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História Time to Pretend - Yes, the final


Escrita por: timetopretend

Notas do Autor


Hey, enjoy

Capítulo 5 - Yes, the final


 Camila's POV

— Camila, nós precisamos conversar — falou séria.

Na mesma hora em a expressão de Lauren mudou, senti meu coração errar a batida. Sempre que ela falava daquele jeito o assunto era extremamente terrível e eu acabava sozinha e chorando no final. 

— Fala logo antes que eu desista de querer ouvir. — disse rapidamente.

— Camila, presta atenção, tá bom? — assenti — Eu não sei bem como começar essa conversa, não quero ser evasiva e nem direta demais.

— Amor, você tá me assustando. — suspirou pesadamente — Eu devo me preocupar com o rumo dessa conversa — ela assentia lentamente — Começa logo a falar, então. Quando mais rápido começar, vai terminar.

— Camila, isso não é fácil de dizer assim. — respirou fundo — Lá vai... — apertou os olhos com força, soltou o ar e me encarou — Eu acho que a gente precisa de um tempo. Tudo parece extremamente confuso pra mim e não sei o que vai acontecer daqui pra frente, mas eu realmente espero que no final tudo dê certo pra nós duas. — parou e observou minha expressão de incredulidade — Calma, eu me atrapalhei um pouco. Eu só preciso de um tempo pra pensar, um tempo pra mim e eu não quero magoar você com as minhas coisas estúpidas. Vai ser bom pra gente, pequena. Eu sei que vai.

Eu observava tudo atônita, não esperava aquelas palavras saindo da boca dela. Não conseguia sentir nada, parece que todas as forças do meu corpo estavam sumindo a cada palavra que saia de sua boca, eu me sentia inerte. Lauren estava com os olhos marejados, me fitando com um olhar desesperado, talvez esperando por um xingamento ou uma gritaria da minha parte, mas tudo que eu conseguia fazer era olhar em seus olhos.  

Eu não queria dizer nada, não sei ao certo se não queria ou não conseguia, mas a única certeza que eu tinha era que precisava sair daquele lugar rápido. Levantei rapidamente da toalha e olhei na direção de Lauren que parecia estudar todos os meus movimentos e sorri fraco.

— Tudo certo, eu entendo e aceito. — Lauren me olhou confusa — Tá tudo bem, sério. — Tentei soar firme e calma — Eu não vou te reclamar, nem te bater e muito menos pedir uma explicação coerente. Você sabe que eu não sou assim. — Ela assentiu — Eu sei que é isso que você quer, então eu aceito de boa. — Sorri fraco — Tá ficando tarde, eu prometi pra Sofi que ia sair com ela hoje e não posso me atrasar, o papa deve estar me esperando. Você pode me levar em casa?

Lauren parou por alguns segundos, parecia estar completamente confusa. Não era pra menos, já que eu tinha dito que estava tudo bem, quando não estava. Ela ficou mais alguns segundos olhando em minha direção, balançou a cabeça e mordeu o lábio inferior, levantando-se.

— Ok, vamos. — falou rapidamente.

Acho que ela estava tão desconfortável quando eu, mas nada seria dito, pelo menos não da minha parte. Eu só queria chegar em casa e chorar, mas não por ela, ou não apenas por ela. Queria chorar por tudo e desparecer, me afundar por uns segundos e depois acordar desse sonho ruim. Aconteceu tudo tão rápido, ela disse tudo tão rapidamente que eu nem assimilei direito na hora e agora que eu sinto o peso de suas palavras é como se nada mais tivesse sentido. Estávamos bem, tudo estava bem e agora ela me vem com essas meias palavras? Eu estava me sentindo, nem sei como estava me sentindo, talvez eu não estivesse sentindo nada. Acho que o baque foi tão rápido que eu ainda demoraria um tempo pra me estabilizar e ter consciência do que sentir. Lauren sabia que eu não iria demonstrar nada em frente, da mesma forma que eu sabia que com ela acontecia à mesma coisa. Decidi que por hora eu não pensaria nisso, ficaria apenas observando a paisagem do caminho de volta pela janela do carro e depois que chegasse em casa, choraria até não conseguir mais, passaria um dia me recuperando e depois seria como começar a escrever em um novo diário, mas sem deixar de preencher o antigo lentamente.

 Lauren's POV

Camila estava estranhamente calada durante o caminho todo, não fazia questão de me olhar e muito menos se pronunciar a respeito de qualquer coisa. Esperava que pelo menos gritasse comigo ou dissesse que não queria isso, mas ela apenas não disse ou fez nada e isso me deixava extremamente incomoda. Eu queria saber que ela lutaria por nós, mesmo que esse tempo não fosse nos levar a lugar algum. Eu sabia que ela lutaria, mas nenhum de meus pensamentos condisse com o que ela fez. Se mostrar bastante calma não era do feitio de Camila, mas terminar com ela também não seria do meu feitio, então era ao menos um pouco aceitável. Eu tentava a todo o momento desviar meus pensamentos e focar na estrada, porém com ela inerte da maneira que estava ao meu lado, não me fazia ter outra escolha a não ser traçar linhas de raciocínio para tentar decifrar seu comportamento. Camila estava claramente magoada comigo, mesmo não demonstrando, do seu jeito eu sabia que ela não ia querer olhar na minha cara por um bom tempo e isso estava me deixando horrível. Saber que a minha pequena estava tão magoada a ponto de não conseguir demonstrar era algo enlouquecedor. E eu sei que a culpa de tudo isso é minha, entretanto eu esperava que quando ela soubesse do real motivo disso, amenize-se um pouco. Consegui finalmente acalmar as vozes que gritavam em minha cabeça e foquei no caminho de volta pra casa de Camila, depois de longos e torturantes minutos dentro daquele carro com ela, chegamos à sua casa.

— Bom, está entregue. — disse, tentando parecer alheia a situação a situação.

Camila esboçou um sorriso triste e se inclinou pra beijar minha bochecha, me deu um beijo rápido e suave. Já estava quase saindo do carro, quando virou novamente, me olhou nos olhos e foi aproximando lentamente. Beijou minha bochecha de novo e me puxou para um abraço, ficamos assim por algum tempo, ela posicionou o rosto lentamente na curva do meu pescoço e começou a roçar seus lábios por ele, me deixando completamente arrepiada. Depois depositou alguns beijos e sorriu contra minha pele. Levantou o rosto, separou nosso abraço e me deu um longo selinho.

— Eu te amo! — disse ainda com os lábios nos meus e levantou uma das mãos pra acariciar meu rosto — Eu te amo mesmo você sendo essa idiota, medrosa e todas essas coisas ruins que você é. — sussurrou com o rosto bem perto do meu — Mesmo que você finja não se importar e não mereça. Eu te amo.

Deu-me um último selinho e saiu quase que correndo do carro em direção a sua casa. Eu saí do carro rapidamente e corri em sua direção.

— Camila! — Chamei-a assim que ela colocou a mão na maçaneta.

Ela se virou lentamente e me olhou com os olhos marejados, continuei indo ao seu encontro e suspirei quando percebi que ela estava a ponto de desabar.

—Eu te amo! — Olhei em seus olhos — Eu te amo muito. — Segurei suas mãos — Sinto muito por estar te magoando. — Toquei seu rosto suavemente e beijei suas mãos. 

Eu senti meu coração se apertar e logo tratei de quebrar nosso contato, caminhei lentamente até o carro e afundei no banco assim que me sentei. Senti as lágrimas descendo por meu rosto e tratei de enxuga-las, precisava chegar em casa logo.  E assim, arranquei com o carro em direção a minha casa.



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