1. Spirit Fanfics >
  2. Toda Sua - AyA >
  3. O Elevador

História Toda Sua - AyA - O Elevador


Escrita por: nattinatasha

Notas do Autor


Meus queridos leitores(as) essa história não é da minha autoria, é da autora Sylvia Day, eu apenas a adaptei, espero que gostem ...

Capítulo 7 - O Elevador



Eu me levantei, e ele me deu um beijo na bochecha. 
Franco: Você está linda, Anahí!
Anahí: Obrigada. - Eu era muito parecida com minha mãe, que também tinhas os cabelos em 
tom choclate e os olhos azuis.
Sentando-se em uma cadeira na ponta da mesa, Colucci tinha consciência da paisagem que se 
descortinava atrás dele, com os prédios de Nova York, e sabia tirar vantagem da impressão que 
causava.
Franco: Coma. - ele disse com a voz de comando tão facilmente entoada pelos homens 
poderosos. Homens como Alfonso Herrera.
Será que Colucci era tão determinado quanto Herrera quando tinha sua idade?
Apanhei o garfo e ataquei a salada de frango, nozes, queijo feta e frutas vermelhas. Estava uma 
delícia, e eu tinha fome. Fiquei feliz por Colucci não ter começado a falar imediatamente, pois 
assim podia apreciar a refeição, mas o silêncio não durou muito.
Franco: Anahí, querida, eu gostaria de conversar sobre esse seu interesse por krav maga.
Fiquei paralisada. 
Anahí: Como é? - Perguntei incrédula.
Colucci tomou um gole de água gelada e se recostou, com o maxilar contraído de uma forma 
que avisava que eu não ia gostar do que ele estava prestes a dizer. 
Franco: Sua mãe ficou preocupadíssima ontem à noite quando você foi àquele lugar no 
Brooklyn. Demorou um tempo para ela se acalmar e se convencer de que eu poderia tomar 
providências para que você faça isso de maneira segura. Ela não quer...
Anahí: Espere. - Eu larguei meu garfo cuidadosamente, já sem o menor apetite. - Como é que 
ela sabe aonde eu fui?
Franco: Ela rastreou seu celular. - Disse simples.
Anahí: Não acredito! Eu respirei fundo, desabando na cadeira. A tranquilidade com que ele deu 
essa resposta, como se fosse a coisa mais natural do mundo, me deixou enojada. Senti algo no 
estômago, que subitamente parecia mais interessado em rejeitar o conteúdo do almoço do que 
em digeri-lo. - Foi por isso que ela insistiu que eu usasse um telefone da empresa. Não tinha 
nada a ver com economia.
Franco: Claro que um dos motivos era esse. Mas assim ela também podia ter paz de espírito.
Anahí: Paz de espírito? Espionando a própria filha, uma mulher adulta? Isso não é saudável, 
Franco. Você precisa entender. Ela ainda faz terapia com o doutor Petersen? 
Franco: Sim, é claro. - Disse paracendo incomodado.
Anahí:  Ela conta pra ele o que anda fazendo?
Franco: Não sei! -  ele respondeu, seco. -  Isso é assunto dela. Eu não interfiro.
É claro que ele interferia. Colucci a pajeava o tempo todo, fazia tudo para agradá-la e mimá-
la. Ele permitia que a obsessão dela pela minha segurança alcançasse proporções 
descomunais. 
Anahí: Ela precisa pôr uma pedra sobre tudo o que aconteceu. Eu já fiz isso.
Franco: Você era uma menina inocente, Eva. Ela se sente culpada por não ter conseguido 
proteger você. Precisamos ter um pouquinho de tolerância.
Anahí: Tolerância? Ela invadiu minha privacidade! -  Minha cabeça estava a mil. Como minha 
mãe tinha coragem de desrespeitar minha individualidade daquela forma? 
E por que fazia aquilo? Ela estava ficando maluca e me enlouquecendo junto. - Isso precisa 
acabar! - Respondi séria.
Franco: Não tem problema nenhum. Já conversei com Clancy. Ele vai levar você quando precisar 
ir ao Brooklyn. Está tudo combinado. Vai ser muito melhor para você.
Anahí: Não tente fingir que a maior beneficiada sou eu. - Meus olhos estavam ardendo e minha 
garganta queimava com o choro e a frustração contidos. Detestei a maneira como ele se referiu 
ao Brooklyn, como se fosse um país subdesenvolvido. - Sou uma mulher adulta. Posso tomar 
minhas próprias decisões. Existe uma lei que diz isso!
Franco: Não precisa elevar o tom de voz comigo, Anahí. Estou apenas fazendo o melhor para 
sua mãe. E para você.
Eu me afastei da mesa. 
Anahí: Você está incentivando esse comportamento. Está mantendo ela doente, e me deixando 
doente também. - Exclamei quase como um desabafo.
Franco: Sente-se. Você precisa comer. Marichelo está preocupada, acha que você não está se 
alimentando direito.
 Anahí: Ela se preocupa com tudo, Franco. Esse é o problema. - Larguei meu guardanapo sobre a 
mesa. - Preciso voltar ao trabalho.
Dei as costas, tomando imediatamente o caminho da porta para sair dali o quanto antes. Peguei 
minha bolsa com a secretária e deixei meu celular em cima da mesa dela. Clancy, que estava me 
esperando na recepção, veio atrás de mim, e eu sabia que não adiantava tentar dispensá-lo. Ele 
seguia as ordens de Colucci e de mais ninguém.
Clancy me levou de volta enquanto eu fumegava no banco de trás. Eu poderia reclamar o 
quanto quisesse, mas no fim não era muito diferente do meu padrasto, porque no fim acabaria 
cedendo. Eu ia deixar minha vontade de lado e fazer o que minha mãe queria, porque a ideia de 
fazê-la sofrer ainda mais era de cortar o coração. Ela era emotiva e sensível demais, e me 
amava a ponto de enlouquecer por causa disso.
Eu estava de péssimo humor ao chegar ao Crossfire. Quando Clancy me deixou no meio fio, 
olhei para os dois lados na calçada lotada à procura de um mercadinho para comprar chocolate 
ou de uma loja para arrumar um celular novo.
Acabei dando uma volta no quarteirão e comprando meia dúzia de chocolates na farmácia da 
esquina antes de entrar no prédio. Só fazia uma hora que eu tinha saído, mas eu não estava a 
fim de usar a hora a mais que Aaron havia me concedido. Precisava trabalhar para esquecer 
minha família perturbada.
Ao entrar sozinha no elevador, rasguei a embalagem de uma barra de chocolate e a mordi 
furiosamente. Estava disposta a consumir toda a minha cota de chocolate antes de chegar ao 
vigésimo andar, mas o elevador parou no quarto. Gostei da ideia de ter um tempo extra para 
deixar o chocolate e o caramelo derreterem na minha língua.
A porta abriu, revelando a figura de Alfonso Herrera, que conversava com dois outros homens.
Como sempre, fiquei sem ar diante dele, o que só reacendeu minha raiva, que já estava 
começando a diminuir. Por que ele tinha aquele efeito sobre mim? Quando eu conseguiria ficar 
imune a ele?
Ele olhou para dentro. Ao me ver, seus lábios se curvaram em um sorriso de tirar o fôlego.
Que ótimo. Que sorte a minha. Eu agora era uma espécie de desafio para ele.
O sorriso de Herrera se desfez em uma expressão séria.
Alfonso: Falamos sobre isso mais tarde. - ele murmurou para seus companheiros sem tirar os 
olhos de mim.
Então ele entrou no elevador e os dispensou com um gesto de mão. Eles pareceram surpresos. 
Olharam para mim, para Herrera, e depois para mim de novo.
Fiz menção de sair, ciente de que seria melhor para minha saúde mental pegar outro elevador.
 



Gostou da Fanfic? Compartilhe!

Gostou? Deixe seu Comentário!

Muitos usuários deixam de postar por falta de comentários, estimule o trabalho deles, deixando um comentário.

Para comentar e incentivar o autor, Cadastre-se ou Acesse sua Conta.


Carregando...