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História Tinder - Morning


Escrita por: anylady e robynhood

Notas do Autor


Olar, lindias.
Mais um e tem Sasoque!!!11!
Boa leitura.

Capítulo 16 - Morning


Sasuke se mexeu na cama e moveu seu braço pra cima do meu pescoço, um peso terrível em cima de mim que me fez acordar quase em pânico e sem ar, achando que estava morrendo sufocada. Suspirei e afastei seu braço, olhando pra cima pra ver ele dormir tranquilamente quase na mesma posição ainda. Me aninhei no braço e peito dele e senti-o suspirar.

– Afasta, Sakura. Porra, eu... – Quebrou o silêncio agradável com a voz rouca e grave.

– O que? – Encostei o nariz no peito dele e fechei os olhos de novo.

– Sai sai sai! – se levantou me sacudindo dele e eu ri. – Preciso mijar, caralho. Tá doendo.

– Você já acorda bravinho. Que moça.

Sasuke correu pro banheiro e eu me sentei na cama, rindo da agonia dele enquanto espreguiçava e esfregava os olhos com as costas das mãos. Olhei pra o relógio em cima da cabeceira do lado e era quase meio dia. Andei semi nua pelo quarto atrás do meu robe e cobri o corpo, amarrei a fita na cintura e fui andando pra cozinha ver algo rápido pra comer, enquanto ouvia o barulho do chuveiro sendo ligado no banheiro. Parecia tentador demais ir até lá provocar até ser fodida mais uma vez. Meu corpo estava marcado, e era bom ter essas lembranças tatuadas.

Abri a geladeira e coloquei ovos e bacon na bancada, o resto veria depois, aquilo era o básico pra eu aguentar até fazer uma coisa mais consistente pra o almoço e pra alimentar Sasuke antes de tirá-lo da minha casa.

Liguei a TV e deixei assim, caminhando de volta pra o quarto, então parei no meio e me virei em direção ao banheiro. Sasuke estava de costas parado por baixo do chuveiro, esfregando o couro cabeludo com as pontas dos dedos enquanto eu descia o tecido a volta dos ombros, escorregado-o, mordendo os lábios olhando toda a largura dos seus ombros e os músculos definidos das costas. Entrei no box e ele se virou pra mim, parecendo menos bravo que antes.

Meu corpo e cabelo se molharam na hora com a água do chuveiro e eu beijei o queixo de Sasuke, nas pontas dos pés pra alcançá-lo, arranhando os ombros levemente. Ele fechou os olhos e sorriu de canto, se encostando mais pra eu sentir seu pau duro no ventre.

– Já quer mais?

– Quero – beijei uma de suas faces. – Você vai me foder gostoso, me fazer gozar na sua boca e depois vai embora.

– Me expulsando?

– Uhum – beijei-o de novo. – Com certeza.

– Achei que só eu pudesse dar ordens aqui.

Ele apertou meu mamilo e o torceu, eu suspirei e me senti arrepiar com os dedos dele ali e mais a água quente no corpo.

– Você está no meu território, nada mais justo do que eu mandando.

– Se achando esperta…

Ele me virou com brusquidão pra o vidro do box e usou o peso de seu corpo nas minhas costas pra me apertar ali, passando as mãos pelas minhas coxas mordendo a parte de trás do meu pescoço devagar, passeando a língua vagarosamente depois pelos ombros e orelha. Porra, ele me deixa com tesão em pouco tempo. Já sentia o meio das minhas pernas umedecer e mordi os lábios.

Abriu minha bunda com as duas mãos e então afundou seu pau dentro de mim com um choque sonoro dos nossos corpos, rápido e duro, sem aviso nenhum. Me empinei pra trás e gemi com a boca apertada no vidro escorregadio, deliciada com a surpresa.

Sasuke gemeu roucamente na minha orelha e depois mordeu o lóbulo, respiração já falhando.

– Sempre apertada e gostosa pra mim... – murmurou de novo e eu me remexi contra o corpo dele.

Passou sua mão enorme pela minha barriga e então aquele movimento que eu conhecia e me enlouquecia totalmente, esfregou seus longos dedos por entre os lábios da minha buceta massageando o clitóris inchado quando o corpo dele se movia pra frente e pra trás, eu gemia e sentia meus peitos com os mamilos duros pressionados no vidro balançando pra cima e pra baixo, a carne da minha bunda tremendo na outra mão dele quando ele entrava e depois dava um tapa e apertava murmurando que era bom, esfregando o dedo no meu ânus em movimentos circulares me fodendo de um jeito gloriosamente gostoso logo pela “manhã”.

Sasuke me abraçou por trás e seu pau me preencheu totalmente, gemi e ele entrava mais e mais, como se ainda fosse possível, pressionando o corpo pra frente me apertando contra o vidro, movendo só o quadril pra frente. Eu mesma voltei minha mão pra onde a dele estava e comecei a me masturbar sentindo meu orgasmo chegar, descendo pelo ventre com uma sensação morna e explosiva, como se um peso terrível estivesse sendo tirado de minhas costas.

Minha buceta se contraiu a volta dele e me contorci escorregando meus peitos sobre o vidro quando gozei sem saber como, dando um grito desesperado e alto demais, pela surpresa de como aquilo me atingiu. Não sabia que estava pronta pra isso daquele jeito. Minha respiração estava acelerada e os olhos apertados, gemendo e rebolando depressa a cintura em círculos fazendo-o grunhir na minha orelha, as duas mãos agora apoiadas no vidro pra que eu não caísse de pernas bambas e me desfizesse ralo abaixo junto com a água.

Não parei, nem ele. Meus movimentos ficaram mais desesperados e ele quase nem estava saindo, estava parado sentindo eu apertar o pau dele por dentro, molhada e comprimida enquanto gozava longamente e não sabia mais quando parar de rebolar e gemer que sim, quando parar de sentir gostosa a boca dele na minha orelha e a respiração descompassada. Foi tudo tão rápido que fiquei tonta, minha cabeça girou e meus ombros tremeram com a sensação quente e sem fim de um orgasmo repentino que eu nem sabia que conseguia ter em cinco míseros minutos no que era pra ser só uma foda, no máximo, provocante no banho. Meu corpo respondia perfeitamente ao dele.

Sasuke se retirou de mim e eu me joguei nos braços dele com as mãos apoiadas em seu pescoço colando nossos corpos, sentindo ele ainda furiosamente duro e quente na minha barriga enquanto a água escorria leve sobre nós. Meu corpo estava fraco, mas eu ainda aguentaria mais, e queria mais. Queria senti-lo se desmanchando dentro de mim como das outras vezes, aquilo estava me causando um tipo de dependência que me assustava e me agradava, era insano demais.

Fechei o chuveiro e saí andando nua até ao quarto, deixando rastros molhados da água pingando pelo corpo e cabelos e Sasuke seguindo cada pequena poça no chão, atrás de mim, minhas pernas quase fora de controle e a pele se arrepiando em contato com o ar gelado do cômodo com as janelas abertas.

Quando ele chegou perto, me olhando com os olhos escuros, o cabelo molhado absolutamente sexy, eu esfreguei as palmas das mãos e depois as unhas pelos seus ombros e circundei a clavícula com a língua, sem fazer contato com mais nenhuma parte do corpo. Parecia que, mesmo com a água fria nos cobrindo e o vento gelado na pele, ele ficava mais quente e os músculos tremiam na minha boca, que estava beijando seu peito e subindo de volta ao pescoço e depois pra orelha.

Ele resmungou alguma coisa sobre eu chegar mais perto e então virei e o coloquei sentado na cama ajoelhando no chão entre suas pernas com as mãos apoiadas cada uma em uma coxa dele.

Sasuke enrolou os dedos nos fios lisos molhados do meu cabelo e os segurou no alto da cabeça, sabendo do que eu ia fazer com a boca nele e que a ajuda da mão segurando meu cabelo no lugar era mais do que bem vinda. Ele ergueu um pouco o quadril da cama e encaixou seu pau na minha boca, escorregando quase tudo de uma vez entre meus lábios entreabertos e depois os apertei em volta da carne molhada pela água, pelo líquido e gosto da nossa excitação misturada, a cabeça melada e morna escorregando até ao fundo da minha garganta e eu engasguei e prendi uma tosse.

Ele mordeu o lábio e sorriu maliciosamente pra mim, acariciando meu queixo. Meus mamilos encolheram, duríssimos expostos úmidos na corrente fria e respondendo a visão quente que era Sasuke fodendo ritmicamente minha boca com um nó entre as sobrancelhas grossas escuras, nossos olhares focados como se aquilo fosse um desafio em que perderia quem desviasse primeiro, minha cabeça sendo empurrada pra trás toda vez que ele mexia o quadril pra frente deslizando-se quase por inteiro na minha boca e tirando com desespero, pra sentir como era repetir aquilo vezes sem conta.

Fechei os lábios à volta da cabeça e suguei e massageei com a língua dura, desenhei com a ponta suas veias grossas e a linha rosada da cabeça, tremendo como se estivesse eletrificada. Ele fechou os olhos e abriu a boca, suspirando forte com a respiração feita em confusão, sem ritmo.

Continuei chupando, concentrando depois a língua numa porção de pele rosa forte, por onde eu via a lubrificação se soltar em gotas aguadas, que brilhava e parecia ter vida própria estremecendo quando eu pressionava a língua quase sem sair do lugar, gemendo de prazer por ver ele assim, massageando o resto abaixo da minha boca com a mão em círculos pra cima e pra baixo, escorregando com facilidade pela saliva que estava ali, torcendo a pele fina  no meio do aperto forte que ele parecia gostar.

– Que boca gostosa – sussurrou e eu sorri, dando um beijo e uma lambida pela cabeça. – Me deixa foder. Abre pra mim.

Apoiou uma mão no colchão e a outra foi pra o meu queixo, então abri a boca e coloquei a lingua pra fora, fiquei parada e ele mesmo guiou seu pau pra dentro e deixou pousado na minha língua, depois moveu o quadril vagarosamente pra frente e pra trás, esfregando-se na quentura antes de afundar tudo e gemer um palavrão.

Apertei os lábios a sua volta e ele começou a foder minha boca sem piedade, sem querer saber se os movimentos eram rudes demais que dava pra sentir meus dentes por ali, minha língua o acariciava onde e como dava, chupava o ar pra dentro pra sugá-lo até as bochechas ficarem num côncavo acentuado que marcava seu pau pela bochecha.

Tentando não engasgar, esfreguei as mãos sobre os dois mamilos e comecei a gemer de forma entrecortada, sem acreditar que poderia gozar de novo chupando Sasuke e acariciando os bicos rígidos dos seios, completamente pervertida e excitada com aquela visão, com os gemidos roucos e graves dele sobrepondo-se ao som que vinha de longe da TV ligada na sala, o movimento pornográfico dos músculos dos braços e peito quando se movia pra frente, a barriga contraindo, o leve ranger da cama e o som molhado da minha boca sendo usada daquele jeito possessivo, por luxúria e desejo carnal. Senti-o ficar rapidamente mais inchado e quente, a ponto de o sentir ferver na minha boca, e seu grunhido rouco veio, me avisando que explodiria a qualquer segundo se eu continuasse do jeito que ele gostava, chupando e sugando gostoso enquanto ele me fodia ao seu passo e dizia que eu era uma boa putinha, safada e gostosa.

Sasuke abriu os olhos e tocou no meu rosto de novo, depois apertou meu nariz e veio com força pra mim boca, eu senti os olhos arderem e soltei um grito abafado, desesperada por ar.

Riu e tirou a mão, retirando depois seu pau da minha boca. Suspirei pesadamente e recobrei minha respiração, me afastando dele e levantando.

Limpei com as pontas dos dedos os cantos da boca e respirei ofegante de novo, olhando pra ele se masturbar com o olhar focado nos meus peitos. Iria gritar com ele e perguntar se estava afim de me assassinar sufocada, mas aquele olhar escuro me dava até arrepios na nuca.

A mão descia e subia rápido com golpes fortes pela sua própria extensão grossa e terrivelmente dura, enquanto ele grunhia com os dentes cerrados evidenciando seu maxilar reto e anguloso, correndo as pupilas pelo meu corpo e se prendeu nos meus dedos de volta apertando os mamilos e eu gemendo baixo, manhosa, como uma súplica necessitada. Me aproximei dele e o deitei na cama empurrando seus ombros, meus dois joelhos afundaram na cama ao lado do corpo dele, me curvei lhe dando a visão da minha bunda no ar e os lábios da buceta apertados entre as coxas, e abaixei a cabeça pra lamber as ondas delineadas da sua barriga e dar beijos perto do umbigo, inalando a pele e rindo ao sentir o cheiro do meu gel de banho de frutos vermelhos.

Sasuke segurou em uma das minhas coxas e levantou pra que eu passasse a volta do corpo dele, a bunda na altura do seu rosto e enlaçou os braços me puxando pra baixo, alisou minha coluna com a palma da mão pra que eu a curvasse e me empinasse, então deu uma lambida esfregando a língua leve e macia pelo meu clitóris ao ânus, mordeu minha bunda e deu um tapa.

Me posicionei melhor e me apoiei num braço com o antebraço na cama e uma mão acariciando suas bolas pra tomá-lo de novo na boca e começar a chupar seu pau enquanto ele sugava meu clitóris, ora mordia os lábios, raspava sua barba rasa picante pelo interior da minha coxa e eu estremecia e gemia com a boca cheia. Usou as duas mãos pra me abrir e enfiou a língua no buraco quente, molhado e pulsando implorando por uma carícia, moveu-a lá dentro e eu me contraí tentando puxar sua língua mais dentro. Meus lábios escorregaram desesperados no pau dele, molhando desajeitadamente com minha saliva quando gemia com a boca aberta e ele movia o quadril pra cima.

Seu peito estava se movendo conforme a respiração falha, meus seios se roçavam contra a barriga dele ao me mover pra rebolar na sua boca, perdida naquele prazer que não parecia ter fim até que me sentisse derrotada. Com Sasuke era assim. Eu só sabia parar quando extrapolava o limite da força do meu corpo, quando imaginava que poderia ficar sem andar nem sentar direito, quando só queria fechar os olhos sem controle das pálpebras e sorrir porque sempre gozava maravilhosamente.

Sem aguentar mais, comecei a bater uma pra ele enquanto, quase sentada, rebolava na sua boca e afundava seu rosto no meu peso e na minha carne, sentindo seus lábios a volta do meu centro molhado puxando-o pra si e a língua acariciando ainda mais dentro da boca, os dois gememos alto e minha cabeça girou.

Sasuke deu mais um tapa na minha bunda e eu senti seu gozo escorrer na minha mão e seus espasmos e coxas tremerem enquanto ele mergulhava dois dedos na minha buceta e depois os esfregava querendo entrar no ânus, esticando o buraco apertado até que escorregassem e eu gozei.

Apertando a boca melando os lábios na minha umidade, ele continuou movendo seus dedos no outro buraco, forçando-os pra dentro, fodendo, sussurrando pra si puta merda, que cuzinho delicioso contra minha pele vibrante, me abrindo com a outra mão, revelando meu clitóris e o chupando com gana e o som de sucção com um estalido, e eu girei os olhos como se fossem pra trás da cabeça, gritei seu nome e me joguei na cama tremendo e me contorcendo por alguns segundos enquanto ele ria e a sensação de orgasmo, rebentando dentro do ventre, correndo pelos meus membros em forma de espasmos fortes, começava a sumir aos poucos deixando um sentimento de leveza pelo corpo, ecos de prazer como cócegas, e eu sentia até os dedos dos pés se enroscarem e os ombros encolherem.

Minha bunda estava se contraindo sozinha e minhas pernas bambas, ri e passei a mão limpa pelo cabelo e a que estava molhada de esperma pela parte molhada do lençol.

– Ah, meu Deus – suspirei e me estiquei na cama, com as pernas e braços separados, sentindo meus olhos se fecharem mas o estômago roncando.

– Te fiz gozar gostoso na minha boca e agora posso ir embora?

Acenei positivamente com a cabeça.

– Se quiser tem café ainda, mesmo sendo tarde pra caralho.

Sasuke se espreguiçou com um rosnado grave e se levantou me dando a visão do seu corpo meio molhado não sei se de suor ou pela água e seu pau e coxa cobertos de um pouco de esperma ainda. Não disse nada, foi pro banheiro se lavar e eu troquei rapidamente os lençóis, me limpei e usei uma camiseta qualquer pra ir estrelar ovos, fritar fatias de bacon e fazer café.

Comemos em silêncio porque, obviamente, não tínhamos muita coisa pra falar e nem coisas em comum quando não estivessemos fodendo, até onde sabíamos. Mas um silêncio só um pouco desconfortável porque a TV ligada aliviou a barra toda. E eu também estava cansada e com sono demais pra procurar o que falar.

Enquanto ele foi vestir sua camisa, eu tirei a louça suja sob o olhar perfurante dele nas minhas coxas e os bicos dos peitos aparecendo marcados na blusa. Seria cedo demais dizer que estava com tesão por ele sempre que dividimos o cômodo?

Sasuke recolheu o molho das suas chaves e enfiou o celular no bolso da calça, parado perto da porta.

– Tchau – disse secamente, abrindo a porta. Olhei pra ele e sorri.

– Aham, tchau.

– Você não faz muita coisa, não é?

– O que quer dizer com isso, exatamente? Faço muitas coisas, meu querido.

– Ainda não parou com essa merda?

– Preciso?

Ele suspirou e riu pelas narinas como sempre fazia.

– Eu vou te passar um endereço por mensagem. Apareça lá sexta à noite.

– E onde seria?

– Meu apartamento.

Pisquei lentamente, com desinteresse, e balancei a mão no ar.

– Como disse, fofinho, faço coisas. Até lá, vejo se apareço no seu apartamento.

Sasuke deu um sorriso esticado, bem falso, e não disse nada enquanto fechava a porta e sumiu, me deixando sozinha encarando a porta. Ele era um belo de um merda, e caralho, até que a gente se entendia bem quando estávamos sem roupas, mas fiquei bem surpresa de ele me chamar pro apartamento, já que eu nem sabia que ele morava sozinho.

Pela primeira vez em muitas horas fui mexer no celular, e estava bombardeada de mensagens. Ino, Hinata, Naruto. E um grupo com os três. Caralho, por que fazem esse tipo de coisa?

Senti preguiça ao ler que todos sabiam que eu estava com Sasuke em meu apartamento, e estavam preocupados com a minha integridade física e saúde mental. Eu apenas respondi que estava ótima, e que queria saber o motivo de 280 mensagens no meu celular por estar cansada demais para ler tudo.

Eles disseram que queriam fazer uma festa surpresa no aniversário de Sasuke. Eu deduzi antes de tudo que ele odiaria aquilo, normalmente festas surpresas são mais para as pessoas mal humoradas que não gostam de festas, tipo Sasuke. Eu mesma sou assim, chata pra caralho.

“Ele vai gostar disso?”

Naruto: Desde quando alguém liga pro que esse cuzão gosta?

Ino: Eu só gosto de festa!

Eu: Não to afim. Já tive muito dele esse final de semana.

Ino: Você vive fodendo com ele né, Sakura, a gente não. Favor de facilitar as coisas.

Eu: Façam como quiserem.

Naruto: Vamos aparecer na sua casa pra combinar. Ele vai gostar sim!

Eu: Não quero ninguém aqui.

Ino: Amanhã de tarde.

Eu revirei os olhos e coloquei o grupo no silencioso porque as especulações nojentas sobre eu e Sasuke estarmos nos gostando tinham começado, e piadinhas sobre eu ter deixado ele dormir na minha casa. Tudo que Hinata fez no grupo foi mandar linhas de emojis de riso a cada frase que Ino ou Naruto escreviam e ainda mandou a imagem de um diagrama, depois pediu desculpas e disse que foi pro grupo errado. Os dois loiros é que tinham tempo a perder digitando entre eles ali, emanando burrice ortográfica e incoerência.

Meu sábado não podia ser mais entediante. Só fiquei em casa vendo TV o dia todo, não saí e nem fiz outra coisa produtiva pela parte da tarde, senão dormir pra relaxar meu corpo completamente e ficar olhando a mensagem que Sasuke tinha mandando há uns minutos com seu endereço.

Considerei não ir, por um momento, mas minha curiosidade em ver de que buraco ele saía, como vivia e o que fazia quando não estava nu e de pau duro na minha frente era maior do que qualquer coisa, e já comecei a sentir que a semana iria demorar propositalmente a chegar no final, só pra me agoniar ainda mais.

No domingo, antes do meio dia, Hinata e Naruto chegaram e tomaram café comigo sentados no sofá, Hinata de saia com as pernas esticadas no colo dele e ele acariciando seu joelho com os dedos.

– Ele dormiu aqui?

– Sim, Naruto.

– Mesmo?

– Mesmo, caralho. Pra que tá fazendo caso disso, mano?

– Sei lá, ele mal dorme na minha casa.

– Porque você não dá pra ele. Se tivesse uma buceta iria entender como caras são manipuláveis.

– Ela tem razão. – Hinata disse, se remexendo no sofá.

– Falando em dar – olhei pra os dois com os olhos semicerrados, apontando o dedo de um pra o outro – E vocês dois aí? Com essas pernas no colo...

– Nós o que?

– Não se faz de desentendida, Hina – ri.

– Nós… estamos tentando... – Naruto sorriu olhando pra Hinata e se curvou pra dar um beijo estalado na bochecha dela. Ela ficou vermelha na hora e cobriu a boca com a mão dele, sorrindo por trás dos dedos. Era adorável.

Poucos minutos depois Ino chegou como um furacão, já discutindo com Naruto sobre o que quer que seja que eles tinham falado antes no grupo.

– Mas e então, como vai ser essa festa aí? – disse Ino, indo fuçar na minha geladeira.

Eu tenho o conselho de não dar intimidade excessiva para seus amigos, porque eles começam a fazer esse tipo de coisa. Naruto com a lancha em cima da minha mesa de centro, Hinata sentada como uma princesa cheia de classe, Ino bebendo minha coca e arrotando sonoramente limpando a boca com as costas das mãos.

– Sei lá – Naruto deu de ombros. –, eu só tava com ideia de ir pra casa dele com um bolo definitivamente não de chocolate e muita cerveja pra encher a cara até morrer.

Ergui as sobrancelhas e arregalei os olhos.

– Ele não come chocolate? Por quê?

– Porque não gosta.

– Deus do céu! – Revirei os olhos e me joguei no sofá, ao lado de Hinata. – E isso é pra quando?

– Sexta. Tenho a chave, a gente pode aparecer por lá antes dele voltar do trabalho e já era, uma festa que vai deixar ele muito feliz.

– Sasuke não vai gostar disso.

– Sakura tem razão, ele parece bem antipático – concordou Hinata.

A tarde se desenrolou numa discussão sobre o quão assustador Sasuke era e minha comida sendo dizimada aos poucos. Hinata, em particular, confessou que morria medo dele, até de dar oi. Ino disse que não sentia nada além de um leve tesão por ele e por seu perfume, Naruto chamou ele de um monte de palavrão mas disse que considerava-o seriamente e, pra um cara como Sasuke, aguentar um tipo como Naruto era mesmo sinal de muito amor existente ali, e eu fiquei calada.  Não tinha nada a falar sobre, mas deixei eles saberem que eu achava que ele não gostaria dessa surpresa, introvertido e fresco do jeito que era.

Enquanto os três falavam sem parar na sala, Hinata ainda com as pernas irrequietas no colo do namoradinho e Ino comendo compulsivamente, eu peguei no celular e abri a mensagem com o endereço de novo. Seria muito estranho Ino, Naruto e Hinata aparecerem por lá com um bolo e me encontrarem numa situação constrangedora sendo fodida por Sasuke talvez no sofá ou na mesa de jantar da casa dele - eu estava ciente que não estava indo lá pra nada mais além disso - então estava ficando com séria dúvidas sobre uma ida pra lá nesse dia.

Eu: Sexta é seu aniversário?

Ele estava online, então demorou poucos segundos a responder, graças a Deus, pela primeira vez. Talvez por pânico por eu estar sabendo algo do tipo.

Sasuke: Não.

Eu: Eu sei que é. Naruto acabou de me contar. Não vou pra sua casa na sexta, eles querem fazer festa surpresa.

Sasuke: Ok. Valeu por avisar, não vou estar lá também.

Eu: Puta merda, você é desagradável, mano.

Sasuke: Fala que não quero essa merda.

Eu: Já falei o quão insuportável e infeliz você é, mas ninguém me ouve.

Sasuke: Beleza. Vou pra sua casa na sexta.

Oi?

Eu: Por que?!

Sasuke: Ninguém vai me procurar aí. Não finja que não quer. Vou trabalhar agora.

Não respondi porque achei desnecessário. Ele não ia mudar de ideia e estava querendo mesmo fugir de festas. Porra, como o cara consegue ser tão chato?

Segunda feira chegou com todo seu peso, e quem era eu pra não ir pra o trabalho cansada mesmo sem ter feito nada de interessante senão dormir?

Tenten e eu tomamos conta do estoque mais uma vez, só que com mais calma, e pelo resto da semana teve muito movimento, então não foi assim tão terrível e não fiquei gastando a carga do celular jogando, já que estava sem o tinder.

Na sexta de tarde, à hora do almoço, mandei mensagem pra Sasuke perguntando a que horas apareceria em minha casa e se não queria que eu fizesse a gentileza de passar pelo supermercado pra comprar uma torta de maçã pra gente comer depois de gozar, talvez como uma tentativa de me fazer sentir menos pior por estar ajudando ele a escapar da festinha surpresa de Naruto e companhia, mas tomei vácuo, como era de se esperar. Mesmo estando online ele não abriu a mensagem. E também não o vi mais online.

Naruto ligou muito animado perguntando o que eu iria beber, feliz porque a Hinata finalmente ia liberar pra ele depois da casa de Sasuke, e eu me senti bem traíra por estar deliberadamente abrigando o fugitivo vítima de festa surpresa.

Depois de ter chegado em casa bem exausta, tomei um banho rápido antes que Sasuke chegasse e me encontrasse imunda, passei um creme cheiroso no corpo e me encolhi nua nas cobertas no sofá vendo TV até quase depois das nove da noite, quando minha campainha tocou e eu fui espreitar pelo olho mágico, a imagem distorcida de Sasuke parado em roupa social do outro lado da porta, gloriosamente gostoso.

Senti um fio de culpa, mas mesmo assim abri a porta e o convidei para entrar. Eu estava saindo apenas para passar na casa dele, fingindo não saber de nada. Deixei o homem sozinho sentado na minha sala, e não falamos nada. Me vesti, abri a porta e saí.

Que buraco estou me enfiando. Espero mesmo que livrar esse idiota da própria festa não me traga problemas.



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