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História To Sir With Love - Mistery of Marina


Escrita por: RoMillsSwan

Notas do Autor


Oi Clarinas fiéis!
Estou de volta para mais um capítulo para vocês! Espero que gostem.
Está chegando a hora que vcs estão aguardando mais alguns capítulos eu prometo, só não me abandonem. Rs.
Enjoy!

Capítulo 16 - Mistery of Marina


Fanfic / Fanfiction To Sir With Love - Mistery of Marina

Pov Marina

Dias antes

Sexta-feira mais um dia de aula para dar. É uma rotina prazerosa para Marina, que adora mesmo dar aulas e conviver com seus alunos, trocar ideias, passar conhecimento e falar do grêmio esportivo que era uma paixão de Marina chefiar. Marina estava chateada foi na casa da Clara para dar aula particular pra ela, pelo seu amigo Ramiro havia pedido. E ela apenas havia saído com uma amiga que Chica havia dito. Isso a deixou muito chateada pois não gostava de ter que reprovar uma aluna,  principalmente a linda filha de seu amigo Clara Fernandes.

Marina entrou na sala um pouco atrasada pois estava muito distraída com seus devaneios envolvendo uma certa aluna. Afogueada colocou as pastas de aula na mesa enquanto prescrutava a sala rapidamente.

- Vamos retornar a matéria da aula passada. Onde é que paramos? - Disse não querendo perder mais tempo. - Clara pode me falar?

A resposta não veio. Marina já esperava, porque já tinha notado a cadeira vazia, mas tinha esperança de que tivesse trocado de lugar.

- A Clara não veio hoje professora. - Foi Vanessa quem respondeu. Claro, se alguém sabia algo era ela, afinal viviam fofocando.

- Ontem também Vanessa?

- Não professora só hoje.

Por muito pouco esclarecedor que fosse, Marina teve que se contentar com essa pouca informação muito pouco satisfatória tomou conta dela: preocupação. Uma preocupação tomou conta do coração de Marina. Será que ela estava bem? Estaria a evitando? Seu olhar dizia o contrário, dava-lhe vários arrepios quando aqueles olhos castanhos a fitavam parecia que a queria despi-la. Ela não podia está errada a Clara era como ela tinha certeza! Marina tinha quase certeza que ela estava escondida no seu quarto e não quis recebe-la.

A concentração era quase nula e por isso os alunos foram dispensados um pouco mais cedo que o costume, estava com enxaqueca. Quando o último aluno saiu, Marina permitiu finalmente sentar e acalmar a mente e encontrar alguma resposta de tudo que estava acontecendo com Clara. Ela parecia que a queria mas ao mesmo tempo a estava afastando. Isso a deixava muito irritada. Marina sempre foi uma caçadora e agora parecia que o jogo estava virando ela estava se sentindo a própria caça.

Marina ouviu umas batidas na porta e a mesma se abrindo.

- Juliana você aqui como vai?

- Deveria ser eu a fazer essa pergunta Marina, você está com enxaqueca? Esse vinco na sua testa não me engana, de ser mulher metida nisso!

- Sinceramente eu nem sei o que está acontecendo comigo amiga.

Juliana entrou fechando a porta e encaminhou-se para a mesa que estava em frente a Marina e sentou-se em cima dela.

- Fala comigo amiga. Você anda muito estranha ultimamente, o que está acontecendo com você amiga? Você terminou com aquele chiclete da Shirley? É isso?

Marina fitava Juliana tentando decidir se abria o jogo com ela ou não, talvez fizesse bem a ela, talvez ouvir um conselho de sua amiga lhe fizesse bem. O silêncio permaneceu por mais alguns minutos até Marina tomou coragem e resolveu desabafar com a colega o que a estava preocupando. Marina pareceu recuperar do transe em que se encontrava:

- A Clara foi ontem na sua aula?

- A Clara?

- A Clara Fernandes, da turma da Vanessa.

- Sim sei quem é a garota. A filha do Ramiro o ex professor daqui. Veio sim porque a pergunta?

- Não, nada...

- Marina eu sou sua amiga, fale logo o que te apoquenta!

- Ela não veio hoje, só achei estranho porque acho que ela não gosta das minhas aulas ou da matéria, nada mais.

- Marina eu conheço você, não me convence. Isso pode ser verdade mas o que está escondendo de mim?

- Nada.

Marina voltava ao nada e ao alheamento inicial, mas a amiga não deixou. Para Juliana Marina era um mapa que ela conhecia de cor, eram grandes amigas desde os tempos da faculdade. E já conhecia quando ela estava empolgada com alguma mulher, mas dessa vez nunca tinha visto a amiga assim desse jeito, de quatro por alguém. Então arriscou:

- Marina você gosta dessa menina?

- Isso seria errado ela é filha do Ramiro.

- Isso não reponde a minha pergunta.

- Por que você me pergunta isso?

- Estava somente a te testando, mas parece que eu já tenho minha resposta. Só queria ouvir de sua boca.

- Sinceramente eu não sei. - Marina suspirou profundamente e após ponderar mais um pouco decidiu que iria falar abertamente com a amiga, pois estava com a cabeça quase explodindo de tanto pensar. - Eu fui ontem na casa dela para dar aulas particulares para ela como o Ramiro me pediu, e chegando lá a Chica disse que ela havia saído com a Silvia, mas tenho certeza que ela não quis me receber.

- A Silvia a jogadora de vólei? - Ela não é entendida também? Silvia é uma gata também. Será que a Clara é gay também?

- Sim, sua louca a Silvia é bonita mesmo. Mas eu não sei se elas estão juntas. Mas isso me irritou não sei porque.

- Eu até daria uns pegas nessa Silvia se ela me desse bola! Quer saber o que acho? Parece-me que minha amiga está caidinha por essa Clara Fernandes.

- Não fala asneira Ju  você deve está louca! - Marina bateu-lhe de leve no braço da amiga. Sabia que estava começando a sentir algo pela Clara, essa menina a tirava do sério, mas não deixaria que ninguém soubesse por enquanto até ter certeza do que estava sentindo.

 

xxxxxxxxxxxx

PV Clara

A  mentira não foi premeditada. Viu Cadu recuar e ficar parado, olhando-a magoado. Mentira? Sim. Ela não gostava de outro. Era Outra. Sua linda profª Marina.

Entrou no carro, sentando ao lado de seu pai, que a olhou com malícia.

- Namorado, heim  Clara?

- Ora papai, claro que não! Não é nada disso. Cadu foi apenas gentil comigo.

- Eu sei. Também já carreguei os livros de muitas garotas.

Sr. Ramiro desmanchou os cabelos de Clara passando a mão por sua cabeça. Ela reclamou e reclinou-se  para ajeitar os cabelos no retrovisor do carro. Ajeitou os cabelos e a fraja e olhou-o muito séria:

- Papai, dona Marina me detesta mesmo. Não tem jeito. Nós não topamos uma com a outra.

Ele olhou para ela sem compreender, e logo perguntou:

- Por que você está dizendo isso Clara? Não era você quem não a tolerava? Você conseguiu fazer que ela  também não goste de você? Isso da parte de Marina é muito estranho.

Clara arrepende-se do comentário sem propósito, porém continuou:

- Ela me diminuiu pontos na minha nota hoje.

- E por que? – perguntou, preocupado.

- Ela mandou citar a lei de Newton e, porque eu gaguejei, ela acreditou que eu não soubesse. Isso nem faz parte da aula dela. Não admitiu nem que eu argumentasse. É uma doida!

- É você está mesmo  ressabiada com ela. É difícil, às vezes entender as atitudes de um professor, mas ela deve ter suas razões. Talvez hoje não fosse um bom dia para ela. Vai ver que brigou com o noivo, sei lá.Algumas vezes a gente se precipita e comete uma falha.

- E o senhor acha isso justo?

- Não um professor deve deixar os problemas em casa, mas ela é um ser humano, e como tal não é infalível.

Clara ficou em silêncio por alguns instantes. O que lhe interessava era saber alguma coisa a mais da vida da mulher que reinava em seus pensamentos.

- Afinal pai ela é casada ou ainda está noiva?

- Está noiva. De outro rapaz. Ela rompeu com o outro. Agora está noiva de um arquiteto acho eu. Prometeu ir com ele qualquer noite jantar lá em casa. Vocês terão a oportunidade de conversar, e você verá que Marina é uma mulher muito simpática e agradável.

Clara ficou atônita e muda com essa notícia de que Marina iria com o noivo jantar na casa dela qualquer dia. O pai não suspeitava mesmo de nada. Era muito estranho que um homem inteligente como seu pai nunca tivesse percebido a homossexualidade de Marina. Isso levantou dúvidas. Talvez todo mundo falasse por maldade,  por mentiras engrendadas pelas próprias alunas lésbicas que envolviam Marina, em seu interesse, inventavam coisas. Talvez tudo não passasse de um terrível engano, o que a entristeceu muito. E sua própria intuição? O seu Gaydar teria falhado? Não conseguia imaginar Marina envolvida com um homem. Quem sabe tudo passaria de um disfarce  para enfrentar a sociedade machista, e enganar os trouxas? Marina era muito mais inteligente do que todos, conseguia impor-se, desfazer dúvidas, enfrentar tudo e todos com cara limpa.

Sr. Ramiro avisou-a que haviam chegado em casa. Clara despertou dos seus devaneios românticos e desceu do carro.

Clara subiu para o quarto e foi tomar banho e Dona Chica ligou a televisão. Tânia Mara cantava Só vejo você.

 Depois do almoço, Clara entrou no escritório do pai e colocou os livros em cima da escrivaninha para estudar. Ramiro deixou o que estava fazendo e foi fechar a porta. Voltou e pôs-se a remexer numa pasta pegando seus livros.

Clara rabiscou algumas palavras no caderno e olhou de soslaio para o que o pai estava fazendo. Foi então que viu o tirar a chave de dentro de uma pequena caixa que estava em cima da estante de ampolas e vidros de diversos remédios. Sr. Ramiro abriu o armário e começou a ler o rótulo dos vidros. Escolheu um e tornou a fechar o armário.

Clara inclinou a cabeça e notou que estava trêmula. Lembrou que uma noite tentara assaltar o armário à procura de calmante. E tão fácil seria encontrar a chave, estava ali perto, ao alcance de suas mãos. Já sabia onde pegar os remédios quando não conseguisse dormir.

Clara virou a página do caderno e copiou a matéria. E reviveu a aula daquela manhã. A força expressiva do olhar de Marina causou um arrepio intenso que a agitou num estremecimento de prazer. Não podia mais fugir e nem negar, Marina entrara em sua vida e tomava todos os seus pensamentos. Estava perdidamente apaixonada pela sua professora.

Que idade Marina teria? Vagamente lembrou  que alguém havia comentado qualquer coisa a respeito. Trinta e quatro anos ou trinta e cinco. Trinta e quatro dissera Vanessa. Dezessete a mais que ela. O dobro da idade dela. Marina deveria ter muita experiência com mulheres. Esse pensamento a deixou com raiva e ciúmes, de todas as mulheres que Marina deveria ter namorado antes dela.

Pensou e de repente, perguntou à queima-roupa:

- Papai, quantos anos o senhor é mais velho do que mamãe?

Senhor Ramiro olhou para ela e fez um gesto de quem não ouvira o que dissera. Clara repetiu, e ele meio intrigado respondeu:

- Vinte anos precisamente. A troco de que essa pergunta agora Clara? Resolverá algum problema seu?

- Oh! Não. Eu estava só pensando – franziu a testa e explicou: a diferença não é muita pensei que fosse mais.

- É que eu envelheci  mais que o tempo. O trabalho desgasta as pessoas. Muitas preocupações. Mas será que estou tão acabado assim?

O sorriso nos lábios dele coloriu-se de simpatia.

- Claro que não o senhor é muito charmoso.

- Você que é linda filha. O homem que casar com você vai ser muito sortudo.

Clara não queria sortudo e sim uma certa sortuda professora de história geral em sua vida.

- Eu acho que estou com sono papai. Não adianta ficar aqui não consigo me concentrar. Mas vou estudar, não se preocupe vou melhorar minhas notas e vocês ainda vão ter muito orgulho de mim.

Sr. Ramiro sorriu satisfeito, e Clara recolheu os livros e cadernos, deixando-o  sozinho com seu trabalho.

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A manhã estava fria e ameaçava chuva. O tempo mudara durante a madrugada. Clara pegou os livros e lembrou que não preparara as lições. Talvez conseguisse terminar alguma, os exercícios de matemática ou a dissertação que o professor de português pedira.

O pai chamou-a. Clara deu um suspiro e fechou os cadernos. Não dava tempo mesmo, precisava ser mais organizada e não deixar tudo para última hora. Era um saco ter de passar vexames por ter chamada atenção pelos professores. E tudo por causa de um sentimento louco que estava torcendo sua personalidade, corroendo sua alma, roubando-lhe todos os pensamentos e aniquilando sua vontade de viver.

Desceu e sorveu alguns goles de café, mordiscou uma torrada, ouviu a mãe dizer qualquer coisa e o pai, ao dirigir-se a ela, cutucá-la como para fazê-la despertar de vez:

- Filha, acorde estamos falando com você. Está com a cabeça nas nuvens? Ou pensando em algum amor?

- Não fale bobagem mãe! Estava apenas distraída. Pensando nos estudos. O que foi?

 Sua avó mandou avisá-la que seu aniverssário de 18 anos está chegando. E ela vai dar uma festa para você. Não esqueça de convidar suas amigas da escola.

- Sim.

- Puxa Clara que desânimo! – exclamou dona Chica.

- Ainda estou com sono, mamãe. – justificou-se enfadada, pensando no longo dia de tortura que teria que enfrentar. Por que se martirizava tanto pensando nela? Por que estava sofrendo tanto nessa manhã?

Logo que desceu do carro, na porta do colégio encontrou Flavinha, que aproximou com um sorriso estranho e a medindo numa inspeção:

- Sabe, estive olhando-a bem e acabei por concordar com a Silvia. Realmente você é bem parecida com ela.

 - Com ela quem?

- Com a estátua que há no parque. A estátua nua do jardim.

- Que palhaçada!

- Pois é isso que ela diz por aí. Quase todos já foram lá pra ver, e até te puseram um apelido: Clara a estátua  nua.

- Que disparate!

Clara não queria rir mais cabou rindo, um riso esquesito, nervoso, pensamentos fazendo cenas, os rapazes ao redor da estátua imaginando coisas. Era uma sensação estranha. Flavinha inclinou-se para ela e mais confidencialmente comentou:

- Silvia tem medo de que ela te reconheça.

- Não compreendo o que você quer dizer com isso.

- É que a profª Marina  mora em frente a praça, em frente a esse jardim, e Silvia já a viu por lá. Sabe como é, Silvia diz que não teme concorrência masculina, mas teme a da  Marina.

- Que estúpida e pretensiosa. Além do mais, acho Marina antipática, sem graça e sem atrativo nenhum. – mentiu na cara dura. Nos primeiro dias de aula pensei que fosse faxineira e que lavasse os banheiros.

- Credo Clara!

E as duas olharam assustadas porque exatamente nesse instante Marina ultrapassou-as, pedindo licença.

- Será que ela ouviu? Acho que estava o tempo todo andando atrás de nós.

- Não foi você que falou, por que tem medo? Não se preocupe, ela bem sabe que sou eu que não gosto dela e que não fico atrás dela como essas cachorrinhas desse colégio.

- Está dando sinal, vamos correr senão  gente perde a aula.

O coração de Clara batia forte. Não sabia se sentia prazer ou se estava arrependida pelo que dissera. Também não era certo que ela tinha escutado tudo; talvez parte da conversa, ou nem soubesse que estavam falando dela pois não tinham falado o nome dela no final da conversa.

Clara e Flavina entraram na sala e cumprimentaram o professor. Sentou-se na carteira  e abriu a pasta. Tirou a lição de português que seria conferida.

Dobrou-se para trás disfarçadamente para ouvir o que Vanessa queria dizer-lhe e sacudiu os ombros em descaso.

- Dona Marina retirou o castigo de Silvia. Bom não acha?

Clara deu de ombros e inclinou-se  para a frente, folheou o caderno, desconcentrou-se do que a perturbava. O que importava era que naquela manhã não teriam aula de história geral e tudo trasncorreria de maneira monótona, sem Marina para iluminar o seu dia. Seu coração estava mais triste. A sua única alegria era que seu aniversário estava chegando e tudo poderia acontecer nessa festa!

 

 

 

 

 

 

 


Notas Finais


Então é isso espero que tenham gostado desse capítulo. Coloquei um pv da Marina para que vocês entendam mais um pouco dessa história.
Qualquer dúvida me perguntam nos comentários. Estou um pouco sem tempo, mas assim que puder estarei respondendo a todas.
Próximo capítulo tem a festa de niver da Clara. Muita coisa vai acontecer.
Bjo. Bjo.Bjo


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