História Tigres e Lobos - Kiba Inuzuka - Capítulo 35

[vila da folha]

--Senhora Tsunade...—Shizune aparece no vão entre a porta, a mais velha levanta seu olhar até ela—tem alguém aqui que quer ve-la

-- visita? Não estou com tempo pra isso—Tsunade ignora e volta sua atenção aos papeis a sua frente.

-- hum hum...Senhora Tsunade...—força uma tosse

-- Já disse que não estou com tempo!

-- Não tem tempo para receber um velho amigo?

Os olhos da mais velha se arregalam em espanto ao escutar a voz do homem. Tsunade engole em seco e levanta seu rosto, tentando ao máximo possível disfarçar sua surpresa.

-- ah...você...—ela se levanta—o que faz aqui?

-- Parece que viu um fantasma – o velho comenta divertido

-- não...eu só...estava focada no trabalho...

-- me desculpe te incomodar. Vim ver como minha filha está, mas decidi lhe fazer uma visita primeiro

-- Veio ver a s/n?—A mais velha fecha as mãos em punhos, nervosa.

-- Sim, vim ver como minha menina esté se adaptando a vida longe de casa e ao treinamento com Tsume.

-- Ela...ela sabe que esta aqui?

-- não...é uma surpresa, mas, enquanto vinha para cá, passei em frente a casa dela, mas estava tudo fechado. Ela esta fora?

Pela expressão de Tsunade logo após sua pergunta, o pai da menina percebeu na hora que havia alguma coisa errada.

-- Tsunade...-- teve sua fala interrompida pela mais velha

-- Eu recomendo você se sentar-- diz com um pouco de receio, apontando para a cadeira ao lado dele.

Os dois se sentam, a Hokage encara seu amigo por alguns segundos enquanto junta coragem para começar toda a história.

[...]

Tsunade contou ao seu velho amigo cada detalhe do que ocorreu nos dias seguintes a sua partida, palavra por palavra, não poupou absolutamente nada, pois ela sabia que se ele descobrisse que ela mentiu, as coisas iriam piorar para o seu lado. Ela o conhecia bem, sabia do que o velho era capaz.

-- diga alguma coisa...

O velho encarava algum ponto da mesa de madeira a alguns minutos, sem dizer uma palavra, apenas escutando toda a história. Tsunade não sabia dizer se essa reação era boa ou ruim, seu amigo estava indecifrável.

-- eu...

-- Preciso que entenda que eu não tive escolha—A Hokage passa por cima de sua fala. Ela se lavanta e da a volta na mesa, se ajoelhando em frente ao seu velho amigo.

-- eu deixei minha filha em suas mãos...—seus olhos encontram os de Tsunade, claramente abatido pelo choque da notícia—minha filha...

-- Eu sinto muito, mas tem que entender que eu não tive outra escolha, ela estava ficando imprevisível, perdeu o controle várias vezes. Está tudo anotado no relatório de Tsume, caso queira conferir

O pai de s/n fecha os olhos e inspira fundo, ao abrir a boca para falar, aporta é aberta com urgência

-- Senhora Tsunade....—Shizune a chama, mais uma uma vez

-- Agora não Shizune—vira seu rosto para ela, pronta para manda-la embora, mas muda de ideia ao ver os membros da Anbu  atrás dela

-- Estamos com um problema, senhora Hokage—um dos ninjas toma a palavra

-- O que aconteceu?—Tsunade se levanta 

-- Os ninjas enviados para a vigia ontem á noite já deveriam estar de volta

-- Eles podem estar atrasados

-- Era para retornarem ao nascer do sol...—o outro ninja comenta

-- Está falando dos...—a Hokage tem sua fala cortada  por Shizune

-- Dos ninjas enviados para vigiar a S/n

No mesmo instante, o pai da menina se levanta da cadeira.

-- Como assim, "para vigiar a s/n?"-- ele anda até eles-- mesmo tendo fugido pra outra aldeia você não deixou minha filha em paz?

-- você conhece sua filha, não devia estar surpreso com isso.

-- senhora Hokage, os ninjas não retornaram, precisamos da sua autorização para ir atrás e descobrir o que houve.

-- acha que tem alguma chance da s/n ter descoberto ?-- se vira para seu amigo

-- s/n já era muito boa em sentir o perigo próximo a ela,-- desvia o olhar para os membros da Anbu ao seu lado-- creio que possa ser uma possibilidade.

Os ninjas da Anbu se viraram para Tsunade, que aparentava estar levemente assustada com a situação.

A mais velha passa a mão pelo rosto e pensa em algumas possibilidades.

-- muito bem, se s/n pode ter descoberto a presença deles...-- se vira para seu amigo-- acho que ela pode ter feito alguma coisa.-- se volta aos seus ninjas -- Vocês tem minha autorização, e, nos vamos acompanhar vocês.

-- senhora... Acho que não seria seguro...

-- "Não seria seguro"-- o pai da menina repete a fala em um tom irônico-- podemos ir tranquilamente, eu vou conversar com a minha filha e resolver essa situação!-- o velho soa irritado

-- você tem certeza de que quer ir?

-- tem mais alguma coisa que não tenha me contado Tsunade?-- ele a olha firme

-- não....

-- então nós vamos, eu vim para ver a minha filha então eu vou ver a minha filha!-- ditou firme

Tsunade olha para os ninjas e para Shizune, que assente com a cabeça.

--muito bem então, saímos em uma hora!

XXX

S/n salta para cima das pessoas que arrastavam Kelevi, acertando um deles com um chute bem no meio de suas costas, o derrubando no chão.

-- Que mer...

Antes que tivesse tempo de se quer assimilar o que acabou de acontecer, S/n gira o calcanhar e o chuta para longe, lhe acertando bem no estomago.

O corpo do Ninja atinge o chão, se remoendo de dor. A menina se vira para Kelevi, com as patas e o focinho amarrados, mais uma corda amarrada de baixo de suas patas dianteiras, na qual eles estavam usando para puxa-lo.

-- Kelevi!—a garota se ajoelha ao lado dele—Calma, não se preocupe, eu vou te soltar...—dizia em um tom calmo enquanto analisava as amarras, procurando algum ponto para soltar ou talvez arrebentar.

Enquanto acalmava o tigre e tentava solta-lo, um dos ninjas, o qual tinha acertado primeiro, se levanta com dificuldades do chão. Murmurando de dor, o Homem crava seus olhos na menina, ele se dirige em sua direção enquanto planeja pega-la de surpresa, mas é interrompido quando leva outro golpe, vindo do lado direito.

-- S/n, ninguém nunca te disse pra não dar as costas pro seu oponente em uma luta?—Kiba e Akamaru vão até ela.

-- quando meu oponente não é forte eu não preciso me preocupar, eu estava sentindo ele se aproximar.

-- Você tem o péssimo habito de subestirmar as pessoas s/n. Esses são os homens do Orochimaru, precisamos tomar cuidado!

-- Aish!—resmunga irritada, não estava conseguindo soltar as amarras—eu não sei quem é esse tal de Orochimaru, mas acho bom ele se preparar...—agarota faz com que suas garras sobressaltem, assim podendo cortar a corda facilmente, liberando seu tigre.—Ninguém machuca o Kelevi!

Totalmente livre, kelevi vai até o ninja derrubado por Kiba, prensando a pata pesada contra o peito do homem e rosna bem próximo ao seu rosto.

-- Kelevi, saia dai!—Kiba fala, preocupado —S/n....—se vira para a menina, que observa a cena com tranquilidade no rosto. Seus olhos tomaram o brilho verde-azulado

-- gatinho bonzinho...—força uma voz doce—acaba com o homem mal, vai gatinho—s/n sorri para o felino.

-- s/n...o que você está pensando?—Kiba se põe a sua frente, bem  próximo dela.—você não vai...—corta sua fala ao ver a tranquilidade e a frieza no rosto da menina.

“s/n realmente vai deixar isso acontecer? Ou pior, ela quer que isso aconteça?”

-- Você...você quer isso?—pergunta com um nó entalado em sua garganta, com medo de sua resposta—Não precisa matar s/n, já achamos o Kelevi, vamos prende-los e entrega-los ao shikamaru, ele vai leva-los pra Folha

-- desculpa Kiba, mas não vou deixa-los escapar assim

Com um simples aceno de cabeça, Kelevi recebe sua permissão para atacar a garganta do ninja com suas presas ,arrancando gritos de desespero do homem até que não lhe reste mais vida para lutar por ela.

Akamaru vai para atrás de seu dono, se abaixando, fecha os olhos e cobre a cabeça com as patas. Kiba encara aquela situação paralisado, seu sangue parou, congelando seu corpo no lugar, era incapaz de se quer formular uma frase. Nunca lhe passou pela cabeça ver a menina que gostava, ou melhor, amava, matando alguém em sua frente.

Assim que o tigre solta o pescoço do homem, o sangue termina de jorrar, sujando todo seu corpo. O Outro ninja desperta de seu desmaio, ao notar a situação, começa a entrar em desespero ao ver o companheiro morto.

--vocês...vocês vão pagar por isso!—aponta para o corpo sem vida perto de Kelevi—O mestre Orochimaru vai ACABAR COM VOCÊ SUA FILHA DA PUTA!!!

-- s/n... vamos embora!-- kiba insiste

-- Repita o que disse

s/n começa a caminhar em direção ao ninja caído, o mesmo começa a se arrastar para trás a medida que a menina se aproximava. Cansada, s/n o empurra no chão com o pé, dá a volta e se abaixa atrás do homem, o imobilizando com as garras em seu pescoço, deixando bem claro que a qualquer movimento brusco, ele estaria morto.

-- Repita o que disse

-- o-o mestre Orochimaru...—começa a gaguejar—vai acabar com...—interrompe sua fala  e engole em seco ao sentir as unhas de s/n rasparem em sua pele com um pouco mais de força

-- Seu mestre irá se arrepender de ordenar o sequestro do meu Kelevi— dita as palavras de forma calma, como se estivesse se divertindo com o pavor que o causava.

Kiba permanece calado e imóvel, apenas arregala os olhos ao ver as listras se formando nas bochechas da garota.

-- s/n....-- o garoto sussurra baixo

A menina o escuta, mas não dá atenção. Ela crava suas garra de um lado do pescoço do homen e levanta seu olhar para Kiba, que nega com a cabeça, pedindo para ela não prosseguir.

Um sorriso começa a se formar no rosto de s/n, ela acena com a cabeça de forma positiva, afirmando que seguiria em frente.

Sem desviar seus olhares, ela começa a arrastar suas garras pela garganta do ninja, lenta e tortuosamente, o arrancando gritos repletos de pavor, dor e desespero..

Akamaru se encolhe ainda mais atrás de Kiba, assustado com os gritos,  Kelevi observa tudo sentado perto do cadáver que acabara de criar.

Um aperto indescritível surrou o coração de Kiba, um frio intenso tomou seu corpo, era incapaz de acreditar que aquilo realmente estava acontecendo, torcia para ser apenas um pesadelo horrível do qual não conseguia acordar

Cada som agoniante que saia daquele ser estremecia todos os ossos do corpo do garoto, a medida que o sangue jorrava de suas artérias as mãos da menina se encharcava junto com a grama do chão.

Quando todo o resquício de vida se esvaiu do corpo do homem, seus gritos cessaram, ele para de se remexer e já não resta mais sangue para jorrar de suas artérias. S/n solta o corpo frio e sem vida no chão e se levanta.

-- eu preciso me limpar antes de voltarmos... poderia vir comigo?-- inclina levemente o rosto para o lado e solta um sorriso satisfeito

O garoto não a respondeu, o choque do que ele presenciou não o permitia montar uma frase sequer ou uma reação coerente.

S/n caminha até ele a passos lentos, ficando frente a frente. Ela toca suas mãos, as sujando um pouco com o sangue fresco, porém ele as retrai instantâneamente, s/n desce seu olhar para as mãos do garoto e as segura firme, sujando toda sua palma.

-- Kiba, temos que nos limpar antes de voltarmos...vamos? Podemos dar a volta no acampamento até a cachoeira-- sugere em um tom calmo e doce

Kiba permanecia parado, suas mãos estavam frias. S/n o puxa com um pouco mais de força, o fazendo sair de seu pequeno transe e dar alguns passos a frente.

-- vamos Kiba, temos que voltar rápido, ou Temari irá brigar com a gente.

O garoto engole em seco e finalmente desvia seu olhar para algo que não fosse o corpo de s/n todo ensaguentado

--Os...os corpos...— varre seus olhos pelo chão—o que faremos?

-- deixe-os ai! Merecem ser comidos pelos abutres, não precisam da sua preocupação. Agora, vamos Kiba!—a voz da menina soa mais rígida.

Ele permaneceu imóvel.

-- tudo bem—s/n dá as costas para ele—se quer ficar sujo de sangue, que seja! Vamos Kelevi.-- s/n sai andando entre as arvores, seu tigre logo atrás.

Akamaru se levanta e roça sua cabeça nas mãos do garoto, chamando sua atenção, Kiba toma um leve susto e se vira para ele.

-- esta tudo bem com você akamaru?

O cachorro ronrona em resposta, o olhando com um olhar triste

--é....é difícil de engolir uma coisa dessas...—desce sua visão até suas mãos sujas.

-- eu preciso me limpar também, vamos ter que ir com ela—dito isso, Akamaru se demonstrou agitado—não precisa ficar com medo garoto...ela não seria louca de fazer alguma coisa com você...eu acho.

Akamaru fecha os olhos e começa a choramingar, na verdade o cachorro apenas estava preocupado com o dono, não queria deixa-lo ir.

-- preciso ir limpar esse sangue das minhas mãos, vai ser rápido.

Dificilmente, Akamaru se acalma, os dois então tomam o mesmo rumo de s/n, correndo para tentar encontra-la. Por sorte, a menina não estava muito longe e eles a alcançam rapidamente.

s/n e kelevi seguem na frente, Kiba e akamaru um pouco mais atrás. Vez ou outra a menina se virava para olhar Kiba, que ficou calado o tempo todo.

Já era possível escutar o barulho da queda dágua, o frescor do ambiente era perceptível. Assim que chegam, s/n para por alguns segundos para descansar e admirar a vista da cachoeira, que era tão bonita a luz do dia quanto iluminada a noite pela luz da lua.

O suspiro de Kiba atrás de si desvia sua atenção até ele. s/n se vira para o garoto e o chama.

-- Vamos nos limpar rápido.—ele assente com a cabeça

A menina e o tigre caminham até a beirada da água, s/n se abaixa e molha suas mãos. Ela pega uma das patas de Kelevi e passa a mão molhada por cima da marca da corda que foi usada para amarra-lo, faz o mesmo processo com todas e também limpa o focinho de kelevi, que estava sujo com sangue, por fim, acaricia a cabeça do felino.

-- ah...--- suspira cansada—como que eles conseguiram te pegar garoto? -- sussurra para o felino. O tigre ronrona baixo em resposta—está tudo bem agora, você sabe que eu não vou deixar imune alguém que te machuque, não importa quem for!

Kelevi se abaixa e começa a tomar água, devia estar morrendo de sede.

Enquanto isso, s/n volta seu olhar para o garoto em pé atrás dela, Kiba mantinha uma postura e expressão estranha.

S/n estende a mão em direção ao garoto, o chamando para perto de si, hesitante, ele vai até ela e se abaixa, se sentando ao lado de s/n.

A garota segura suas mãos e derrama um pouco de água sobre suas palmas, amolecendo o sangue quase seco que cobria sua pele, ela repete isso mais algumas vezes. De repente, Kiba fecha suas mãos e as retrai, S/n o  encara com a sobrancelha arqueada, rapidamente intende o que está acontecendo.

-- Kiba, você tem alguma coisa para me falar? Esta emburrado o caminho todo

-- você matou duas pessoas— solta em um tom repreensivo.

-- eu não acredito que você está bravo por causa disso. Eles machucaram o kelevi!

-- podiam ter sido presos, mas você preferiu matar!

-- prisão não é o suficiente!

-- e por acaso matar alguém é uma solução? —Pergunta indignado

-- nesses casos...—não foi preciso nem que terminasse de falar para que ele entendesse.

-- s/n você está se ouvindo? Você matou duas pessoas a sangue frio! Você parecia...—Kiba corta sua fala imediatamente.

-- o que?

-- Não, esquece!

-- não Kiba, agora você me diz!—s/n soa um pouco irritada.

-- não é nada s/n, esquece! Se limpa e vamos embora.—se levanta

Antes que Kiba pudesse se afastar, s/n o segura pelo pé e o derruba no chão. A menina vai até ele e se senta por cima de seu corpo, segurando seus pulsos, Kelevi e Akamaru se põem em alerta imediatamente. Kiba engole em seco e fecha os olhos, tenta se soltar , mas s/n o segura firme e forte

-- está com medo de mim Kiba?—tomba a cabeça pro lado

Assim que o menino abre os olhos, tem a visão dos olhos da menina brilhando, porém, dessa vez não era uma sensação de  que iria acabar em coisa boa.

-- não estou com medo de você, por mais que você tenha matado duas pessoas...

-- por favor Kiba, vai me dizer que nunca matou ninguém?—Kiba abre a boca para falar, porem desiste.—HÁ Há, claro que não, nunca precisou não é? – ri nervosa, s/n solta uma das mãos de Kiba e a passa pelo seu rosto, jogando seu cabelo para trás.

Graças a esse descuido, kiba consegue se livrar da outra mão da menina e inverte as posições.

Kelevi imediatamente se dirige aos dois, assim como Akamaru, que avança para cima do tigre

-- kelevi, quieto!—a menina ordena—não precisa se preocupar—volta seu olhar ao garoto encima de si.

Tanto kelevi quanto Akamaru se afastaram, mas não deixaram de ficar em alerta.

-- Matar alguém não é uma coisa difícil pra mim Kiba—sua voz soa mais calma. S/n fecha os olhos por alguns segundos, quando os abre novamente, suas íris voltam as cores normais— principalmente quando envolve o kelevi, já devia saber disso.

Kiba desvia seu olhar rapidamente para o felino sentado o encarando, ele afrouxa um pouco o aperto nos braços de s/n e encara a menina.

-- você não tem o direito de me julgar, ninguém pode. Não sabe como é a minha vida Kiba, já matei bem mais que duas pessoas. Se isso é uma coisa que te assusta, eu não posso fazer nada...

Por um momento, Kiba parece repensar suas ações, mas sua expressão irritada volta em um segundo 

-- você dá razões para te chamarem de monstro, sabia?, AGE EXATAMENTE IGUAL A UM!—a solta, saindo de cima dela.

-- Kiba—s/n se senta

-- vamos Akamaru!

-- Kiba!—o chama mais uma vez, mas o garoto dá de ombros, começando a caminhar em direção ao acampamento.—KIBA! Espera...—se levanta apressada, correndo até ele e o segurando pelo braço

O garoto se vira para ela irritado. 

-- VOCÊ REALMENTE NÃO ENTENDE? DEPOIS DE TUDO...VOCÊ NÃO ENTENDE?—dita furiosa

-- entendo que você é uma assassina s/n

-- NÃO DIGA COISAS QUE VOCÊ NÃO SABE!—o brilho nos olhos da garota se fizeram presentes novamente.

-- VOCÊ ESTAVA SORRINDO, ESTAVA GOSTANDO, EU VI!! – ele grita de volta, dando um passo a frente, a fazendo recuar um para trás—VOCÊ SABIA QUE NÃO PRECISAVA MATAR AQUELES CARAS MAS VOCÊ QUIS! – em um movimento brusco, ele se solta das mãos da menina que seguravam seu braço— EU NÃO QUERO ME ENVOLVER COM UMA ASSASSINA!

s/n encara desacreditada o garoto furioso a sua frente, suas palavras a atingiram de forma que ela nunca havia sentido antes. Antigamente, ela apenas ignoraria ou usaria aquelas mesmas palavras para amedrontar quem quer que fosse que a estivesse incomodando, porém, saídas da boca de Kiba essas mesmas palavras tiveram um peso diferente.

-- não...não fala isso. VOCÊ NÃO SABE DE NADA!—em um ataque de raiva, s/n parte para cima do garoto, mas ele intercepta seus golpes e a segura próximo de si.

-- as pessoas dizem que você é um monstro pois você age exatamente como um!—suas palavras saem com ódio. Seus rostos estavam bem próximos, s/n estava em choque, nunca havia visto Kiba daquele jeito.

-- cala a boca!—sua voz sai falha.

-- mais uma coisa s/n—ele a solta e dá as costas para ela

A menina alisa seus pulsos, para aliviar a dor do aperto, enquanto olhava para o menino, se segurando de todas as formas possíveis para não dizer ou fazer algo que piore a situação. Ela estava apenas esperando ele terminar de falar o que precisasse

--você está fedendo ao cheiro do Neji!