Capítulo #13 -
POV Alícia -
Já se passava das 14h da tarde, e eu estava no meu quarto repousando.
Depois que o Paulo me deixou na sala, a Marcelina chegou rapidinho e ficamos conversando. Ela me disse que todo mundo queria bater na Sofia e eu não entendi muito bem o motivo.
Acabou que eu tive que ficar tomando soro até o final da aula e depois vim pra casa. Eu estava sentindo uma certa fraqueza, e minha mãe queria a todo custo me encher de comida, pois segundo ela, meu mau era fome. Eu comi um pouco e agora estava deitada olhando pro teto. De repente a porta se abriu e por ela minha mãe entrou.
(Giovanna) - Ta tudo bem, minha flor?
- Sim mãe, to bem melhor. A fraqueza já passou.
(Giovanna) - Ah que bom. Só vim avisar que eu vou precisar sair, chegou um trabalho pra mim de última hora. (Minha mãe era advogada.)
- Okay, pode ir.
(Giovanna) - Mas você não vai ficar sozinha viu. A Cecília (nossa governanta) está aqui como sempre. E uma pessoa que você gosta muito também.
- Quem mãe?
Ela apenas deu uma risadinha, e olhou em direção à porta. E pela mesma, dessa vez, passou o meu namorado. Meu coração quase pulou de alegria e eu abri um sorriso enorme.
- Paulo!!!! - gritei, ele veio até mim e me abraçou.
(Giovanna) - Juízo viu crianças, agora eu preciso ir.
(Paulo) - Pode deixar sogra.
- Mãe, você sabe que não vamos fazer nada de errado.
(Giovanna) - Eu sei, confio em vocês. Agora, preciso ir mesmo. Tenham uma boa tarde.
Ela beijou minha bochecha, beijou a bochecha do Paulo, foi até a porta, deu um tchau com as mãos e à fechou.
(Paulo) - Eu adoro sua mãe.
- Que bom amor. E que bom que você veio me ver também, eu estava pensando em te ligar já.
(Paulo) - Eu queria ter vindo antes, mas a Marcelina ficou me enchendo o saco. Por sorte eu consegui conversar com a minha mãe, ela me liberou pra vir te ver e ficou lá com a pirralha.
- Seus pais já sabem do namoro também?
(Paulo) - É... Meio que sabem. Mas relaxa, eles prometeram não dizer nada pra Marcelina. Por enquanto, claro. E você, está melhor?
- Sim, estou. Não foi nada grave, eu estou bem. Bom, agora a gente precisa começar de verdade a ajudar a Carmen e o Jaime. A Carmen ta tão triste, você não tem noção.
(Paulo) - Beleza, nós vamos começar com isso logo. Mas antes...
E então ele me beijou. E como o beijo dele era bom. Se eu pudesse ficava beijando ele sempre. Mas, infelizmente a falta do ar me impede de fazer isso.
Depois de diversos beijos, nós finalmente paramos e começamos a pensar num jeito de juntos os nossos amigos.
Peguei meu notebook, disposta a conversar com a Carmen, enquanto o Paulo falava com o Jaime pelo telefone mesmo. Logo, o Jaime atendeu a ligação e os dois começaram a conversar. Como a Carmen não estava online no momento, fiquei prestando atenção na conversa deles, mesmo sem entender nada.
Uns dez minutos depois, finamente Paulo desligou o telefone. Fiquei esperando ele dizer alguma coisa mas a única coisa que ele fazia era rir igual um idiota.
- Que qui foi? Quero saber, fala!!
(Paulo) - O Jaime ta muito apaixonado, mano. - falou ainda rindo.
- Isso é ótimo. Não to entendo o motivo de tanta risada.
(Paulo) - É que ele fica muito idiota quando ta falando da Carmen, parece outra pessoa.
- Fica na tua Paulo Guerra. Você também fica todo bobo quando ta junto comigo, então, xiu.
(Paulo) - Ui, desculpa Senhorita Gusman.
- Ta e ai? O que ele disse?
(Paulo) - Ele falou que estava disposto a pedir a Carmen em namoro, mas não sabe como. Ele disse que não sabe do que ela gosta, nem qual a maneira certa de fazer o pedido. Ele ta praticamente desesperado. Eu respondi que ia dar um jeito de ajudar ele e depois ligava de volta.
- Isso é muito fácil. Vou falar com a Carmen agora.
(Paulo) - Você acha que ela vai te dizer alguma coisa sobre o pedido de namoro que ela tanto deseja?
- Com certeza. Agora fica quieto que eu vou começar a chamada de vídeo.
(Paulo) - Super carinhosa você viu?
- Xiu meu amor, xiu!
Iniciei uma chamada de vídeo pelo skype com a Carmen, e segundos depois ela atendeu.
~ Chamada de vídeo On ~
Carmen: Oi Aly, ta tudo bem?
Eu: Sim amiga, e você ta bem?
Carmen: É.. Mais ou menos. Todo mundo daqui a pouco vai estar namorando menos eu.
Eu: Não fica assim, as coisas podem mudar quando você menos esperar.
Carmen: Só que do jeito que o Jaime é, as coisas vão demorar muito pra mudar.
De repente eu ouvi um barulho vindo do corredor. Por mais que a porta estivesse fechada, dava pra ouvir de longe o grito das meninas.
MEU DEUS! As meninas vieram me visitar, e o Paulo estava aqui!!
Carmen: Sabe, naquele dia que nós fomos no parque o Jaime estava tão carinhoso e de uma hora pra outra se afastou de mim, eu não sei o qu...
~ Chamada de vídeo Off ~
Interrompi a fala da Carmen fechando o notebook com tudo. Batidas começaram a ser depositadas na porta e eu não sabia o que fazer. O Paulo demonstrava estar um pouco desesperado também. Então, sem pensar duas vezes, eu puxei ele até o meu closet, deixei ele lá dentro e tranquei a porta.
Em seguida, abri a porta do meu quarto e como um furacão a Valéria, a Laura e a Marcelina entraram. Todas se sentaram na minha cama e ficaram olhando pra mim sorridentes.
(Valéria) - Demorou pra abrir a porta hein linda!
- É que eu, eu estava com o fone no ouvido. Não ouvi vocês batendo.
(Laura) - Mas nós quase derrubamos a porta, como não ouviu a gente?
- Meninas, eu abri a porta certo? Isso que importa.
(Marcelina) - Passamos aqui porque estávamos no tédio. E também pra te trazer a matéria de hoje. Já que você não pode ir pra aula.
(Valéria) - É, só que você pode copiar tudo depois e ir agora tomar sorvete com a gente.
- Meus amores, eu queria muito ir com vocês. Só que eu não estou me sentindo muito bem sabe. Parece que a queda de hoje realmente afetou alguma coisa em mim.
(Laura) - Mas a algumas horas atrás você disse que estava bem e não tinha acontecido nada.
- Só que eu não sei o que houve. Talvez seja o sol que eu peguei no caminho da escola pra cá.
(Marcelina) - Bem que a Cecília disse que você devia estar um pouco abatida ainda. Mas tudo bem, Aly. A gente deixa o sorvete pra outro dia.
Concordei com a cabeça e do nada o barulho abafado de um espirro tomou conta do ambiente. Merda Paulo!
(Valéria) - De onde veio esse espirro?
(Laura) - Não sei, daqui do quarto da Aly não foi.
- Eu não ouvi nada. Acho que to meio louca. - tentei disfarçar.
(Marcelina) - Aly eu ia te falar que, se você quiser falar com a Carmen sobre aquele assunto lá, pode falar. Sei que eu deixei isso por minha conta mas eu descobri que eu to muito mais ocupada tentando arrumar a minha vida amorosa.
- Tudo bem amiga, eu falo com ela.
(Valéria) - É.. Enfim amiga, a gente vai indo agora. Você realmente ta precisando de um repouso, se não, amanhã vai estar mais doida do que nunca. Fica bem e qualquer coisa pode ligar pra gente viu? Vamo gente?
As outras meninas concordaram, me deram um beijo na bochecha e foram embora. Eu soltei um longo suspiro, demonstrando alívio e fui até a porta do closet para abri-lá.
Assim que eu virei a maçaneta, Paulo saiu de dentro do closet correndo e se jogou na cama.
- O que houve? - perguntei rindo.
(Paulo) - Cara, eu fui mexer num dos seus perfumes que estava ai no closet e quase morri intoxicado.
- E quase entregou pras meninas que tinha alguém aqui. Não dava pra espirrar mais baixo não, meu amor?
(Paulo) - Até dava, mas eu não consegui. Vê se compra uns perfumes mais leves.
- Sério isso?
(Paulo) - Óbvio que não. Se você mudasse seu perfume ou qualquer outra coisa por minha causa, você ia deixar de ser você e eu não quero isso.
Ele me deu um abraço meio de lado e começou a encher meu rosto de beijinhos.
- Agora, eu tenho que ligar pra Carmen de novo. Desliguei a chamada e nem me despedi dela. Tadinha.
Então, eu liguei pra Carmen. Tive uma conversa super interessante com ela, e qualquer coisa que ela dissesse e pudesse ajudar o Jaime, o Paulo anotava e passava pro amigo por Whatsapp.
***
Eu estava tirando uma soneca tão boa e profunda, até que senti alguém puxando meu braço com cuidado, e ouvi um sussurro chamando meu nome.
Era o Paulo. Que bom que ele ainda estava ali.
- Não acredito que eu dormi.
(Paulo) - É mas dormiu. Umas 3 horas, pra ser mais exato.
- Desculpa ter te deixado sozinho viu? - dei um selinho nele. - Mas o que você ficou fazendo durante esse tempo todo?
(Paulo) - Eu conversei um pouco com a sua mãe que chegou pouco depois que você dormiu. Fiquei ajudando o Jaime, e só te acordei porque a notícia é boa demais pra comemorar sozinho.
- E qual notícia é?
Então ele me estendeu o celular dele. Eu peguei e dei de cara com uma foto do Jaime junto com a Carmen. Ambos estavam com uma aliança de compromisso na mão.
- Sério? Ele foi tão rápido assim e já pediu ela em namoro?
(Paulo) - Pois é, isso mesmo. E os dois mandaram várias mensagens nos agradecendo.
- SOS Jaimen foi cumprido! Nós somos demais.
(Paulo) - Com certeza somos.
Começamos a rir e comemorar muito pela felicidade dos nossos amigos.
***
Já estava anoitecendo e eu e Paulo estávamos acabando de assistir uns episódios de The Walking Dead. Meus olhos estavam vidrados na televisão e a concentração reinava em mim.
De repente o Paulo levou toda concentração embora, pausando o episódio.
- Ué, por que você pausou?
(Paulo) - Parece que agora nós somos o Casal Cupido. Ou pelo menos estamos sendo considerados assim.
- Aan? Como assim?
(Paulo) - Primeiro ajudamos o Jaime e a Carmen. Pelo visto isso chegou aos ouvidos dos outros e agora estão pedindo nossa ajuda pra juntar outro casal.
- E qual seria agora?
(Paulo) - Bibi e Kokimoto.
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