História To the moon and back - As it were, the last day.

“Que seja eterno enquanto dure, que dure para sempre”

Fui acordada pelo Nash com um tapa na testa. Um gesto super carinhoso e uma ótima maneira de se acordar.

Cheguei na sala, Nash e Cameron jogavam vídeo game, brigavam mais do que joavam, mas enfim.

- Bom diaaaaa! – me joguei em cima do Cameron, que me deu um selinho e depois me jogou pra cima do Nash. – Legal, agora eu passo de mão em mão.

Eles me ignoraram e voltaram a atenção ao vídeo game e as briguinhas sem noção. Bufei e fui em direção a cozinha, Hayes estava lá parado em frente a geladeira falando sozinho.

- Quer ajuda aí, pirralho? – ele se virou e correu em minha direção, pulando em cima de mim.

- Melanie, a salvação da pátria. Amor da minha vida. – riu – Acho que você poderia fazer alguma coisa pra gente comer.

- Hambúrguer, topa?

- A essa hora?

- E qual é o problema, pirralho?

- Nenhum... Eu pego o cheddar. – se virou – E para de me chamar assim, baixinha.

- Eu sou mais alta do quê você.

- Sinto dizer, mas não é.

- Não explana. – rimos

Fiz o hambúrguer e fomos pra sala, nos sentamos no puf. E os meninos nos olharam, olharam pro hambúrguer e nos olharam de novo.

- Ah, eu quero. – Cameron veio em minha direção.

- Vai fazer.

- Ah, eu também quero. – Nash disse e foi até o Hayes

- Vai fazer.

- Por quê vocês são tão egoístas assim?

- Por quê nós estamos com fome.

[...]

Depois do almoço, Cameron disse que me levaria para casa. Já que o Jacob é um péssimo irmão, e não atende a porcaria do celular. Estávamos já no caminho de casa, quando Cameron para o carro, respira fundo e me olha.

- Que tal a gente passar o dia juntos, dar uma volta pela cidade. Como se fosse o nosso último dia juntos. Topa? – sorriu

- Lógico que eu topo, com você eu topo tudo gato. – pisquei e ele deu uma risada. – E para onde vamos agora?

- Surpresa.

- Cameron eu odeio surpresas.

- Você ama surpresas. – cerrei o cenho – Nash que disse.

- Tinha que ser aquele viado. - cruzei os braços fazendo bico. 

‘como se fosse o último dia’

Isso ainda não tinha entrado na minha cabeça, será que é o nosso último dia. Talvez seja, talvez não, talvez ele vá embora amanhã. Talvez ele vá pra longe de mim, talvez ele encontre um novo amor.

- Sabe, às vezes eu fico pensando, o quê você está fazendo comigo. Popular, famoso. Você é tão perfeito, tão maravilhoso. E eu sou..

- A minha princesa. A princesa que todos os príncipes sonham em encontrar.

- Até os mais perfeitos e lindos como você?

- Até os mais perfeitos e lindos como eu. – riu convencido.

Puta homem convencido do caralho!

O pior é que ele tem razão!

- Você não é lindo Cameron, larga dessa. – Me olhou incrédulo, se fingindo de ofendido.

- Chegamos! – falou sorrindo e estacionando o carro em frente a uma sorveteria.

- SORVETE! – gritei – Você realmente sabe como me fazer feliz.

- Fazer o quê, eu sou maravilhoso.

- Foi o Nash, não foi? - disse desconfiada

- Foi. - riu

Entramos na sorveteria que se encontrava vazia, Cameron pediu quatro bolas de sorvete e eu pedi três com calda de chocolate e M&M’S. Depois de pagarmos, nos sentamos em baixo de uma árvore na praça que tinha ali em frente.

- Nossa, tinha M&M como eu não vi. – disfarçou e pegou alguns M&M’s do meu sorvete. Cafajeste.

- Ei! – ri – Você é ridículo, sabia? – peguei um pouco do sorvete dele.

- O quê é meu, é meu. O quê é seu, é nosso.

- Aé, seu babaca? – passei sorvete no nariz dele – Que comecem os jogos.

Saí correndo dali e Cameron atrás de mim, logo ele me alcançou e passou sorvete por todo o meu rosto.

- Seu babacaaaaa! – gritei e corri até ele

O mesmo se virou e me deu um beijo, melado. 

- Vem, vamos sentar. Porquê eu to cansado.

- Cansado? Você pegou meus M&M’s seu idiota. – ri e me sentei, com a cabeça apoiada em sua barriga – Eu te odeio.

- Eu também te amo, ô insuportável.

Ficamos ali, observando em volta. Tinha algumas crianças correndo pela grama, outras jogavam futebol. Algumas mães passeavam com seus filhos nos carrinhos,  tinha algumas senhoras com seus cachorros e alguns adolescentes andando de skate e namorando.

- Eu te amo, sabia. – E vou sentir muita falta.

- Eu também te amo, morena.

“Você é tudo pra mim, é minha fuga, meu fim.”

Ficamos mais um tempo por ali e depois fomos embora, eram exatos 17h37. E eu não sabia, de novo, pra nós iríamos.

- Fala logo Cameron.

- Não vou falar, para de me encher, se não eu te jogo na estrada.

- Você não seria capaz, você me ama. – dei um sorriso sínico.

- É, fazer o quê, a gente não escolhe quem ama.

- Nossa, tocou no fundo do coração agora, colega.

Nós realmente fizemos o quê o Cameron disse, demos a volta na cidade, ele rodou a cidade toda de carro. Fazendo palhaçada com tudo, rindo de tudo, realmente como se fosse o último dia.

Cameron finalmente estacionou o carro, e quando me dei conta, percebi que estávamos em frente a praia. Realmente, ele sabe como me fazer feliz. Não tem lugar melhor pra conversar do quê a praia, não tem lugar melhor pra esfriar a cabeça do que a praia. Não tem lugar melhor, que a praia.

- Você acertou em cheio. – sorri e o beijei, com todas as minhas forças, como se em alguns segundos fossem tirar ele de mim.

Já estava escurecendo, então a areia da praia estava meio vazia, ainda tinha algumas pessoas, mas bem poucas. Fomos lá pro meio e nos sentamos, na verdade o Cameron deitou e eu deitei em cima da barriga dele. Ficamos ali um tempo em silencio, apenas ouvindo o barulho das ondas quebrando e nada mais. Eu poderia ficar aqui pro resta da minha vida, não sair nunca mais. Mas infelizmente, essa não vai ser a minha realidade.

- Eu te trouxe aqui pra ficarmos mais sozinhos sabe, a gente precisa de um tempo só nosso.

- Eu também acho. – sorri – Sabe, até que eu não acho uma má ideia você se mudar. A gente pode continuar se vendo.

- Não fala disso, não vamos falar disso agora, não agora. Por favor. Vamos apenas aproveitar, como eu já disse, como se fosse o nosso último dia.

- Vai ficar dando bobeira aí, ou vai dar um mergulho? – disse rindo enquanto me levantava

- De roupa?

- Se tiver incomodado, pode tirar, eu não ligo sabe. – ri

Fui correndo até o mar, sendo olhada pelas pessoas que estavam na praia, com certeza me chamando de “maluca”. Cameron estava atrás de mim, mas como eu sou lerda ele conseguiu me alcançar, assim me jogando dentro da água. Que por acaso estava extremamente gelada.

- Seu viado! – taquei água na cara dele – Eu te odeio.

Ficamos brincando que nem duas crianças por um bom tempo, um jogando água no outro. Um rindo da palhaçada que o outro fazia, até das mais toscas. Eu poderia viver aquele momento pra sempre, não me importaria.

Depois de um tempo voltamos pra casa, pra minha casa pra ser mais clara e uma novidade. Chegando lá adivinha quem não estava em casa? Jacob, isso mesmo.

- Que tal a gente ir pra alguma pizzaria? – Cameron disse logo depois de se jogar no sofá.

- Eu acho ótimo, liga pros meninos? – assentiu – Eu ligo pra Lox.

Fui correndo pro meu quarto e peguei meu celular, liguei pra Mahogany e ela disse que em cinco minutos ela já estava aqui. Mas do jeito que ele é, daqui a uma hora ela chega. Enquanto ela não chegava, eu fui pegando alguns looks do meu closet e colocando em cima da cama. Peguei vestidos, saias, cropped, regata, short e até moletom. Eu realmente não sabia o quê vestir.

Lembrei que não tinha ligado pra Mabel, então liguei pra ela e a mesma me disse que estava na casa de um tia que por coincidência morava na mesma rua que eu. Então chegaria bem rápido, a Ally viria com o Gilinsky. Como sempre.

Depois de exatos 10 minutos, Mahogany chegou lá em casa, ela estava maravilhosa, como sempre.

- Ok,me ajuda pelo amor de Deus, a achar uma roupa decente. Por quê ta difícil. – ela riu

- Vai, experimenta esse Cropped com essa saia.

[...]

Depois de experimentar quase todas as minhas roupas, finalmente encontramos uma combinação perfeita. Um cropped preto de manga comprima e uma saia de bolinhas preta e branca co um salto preto. Maravihoso. (1)

Mabel já tinha chegado lá em casa, ela estava fazendo a maquiagem da Ally, que fazia o meu cabelo e eu ajeitava o cabelo de Hazel. Elas estavam maravilhosas também.

Depois de uns cinco minutes, ficamos prontas, peguei meu celular e desci junto das meninas. Os meninos estavam sentados no sofá rindo de qualquer coisa, obviamente a mais sem noção desse mundo. Cameron realmente chamou todo mundo, os 11 estavam ali, até o Jacob tinha chegado e o Sammy também.

- Só assim mesmo pra você vim me ver né Wilkinson. – ele me olhou e veio até mim me abraçar.

- Sabe que eu te amo né insuportável, prometo vir mais vezes. – riu

- Então, vamos? – Disse Matt – Não vai ser por causa dos olhos azuis do Nash que a pizzaria vai ficar aberta até mais tarde.

- Por quê tudo tem que envolver meus olhos? 

- Por quê eles são perfeitos. - falei

- Eles são iguais aos seus Melanie.

- Por isso, são perfeitos. 

Fomos pros carros e nos dividimos como sempre, eu fui no carro do Cameron junto com Nash, Mabel, Matt, Taylor e Jacob.

O resto do povo se dividiu entre o carro do Gilinsky e do Carter. Nós estávamos espremidos no banco de trás, eu estava sendo sufocada pelo Matt e pelo Taylor, dois gordos.

- Eu vou morrer! – respirei fundo – Cameron liga esse rádio pelo amor de Deus.

- É, por quê se eu morrer pelo menos eu vou morrer com música.

Ele ligou a rádio e estava tocando uma música do Ed Sheeran que não me lembrava o nome no momento. Quando mais Cameron andava com o carro, o caminho parecia mais longo. Não chega nunca.

Paramos em um sinal e o carro do Gilinsky parou ao lado. O carro mais parecia uma balada, estava abarrotado de gente e tocava uma música totalmente alta.

- Quanta gente inútil em um carro só. – gritei e eles mandaram eu ir pra um lugar não muito agradável

- Melanie eu só não te mando para aquele lugar, por quê eu gosto e respeito muito a tia Becky. – Disse Sammy

- Cadê o Shawn, to com saudade dele. – perguntei

- Ta por aí com o Carter, o Hayes e a Lox.

- Hum, danadinhos.

O sinal abriu e Cameron deu partida, e mais longas horas se passaram até chegarmos a tal pizzaria. Se eu soubesse que era tão longe, tinha ido ao Mc que fica na esquina de casa. Bem mais prático e não gasta gasolina.  

- Gente, será que não chega nisso nunca?

- To pensando nisso desde que saímos de casa meu querido, Matt. – falei apoiando a cabeça no ombro do mesmo.

- Parem de reclamar e vão dormir. – Diz Mabel

- Nossa, que menina grossa. Sua ridícula. – ri

- Já ta chegando gente. – Diz Cameron na maior calma – Tenham mais um pouco de paciência.

- Mais? – reclama Matthew

- É Espinosa, mais.

- Minha barriga agradece! – disse irônica

- Vai valer a pena quando chegarmos lá. Garanto a vocês.

- Espero que nessa pizzaria tenha pizza de Chocolate com Morango.

- Ah minha amiga, se não tiver, a porrada vai estancar. - Matt diz fazendo um gesto engraçado.

- Lógico que tem né Melanie. – protestou Taylor – Qual pizzaria não tem?

- A que tem do lado da sua casa. – ri

- Ta, tirando essa?

- A do lado da casa do Cameron.

- Tem uma pizzaria do lado da minha casa?

- Cala a boca e ajuda. – me olhou – E presta atenção na estrada, porquê eu to jovem demais pra morrer.

- Jovem? – Matt – Você é praticamente uma idosa.

Entre toda essa discussão, tinha apenas uma pessoa super calma, Nash. Ele dormia tranquilamente, em meio as risadas estridentes do Matt.

- Não tem como você rir que nem uma pessoa normal, não? – perguntei

- Não senhora, não tem.

- Calem a boca e me escutem. – Cameron parou o carro – Chegamos!

Parei tudo que estava fazendo e olhei em volta, realmente tudo isso valeu muito a pena.