendo, mas parou bruscamente. 

— E o quê? -Perguntei gesticulando as mãos.

— Ele queria se desculpar. -Completou rapidamente e abriu sua garrafa. 

Virei lentamente meus olhos para Niall e Nick, que tinham a sobrancelha arqueada. Bem estranho.

— Ele disse mais alguma coisa? -Perguntei curioso e ele negou com a cabeça, ao que assenti em silêncio.

Nick quebrou o clima esquisito e começou a falar bastante, como de costume, e Niall apenas comia em silêncio, enquanto Liam parecia estar um pouco tenso e eu? Eu estava pensando em Louis e Gemma.

Talvez finalmente eu esteja tendo a chance de ser feliz, mas chances não se desenvolvem sozinhas.

O intervalo acabou e meus pés correram do campus, passando as últimas duas aulas em um extremo tédio. Confesso que meus olhos procuraram Louis pela sala, mas não o encontrei. Apenas encontrei Zayn e Josh sentados, lado a lado, conversando. Oh, eu gostaria de saber o que estavam conversando. Talvez fosse sobre Louis. 

— Harry? -Senti alguém me cutucar no braço e virei-me para encarar um Zayn com uma expressão normal, talvez séria. 

— Sim?

— Você tem falado com o Louis? -Perguntou diretamente e uma sensação esquisita atingiu minha barriga. 

— Conversei com ele ontem. Por menos de 5 minutos, por quê? -Respondo e minhas sobrancelhas falham ao tentar se arquear discretamente. 

— Oh, vocês conversaram? 

Assenti com a cabeça. 

— Achei que ele não fosse mais falar com você. -Riu e eu inclinei a cabeça para o lado confuso.

— Por quê?

— Ele me disse há alguns dias. 

Assenti quieto novamente, nada que não fosse típico de Louis. Isso era parte da personalidade forte dele.

— Você tem o visto? -Perguntei.

— Não desde ontem a noite. 

— Oh... Ele não está em casa?

Negou com a cabeça. 

Será que ele teria fugido? Ou estaria se drogando em um beco isolado? 

Eu dei um jeito de acabar com o assunto e afastei-me para poder ir até o estacionamento. Entrei em meu carro e dirigi até a casa de Louis. Um fato interessante sobre ele é sua preferência por casas e não por apartamentos, que era o normal para pessoas de sua idade que moram sozinhas.

Bati duas vezes na porta e ninguém atendeu, mas o modo de tentar abrir a porta também não funcionara já que a mesma estava trancada. Peguei meu celular e disquei para seu número, caindo na caixa postal nas três vezes que liguei. Na quarta vez, finalmente atendera. 

—  Hey, Louis? -Chamei-o. 

— Oi. -Respondeu rapidamente e sua voz estava notavelmente rouca. 

— Onde você está? 

— Por que a pergunta? -Disse e tenho a leve sensação de que ele estava arqueando as sobrancelhas.

— Zayn disse que você sumiu. 

— Zayn fala de mais. 

— Não, foi bom ele ter me falado. Agora me diga, onde você está?

— Não interessa. 

— Interessa a mim, me fale, Louis, por favor. 

— Estarei de volta à noite. -Completou e eu suspirei.

— Podemos conversar?

— Eu já me desculpei.

— Tchau, Louis. -Bufei e desliguei o celular, voltando ao meu carro e indo para casa.

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O relógio já estava marcando 20h e eu ainda decidia se ia até a casa de Louis ou se esperava ele dar sinal de vida. A segunda é mais improvável, talvez chegue a ser impossível.

Eu terei que ir. 

Girei as chaves e liguei o carro, indo com a velocidade reduzida até lá. Afinal, nunca se sabe o que poderá acontecer. 

Parei em frente à sua casa e caminhei lentamente até sua porta. O vento estava bastante frio e forte, fazendo com que minha blusa de mangas compridas balançassem um pouco. Virei o rosto para trás para encarar a rua cheia de postes acessos, iluminando a rua. 

— Oi Harry. -Estremeci ao ouvir a voz de Louis. Parecia estar cansado pois sua voz não estava suave como sempre. 

— Olá. 

Ao eu responder, ele deu-me espaço para entrar e após hesitar um pouco acabei entrando. A casa estava arrumada e bem silenciosa, poucas luzes iluminavam, ou seja, estávamos quase no escuro. 

— Desculpe, minha cabeça dói e meus olhos ardem quando acendo a luz. -Disse respondendo meus pensamentos. 

— O que andou fazendo? -Eu sabia muito bem, mas queria ouvi-lo falar.

— Você sabe.

— Talvez eu saiba, mas quero ouvir sua resposta.

— Usando maconha. E outras coisas que não vêm ao caso. -Respondeu e eu suspirei.

— Claro. -Bufei ironicamente e ele tossiu um pouco. 

— Não é como se eu já não tivesse usado antes. Você entende isso, Harry. 

— Entendo?

Assentiu com a cabeça. 

— Desculpe, mas eu não me drogo. 

— Você se drogou aquela noite. -Riu e parou em minha frente. Meus braços se mantinham cruzados e meus olhos fugiam de encontrar os seus. 

— Eu estava bêbado, Louis, não sabia o que estava fazendo! -Bufei novamente e ele entrelaçou seus dedos. — E isso não voltará a acontecer. 

— Não? -Aproximou-se mais e eu dei um passo para trás. 

— Louis, nós temos que conversar, se ainda lembra-se. -Alertei, começando a andar para trás a cada passo que ele dava em minha direção. 

— Nós já estamos conversando. -Falou com a voz sensualmente rouca. Não, concentre-se Harry.

— Não estamos. Por favor, eu não quero ficar brigado com você. -Pedi e por fim minhas costas bateram levemente contra a parede. 

— Eu também não, baby. 

Ele me chamou mesmo de baby? 

— O quê? Louis... -Seu corpo aproximou-se do meu, tocando levemente nossas pernas e eventualmente nossos corpos. 

— Eu não estou mais irritado, eu estou tendo outro sentimento agora, Harry... -Sussurrou em meu ouvido e eu arfei em um som quase inaudível para ele não ouvir, o que falhou pois ele percebeu e sorriu. — Não se mexa...

Suas mãos tocaram em meus pulsos e os prendeu, colocando-os por trás de mim. Puxei minha mão, mas ele estava prendendo meus pulsos com uma força exagerada o que fez eu não conseguir me soltar. Sua boca se espalhava entre meu lóbulo e meu pescoço, mordiscando e brincando com a língua em minha pele. 

— Louis, me solta... -Arfei, puxando meus pulsos novamente.

— Harry, eu mandei você não se mexer. -Sussurrou em meu ouvido agora em um tom diferente, arrepiando todos os pelos existentes em meu corpo. 

Sua boca brincava com a pele de meu pescoço e agora ela subia por minha garganta, chegando a meu maxilar e agora distribuindo beijos. Meu corpo estava me traindo visto que uma ereção estava se criando no meio de minhas pernas, pelo fato de Louis estar tocando em mim com seus lábios e estar roçando-se contra meu corpo.

— Não Louis. -Alertei de novo, visto que sua boca chegara em meu queixo. Ele não havia parado, então me ajoelhei rapidamente, batendo os joelhos no chão e ficando em uma situação desconfortável, por as circunstâncias.

Ele sorriu maliciosamente após eu levantar meu olhar para ele. Oh, ele está mesmo pensando nisso. 

— Louis, pare com isso. -Tentei me levantar, mas ele se curvou empurrando meus ombros novamente.

Ele se agachou em minha frente e levantou meu queixo com sua mão direita, passando os dedos carinhosamente por ali.

— Você quer isso tanto quanto eu quero, só não quer admitir para si mesmo.

Seu corpo se inclinou para o meu e ele entrou no meio de minhas pernas, alcançando meus lábios que foram empurrados por sua mão. Sua língua tentava infiltrar em minha boca, mas eu estava forçando para mantê-la fechada. Então seu polegar alcançou meu lábio inferior e o puxou para baixo, ao que sua boca chupou-o e o mordeu, levando o mesmo um pouco para frente. Gemi por ambas as sensações; dor e prazer. Sua boca voltou à minha e ele apenas grudou nossos lábios por um longo tempo, antes de soltá-los.

— Eu senti falta disso. -Disse, sorrindo ao encarar meus lábios agora inchados e vermelhos.