Capítulo #1 -
POV Alícia -
E mais um ano letivo começa. E eu só estou um pouquinho empolgada porque finalmente cheguei no primeiro ano do colegial. Não só eu, como todos meus amigos, claro.
É incrível como todos nós somos amigos desde o 3° ano.
Mas enfim.. Acordei cedo como de costume e fiz todas as minhas higienes matinais.
Vesti o uniforme da escola, e passei uma maquiagem básica (sim, eu Alícia Gusman mudei muito daqueles anos pra cá e agora estou mais vaidosa.).
Logo em seguida dei uma olhada no meu celular, e ri muito ao encontrar mensagens das meninas totalmente estéricas e animadas pelo primeiro dia de aula.
Eu sabia bem o motivo da animação delas: os garotos.
Não entendia como alguém ficava tão alegre como elas, quando o assunto era esse. Amor era uma coisa estranha que todos acreditavam e sentiam, menos eu.
Antes que eu navegasse nos meus pensamentos, peguei minha mochila e desci.
Encontrei minha mãe na mesa tomando café sozinha, então me juntei à ela.
Ficamos conversando sobre um assunto paralelo e depois de alguns minutos eu tive que sair, se não me atrasaria.
Mas antes de ir pra escola, passei na casa da Marcelina, (como de costume) sempre íamos juntas.
(Marcelina) - Ai amiga você não sabe como eu to animada pra hoje.
- Ai Marce eu sei. Você ta animada pra isso a um mês eu acho.
(Marcelina) - E você não ta não? Ah já sei, você ta triste porque o Paulo não ta vindo com a gente hoje né? Ai Aly, não fica assim...
- Marcelina! Dá pra parar? Você sabe que eu odeio seu irmão. Que saco.
(Marcelina) - Mas acho que não posso dizer o mesmo quanto a ele. O Paulo te ama. E você deve amar ele também.
- Ahhh! Que droga! Eu não devia ter passado na sua casa hoje. E será que da pra parar de falar sobre ele? Odeio esse assunto.
(Marcelina) - Tudo bem, mas você sabe que eu sempre vou shippar vocês. Sempre mesmo.
E antes que eu respondesse aquele comentário idiota, ela começou a correr dando risada da minha cara, e eu fui atrás dela na intensão de dar um belo tapa naquela carinha bonitinha que ela tinha.
Depois daquele corre-corre, finalmente chegamos na escola.
Enquanto a Marce ia no banheiro, eu fui falar com o pessoal.
Todos já estavam lá, provavelmente eu e a Marcelina éramos as últimas a chegar.
Fiquei conversando com a Valéria, Margarida, o Jaime, o Jorge e o Mário.
Estava bem distraída mais pude sentir alguém se aproximando de mim, atravessando seus braços pela minha cintura e grudando minhas costas em seu corpo.
Tentei me virar pra ver quem era, mas não consegui.
Então, ao ouvir a voz, eu finalmente soube quem era.
(XxXx) - Você ta linda hoje sabia? - sussurrou no meu ouvido.
Era o Paulo! O idiota do Paulo!
Pude ouvir que o povo começou a falar "hummm", e aquilo me encheu de raiva.
Dei um chute no meio de suas pernas e finalmente me livrei de seus braços.
(Paulo) - Porra Aly, precisava chutar bem aqui? Doeu sabia?
- Sério? Pena que eu nem ligo!
Nem dei atenção pra ele, que estava jogado no chão com a mão na parte onde eu havia chutado. Saí dali sem pensar duas vezes e fui pra um lugar mais afastado.
Já fazia anos que o Paulo fazia essas brincadeiras comigo.
E eu odiava isso. Coisa mais escrota!
Todos diziam que era amor da parte dele. Mas eu sabia muito bem que era só zoação com a minha cara. Afinal, um cara que pega geral como ele, jamais ia amar alguém.
Quando finamente me vi livre daquele otário, relaxei um pouco mais, fechei os olhos e pensei em como eu ia aguentar aquilo o ano todo.
(XxXx) - Que foi gatinha? Ta com peso na consciência por ter me machucado?
Ah não!
- Ahhh garoto! Você de novo? Para de me seguir. Para de me encher o saco. Eu não aguento você.
(Paulo) - Eu adoro irritar você. Fica tão bonita bravinha. - falou rindo.
- Quando eu ficar brava de verdade, você não vai nem querer estar perto de mim, porque se não, eu vou quebrar a sua cara.
(Paulo) - Ui, desculpa Alícia. Não fica estressada. - debochou.
- Vai pro inferno, Paulo!!! - gritei dando vários tapas no braço dele.
(Paulo) - Eu vou pra qualquer lugar, portanto que você venha junto.
E antes que eu fizesse algo, ele me dei um selinho bem rápido e saiu correndo pelos corredores da escola.
É, aquele ano ia ser mais difícil do que eu pensei!
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