Point of View Cameron Dallas
— Ross?! — ergui uma sobrancelha e encarei Marie — Que porra você está falando?!
— Cameron, eu estou muito mal. — falou enquanto passava a mão no rosto — Eu vou vomitar...
Ela se virou e vomitou do meu lado.
Ignorei o fato de Marie ter me chamado de Ross e balancei a cabeça em forma de negação.
— Olha, eu vou ir dormir no Aaron com o Bryant. Fica com as suas amigas, não dirige, por favor. Pede para a sua amiga te levar pra casa ou durma na casa de alguma. Beijo. — ela assentiu e beijei sua testa.
Aaron e Bryant me esperavam na frente do carro. Fui até eles e entramos no carro, indo para a casa do Aaron.
(...)
Point of View Aaron Carpenter
00:48
Chegamos na minha casa e os meninos deixaram o carro na minha garagem. Entrei em casa e não tinha nenhuma luz acesa, todos já estão dormindo pelo visto.
— O que tem pra comer? — Cameron falou entrando em casa e indo direto para a cozinha.
— Shhh! Não faz barulho. — sussurrei.
— Pode deixar. — sorriu e entrou na cozinha.
Bryant pegou seu carregador na mochila e colocou seu celular para carregar.
Ouvi barulho de tampas, potes e talheres caindo e revirei os olhos.
— Isso é não fazer barulho, Cameron? — falei.
— Desculpa, dude. — riu.
Minha mãe desceu das escadas com um taco de beisebol, pantufas e roupão. Suspirou quando me viu e veio me abraçar.
— Era só o Cameron mãe, relaxa. — nos abraçamos.
— Vocês vão dormir aqui? — sorriu perguntando pra Bryant — Querem que eu faça algo?
— Não, obrigado Sra.Becky. — sorriu — Vamos nos virar, pode voltar a dormir, prometemos não fazer barulho. Né Cameron? — Bryant encarou Cameron e ele abriu os braços em rendição.
— Sim, prometemos. — Cameron olhou para o taco de beisebol nas mãos da minha mãe e encarou ela — Você ia me bater com isso?
— Se você fosse um ladrão, sim. — riu — Bom meninos, eu vou voltar pra cama, durmam bem. — beijou a minha testa e subiu novamente as escadas.
— Bom, o que vamos fazer? — Bryant perguntou.
— Dormir. — Cameron falou se deitando no sofá.
— Vamos pegar cobertas e travesseiros antes, né? — ergui uma sobrancelha e Cameron deu de ombros — Ok, vou lá buscar.
Fui até o meu quarto e peguei três travesseiros e três cobertas. Voltei para a sala e Bryant e Cameron já estavam acomodados. Joguei os travesseiros no rosto de cada um, em seguida as cobertas. Me joguei no sofá que estava livre, e me arrumei de uma forma confortável. Bryant colocou um filme qualquer na Netflix, e acabamos dormindo.
Point of View Emma White
17 de Janeiro de 2016, 10:12.
Acordei com dor nas costas, com certeza foi de ontem, eu nunca dancei tanto na minha vida. Amanhã de manhã, começa minhas aulas, e eu não estou pronta para acordar cedo. Me sentei na cama e cruzei as pernas, olhando para os raios de sol que passavam pela persiana e iluminava minhas cobertas.
Eu estou estranhando o Ross ultimamente. Do nada ele começa a ficar apaixonado e ansioso por essas aulas, ele não me manda mensagens durante o dia, não fala muito "eu te amo" e nem me liga.
Isso me deixa um pouco, triste, magoada. Tenho saudades de antigamente, quando eu era a coisa mais importante da vida dele, quando ele colocava as minhas necessidades na frente da dele e eu reclamava.
Sorri e a porta do meu quarto foi aberta.
— Mãe! Bata na porta antes. — repreendi.
— Me desculpa. — sorriu e eu retribui o sorriso — Vim entregar os livros. Recebi agora no correio. — falou e colocou uma sacola com, mais ou menos, cinco livros.
— Minha nossa, quanto livro. — coloquei a mão na testa — Isso tudo é do curso? — perguntei e ela assentiu.
— Ah, tem também essa pasta, para guardar cadernos. — me entregou.
— Prefiro minha mochila, é mais bonita. — ri.
— Bom, desça que vamos almoçar. — falou se virando para sair do quarto.
— Mas, geralmente nos domingos o almoço não sai mais tarde? — perguntei.
— Fala isso pro seu pai. — revirou os olhos — Seus priminhos já estão aqui, vieram almoçar. — sorriu.
— Ah não! Não! Agora mesmo que eu não vou sair daqui. — me joguei na cama e me cobri novamente, ouvindo o riso da minha mãe.
— Se prepara para a pergunta "Tem jogos?". — riu.
Ri e ouvi a porta se fechar.
Point of View Cameron Dallas
10:43
Acordei com dois celulares me gravando, Aaron e Bryant riam sem parar e tiravam fotos também. Toquei em meu rosto e senti pasta de dente na minha testa e nas minhas bochechas.
— Acordou! — Aaron falou rindo e comemorando — Cameron você dorme feito pedra.
— O que vocês fizeram comigo? — perguntei enquanto tirava a pasta de dente do rosto.
— Abusamos de você. — Bryant falou e eu dei uma risada forçada — Mentira, só tiramos fotos de você e colocamos na história do SnapChat, principalmente para as meninas que o Aaron tem no Snap.
— Filhos da... — interrompido.
— Cameron! — Sra.Becky me olhou e todos riram.
— Filhos da tia Becky! — falei e rimos.
— Acho bom. — sorriu — Aaron, ali na mesa está a sacola de livros do curso.
— É verdade! Eu tenho que ir pra casa e pegar meus livros, se não amanhã não me deixam nem olhar pra sala de aula. — falei e peguei minhas coisas.
— Você vai com pasta de dente na cara mesmo? — Bryant perguntou.
— Vou, dane-se. Beijo gente, tchau!
— Tchau. — todos responderam.
Fui até a garagem e retirei meu carro, indo em direção a minha casa. Cheguei em casa, deixei o carro estacionado ali na frente e entrei. Minha mãe cozinhava e Sierra estava com o namorado, bebendo cerveja.
— Oi, gente! — falei.
— Oi filho. — minha mãe se virou pra mim — O que é isso em seu... — interrompida.
— Pasta de dente. — ri.
— Oi Cameron. — Sierra falou e o namorado acenou.
— Seus livros novos estão na sala, está preparado pra acordar amanhã? — minha mãe perguntou enquanto provava o molho com a colher.
— Ah... Não. — ri — Bom, eu vou subir, tirar a pasta de dente e venho almoçar, certo?
— Vá.
Subi correndo as escadas e fui até o meu quarto. Limpei meu rosto e troquei de blusa, aquela estava com cheiro de cerveja. Peguei meu celular e mandei algumas mensagens para a Marie, mas ela não respondeu, então resolvi ligar para ela.
— Oi, esse é o número da Marie e ela não está, por favor, deixe sua mensagem.
— Marie, você está bem de ontem? Me liga depois. Beijo.
Joguei o celular na cama e me deitei, encarando o teto.
— Marie está muito estranha. — pensei.
Point of View Emma White
14:24
Já almocei, e agora está toda a família, praticamente, dormindo na rede de dormir, enquanto eu sou a única acordada pra cuidar das crianças, que estão brincando.
— Emma, você tem jogos no celular?
— Sean, você perguntou isso três vezes. Eu não tenho jogos, eu não jogo. — falei e o mesmo fez beicinho.
Minha tia, graças a Deus acordou e estava de biquíni.
— Quem quer ir a praia? — perguntou.
— Eu! — as três crianças responderam.
— Vem Emma, vem junto. — falou.
— Não, obrigada.
— Sério que quer ficar aqui? Enquanto dormem? Vem junto. — falou e suspirei.
— Ok, vamos, mas eu não vou entrar, vou de roupa mesmo.
— Por mim, tudo bem. — sorriu.
(...)
17:32
Passamos umas horinhas na praia. Eu não entrei em nenhum momento no mar, as crianças brincavam na areia e corriam no mar para buscar água, minha tia queria ficar bronzeada e eu ficava sentada na toalha, olhando as ondas.
— Vem, vamos entrar na água. — alguém passou correndo atrás de mim, me puxando.
— Não Ton! — quando falei já era tarde demais, eu já estava dentro da água, de blusa.
Ton é meu primo mais velho. Ele tem dezenove anos e ele é muito parceiro, amigo e engraçado.
Ele me jogou água no rosto e tentava me afogar quando a onda vinha.
— Como você sabe que estávamos aqui? — perguntei.
— A mãe falou quando acordou, que vinha pra praia. — sorriu e uma onda grande estava se formando — Abaixa! — falou e abaixamos na hora.
Voltamos a superfície e rimos.
(...)
20:20
Já voltamos pra casa, meus primos já foram pra casa deles e amanhã parece que, a vida começa. Acordar cedo e todas essas coisas.
Minha mochila, meio bolsa, já estava pronta para amanhã e eu já estava pronta para dormir. Já jantei, já tomei banho e escovei os dentes. Já dei boa noite aos meus pais e o que me resta e dormir e acordar disposta amanhã.
Ross mandou uma mensagem falando que iria me buscar amanhã, e mandou um coração.
Li a mensagem e dormi.
(...)
18 de Janeiro de 2016, 08:00.
Acordei com o despertador e me senti disposta para hoje. Fui até a janela e abri a mesma, vendo o lindo sol que formara. Separei a minha roupa que seria apenas um vestido e sapatilha.
É curso, não colégio.
Entrei no banheiro e liguei o chuveiro. Me despi e entrei no mesmo, sentindo a água morna escorrer pelas minhas costas.
(...)
Saí do banho e vesti a roupa que separei. Fiz uma maquiagem básica pra esconder o típico rosto zumbi matinal e peguei minha bolsa com livros. Escovei meus dentes e arrumei meu cabelo.
Saí do quarto e desci as escadas. Peguei uma maçã na fruteira e vi minha mãe sair da lavanderia.
— Bom dia, Emma! — sorriu e beijou minha testa.
— Bom dia! — respondi sorrindo — Ross está vindo me buscar. — falei depois que li a mensagem dele, avisando.
— Está bem. Boa aula. — falou.
— Obrigada.
Saí de casa e esperei Ross ali na frente.
Ele chegou, saiu do carro e abriu a porta pra mim. Deu um selinho demorado e sorriu.
— Bom dia! — falou.
— Bom dia! — falei e mordi minha maçã.
— Vamos?
— Vamos.
(...)
Chegamos e Ross estacionou o carro. Ele desceu e abriu a porta pra mim, sorrindo.
Saí do carro e arrumei minha bolsa no meu ombro, segurando a mão de Ross e entrelaçando nossos dedos. Entramos pelo portão e vimos vários jovens esperando a hora.
Vi uma amiga minha acenando pra mim e olhei Ross.
— Vou ali cumprimentá-la, já volto. — falei e ele assentiu.
Fui até a Angel e abracei a mesma.
— Quanto tempo! — falou e beijou minha bochecha.
— Sim! Que bom te encontrar! — sorrimos e começou uma rodinha perto da gente.
Me virei e todos estavam gritando "Briga! Briga!". Olhei para Angel confusa até ver que era Ross. Ross estava no chão e um menino de cabelo com mechas loiras, estava por cima dele, dando vários socos.
Quando vi, tentei passar pela multidão de gente, mas não conseguia.
— Sai da frente! — gritei e consegui passar.
Olhei para Ross e depois vi um menino de cabelo castanho, segurando Ross no chão, para ele não conseguir se defender.
— Parem! Parem! — gritei e puxei Ross.
— Deu gente! — um menino de cabelos castanhos falou.
O menino de cabelos castanhos me olhou e me encarou.
— Quem é você? — perguntou e fez o de mechas loiras parar de tentar agredir Ross.
— Eu sou a namorada dele! — falei.
Point of View Cameron Dallas
Meu amigo Jack Gilinsky, começou a bater em um garoto que parecia ser novo por aqui. Eu pensei que quem havia formado confusão foi o garoto novo, então segurei eles pelos braços e tentei impedir do Jack bater muito, até uma garota pedir pra parar.
— Quem é você? — perguntei.
— Eu sou a namorada dele! — falou e pude ver seu rosto direito.
Ela é a garota da Tomorrowland. A menina que dançava e que me hipnotizou.
Ela namora.
Soltei o menino pelos braços e fiz Jack parar. A menina puxou o namorado e abraçou o mesmo, até chegar um dos funcionários e nos chamar para resolver isso na sala dos professores, uma "diretoria".
A menina nos olhou com ódio e a rodinha se desfez. Todos voltaram ao seus lugares pelo pátio.
— Vocês três, venham comigo. — ordenou o funcionário.
Entramos na sala dos professores e sentamos nas cadeiras. Todos permaneciam calados.
— Qual foi o motivo da briga? — o diretor, o cara que achava que tinha o poder de mandar aqui, perguntou.
— Motivo nosso, de anos. — Gilinsky falou olhando o menino com raiva.
— E você, o que fez? — perguntou se referindo a mim.
— Eu pensei que quem havia começado tudo isso foi ele. — apontei para o garoto — Então eu apenas segurei ele no chão.
— Então, você e o novato podem ir. Gilinsky fica. — falou e Gilinsky bufou.
O novato saiu sem falar nenhuma palavra e eu saí logo em seguida.
Point of View Emma White
Vi Ross sair daquela sala e puxei ele pelo braço. Abracei ele e beijei.
— E aí?
— Me liberaram. — falou.
— E o motivo disso tudo? — perguntei.
— Esse menino não gosta de mim. — falou — Nem eu dele.
Resolvi não insistir e nos beijamos. Peguei algodões que eu tinha na minha mochila, e passei com um remédio, no machucado da boca do Ross.
Vi o outro menino sair da sala e nos olhar, vindo na nossa direção.
— Eu queria pedir desculpas. — falou.
— Desculpas? — encarei o menino dos cabelos castanhos — Você ajudou aquele garoto que quase destruiu meu namorado!
— Eu não fui o único que achou que quem começou a briga foi seu namorado. — falou.
— Mas foi o único que eu vi segurando ele. — falei — Ele está todo machucado! — falei olhando para Ross que passava a mão na cabeça.
— O quê aconteceu com o seu namorado foi um acidente! E eu ainda defendi ele!
— Ah claro, um verdadeiro herói.
Uma menina loira apareceu gritando por um nome:
— Cameron! — gritou.
O menino de cabelos castanhos virou para ela e virou para mim.
— Aí garota, eu vim pedir desculpas pros dois, mas quer saber, foda-se! — o menino foi em direção a menina e deu um selinho na mesma, enquanto olhava pra mim.
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