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História TIME LAPSE (l.s.) - Lose me in the sight of you.


Escrita por: larryecho

Notas do Autor


Olá :) Tem alguém aqui ainda?
Bem, se tiver, eu peço desculpas para longa demora. Apenas... Estava um pouco perdida com o rumo da história e o que eu realmente queria que acontecesse com os personagens, mas acho que me encontrei um pouco.
Esse é um capítulo de transição e eu espero que vocês gostem.
Em especial quero agradecer a Pamela por todas as palavras de encorajamento e pelas mensagens que definitivamente me fizeram olhar a história por um outro ponto de vista. Obrigada!

Capítulo 20 - Lose me in the sight of you.


Louis não estava brincando quando ele dissera para Harry que compraria um boneco de neve gigante. Ele não só comprou, como reservou um local específico para ele, junto com a enorme árvore de natal. 

Alguns ajustes tiveram que ser feitos, e mesmo não tendo força suficiente para conseguir mover o sofá de lugar, ele não precisou suar uma só gota, já que tinha Zayn e Harry para fazer todo o trabalho pesado enquanto ele apenas dava as ordens. 

Tudo o que ele havia sonhado, na verdade. 

Se sentia feliz apenas dizendo-lhes o que fazer e então sorrindo para si quando Harry resmungava sobre o fôlego mas acabava fazendo exatamente como ele dissera. Finalmente seus dias de glórias haviam chegado. 

Quando eles terminaram de armar a árvore, Louis foi até o quarto de Harry e pegou a grande caixa com todos os enfeites que ele havia comprado. Aquela era a sua parte preferida, e ele esperava que fosse de Harry também.

- Onde está Zayn? - ele perguntou quando voltou para a sala e não encontrou o moreno em nenhum lugar. - Trouxe os enfeites para a gente terminar de enfeitar a árvore.

Harry coçou a cabeça e suspirou cansado. Louis notou uma pequena gota de suor escorrendo pela sua testa de encontro com sua sobrancelha e conteve o ímpeto de se inclinar para limpá-la.

- Foi embora, disse que precisava tomar um banho porque cheirava como um gambá. - Harry explicou, jogando-se contra o sofá e esticando o pescoço e as costas. - Essa porra cansa. Ninguém aguenta ficar o dia inteiro nessa merda. Você tinha que comprar tudo tão grande? Não era como se você fosse montá-los de qualquer forma. 

O adolescente deu de ombros, sem se importar com Harry sendo um chato. Ele já desconfiava que o fotógrafo iria ficar reclamando mesmo. 

- Não tem graça se for pequeno, as pessoas não vão ver. - ele disse desleixado, sentando-se no chão de frente para a árvore. Ele cruzou as pernas e colocou a caixa em seu colo. 

Harry suspirou alto. - Não é como se alguém além de vocês viesse aqui. 

Vocês.

Louis sorriu pequeno. Sabia que era um deles agora, mas era estranho ouvir dos lábios de Harry. Isso o deixava mais feliz do que ele gostaria de admitir.

Mas um sentimento bom. Um sentimento de pertencer a algo. 

- Não importa. - ele tentou não transparecer muito feliz e se virou para Harry, dando um tapinha ao seu lado, para que o fotógrafo se aproximasse. - Vamos terminar de enfeitar a árvore. Olha. - ele abriu a caixa e começou a tirar os enfeites um por um, levantando-os para mostra-los para Harry. - Comprei miniaturas do papai noel, bolinhas coloridas, alguns sinos, comprei até algumas renas. 

Harry ignorou o batimento acelerado do seu coração ao ver Louis feliz e sorrindo como uma criança que ganha um sorvete. - Você quis dizer que eu comprei. 

Louis revirou os olhos sem perder o sorriso. - Tanto faz. Vem, me ajuda a decorar. A gente pode fazer a parte de baixo juntos e então enquanto eu faço a parte do meio, você faz a parte de cima.

Harry ergueu uma sobrancelha enquanto se levantava, se sentindo brincalhão. - Por quê? Você não alcança? - ele implicou, finalmente se sentando ao lado do adolescente. 

Louis olhou para ele com uma expressão entediada e estendeu alguns enfeites para que Harry os pendurasse. Ele explicou minuciosamente como eles deveriam ser colocados, dizendo para Harry que ele precisava alternar - um sino, uma bolinha e um papai noel - e que era imprescindível que todos estivessem alinhados. 

- Você realmente leva isso a sério, huh? - o fotografo resmungou, semicerrando os olhos e se inclinando um pouco para trás para ter uma visão melhor se seus enfeites estavam realmente alinhados. 

Não queria Louis reclamando em seu ouvido uma tarde inteira.

- Se é pra fazer, que se faça direito, não? - ele murmurou, focando na sua própria decoração, tentando não se deixar afetar pela aproximação de Harry e o calor que emanava do seu corpo.

Porque sim, Harry estava lindo mesmo suado e aquilo era um problema. Sua blusa que estava com as mangas arregaçadas, mostrando seus braços bonitos e suas tatuagens também; a forma como ele estava concentrado e fazendo um leve bico enquanto franzia o cenho e lambia os lábios ainda mais.

Desconcertado.

Mas pelo menos ele estava ao seu lado. Sendo um chato e resmungando o tempo inteiro, mas ainda estava lá. 

- Você faz essas baboseiras todo ano? - o fotógrafo perguntou como quem não quer nada, procurando por uma bolinha dourada na caixa. 

Louis segurou a respiração quando Harry levantou o rosto do nada e seus olhos se encontraram por menos de um segundo antes do fotógrafo se afastar. 

- Hm. - ele pigarreou, respirando fundo. Será que Harry havia percebido algo? - Sim, é uma tradição na minha casa. Desde sempre Lottie e eu gostávamos de ajudar mamãe na decoração e então depois que as gêmeas nasceram, nossa tradição ficou ainda mais forte. Acho que é genética. - ele disse simples, lembrando-se de que eram raros os momentos que sua família se unia e esse era um deles. Espírito natalino ou alguma coisa assim. Ele terminou de pendurar um papai noel e se virou para Harry, reunindo coragem para perguntar: - Você tinha alguma tradição com a sua família?

O fotógrafo não falou nada por alguns segundos, e quando falou, era como se Louis não houvesse perguntado nada. - Preciso de uma rena. - ele pediu com a palma da mão estendida e com o olhar focado na árvore a sua frente.

Louis engoliu em seco, se sentindo um pouco culpado. Então falar sobre a família de Harry naquele momento era um no no. Ok, ele podia superar aquilo, havia outras milhões de coisas sobre as quais ele poderia falar. 

O adolescente colocou o enfeite na palma da mão do mais velho com muito cuidado, não queria tocar Harry e sentir aquela corrente elétrica que ele sempre sentia toda vez que se esbarravam.

Esbarravam sendo sinônimo de todas as vezes que Louis implorou pelo seu carinho de alguma forma. 

- Está ficando ótimo. - ele disse quando sentiu o clima pesar um pouco. Maldita seja sua curiosidade. 

Harry deu de ombros, ele não ia admitir que talvez aquilo fosse até um pouco terapêutico. - Acho que sim. Agora em cima, correto?

Louis balançou a cabeça e se ajeitou, colocando-se de joelhos para alcançar o meio da árvore enquanto Harry ficava de pé, abaixando-se algumas vezes para pegar os enfeites. 

Eles terminaram quando Harry colocou a estrela enorme no topo da árvore. Tinha o tamanho de uma cabeça mais ou menos, e era bastante pesada. Dourada, com alguns adornos em volta. 

Se afastaram da árvore, observando cada detalhe e chegaram a conclusão que haviam feito um ótimo trabalho. 

xx

Então Harry não havia ouvido de Louis o dia inteiro. E ele tampouco queria correr o risco de ir falar com o mais novo naquele covil de cobras que era a casa dos Tomlinson. Do jeito que Louis era, com toda a certeza ele iria aparecer em sua casa, provavelmente parar de frente a ele e esperar ser abraçado como uma criança estúpida. Ou estender a mão para receber um presente.

Presente que Harry comprou, claro. Por que ele era um completo idiota e queria mais que tudo que Zayn parasse de falar em seu ouvido sobre alguma nova coleção de esmaltes que saira e o quanto Louis amaria.

50 libras em uma caixa com alguns esmaltes ridículos?

- Você vai ficar só olhando? Ou vai me ajudar com essa merda? - Zayn se virou para encará-lo, com uma expressão brava.

Era o terceiro papel de presente que o tatuador rasgava tentando embrulhar o presente de Louis. E honestamente, Harry achava engraçado o esforço que Zayn estava colocando naquilo. Logo ele que não dava uma merda pra nada, agora estava lá vestido com o suéter feio que Louis dera.

O de Harry estava jogado em algum lugar em seu quarto.

O fotógrafo tragou o cigarro antes de respondê-lo. - A ideia foi sua.

- Eu sei, porra, mas eu tô tendo um tempo difícil aqui. - o moreno resmungou, rasgando o quarto pedaço de papel e amassando com as mãos, pela raiva. Ele jogou a bolinha em Harry. - Não aguento mais.

Harry terminou de fumar seu cigarro devagar, ignorando completamente as lamúrias de Zayn. Ele se afastou da sacada da sua varanda e pegou um novo papel em cima da mesa, estendendo a mão para Zayn entregar aquela maldita caixa.

Em menos de dois minutos ele embrulhou aquela merda e segurou o impeto de jogá-la em cima do moreno.

O tatuador sorriu e deu um tapinha no ombro do amigo. - Quando será que ele vem?

Harry balançou os ombros, se jogando pra trás no sofá, com as pernas abertas. - Não tenho ideia. Mas se você estiver com fome, tem umas coisas na geladeira.

Não havia nenhuma possibilidade de Harry montar uma ceia. 1. Ele não tinha muitas habilidades na cozinha, 2. ele não queria.

Natal lembrava família, e comida lembrava família e família era a última coisa que o fotógrafo queria lembrar.

Além do mais ele sabia que Louis levaria algumas coisas pra ele comer então... Pra que se dar ao trabalho?

- Não estou com fome. - Zayn se sentou ao seu lado, procurando o isqueiro em seu bolso e ascendendo um cigarro. - Acha que ele vai gostar do presente?

- Ele tem que gostar, é o único que ele vai ter. - o fotógrafo respondeu, esfregando as têmporas. Sua cabeça não doía muito mas por via das dúvidas ele ficaria longe do álcool. Era fodido demais, seria o primeiro Natal em anos que ele não passaria bêbado.

Zayn não respondeu por um tempo, ele apenas continuou fumando seu cigarro e cantarolando alguma música da Mariah Carey. Era o único som que vinha do apartamento de Harry e se o fotógrafo parasse um segundo pra pensar, ele veria o quão ridículo era aquilo.

Sinceramente, quem passava o Natal daquele jeito?

- Você acha que Liam está sozinho? - Zayn perguntou um tempo depois, dava pra perceber um certo receio na sua pergunta. Harry não queria parecer insensível mas, parecia tempo demais até aquela maldita viagem para que Zayn se confessasse.

Ele encarou o amigo. - Por que não liga pra ele de uma vez? - ele passou a mão pelo cabelo, bocejando involuntariamente. - Não sei, finge que está bêbado ou alguma merda assim.

O tatuador riu seco. - Como se fosse fácil essa merda. - ele fechou os olhos por alguns segundos. - Não sei nem como eu vou fazer, sinceramente. Parece que eu nunca vou ter a coragem. Sabe... - o moreno se ajeitou no sofá, tragando mais uma vez na droga. - Às vezes eu olho pra ele e pra mim e penso, por quê ele ficaria comigo? Eu sou um maldito fodido, não sei expressar meus sentimentos, fumo demais. Ele merece alguém melhor.

E porra, se Harry não o entendia perfeitamente bem...

O fotógrafo engoliu em seco. Talvez fosse aquela droga de espírito natalino que Louis tanto falava mas ele enxergava um traço de vulnerabilidade em Zayn e aquilo era novo, muito novo.

Ele nem sabia o que dizer, sinceramente. Ele mesmo se sentia um maldito fodido. Não era ninguém pra dar conselhos.

- Você é um cara legal. - foi o que ele disse e nem ele acreditava naquela estupidez. Pelo menos foi suficiente para fazer Zayn sorrir.

- Que merda. - o moreno bateu em seu braço. - Ainda bem que você é fotógrafo e não psicólogo. 

xx

Um pouco antes da meia-noite, a porta de Harry se abriu revelando Louis com seu suéter feio. Ele estava cantarolando alguma música de Natal idiota e com algumas vasilhas na mão. 

Zayn foi o primeiro a notá-lo. Se levantou e ajudou Louis a fechar a porta e a colocar a comida sobre a mesa. E em menos de um segundo, o adolescente já estava lá, estendendo os braços com um sorrisinho infantil nos lábios. 

O tatuador podia apostar que Louis tinha bebido álcool. Pelo cheiro fraco que veio da sua roupa e definitivamente pelo rubor das bochechas do menor. 

- Parabéns e blá blá blá. - o moreno murmurou contra a pele quente do pescoço do Louis e o abraçando apertado e por quê não?, se sentindo um pouco feliz na presença do menor.

Ele nunca iria admitir, no entanto. 

- Obrigado, Zee. - Louis sussurrou de volta, esfregando a bochecha no ombro do tatuador, deixando-se ser embalado de um lado para outro como uma criança sendo ninada. - Eu trouxe bolo pra vocês, e alguns docinhos também. 

Louis procurou Harry pelo apartamento com os olhos, ainda sem coragem de se desvincilhar do abraço de Zayn. Não era sempre que o moreno era carinhoso com ele, e honestamente Louis sentia falta daquele tipo de carinho. 

Quer dizer, ele tinha as gêmeas e Lottie, e também Niall que estava sempre expressando seu amor. Mas era diferente quando vinha de Zayn ou de Harry. Ele quase sentia como se tivesse merecido aquilo, como se fosse sortudo. 

Ele riu pra si mesmo, aquilo era uma enorme baboseira mas ele tinha tido margaritas demais e era seu aniversário e era quase Natal. Ele tinha todo o direito de estar sentimental. 

- Ok, chega. - o moreno deu um último aperto em Louis, um pouco desajeitado, antes de se afastar, passando as mãos para consertar o cabelo. - Vou comer o que você trouxe, estou morrendo de fome. Não estava esperando uma ceia de Harry mas certamente não estava esperando pizza dormida. - ele disse olhando para o fotografo que apenas suspirou cansado, dando de ombros. 

Ele se levantou de onde estava no sofá lentamente, quase como se estivesse calculando suas próximas ações, Louis podia perceber o quão desconfortável aquilo era para Harry. Iniciar qualquer tipo de contato, demonstrar afeição. 

Mas ele se lembrava das vezes que Harry o abraçou antes - duas, mas quem está contando? - e também das vezes que ele fez coisas boas para Louis, que pensou nele e mostrou que o considerava um ser humano e não só um garoto mimado e idiota. 

Ele queria mais do que tudo se jogar nos braços de Harry, inspirar seu cheiro de perfume caro e nicotina, beijar seus lábios fofinhos e rosados, apenas se enroscar nele e ficar deitado em seu peito a noite inteira. 

Ao invés, ele disse: - Por quê não está usando o suéter que eu te dei?

Ele ouviu Harry respirar fundo, como se estivesse se acalmando para não mandar Louis para a puta que pariu. Pelo menos ele estava se esforçando, Louis contaria aquilo como uma vitória. 

- Por que eu visto o que eu quiser. - foi o que o fotógrafo respondeu, buscando pela caixa sobre a mesa e se aproximando de Louis, que mordia os lábios para evitar sorrir. - Aqui, hm, feliz aniversário. 

Ele estendeu o presente e ao mesmo tempo, coçou a nuca com a outra mão. Parecia que não sabia o que fazer e bem, era pra isso que Louis estava lá, não era?

O adolescente passou os braços pela cintura de Harry e se aconchegou em seu peito, sem dar a mínima para o presente ou se Zayn estava olhando ou para qualquer outra coisa que estivesse acontecendo no mundo naquele momento. 

Ele tinha esperado por aquele momento o dia inteiro. Claro que em seus sonhos, Harry tinha sido o primeiro a iniciar o contato. Ele também tinha pego Louis e o rodado em seus braços e o beijado forte e-

Harry o estava abraçando de volta.

Ele realmente estava o abraçando.

A maldita caixa estava cutucando suas costas mas ele não se importava porque os braços de Harry estavam em seu corpo, ao redor do seu pescoço,

E porra, se ele não podia morrer bem ali naquele instante. 

Não era sua posição preferida para abraçar alguém, e definitivamente não para abraçar Harry. Ele gostava quando tinha que ficar na ponta dos pés para alcançar os ombros largos do fotógrafo e quando Harry não tinha escolha a não ser segurá-lo pela cintura.

Ele se sentia protegido daquela forma, seguro, como se nada no mundo pudesse perturbá-lo. Mas ele não estaria reclamando, absolutamente não.

Entre não ter nada e ter aquilo, o hálito de Harry em seu pescoço, seu cheiro por todo o seu corpo. Louis estava no paraíso.

Harry era o paraíso. 

- Ok ok, Louis. - o fotógrafo foi o primeiro a falar, limpando a garganta depois de alguns segundos, tentando se afastar somente para ter Louis o apertando ainda mais. - Chega.

Era como se ele estivesse falando sozinho.

Alguns minutos depois - talvez horas que pareceram dias para Harry - Louis finalmente o soltou, sorrindo como a criança que ele era e pegando a caixa da mão de Harry de repente. Se jogando no sofá e correndo para abri-la.

- Zayn, vem ver o presente que Harry me deu. - ele se ajoelhou no sofá para encarar o tatuador que estava na cozinha. - Tem o tom de rosa que você gosta!

- Eu sei, fui eu quem escolheu. - Zayn respondeu com a boca cheia de bolo, colocando mais um pedaço na boca. - Se dependesse dele, você ia ganhar um urso de pelúcia estúpido.

Os olhos do adolescente brilharam e ele se virou para Harry. - Você ia me dar um urso de pelúcia?

O fotógrafo balançou a cabeça. Parecia uma boa ideia. Louis era uma criança e crianças gostavam de ursos de pelúcia. - Sim. - ele respondeu curto, desconfortável.

- Eu teria gostado. - Louis sussurrou, mais pra si mesmo do que pra ser ouvido. Ele teria gostado muito, provavelmente o chamaria de Harry e dormiria abraçado com ele todas as noites.

Mas só de saber que Harry se importava com ele a ponto de pensar em dá-lo um presente, já fazia seu coração acelerar. 

xx

A noite terminou com Louis pintando as unhas de Zayn e Harry fumando na sacada enquanto eles ouviam o álbum novo do The Killers, muito embora Louis tivesse batido o pé dizendo que queria ouvir Lifehouse de novo. 

O fotógrafo e o tatuador apenas o ignoraram, como sempre. Não era só porque era seu aniversário que eles cederiam aos choramingos do adolescente. 

Não mesmo. 

Harry agora não tinha mais certeza se deveria continuar chamando Louis daquela forma. Ele tinha acompanhado o crescimento de Louis nos últimos meses e ok, ele ainda era uma criança mimada e chata mas um adolescente? O fotógrafo já não sabia mais. 

Louis tinha desabrochado como uma flor. Ele começara um emprego novo, havia revido os seus conceitos, se descoberto... Ele era um homem agora. 

Então por quê era tão difícil para Harry pensar nele como um?

- Posso fazer  as suas? - o menor apareceu ao lado de Harry como uma maldita assombração. Suas bochechas não estavam mais rubras e seus olhos estavam bem menores, ele tinha aquela cara de sono que Harry já conhecia bem.

- Não. - foi tudo o que o fotógrafo respondeu, tragando uma última vez a droga e apagando o cigarro. - Zayn já se cansou de você? - ele ergueu uma sobrancelha.

Louis encolheu os ombros, bocejando. - Ele pegou no sono. Disse que quase não conseguiu dormir essa noite. - o menor fungou, encarando Londres a sua frente. Era quase meia noite, e o céu tão escuro que não havia uma estrela a vista. - Você não comeu o bolo. 

O fotógrafo olhou para o rosto do menor. De lado ele conseguia notar alguns pelinhos começando a aparecer no maxilar de Louis. Ele balançou a cabeça. - Eu vou comer mais tarde. 

- Eu gostei muito do presente. - Louis começou dizendo, se sentindo de repente muito tímido e nostálgico e ele estava com aquela sensação esmagadora no peito de vontade de abraçar Harry e ficar ao seu lado. Era tanta que sua boca estava aguando. - Eu teria gostado do urso também, se hm, você tivesse comprado. Minhas irmãs me deram um livro e minha mãe fez margaritas. 

- Pelo menos ela não se esqueceu. - o fotógrafo disse, amargo. E então antes que ele pudesse se controlar, adicionou: - Eu posso comprar pra você. - ele murmurou, sem jeito.

Que merda estava acontecendo?

Louis sorriu largo, tentando em vão esconder o sorriso com a mão. - Eu vou chama-lo de Harry. 

- Aposto que você vai.

O fotógrafo não conseguiu evitar sorrir fraco. Podia passar quantas aniversários fossem que Louis continuaria sendo fácil de ser lido e fácil de ser agradado. 

A questão era: por quê Harry queria fazê-lo?

xx

Harry comprara o maldito urso de presente e ele não ficou absolutamente surpreso com o fato do adolescente (ele decidira continuar chamando Louis assim) carrega-lo para todos os lugares.

Nem mesmo quando Louis aparecera com o urso a tira colo na noite de ano novo e se enfiou entre ele e Liam, e começou a simular uma conversa estúpida fazendo uma voz infantil. 

Maldito fosse Zayn que fizera caipirinhas. 

Maldito fosse Louis que pedira um beijo a meia noite. 

E maldito fosse ele por pensar em beijá-lo.


Notas Finais


:)


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