Notas do Autor
Bem antes de mais obrigada por todos os comentários do capítulo passados eu amo vocês todas ♥
Eu acho que esse é o melhor capítulo de todos até agora é muito fofo mesmo e é enorme o que quer dizer que o próximo vai demorar um pouquinho mais a sair, não muito, eu juro.
Não vos vou fazer perder mais tempo então...
Boa Leitura.
Capítulo 7 - Im Not Alone
- Porque não me fala de você? - a voz rouca de Justin quebrou o silêncio gostoso com o acompanhamento do som das pequenas ondas do mar a chocarem no casco do navio.
- O que quer saber? - o fitei e ele encarava as estrelas com um brilhante e reluzente olhar sereno.
- Sobre você, o que você sente, o que acha... - ele deu de ombros - O que há para além dessa capa de menina tímida. - ele direcionou seu olhar para meus olhos rapidamente o que me fez corar e baixar o rosto.
- Eu... Bem... Eu não sou tímida. - disse rígida - Eu não gosto de conhecer muita gente, popularidade é sinónimo de falsidade e interesse. - debati.
- Sim... Eu sei. - ele suspirou pesado.
- Sinto que devo me aproximar de pessoas que me aceitem como sou e não que me queiram mudar para me encaixar melhor na sociedade. Não me quero encaixar na sociedade. - suspirei - Quero-me encaixar no coração das pessoas que amo e marcar as suas vidas sendo quem sou.
Ouvi passos apressados e meu coração saltou quando Rose passou correndo por nós.
- Justin é agora! - meus olhos brilharam e ele sorriu - Por isso que eu e Rose nos damos bem. - sorri a vendo correr - Pensamos do mesmo jeito.
Logo Jack se levantou e foi atrás de Rose, o meu sorriso parecia querer rasgar meu rosto.
- E você? - o olhei e ele fitava atenciosamente a cena que acontecia na nossa frente - O que esconde por baixo dessa capa de bad boy?
- Sou um cara descontraído e divertido que gosta de aproveitar tudo de bom que a vida tem para dar, que faz muita merda por causa do que os outros vão pensar e que nunca soube se aproximar das pessoas certas. - ele sorriu de lado.
- Foi profundo. - ri pelo nariz.
- O seu foi mais. - ele me olhou com cara feia - Sabe... Eu e Jack também temos muito em comum, ele é um cara super legal que já me ensinou muito só num dia, como, que você nunca deve deixar nada por fazer, deve correr atrás dos seus sonhos, correndo contra tudo e todos, pois mesmo que não tenha conseguido, você tentou. - ele fez uma longa pausa - Você acha que ela não vai mesmo pular? - ele perguntou olhando meio nervoso para a garota ruiva de vestido elegante vermelho e preto empoleirada nas barras de ferro do navio, eu apenas neguei com a cabeça - Como tem tanta certeza?
- Quando você se sente em baixo você só precisa de alguém para te puxar para cima, alguém que acredite em você. - disse os olhando - E ela tem Jack para fazer isso.
De onde estávamos era impossível ouvir completamente o eles diziam mas era bom os poder ver na mesma, dava para compartilhar a emoção de cada palavra e de cada ato, era bem melhor que o filme em 3D - que por acaso eu vi - era tudo muito mais intenso, real e bonito.
- Você tem família? Irmãos? - perguntei.
- Eu vivia... - o cortei.
- Você vive. - disse - Nós vamos sair daqui.
- Eu sei que sim. - ele me puxou para mais perto - Bem eu vivo com minha mãe, meus pais são separados, meu pai vive na América com a mulher dele e meus dois meios irmãos, Jazmyn de 7 aninhos e Jaxon de 4, eles são fantásticos. E você? - me fitou.
- Vivo com meus pais e meus dois irmãos, Frederick de 15 anos e Henry de 3. - disse e um sorriso escapou dos meus lábios, voltei a direcionar meu olhar para Jack e Rose - Justin! - gritei escondendo meus olhos e chegando mais perto.
- Que é? - ele levantou-se e deu alguns passos para enxergar melhor o que se passava.
- Rose vai cair. - disse e caminhei até ele, meu coração estava batendo forte, estava assustada.
- Calma Bekah. - ele disse ao ver como estava tensa - Nada de mal lhe acontecerá. - falou e voltou a olhar Rose e Jack.
- Você tem que ajudar Jack, ele não vai conseguir puxá-la, ela vai cair. JUSTIN! - gritei desesperada.
- Hey! Rebekah! Tenha calma pelo amor de deus. Não vai acontecer nada de mal com Rose e você sabe, você mesma me disse isso. Calma Bé. - ele me abraçou e olhou profundamente nos meus olhos e meu coração desaceralou.
Como é possível que apenas as suas palavras e o seu toque ele me deixem mais sossegada parece que ele manda no meu sistema nervoso, ele diz para ficar calma e eu fico, ele diz para eu acreditar nele e eu acredito mesmo sem o conhecer bem.
Senti 3 homens passarem por mim.
- Cal... - murmurei.
De repente ouvi a gargalhada gostosa de Justin.
- O que foi? - olhei para Cal, Jack e Rose.
- Aquele ricalhaço da treta que vai ser chifrado pensava que Jack estava estuprando Rose. - ele riu pelo nariz e eu ri também.
Cal o convidou Jack para o jantar de amanhã, um sorriso nasceu involuntáriamente no meu rosto. Amanhã, será um bom dia.
- Amanhã vem jantar comigo também? - o olhei.
- Com certeza, até porque a comida da terceira classe é uma treta. - rimos - Voltou a ver essa tal de Jaqueline?
- Não. - respondi simples.
- Estranho isso não? - assenti.
- Vira de costas. - mandei e ele assim fez, Rose, Cal, os outros homens e Jack passaram atrás de nós e eu não queria que eles nos vissem.
- Bem, vou indo embora. - beijou minha testa e se preparou para sair.
Não, eu não quero ficar sozinha, não quero dormir naquela suite inorme sozinha me sentido insegura e com medo.
- Justin! - gritei e ele me olhou esperando a minha reacção - Não vai embora, não me deixa de novo sozinha. - senti as lágrimas quentes escorregarem pela minha face fria - Eu fico com medo, eu me sinto insegura, e eu não quero me sentir assim de novo, você prometeu que nunca estaria sozinha. - debati com raiva, o medo me deixava assim, a raiva encobre meus medos.
Ele voltou para perto de mim e puxou meu rosto para cima limpando minhas lágrimas.
- Bekah eu e o Jack tínhamos combinado que... - ele olhou minha face, em seguida fechou os olhos e suspirou.
- Não quero intreferir nos seus planos. - disse seca e tirei suas mãos de meu rosto.
- Ui não conhecia a Rebekah orgulhosa. - ele debochou.
- Há muito sobre mim que você não conhece nem vai querer conhecer. - disse orgulhosa caminhando para dentro do navio ouvindo o som dos meus saltos chocarem com a madeira do chão do navio.
Era nossa primeira noite nessa merda desse barco e ele pretendia me deixar sozinha para passar a noite com dois mortos - demasiado forte esta expressão agora - me sentia mais uma vez sozinha, sendo empurrada para a morte, não tinha nada que podesse fazer para me sentir melhor, chegara o meu fim, não tivera tempo de me despedir de ninguém nem de fazer tudo aquilo que eu tinha planeado para a minha vida. Mas a vida é assim ela sempre nos troca os planos e nos mostra quem manda nessa porra toda.
Cheguei na suite e as lágrimas jorraram dos meus olhos como numa grande tempestade descontrolada, este não era o futuro que eu planeara para mim, eu não queria nada disto, isto não é a lei da natureza, não é assim que deve funcionar, sentei-me no chão recebendo o calor da lareira e olhando as estrelas da janela, nunca fui uma garota de muitos amigos mas nunca me senti assim, tão desesperada sem chão e sozinha.
Ouvi duas batidelas na porta.
- Rebekah? - ouvi a voz acolhedora de Rose.
- Só um segundo. - disse e limpei os olhos, a maquilhagem borrada e ajeitei meu cabelo.
Respirei fundo e abri a porta.
- Oi Rose.
- Oi... - ela me olhou - O que houve? - ela fez a sua mão escorregar pela minha face.
- Nada. - dei um sorriso fingido.
- Bem eu encontrei este menino e ele perguntou-me se a conhecia e se sabia qual era a sua suite. - de trás de Rose saiu o garoto dos cabelos dourados, dos olhos cor de caramelo e da feição tensa e preocupada - Bem... Boa noite Rebekah.
- Boa noite Rose. - disse e ela se retirou, assim que ela foi embora fechei a porta da suite com força deixando o alourado do outro lado.
- Rebekah... - a sua voz saiu num suspiro - Deixe de ser orgulhosa, não é só você que tem medo, que está assustada, que se sente sozinha e desesperada, nós só nos temos um ao outro e não há tempo para nos chatearmos, só nos vai roubar o pouco tempo, temos de permanecer juntos até a tempestade passar. - as suas palavras acertaram em cheio no meu pobre coração.
Abri a porta e fui recebida por um abraço forte.
- Nunca mais me faça pensar que estou sozinho, nunca mais me deixe dessa forma, você é tudo o que eu tenho neste momento. - ele sussurrou no meu ouvido e minhas lágrimas saltaram para fora de meus olhos novamente.
Justin tinha razão, não há tempo para nada disto, podemos ter pouco tempo de vida e não devemos desperdiçar guardando rancor da única pessoa que nos resta.
- Fica comigo? - o olhei com os olhos marejados.
- Até que tudo isto acabe. - me abraçou de novo - Não vou quebrar minha promessa.
- Eu acredito em você. - disse num murmuro - Não sei porquê nem o que me faz ter tanta confiança em você, mas eu acredito em você com toda a minha força. - disse num tom que ele não ouvisse.
- Eu também acredito em você Bekah e sei que nós vamos conseguir sair daqui e quebrar essa maldição. - ele disse.
- Vamos, entra. - desfiz o abraço e o puxei para dentro fechando a porta - Você vai preferir dormir no sofá ou no chão? - perguntei indo ao banheiro.
- Você só pode estar brincando. - o ouvi do outro lado da porta.
- Mas não estou. - gritei.
Fiz minha higiene soltei meu cabelo vesti meu pijama e voltei para o quarto.
Assim que cheguei à suite Justin estava dormindo na minha cama.
- Justin - o abanei - Acorda idiota. - bufei.
Era impossível o acordar, ele dormia que nem uma pedra me deitei do seu lado e me tapei com as cobertas.
- Sabia que você era incapaz de me fazer dormir no chão ou no sofá. - ele disse atrás de mim.
- E você é um idiota. - disse e o empurrei da cama abaixo.
- HEY! - gritou se levantando - Orgulhosa e Bruta - disse e se deitou de novo.
- Idiota.
- Mas sou a única pessoa que você tem agora. - me fez sorrir, pelo menos não estou vivendo tudo isto sozinha.
- Boa noite Justin. - sussurrei e apaguei a luz do candeeiro.
- Boa noite Rebekah. - senti sua respiração no meu ombro e um braço pesado me rodear, lembrei-me que naquele braço desapareram todas as tatuagens e ri ao imaginar o quanto puto Justin ficou quando deu pela falta das suas amigas - Está a rir de quê? - me puxou para mais perto e eu me aconcheguei perto dele.
- Não interessa. - sorri.
- Me fala Bekah! - me fez cócegas.
- Para onde foram as suas tatuagens? - perguntei rindo pelo nariz.
- Nem me fala nisso. - bufou e eu ri logo depois um silêncio enorme pairou no ar.
- Justin? - sussurrei.
- Hum? - senti um arrepio por ele ter falado tão perto do meu ouvido.
- Boa noite. - beijei seu braço, e isso me fez sentir de alguma forma protegida.
- Boa noite Bekah. - ele beijou o ombro.
Fechei os olhos, me sentido segura sem chão, quente no frio, desesperada na calma e corajosa no medo. E assim me deixei levar com as pequenas ondas do mar gelado e com o vento gélido e cortante deste longo, cansativo e confuso dia.
Notas Finais
E é isso comentem essas coisinhas lindas que me deixam sempre sem palavras e...
Vemos-nos no próximo capítulo.
Amo-vos.
Beijos, Lou