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História To the End - Capítulo único


Escrita por: dezdrarry e cherryoongie

Capítulo 1 - Capítulo único


Casa nova é sempre bom e Harry gostava dessa sensação. 

 

A única coisa estranha era o tamanho da casa. Um enorme imóvel, sobrado e com vários quartos, muito grande para Harry. Mas, com certeza, ele daria as melhores festas da faculdade.  

 

Um segundo ponto que o incomodava era uma pintura antiga que ficava em cima da lareira. Era de uma família muito bonita. Pai, mãe e um filho, e aparentavam serem ricos, tanto pelas suas vestimentas, quanto pelo ar de superioridade que carregavam em seus olhares. Deu de ombros, resolvendo manter o quadro no lugar. 

 

Porém, dias foram se passando e Harry se sentia vigiado e, com certeza, era a pior sensação do mundo. A primeira coisa que fez, foi tirar o quadro e escondê-lo no porão de aparência duvidosa. 

 

Estaria tudo bem, se a pintura não tivesse voltado para seu lugar em cima da lareira. Isso deixou Harry profundamente incomodado e ele finalmente havia entendido o porquê daquela casa estar a venda por um valor tão baixo. 

 

— Hermione, é sério! A pintura voltou pro lugar! - Harry disse, aterrorizado. 

— Fantasmas não existem! Achei que tinha superado seu medo. - a garota respondeu, rindo. - Mas se isso te conforta, talvez o fantasma da casa não goste que mexa nas suas coisas. Deixe o quadro onde está, e fim.  

 

Mas o moreno não estava tão disposto assim a perder essa luta contra o suposto fantasma e, mesmo que aterrorizado, retirou o quadro novamente e ficou espiando.  

 

Era perto da meia noite quando ele escutou barulhos de passos pela sala, mas não via ninguém. O quadro apareceu, flutuando. Caralho, realmente era um fantasma! 

A pintura foi colocada no lugar, perfeitamente, e então tudo ficou em silêncio. O fantasma devia ter evaporado. 

 

Novamente escutou os sons de passos, logo atrás de si, e uma mão pesada pousou em seu ombro, apertando com uma certa força. 

 

— Eu posso perdoar você dormindo no meu quarto, mas não tirando o meu quadro do lugar. - ouviu, tão perto de seu ouvido. A voz era grossa e parecia irritada.  

 

Harry correu o mais rápido que pode até seu quarto e se cobriu com o cobertor, tremendo de medo. Tinha realmente ouvido a voz de um fantasma e, o pior, era que provavelmente o ser deveria ser uma alma perturbada. 

 

Ouviu novamente os passos e a porta se abrindo, seria seu fim naquele momento e seu assassinato seria dado como misterioso. Que fim horrível para um garoto tão bom como ele!  

 

— É falta de educação correr enquanto os outros falam! - ouviu. Dessa vez, ele podia sentir uma presença estranha no quarto. 

 

O cobertor foi arrancado de si agressivamente e viu uma… pessoa ali. Muito bem arrumada e de aparência jovem. 

 

— O que…?

 

— Uh? Esperava quem? O diabo?  

 

— Na verdade não sabia que fantasmas eram tão… novos. 

 

— Ora, eu morri jovem, sendo assim eu não envelheci. É simples de entender. - respondeu, revirando os olhos. O fantasma em questão era muito bonito, mas um pouco transparente. Mesmo assim, Harry conseguiu ver os cabelos platinados e os olhos azuis acinzentados, que eram o maior destaque do ser. Ele o encarava meio desconfiado e, vez ou outra, desviava sua atenção para a roupa. - O que foi? Minha roupa tá suja? 

 

— Não… É que você é bonito. 

 

— Claro que sou! Eu sou um Malfoy, e não existiu um Malfoy feio! - retrucou, empinando o nariz pontudo. - E você, quem é? 

 

— Harry Potter… - respondeu, confuso e atordoado. - Eu moro aqui…

 

— Ah sério? Nem notei! - disse, o sarcasmo transbordando em sua voz. - Gosta daqui? É uma casa ótima, né?

 

E, quando Harry se tocou, ele estava discutindo sobre a casa com um fantasma. 

 

Um fantasma.

 

— Você morou aqui? - perguntou o moreno, mais calmo e já familiarizado com o fantasminha. 

 

— É, morei e morri aqui. Só não sei como e nem onde esconderam meu corpo… Eu lembro de ter vindo para o meu quarto, esse aqui no caso. - disse, se sentando na cama, mas o colchão nem afundou. - Arrumei o cabelo, na penteadeira que ficava ali. - apontou para um canto vazio do quarto. - e tirei o paletó. Quando voltei pra sala, vi meus pais caídos no chão… - Harry pode ver os lábios do fantasma tremerem. Parecia ser algo doloroso de lembrar. - Eu não sei como aconteceu, não senti muita coisa… Meu corpo começou a tremer, como uma convulsão, e eu cai da escada. Quando notei, estava morto. Desde então, eu fico aqui, vendo minha casa ser vendida para os mais variados tipos de pessoa… Você foi a única que gostou. - sorriu mínimo. 

 

Harry jamais achou que sentiria pena de um fantasma. A história daquele garoto era realmente triste, e não saber o que aconteceu com seu corpo deveria ser uma sensação horrível. 

 

— E não fizeram nada sobre as mortes? - perguntou Harry, curioso com a história. 

 

— Claro que fizeram, mas é uma típica cena de assassinato misteriosa, nenhuma evidência. Pelo que eu ouvi, fomos envenenados com um gás tóxico. Mas foi há tantos anos, em 1943… Não tinham muito como investigar ainda. - deu de ombros. - Mais alguma pergunta? 

 

— Qual seu nome? - perguntou, sorrindo. O fantasma parecia surpreso com a pergunta, afinal, era mais comum a pessoa fugir da casa. 

 

— Draco. Draco Malfoy. - sorriu novamente, um sorriso mais caloroso. 

 

[...] 

 

Se você falasse para Harry que ele iria conviver com um fantasma, ele iria rir de sua cara, te jogar água benta e um crucifixo. 

Mas, depois de uma semana que ele e Draco se conheceram, a sua vivência ali na casa melhorou e muito. O fantasminha era uma companhia e tanto para Harry, sempre ali, perguntando sobre as novas tecnologias, as comidas diferentes e, vez ou outra, pregando peças no moreno, apenas para fins de diversão. 

 

Mas algo em Harry ainda o incomodava e não era mais o quadro em cima da lareira e sim, Draco. 

 

Não, o fantasma não o deixava incomodado, mas sua história. Ele queria ajudar Draco, lhe trazer paz e encontrar seu corpo. Queria que o fantasma tivesse pelo menos uma eternidade tranquila. 

 

Harry observava Draco sentado em cima do piano antigo. Ele sempre aparentava estar tranquilo, calmo, mas parecia que sua mente era nublada e um tanto tempestuosa. O loiro era uma grande incógnita, um livro extremamente fechado e Harry não encontrava nenhuma brecha para poder tocar no assunto de sua morte. 

 

— Gosta do que vê? - perguntou o fantasma, sorrindo. - Poderia te dar uma foto, mas eu não apareço na câmera. 

 

— Só estava te observando. - respondeu Harry, um pouco corado. - Você parece calmo. 

 

— Deixar transparecer minha loucura interior só iria me aprisionar cada vez mais nessa casa. - disse, olhando para o nada. - Mas eu gosto daqui, às vezes me sinto vivo. 

 

E então Harry se decidiu. Naquela mesma noite, antes de ir se deitar, chamou Draco para conversar. 

 

— Eu decidi uma coisa - começou e logo viu o fantasma ficar surpreso. 

 

— Vai vender a casa?! Olha Harry, eu posso parar com as pegadinhas se quiser… - disse, um tanto assustado por pensar na possibilidade de perder sua única companhia depois de anos sozinho. 

 

— Não! Eu jamais venderia essa casa. - respondeu rapidamente, tentando tranquilizar seu amigo. - Na verdade, eu quero fazer uma coisa por você. 

 

— Diga!

 

— Eu quero achar seu corpo. 

 

Draco o encarou por alguns segundos, quieto e sério. Harry não sabia se isso era bom ou ruim - torcia para ser bom - e suspirou pesadamente. Potter teve a impressão de ver lágrimas rolando pelo seu rosto. 

 

— Sério? 

 

— Sim, quero que você fique tranquilo, pelo menos na sua eternidade. - sorriu. - Talvez assim você consiga descansar em paz. 

 

— Eu agradeço, de coração… Se eu tivesse um no caso, mas você entendeu. Vou ser eternamente grato por isso, literalmente. 

 

Ambos deram risada e Harry sentiu algo gelado na sua bochecha. Draco, mesmo sendo uma alma, conseguia tocar as coisas e ele adorava tocar o rosto de Harry. Já o moreno, sempre se arrepiava com a mão extremamente gelada.

 

— Por onde nós podemos começar? Cemitério? 

 

— É uma boa, nunca consegui ir muito longe daqui. Ouvi dizer que meus pais estão enterrados lá. 

 

— Então, com certeza você estará lá também. Quer dizer, seu corpo. - se corrigiu, rindo. - Podemos ir amanhã?

 

— Você pode ir amanhã. - falou Draco. - Eu não consigo sair daqui, acabei de falar. 

 

— Mas você deveria tentar, deixar de lado a memória emocional que a casa carrega. 

 

Em poucos segundos, Draco mudou completamente. Sua expressão calma foi substituída por uma expressão raiva e Harry sentiu muito medo. 

 

— Deixar de lado?! Deixar de lado que eu morri no mesmo lugar que nasci?! Que meus pais simplesmente morreram, por nenhum motivo?! Que, por anos, eu vivi sozinho nessa casa, revivendo todos os dias minha morte? Não, obrigado. É isso que ainda me mantém “vivo”. - esbravejou, sumindo em seguida. 

 

— Draco, volta aqui! Eu não disse pra esquecer o passado!

 

Sem resposta, o fantasma havia o deixado ali. 

 

[...] 

 

Harry não conseguiu dormir aquela noite, se sentia culpado por ter deixado seu amigo magoado. Vez ou outra, ele escutava alguns passinhos pelo corredor, mas eles rapidamente sumiam. 

 

Mas, foi um barulho no porão que o chamou atenção. Na verdade, era mais parecido com um grito. Logo, passos rápidos foram ouvidos novamente no corredor e a porta foi aberta com brutalidade. 

 

— Tava aqui o tempo todo! - Draco gritou, chorando desesperado, caindo de joelhos no chão de madeira do quarto. - Todos esses anos, eu estava enterrado lá embaixo, como um animal sem valor! Por todo esse tempo! 

 

Harry se levantou correndo da cama e o abraçou, se surpreendendo ao notar que Draco estava mais “nítido”.

 

— Me deixaram aqui Harry! Como se eu não fosse ninguém…  

 

— Eu sei que dói, mas eu to aqui com você, certo? - Harry ergueu o rosto de Draco, o segurando com delicadeza como se fosse a coisa mais preciosa do mundo. E para Harry, ele era. - Eu vou descobrir quem fez isso e vou te dar um enterro decente, ao lado de seus pais. 

 

— Descobrir como Harry? Nem eu sei quem fez isso… E faz tanto tempo… 

 

Harry deu de ombros. Ele realmente não sabia muito o que fazer, mas sabia que Hermione o ajudaria. 

 

[…]

 

— Certo, acho que entendi certo… Aqui foi a casa da antiga família Malfoy? A família do caso misterioso?  

 

— E o filho deles ainda está aqui, eu quero ajudar ele a ter a eternidade tranquila. 

 

— Tá, eu acredito em tudo menos no fantasma. 

 

Draco pareceu ofendido. Ele estava ali, sentado no sofá junto de Harry, mas apenas o moreno o via. Malfoy não gostava de ser visto por todo mundo. 

 

Mas, naquele caso, não teria jeito. 

 

— Eu sou uma piada pra você?! - perguntou, bravo, se tornando visível. Hermione soltou um gritinho de susto e se encolheu no sofá. 

 

— Hermione, esse é o Draco. Draco, essa é a Hermione. - Harry apresentou os dois, suspirando em seguida. - É bom vocês se darem bem. 

 

— Claro. - Granger pigarreou, voltando a sua pose anterior. - Bom, eu não sou nenhuma pessoa da polícia e nada, mas se pesquisar da maneira certa, a gente consegue muita coisa! Só preciso de algumas informações suas… - a menina retirou um caderninho de dentro da bolsa e pegou um lápis. - Draco, sua família tinha inimigos?

 

— Lógico que não! Os Malfoys tinham apenas amigos e aliados! - respondeu, cruzando os braços e virando o rosto, parecendo ofendido. - Bom, na verdade tinha algumas pessoas que não gostavam de nós, mas eram tão inferiores que nem dava medo. 

 

— Certo… - murmurou Hermione. - Tinha alguém suspeito na sua casa naquele dia? 

 

— Faz 77 anos que aconteceu… - Harry resmungou, olhando de lado para Hermione. Draco apenas o ignorou e começou a relatar o fatídico dia, como se tivesse sido ontem.

 

— Naquela noite, um homem foi jantar em casa. Ele era amigo de meu pai e então, foi muito bem recebido em casa. Nós jantamos e ele foi embora, normalmente. Depois disso, eu subi para tirar o paletó e quando eu voltei… Deu no que deu. - contou, dando de ombros no final. 

 

Hermione escreveu tudo rapidamente e sorriu. 

 

— São bons detalhes, a pesquisa vai ser bem mais fácil… Mas me ajudaria se eu tivesse algum nome… 

 

— Posso te passar uma lista com o nome de todos os amigos do meu pai! - disse o loiro animado. - Mas se for o da pessoa em questão, era Mundungo Fletcher. 

 

Hermione fez mais algumas perguntas e Draco respondia com maestria. Fantasmas deviam ter uma super memória, pensou Harry. 

 

— Certo, com isso vou conseguir fazer uma boa e completa pesquisa. Não se preocupe, tenho certeza que vou encontrar algo. - Draco apenas sorriu, antes de desaparecer novamente para Hermione, mas Harry ainda o via ali. 

 

[...]

 

— Ficou contente? - perguntou Harry, já se preparando para dormir. Era um pouco estranho ver Draco se deitando consigo e ainda mais estranho era poder tocá-lo. 

 

— Sim, acho que finalmente minha morte vai ter um desfecho. - respondeu, olhando para o teto. - Mas por que está fazendo tudo isso por mim?

 

— Porque eu acho que você merece ser feliz depois de 77 anos aqui. - Harry o respondeu, sorrindo. - E eu quero fazer de tudo para que fique feliz. 

 

Draco se sentia cada vez mais agradecido por Harry lhe fazer se sentir vivo. 

 

— Obrigado… Por fazer o que ninguém faria por mim. 

 

E foi a primeira vez que eles se beijaram. Um beijo estranho e nada convencional. Mesmo podendo ser tocado, Harry ainda sentia coisas estranhas, justamente por estar beijando um fantasma. Mas era bom, era carinhoso, era cheio de amor e ele queria mais. Mesmo que fosse considerado um louco, ele não deixaria mais Draco viver sozinho ali. 

 

Nem que isso lhe custasse sua vida. 

 

— Harry, sério! Não se mete com essa família! - Hermione lhe alertou, desesperada. - Eu li tudo, a família Malfoy não era nada boazinha e quem mandou os matar queria vingança por ter sido roubado! 

 

— E daí? 

 

— E daí?! Como assim?! Eles ainda mantém essa… Máfia! Você se afundar nessa história vai não só colocar você em risco, mas sim todos que você conhece! 

 

Harry não a ouviu, queria fazer o assassino pagar pelo que havia feito, nem que para isso, tivesse que acertar as contas com os netos daquele maldito. 

 

— É a última vez que eu vou falar! Esquece isso e vai viver sua vida com esse fantasma! - Hermione falou, ainda aflita. Draco observava tudo do topo da escada, preocupado em ver os dois amigos brigando por causa dele. - Ou melhor, esquece logo esse garoto, não passa de uma alma pertubada! 

 

— Não fala assim dele! - gritou Harry, furioso. - Esquecer o que? O passado dele?! O tanto de anos que ele viveu aqui sozinho, revivendo sua morte todos os dias? Não, obrigado! Eu vou dar a ele a tranquilidade que ele sempre mereceu! - Draco sentiu algumas lágrimas escorrerem pelo seu rosto, de felicidade, mas também de preocupação ao ver no que Harry estava se tornando, uma versão perturbada de si. - Eu vou fazer isso sozinho, querendo você ou não! 

 

Draco não sabia o que fazer. Via Harry perder sua humanidade cada vez mais, focado em algo perigoso. Mesmo quando sumiu das vistas do moreno, notou que ele quase enlouqueceu e voltou antes que cometesse alguma besteira. 

 

— Eu descobri mais sobre eles Draco. - disse, juntando todos os papéis. - Eu sei onde cada um deles se esconde! 

 

— Harry, não se mete com eles, olha o que fizeram comigo… - disse preocupado, a voz embargada. - Esquece essa história, já fazem anos…

 

— Seu assassino saiu impune! 

 

— Mas minha família não era lá muito das boas! Eles faziam coisas erradas! 

 

— Mas nenhuma delas justifica sua morte!

 

— E meus pais?! Por que só eu?! - Draco se exaltou. - Meus pais também não mereciam isso! 

 

E cada dia que passava, eles brigavam mais e mais. Draco se arrependia de ter destruído a vida do garoto. Harry já não ia mais pra faculdade e não saía de casa para mais nada, além de investigar a família Riddle, a responsável pelo ataque. 

 

— Meu amor o destruiu. - murmurou Draco, olhando para a foto de seus pais. - Ele está cada dia pior, por minha causa… Ele enlouquece a cada dia… Eu deixei minha loucura o afetar... 

 

Seria mais uma noite normal de Halloween. Harry lia mais uma notícia sobre o Riddle e Draco chorava silenciosamente no porão, perto do que havia sobrado de si. Ambos já estavam destruídos, completamente insanos. 

 

Um barulho de vidro se quebrando na sala chamou a atenção dos dois. Harry correu até a sala, assustado. 

 

— Quem tá aí? - perguntou, olhando para os lados. 

 

E, em questão de segundos, um barulho de tiro ecoou pela sala. Uma bala certeira atravessou a cabeça de Harry. O corpo já sem vida caiu no meio da sala. O sangue vermelho carmesim manchando o chão de madeira rústica. O atirador se afastou da janela, se escondendo na escuridão e sumindo para sempre, sem deixar rastros. 

 

— HARRY! NÃO! - Draco gritou, chorando descontroladamente ao lado do corpo sem vida de Harry - Não, não, não! - ele envolveu o corpo em seus braços, sujando as mãos de sangue. O rosto sem vida o assustava, os olhos abertos, a boca entreaberta, tudo lhe deixava em pânico, lhe fazendo reviver novamente sua morte. 

 

— Eu tô aqui… - ouviu a voz de Harry atrás de si, a mesma voz de antes. A mesma voz carinhosa e gentil que ouviu pela primeira vez, quando o questionou da pintura. Era o mesmo Harry. - Tô aqui com você agora.

 

— Seu idiota! Olha o que aconteceu! Você abriu mão da sua vida por minha causa! - gritou, correndo até Harry e o abraçando, escondendo o rosto no peito do outro. - Você tinha uma vida inteira pela frente! Você tinha um futuro! 

 

— Mas meu futuro não teria você. - disse calmamente, erguendo o rosto de Draco delicadamente. - É, realmente tive uma morte horrível… - olhou para seu próprio corpo e suspirou. - Pelo menos agora eu posso te tocar para sempre. 

 

Draco acabou sorrindo, voltando a abraçá-lo. 

 

— Você fez tudo isso por mim? 

 

— E por quem mais seria? Eu iria até o inferno por você. - e mesmo com o rosto úmido, Draco o beijou, como sempre havia sonhado em fazer. Harry agora podia abraçar sua cintura e intensificar o beijo que tanto ansiava, mesmo sem saber. 

 

E torciam para que, na próxima vida, tivessem a sorte de se encontrar novamente, onde poderiam continuar se amando por décadas e nem a morte lhes separaria. 











 



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