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História Through Death - Capítulo Único: Together.


Escrita por: Kaishiteru

Notas do Autor


Fanfic feita para para o Concurso de Fanfics - Tânato :3 Link nas notas finais ;3
Eu não sou boa com tais temas, mas decidi experimentar <3 Espero que alguém leia e goste :3

FanFic com tema de suicídio, mas EU SOU CONTRA SUICÍDIOS E QUAISQUER FORMAS DE AUTO-MUTILAÇÃO E VIOLÊNCIA, não façam isso </3

créditos da capa ao Google q Sujeito a alterações

Capítulo 1 - Capítulo Único: Together.


A primeira pergunta que uma pessoa faria ao saber da tal notícia seria o porquê daquela decisão.

O porquê de um casal ter escolhido um suicídio duplo. O porquê de terem escolhido esse destino “cruel”.

E, enquanto olhava para baixo, com meu namorado, eu pensava nisso.

Não sei bem o que se passava pela cabeça dele — do amor da minha vida, literalmente falando, porque chance alguma terei de encontrar mais alguém que eu ame mais que esse que está ao meu lado; ou de encontrar alguém que aprecie minha presença mais do que este que me acompanha até nesse momento.

Não decidi isso da noite para o dia; tampouco de uma hora para outra: decidi há tempos. Desde os 10 anos, este que vos fala — com atuais 23 anos — sempre quis conhecer o lado de lá. Imaginava se Dona Morte seria uma moça amigável; quem sabe?

Meu nome, no momento, pouco importava. O que importava — e sempre importará — para a sociedade é: eu tenho dinheiro. E muito. Também temos fama — digo, eu e eu noivo. Não somos acabados; não temos problemas; supostamente somos felizes. Sobre essa última afirmação, eu realmente não sei como proceder. Como aquelas pessoas que estão andando tais como formiguinhas abaixo dos nossos pés podem dizer que somos felizes se não sabem o significado dessa palavra?

“Talvez o significado de felicidade seja não ter significado”, certo dia aquele único que estava ao meu lado exclamou.

Foi um dia divertido, aquele. Estávamos, como quase sempre, fazendo absolutamente nada; deitados no sofá, porque ele veio com essa de querer me dar uns pegas, bem naquele momento em que eu deveria estar em uma das minhas milhares de reuniões diárias. Inventei um resfriado, fiquei. E ele ficou lá; viajando sobre significados metafóricos. Não entendi nada, mas ele foi — e ainda é — um dos únicos que conseguia me fazer rir. Rir de verdade, sorrindo com todos os dentes.

Ou, talvez, aquela tarde não tenha sido assim e eu tenha enlouquecendo por estar cara a cara com a morte.

Acho que aquilo que dizem de a vida se passar pelos próprios olhos quando se estar perto de partir dessa para uma melhor é verdade, de certo modo. Os momentos se dividiam em vários pequenos floquinhos, à medida que eu encarava o chão a quase 30 metros de altura de nós.

Lembrava de como aquela loucura toda realmente começou. Quando decidi que preferiria suportar a ideia de pular de cabeça — quase literalmente — em um mundo completamente desconhecido a ter que continuar com o corpo e a alma mergulhados naquele mundo obscuro de pessoas e aparências e caráteres e máscaras e significados. Naquele dia, me sentia, acima de tudo, sufocado. Deixei um bilhetinho na porta da casa do meu namorado e, no dia anterior, fiz questão de demonstrar o quão doente eu era por ele. Mas não podia mais ser forte por nós dois; e me sentia um lixo por isso.

Não sei como e também não sei porquê, mas quando pus os pés no terraço daquele edifício inacabado, naquele bairro movimentado, algumas horas depois de ter passado na minha casa e ter me despedido do meu jardim, ele apareceu. Correndo e extremamente ofegante, aquele com quem dividi tudo o que não dividi com mais ninguém — sentimentos — apareceu pela portinha marrom que dava acesso ao tal terraço sujo.

“Eu vou com você...”, falara, entre soluços e ofegos. Provavelmente eu queria mesmo ser encontrado; era para aquele lugar que eu fugia quando a escola me entediava, e ele, como o bom cachorrinho que era, me seguia, ao som dos meus pedidos para sair dali, aquele lugar era meu e eu queria ficar sozinho. De nada adiantava e ficávamos o resto do dia fazendo nada, juntos.

Então ele me abraçou e sorriu com aqueles dentes tortos e branquinhos, mesmo com lágrimas descendo pelo seu rosto corado. E eu sorri feito o bobo que sou perto daquele menino de sentimentos fáceis.

Eu me perguntei se ele queria mesmo desistir de tudo — da tal fama e do tal sucesso que conseguiu com bastante esforço, do dinheiro, da família... — para ficar comigo e se mudar para um lugar onde só sabíamos como chegar; mas não como ir embora. Porém, quando encarei aqueles olhos cor de sonhos, vi que se não fosse assim, ele não conseguiria, assim como eu, ficar naquele lugar o qual conhecíamos mais do que gostaríamos.

Seguimos até o parapeito daquele lugar e estamos ali já há algum tempo. Não sei o que ele está pensando; não se lembra das mesmas coisas que eu.

— Ei... — chamou-me, e eu encarei seu sorriso arteiro. — Já desistiu?

Devolvi o sorriso e seguei sua mão, olhei para frente e pulamos.


Notas Finais


Eu gostei de escreve-la e espero que tenha ficado boa :3

Link do concurso:::: https://socialspirit.com.br/forum/topico/concurso-de-fanfics--tanato-19466?pagina


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