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História To Steal my Heart - Um filme que fale sobre amor


Escrita por: Nandychan

Notas do Autor


Voltei!! Eu disse que ia demorar... estou totalmente sem tempo, super atarefada e com uma vida social reduzida a zero... até pra escrever eu estou tendo problemas, mas consegui esse espacinho de hoje para postar um cap novinho para vocês. Espero, realmente, que gostem!!

Capítulo 17 - Um filme que fale sobre amor


POV: Zayn

 

                - Você sabe que nós vamos ter que resolver isso mais cedo ou mais tarde, não é?

                - Dá pra você parar de dizer nós?

                - Mas você sabe que é verdade e, de uma forma ou de outra, eu estou envolvido nisso.

                - Você não tem nada a ver com isso e nós nem deveríamos estar discutindo isso aqui, Liam está quase voltando.

                - Por que você não quer falar sobre isso? Você sabe que terá que dar uma reposta mais cedo ou mais tarde e é melhor pensar bem ou vai estragar tudo.

                - O que eu poderia estragar?

                - Você que sabe...

                Quando terminei de falar, segui em direção a Liam, que estava na fila da pipoca. Louis vinha me seguindo com passos pesados, era possível notar sua raiva pelos seus passos, mas não havia nada que eu pudesse fazer. Se ele não estava disposto a reagir ou, simplesmente, agir, eu não iria perder meu tempo tentando abrir seus olhos.

                O pior de tudo era que eu me sentia realmente culpado por ter falado com ele antes de tudo, pois, agora, mesmo que eu não quisesse, eu estava envolvido nessa história até o pescoço e teria que arranjar uma forma de resolver isso.

                Eu tinha tentado fazer com que aqueles garotos se odiassem menos, mas, pelo visto, tudo estava ficando muito pior. Claro que Louis podia ter se controlado um pouco mais ou ter feito com que sua “masculinidade” durasse tempo suficiente para que ele não tivesse colocado tudo a perder.

                Agora, nossa situação complicava cada dia mais. Ele tentava voltar a ser o tremendo filho da puta que ele estava adorando ser e eu tinha que lidar com isso ou as coisas tenderiam a piorar bastante.

                - Então, conversaram? – A voz de Liam vinha de uma calma estranha de quem não entendia o desenrolar da situação. Ele parecia estar vivendo em seu próprio mundo nesse momento.

                - Claro. – Louis respondeu. – Mas parece que esse garoto aqui – ele cutucou meu braço. – não sabe dar conselhos...

                Liam sorriu ao ver que Louis estava sorrindo e, aparentemente brincando. Claro que eu sabia dar conselhos, o problema era que eu tinha dado o conselho errado para o que Louis estava sentindo e, agora, ele estava magoando o outro garoto. Ele não estava sabendo lidar com aquilo da forma que eu imaginei que ele conseguiria.

                Ele tinha deixado de responder Niall desde a conversa que tivemos no Big Bang, agora, o pobre irlandês estava sem entender bem o que estava acontecendo e, nosso “grupo” passava por uma gigantesca crise.

                Se Louis não era gay, como ele insistia em dizer que não era, nada mais recomendado do que ir explicar isso a Niall. Porém, o garoto tinha pegado uma frase do meu conselho: “Niall vai entender” e levado muito a sério. Ele achava que o loiro ia achar natural ser rejeitado até entender que eles não iriam ficar juntos.

                Eu não achava que Niall realmente fosse gay, na verdade, eu achava que ele estava procurando voltar com a amizade que eles tinham antes do incidente, mas Louis parecia não ver aquilo da mesma forma. O ego daquele garoto estava afastando o único amigo que ele tinha naquele grupo, se é que dá pra criar uma amizade em um mês.

                 Nós já estávamos começando outubro e nada parecia ter mudado. Ao mesmo tempo, tudo estava totalmente diferente. Era clichê dizer isso, mas era como se minha vida estivesse passando por um tempo de stand by. Eu sabia que aquilo estava acontecendo, mas era difícil acreditar que era com aquelas pessoas que eu teria que andar junto.

                - Zayn? – Liam chamou, acompanhado por Louis. – Zayn!

                Olhei para eles dois, sem entender o porquê de gritarem, mas eles já estavam rindo. Provavelmente, eu tinha voado para bem longe dali em meus pensamentos. Louis estava segurando o ombro de Liam e ambos olhavam para mim com sorrisos idênticos no rosto. Eles, pelo menos, estavam se divertindo.

                - Vamos? O filme vai começar?!

 

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                Nunca imaginei que um filme pudesse ser tão chato. Talvez fosse assim porque eu não estivesse prestando a menor atenção, afinal, meus pensamentos ainda insistiam em me retirar da Terra por minutos. De qualquer forma, eu não estava entendendo nada da história, mas notava que era um drama. E não era dos melhores.

                Para minha surpresa, Liam estava chorando ao meu lado. Louis tinha tido que ficar longe de nós dois, pois o cinema estava lotado – ainda não entendia como conseguiam lotar um cinema para assistir um filme ruim daqueles.

 

                Sorri ao notar que o garoto estava chorando discretamente. Ele olhou para mim, por um décimo de segundo e depois começou a limpar as lágrimas com a manga da camisa. Ele estava simplesmente sendo fofo como ele sempre era. Naquele momento, esqueci dos problemas com Louis por um momento e passei a pensar em como estava minha situação.

                Eu estava completamente perdido. Isso era um fato. Porém, o que mais me preocupava era o fato de eu não fazer ideia de como agir. Eu estava tentando passar a imagem de líder e de maduro para que eles aprendessem a confiar em mim, mas meus conselhos, como fora provado, não estavam sendo dos melhores.

                Eu precisava de um novo plano de ação, mas não queria deixar de ser quem eu era. Eu não podia me perder completamente, afinal, eu tinha princípios e não podia perdê-los. Liam tinha recomeçado a chorar, ele fungava um pouco, mas, mesmo tentando disfarçar, era impossível não escutar.

                O cinema inteiro estava a beira das lágrimas, mas ele era o único que tinha chegado as vias de fato dos que estavam sentados perto de mim. Até mesmo a velha estranha da cadeira ao lado estava tranquila.

                - Liam, o filme é mesmo triste assim? – sussurrei ao seu ouvido, notando que o corpo do garoto enrijecera quando meus lábios tocaram de leve sua orelha.

                O garoto evitou olhar para mim, mas notei que seus olhos estavam bem abertos e não pareciam focados no filme. Meu corpo estava todo encostado no dele, para que eu alcançasse sua orelha. Tive que rir um pouco ao reparar que aquela situação estava, no mínimo, estranha. Eu queria confortar o garoto e acabei por deixa-lo mais desconfortável.

                E foi nesse momento que o rosto dele virou-se em direção ao meu. Nós estávamos tão próximos. Estávamos tão próximos. A ponta do meu nariz estava quase encostada na ponta do nariz dele. Minha mente mandou eu me afastar e me desculpar, mas meu corpo não espondeu.

                Senti o perfume dele, ele tinha um cheiro estranho de sorvete de baunilha. E pude ver que ele precisava fazer as sobrancelhas. Meus olhos começaram a varrer o rosto dele em busca de detalhes que eu nem precisava saber, mas eu estava gostando de reparar.

                Ele mordiscava o lábio e seus olhos estavam fixos em mim. Era como se esperasse que algo acontecesse. Eu também parecia esperar que algo acontecesse, mas não tinha coragem de iniciar qualquer coisa. Por que tinha sido tão fácil com Louis e agora estava sendo tão difícil?

                Foi quando uma mão empurrou minhas costas e nossos narizes se chocaram. A velha estranha da cadeira do lado tinha me empurrado. Por um momento, senti a dor da colisão, ela podia ter usado menos força, mas essa dor foi ignorada quando senti que seu lábio superior estava encaixado ao meu lábio inferior. Nesse ponto, só foi preciso que nos ajustássemos. Liam também queria aquilo, ele encostou sua mão sobre a minha quando finalmente conseguimos nos beijar. 



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