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História Tira esse fone Jisung! - Moreno. Lacrou.


Escrita por: Starco

Notas do Autor


OOOOI PORFAVOR NÃO ME BATEM
desculpa pro demorar muito novamente
a pROVA TÁ MUITO PERTO TO EM DESESPERO ESTUDANDO
mas consegui terminar o capítulo djfhjksdhfjkd
Não foi tããão grande como eu esperava, mas é bem maior que a maioria (?)

Enjoy! (é apartir desses que teremos um pouco de drama amigos, segurem os lenços)

Capítulo 9 - Moreno. Lacrou.


Fanfic / Fanfiction Tira esse fone Jisung! - Moreno. Lacrou.

 

 

Era cedo. Muito cedo. Ninguém gosta de acordar cedo na segunda-feira para ir pra escola.

 

 

Mas o garoto moreno corria desesperado de um lado pro outro, revirando as almofadas do sofá, levantando o lençol da cama, as cobertas.

 

 

Nada.

 

 

Jogou as bagunças da gaveta no chão, olhou por trás do computador, até mesmo debaixo de sua câmera. Nada.

 

 

-Mas onde é que tá essa por-

 

 

-Onde tá essa porcaria né Hyuck, era isso que você ia dizer? –Aquele tom ácido, aquele cheiro de queijo azedo e suor de bacalhau no seu quarto. Taeyong. –Esse desespero todo por um celular?

 

 

-Me dá isso logo hyung. –Donghyuck estendeu a mão, recebendo no ar o seu amado celular enquanto encarava Taeyong com repugnância. –Já são 6h da manhã e você não tomou banho? O que foi? Pulou o dia de sábado e decidiu emendar outra semana com esse cheiro de parafina queimada?

 

 

-Isso é suor de um homem trabalhador, seu petulante! –Vociferou virando de costas, saindo pela porta do quarto do irmão mais novo. –Você tem sorte de eu não pegar essa sua câmera e ir vender pra conseguir um motor melhor no meu carro...

 

 

-Também te amo hyung! –Zombou quando ouviu a voz do irmão já longe, lembrando-se de sua motivação inicial. O celular.

 

 

Sem se importar com a bagunça no quarto, pegou a mochila com tudo o que precisava – sua preciosa câmera também – e fechou a porta atrás de si, andando pela casa até a sala, onde se jogou no sofá e começou a procurar rapidamente pelo familiar número de celular.

 

 

Discou uma, duas vezes. Ninguém atendia. Certo, bater em Chenle por não lhe atender em uma situação super importante, anotado.

 

 

Procurou o outro número e discou. Seria mais persistente com esse. Na quinta ligação o ruivo atendeu.

 

 

- O QUE VOCÊ QUER HYUCK?! SÃO 5H30, NÃO TEM COMO ESPERAR ATÉ CHEGAR NA ESCOLA? –Afastou o celular do ouvido evitando ficar surdo pelos berros de Renjun, que provavelmente estaria esparramado na cama tentando dormir mais alguns minutos extras.

 

 

- Bom dia Ariel, como está você?

 

 

- Vai á merda.

 

 

- Estou bem também. Escuta, preciso de uma opinião... Bom, eu não contei algo muito importante pra vocês que aconteceu mas... Ah, não importa. Acha que Mark deve ficar com o loiro ou ficar moreno? –Disse numa rapidez preocupante para alguém que conversa com um semi-morto.

 

 

- Você me acorda dos meus 15 minutos extras de sono pra falar essa porcaria Lee Donghyuck? –Renjun disse numa voz sombria que arrepiou todos os cabelos do moreno, até os que ele nem sabia que tinha. –Eu vou desligar antes que eu cometa um crime de ódio via áudio.

 

 

- Mas-

 

 

- Até mais tarde. Se sobreviver. – A ligação foi interrompida e o moreno deu um longo suspiro, procurando no celular aquelas montagens que fizera com as suas preciosas fotos de Mark Lee, moreno.

 

 

Será que ele iria dar aquele lacre de matar Donghyuck apenas piscando se ficasse moreno? Perderia aquele brilho de sol majestoso que havia no olhar, realçado pelos cabelos sedosos, macios e loiros?

 

 

Será que abalaria as estruturas do colégio mudando o cabelo loiro e angelical para um moreno trevoso?

 

 

A incógnita mais difícil para Donghyuck, ou melhor, Haechan, o fotógrafo do time.

 

 

~*~

 

 

- O que você quer? –Virou-se de súbito, encarando o garoto levemente moreno de sorriso irritante.

 

 

- Nada, qual é a sua? –Retrucou de braços cruzados, fitando o outro de forma detalhista, tentando captar toda e qualquer ação, até mesmo o ritmo das batidas de seu coração. –O que você tem com o Renjunie?

 

 

- Renjun. –Consertou involuntariamente, voltando a caminhar para qualquer lugar que pudesse fugir daquele garoto. –Não é da sua conta.

 

 

- Você se acha né? Sou amigo dele e você parece uma pedra dentro do tênis dele, vive trombando nele, jogando esse olhar de cachorro abandonado, todo melancólico quando o vê. –Seguiu Jeno com afinco, não desistindo de seu objetivo.

 

 

Afinal, Jaemin já estava de saco cheio de Jeno perseguindo seu amigo. O observou por toda a semana e a conclusão que teve não lhe foi nada agradável. Com certeza os dois se conhecem, Jaemin nunca se engana.

 

 

Mesmo Renjun se mostrando muito confiante e forte na frente daquele projeto de jogador de futebol americano, dava pra ver em seu olhar um sofrimento muito melancólico que se escondia muito bem na cara naturalmente amarrada dele. Isso fazia doer tanto o coração de Jaemin que ele se sentia na obrigação de resolver tudo aquilo.

 

 

O seu possível te considero um pouco mais que amigo não deveria sofrer assim.

 

 

- E daí? O que você tem a ver com isso? –Resmungou ainda tentando fugir do outro, aumentando os passos conforme estava perto da porta da sua próxima aula. –Isso é entre eu e o Junjun...

 

 

- Junjun?! Como você ainda tem coragem de-

 

 

- Com licença, será que os dois poderiam parar de discutir sobre minha pessoa? –Uma voz bem conhecida por ambos se fez presente, causando calafrios por causa da voz séria e calma demais. –Nana, vem comigo.

 

 

 - M-mas Ren... –Olhou para o ruivo que mantinha o olhar fixo em algum ponto do rosto de Jeno, que também o encarava. –Ele...

 

 

- Na Jaemin. –Dessa vez, direcionou o olhar frio para o amigo que apenas baixou a cabeça e assentiu baixinho, caminhando em sua direção. –Não tenho nada pra falar contigo Jeno.

 

 

E deixando o moreno de mechas verdes para trás, foi andando em direção á saída da escola acompanhado do seu amigo sorriso colgate, sem se importar com o resto das aulas e nem com a mochila. Depois pediria para Chenle passar lá e pegar. Precisava descansar naquele momento.

 

 

E quem sabe se abrir pela primeira vez de verdade sobre o que aconteceu há tanto tempo atrás.

 

 

~*~

 

 

- Jisung, é simple past. Você colocou todas as sentenças no simple present. –Chenle resmungava olhando o caderno de Jisung com o exercício mais fácil que já vira em todos seus 16 anos. Como alguém podia errar tanto depois de estudar quase todo dia com um gênio como ele? –Não acredito nisso.

 

 

-Aaah desculpaa. –Agarrou os fios da cabeça com as mãos e ficou puxando de raiva. Aquelas conjugações eram tão estranhas, a pronúncia tão esquisita, inglês é o portal para o inferno. –Não consigo de jeito nenhum conjugar isso Chenle.

 

 

- Já faz uma semana que estamos estudando todo santo dia, até Jaemin o mais burrinho do rolê aprendeu! –Cruzou os braços largando o caderno na frente de Jisung, fazendo um bico involuntário. –É culpa minha?

 

 

-O quê? N-Não, não, não! É minha, eu que sou burro. –O loirinho com a cabeça de cogumelo levantou-se da cadeira do refeitório, gesticulando afobado com as mãos. –Você é um e-excelente professor... Lele. –Comentou levemente corado. Ainda era muito tímido perto do chinês, mas estudando com o adorável verbo to be naquela semana, havia se acostumado com muitas coisas.

 

 

- Uma frase agradável para meus ouvidos. –Sorriu de lado ao escutar o apelido com seu nome, mas preferiu permanecer quieto, guardaria suas cartas bem no fundo de suas mangas. –Você vai para a quadra agora não é?

 

 

- Uhum... Ah, que preguiça. –Resmungou fazendo manhã e batendo o rosto na mesa, grunhindo de dor ao bater em cima do fone que estava no seu ouvido, fazendo machucar sua orelha. –Mas não posso deixar Mark na mão... Aliás, tenho visto seu amigo por lá, o que aconteceu?

 

 

- Ah. –Riu baixinho lembrando-se de como Donghyuck fez um escândalo quando contou sobre o acontecimento com Mark, quase morrendo de desespero quando chegou na parte em que ambos andaram até sua casa e agora seu crush supremo sabia que Taeyong era seu irmão nojento, que inclusive quase voou em cima do capitão do time pensando ser um oportunista ou um perigo alarmante para o irmão mais novo. –O time tem um novo fotógrafo.

 

 

-Sério? Mas pra quê isso? –Indagou Jisung colocando a mochila nas costas, esperando o chinês se arrumar. –Fotógrafo pra time?

 

 

- É, pra fazer publicidade. Hyuckie é o único fotógrafo sobrevivente nessa escola, eles têm muita sorte. –Colocou a mochila no ombro e começou a caminhar ao lado de Jisung, que era um pouco maior que si e andava um pouco desengonçado, sendo estranhamente fofo. –Mas sorte mesmo é ter você como jogador, como você ainda não encostou no teto?

 

 

- É questão de tempo até alcançar. –Riu daquele jeito estranho que Chenle aprendeu a gostar enquanto estudavam. Só ria assim quando se sentia confortável. – E você continua crescendo pra baixo...

 

 

- Ya! Quando foi que ficou assim? Culpa do Jaemin né? Cadê o Sung inocente que eu conhecia? –Bufou dando um leve tapa na nuca do outro, que soltou um muxoxo de reclamação. –Vou regrar essas companhias suas.

 

 

- Seus próprios amigos? –O olhou com num misto de curiosidade e espanto.

 

 

- Nem eu dou crédito pra eles Jisung.

 

 

- É muito amor envolvido. –Riu alto chegando na porta do ginásio e virando-se de frente para o outro. –Você vai...

 

 

- Entrar e assistir vocês caindo no chão com tudo tentando jogar basquete? Óbvio que sim, vai ser hilário. –Sorriu zombeteiro entrando no ginásio e deixando Jisung para trás.

 

 

- Não sei nem porque eu tento.

 

 

~*~

 

 

A senhora baixinha olhava no relógio de sua sala, ansiosa enquanto esperava por sua carona. Seu esposo já estava no seu cochilo da tarde e faria companhia a ele se não precisasse sair naquela hora. Estava um pouco nervosa por ir ver sua filha depois de tanto tempo e o coração doía-lhe por saber que apenas ela poderia ir até a filha, e não ao contrário. Queria levar o netinho junto, mas o mesmo estava na escola e a amizade dele com um certo familiar que estaria presente não era nada boa.

 

 

Contaria as notícias para ele quando chegasse. Assim, ninguém se estressaria.

 

 

Apenas quando ouviu o buzinar do carro que, forçando seu corpo para levantar, saiu pela porta da frente, tomando cuidado para que seu pequeno bixinho não saísse para a rua. Olhou para o carro em sua frente e suspirou baixinho, entrando pela porta do passageiro e vendo aquele homem repugnante novamente.

 

 

Não gostava de rancor nenhum, mas esse homem superava toda a sua filosofia de vida.

 

 

- Olá minha qu-

 

 

- Não. Eu só quero ir ver minha filha. Basta. –A senhora retrucou numa voz firme sem encarar o homem ao seu lado, olhando para frente. Apenas quando sentiu o carro partir é que pôde soltar um suspiro que não percebeu que havia prendido.

 

 

A viagem foi angustiante, tanto por estar ansiosa como por estar na presença de alguém que fez sua família sofrer tanto por uma besteira. Ainda não acreditava em tudo o que tinha acontecido. Toda vez se perguntava de como a vida poderia ter sido se esse homem não tivesse se casado com sua filha.

 

 

A única coisa triste é que não teria seu neto tão amoroso. Sua única esperança, junto de seu esposo, naquela família.

 

 

Ao chegar, a senhora desceu sentindo um peso enorme sobre as costas. Aquele lugar, sem vida, branco e vazio. Apenas sentia o cheiro de tristeza e tamanha melancolia onde deveria sentir a esperança.

 

 

Cada passo era um pesadelo, cada quarto que passava mais peso sentia. Era inevitável ignorar a visita naquele lugar, teria que ir mesmo assim.

 

 

Parou de frente ao quarto 127 fitando a maçaneta por um bom tempo. Sabia que aquele homem estava atrás de si esperando alguma confirmação para que entrasse. Mas hoje não. Sua filha não aguentaria ainda.

 

 

- Fique aí. –Disse sem olhar para trás, colocando a mão na maçaneta. –Se por acaso ela estiver melhor, talvez você entre. –E abriu a porta, fechando-a rapidamente atrás de si com cuidado.

 

 

Respirou fundo e depois de um bom tempo abriu os olhos, encarando aquela maca branca e cheia de aparelhos ligados a uma pessoa. Sua querida filha, tão bondosa e gentil. Caminhou a passos lentos e sentou-se na cadeira ao lado, observando a face da filha.

 

 

Era tão linda antigamente, sorria para as paredes e todos invejavam suas habilidades. Era boa ouvinte, cantava tão bem. Corria pelos campos como se não houvesse amanhã, como se fosse a última vez que poderia fazer aquilo.

 

 

E até agora, foi.

 

 

- Minha filha... –Tocou a mão desfalecida da mulher que outrora era cheia de vida e agora cheia de esparadrapos e gessos. Outrora respirava ofegante por correr e agora respirava por aparelhos. Entalou a boa dose de tristeza garganta á baixo e focou-se em ser positiva. –Está acordada querida?

 

 

Um leve concordar de cabeça fez com que a senhora se sentisse um pouco mais feliz. Antes nem mesmo respondia e agora podia lhe ouvir. Uma pontada de esperança lhe aqueceu.

 

 

- Estamos com saudades de você, sabe que sempre vamos estar aqui certo? –A filha apenas acenava com a cabeça e mexia levemente a mão, não podendo falar ou olhar para sua mãe. –Jisung está melhor. Fez amigos nessa nova escola e anda sorrindo para as paredes...

 

 

Sentiu um aperto mais forte pela mão da filha e viu o quanto estava contente. Mãe não muda afinal, filhos são sempre preciosos e as coisas mais importantes de suas vidas.

 

 

- Teve coragem até de aprender aquela língua que você ensinava tanto para ele e ele nunca aprendia... Acho que ainda não aprendeu, mas isso é um bom sinal não é? –Riu baixinho e viu a filha mexer os lábios pela primeira vez depois de ter sido internada.

 

 

Passou mais tempo do que devia conversando sobre o neto para sua filha, vendo-a tão feliz mesmo em pequenos atos. Esperava de todo o coração que todos pudessem ser uma grande família novamente, sem receios, nem preconceitos.

 

 

 


Notas Finais


Eai? Gostaram? Falem pra mim o que acham que é esse final rs
Preparem-se para Reno no próximo capítulo. É, acho que vou revelar o plot rs
Bye, até o próximo szsz


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