História Time of death: 6:33 P.M (Sally Face - Sarry - Sal x Larry) - 6:33 P.m

Sal estava morto. Cumpriu sua pena de morte por matar todos os moradores dos apartamentos Addison. Ele agora era um fantasma. Estava tudo muito escuro, ele tinha noção de que agora era um fantasma, mas se perguntava... como estava sua amiga Ashley? Abriu seus olhos, suas roupas da prisão foram substituídas pelas diárias. Alguém o vestiu. Estava num pequeno quarto, uma janela pequena iluminava o local. Em uma escrivaninha, havia uma carta enfeitada com um laço preto.

De: Larry Face
Para: Sally Face

Sal pegou o envelope, mas antes de ler, olhou para si mesmo num espelho que estava ao lado da cama. Estava pálido, seus olhos brilhavam e estavam levemente brancos e seu rosto estava sem a prótese. E o mais estranho de tudo, não estava deformado. Era o mesmo rosto que tinha antes de sofrer o acidente. Sal sorriu na frente do espelho, ele gostou do que viu.

Abrindo o envelope, reconheceu logo de cara o garrancho de Larry. Ele sorriu discretamente, lendo com um pouco de dificuldade.

"E aí Sally Face?

Pois é cara, tu tá morto! Agora é um fantasma, igual a mim. Relaxa que tu já já acostuma! Eu assisti tudo cara, a Ash tá super depressiva, mas acho que ela sabe que pode interagir com o mundo dos fantasmas. Ela falou comigo até, hah. Eu tô esperando num salão. Você vai reconhecer a porta, é bem grande, brilhante e azul. Até mais carinha.

Larry."

Sal suspirou fundo, tocou seu rosto e sorriu largo, sem sentir nenhuma deformação. Estava feliz... muito feliz! Levantou-se com um pouco de dificuldade, se espreguiçou e andou até o portão super óbvio que Larry descreveu na carta, e ao abri-lo, teve a melhor surpresa que poderia ter na vida. Lá estavam Larry, Lisa, Henry, e sua pequena amiga Megan.

- Sally Faaaaaaace! - A menina de cabelos cor púrpura correu com toda a energia para cima do azulado, o dando um abraço sufocante. - Agora nós estamos juntos Saaaal!

- Hey Megan. - Sal sorriu tímido sentindo os bracinhos finos porém fortes o sufocarem. Ele fez carinho no cabelo macio e fofo, pegando a criança no colo, enquanto caminhava até Larry.

- E aí cara. Como tá se sentindo? - Larry também sentiu vontade de sorrir só de ver a felicidade de Sal por sentir seu rosto sem deformações. - A Megan explicou tudo pra todos que moravam no apartamento. Ninguém te culpa. Tudo bem?

- Isso mesmo querido, entendemos que você precisava fazer isso. - Lisa caminhou até o seu "filho" mais novo e o apertou nos seus braços. Megan só assistia tudo abraçadinha no seu amigo. - Bem vindo ao mundo dos fantasmas claros, meu bem. Somos todos espíritos. Não tem que se sentir indiferente. Nunca mais.

O Fisher engoliu o seco e sentiu seus olhos lacrimejando. Então as lágrimas grossas começaram a rolar pelos seus olhos. Ele não era mais imperfeito. Ele era amado por todos ali, adorado por todos ali, era um sonho estar com todos eles, agora como almas eternas que nunca se separariam.

- Larry querido. Mostre a casa pro Sal, tudo bem? - Lisa soltou o azulado, ajeitando os fios bonitos do mesmo.

- De boa. Aí carinha vamos lá. - Larry ainda estava sorrindo, enquanto abria a porta para a saída.

- Eu estou de volta daqui a uns minutos Megan. Até mais. - Deixou a garotinha no chão.

- Tchau Sally Face! - Megan saiu dando pulinhos, subindo uma escada até o andar de cima.

Larry e Sal caminharam de volta até o quarto onde o recém fantasma estava dormindo. Era empoeirado e feio, mas nada que uma reforma não conserte. Falavam sobre o que iriam colocar na decoração, a cor das paredes, o que iriam fazer mais tarde. Besteira de irmãos e melhores amigos.

Reparando no momento, o rosto de Sal sem deformidades era... mil vezes mais lindo. Sem as cicatrizes volumosas, outras mais fundas, Sal tinha uma pele lisinha e fofa, sem os cortes em seus lábios, ele tinha o sorriso mais lindo que Larry já havia visto, e seus olhos tinham um brilho especial que antes não tinha. Era tão perfeito... Larry riu um pouco, orgulhoso de si.

- E aí, gostou do que eu fiz? - Questionou sentado na cama ao lado do mais novo. - Eu implorei pra eles arrumarem.

- Hm? Do que está falando? - Tombou a cabeça para o lado, puxando uma mexa do cabelo azul para trás da orelha. - Arrumarem o que?

- O seu rosto, dãã. - Falou como se fosse óbvio. - Não tem mais deformidade nenhuma. Fui eu que pedi pra te deixarem normal. Pra você não precisar se esconder. Os espíritos da perfeição quase negaram meu pedido, eu implorei muito. Seu rosto seria assim se não fosse deformado, sabia? Você está bem bonito. Aliás...

Larry não conseguiu acabar a fala, sentiu dois braços finos e fortes o puxarem pra um abraço de urso. Sal estava soluçando e tremendo, chorando muito, mas tinha um sorriso enorme no rosto. O Johnson riu baixinho, puxando Sal pro seu colo. Sentia os braços tremendo envolvendo seu pescoço e lágrimas descendo pelo rosto - agora - perfeito.

- Ei... carinha. Não chora... - Abraçou a cintura magrinha do azulado. - Eu tô aqui bobo.

- S-seu merda, muito obrigada Larry, e-eu não sei nem como t-te agradecer. - Sally começou a chorar mais alto. - Eu te amo!

- Eu também, bobo. - Sorriu tímido e segurou o rosto do pequeno pelo queixo, o aproximando de si. - Vai me beijar ou tá esperando eu ped...--hm!

Antes mesmo que notasse, Larry estava sendo beijado selvagelmente por Sal. Aqueles lábios cheinho eram macios e fofos, era encantador sentir aquilo, Sal deitou o garoto sobre o colchão, sem separar o ósculo. Larry tocou o abdômen do azulado por baixo do moletom, sentindo o corpo quente de Sal reagir em leves tremores. Separaram os lábios lentamente, encarando um ao outro sorrindo ambos tímidos.

- Você é mesmo um merdinha, Larry Face.

- Você não sabe de nada mesmo, Sally Face.

Passaram o resto da tarde daquela forma, agarrados e fazendo cafuné um no outro.

- Aí Larry. Acha que eu devia ir ver a Ash? E falar que está tudo bem?

- Nah. Agora não. No momento certo ela vai entender. - Beijou a testa do seu meio-irmão. - Tente descansar um pouco agora.

Você é livre, Sally Face.

Time of death: 6:33 P.M