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História Toská -Angústia - Você é a redenção


Escrita por: Tia_Lina

Notas do Autor


Olááááá, enfermeira ^^ Sem muita enrolação porque o que vocês querem mesmo é treta, então

BoA leitura ^^

Capítulo 18 - Você é a redenção


Depois de um banho caprichado, Steve vestiu sua melhor roupa e desceu as escadas. Deu um beijo na testa da mãe e se despediu sem ao menos se importar se Bucky daria as caras para o jantar. Algo nele ainda estava ferido pelas palavras duras do amigo, e não é como se fosse eterno, só não se sentia preparado para olhá-lo outra vez naquele mesmo dia, além do mais, tinha que chegar na casa do Stark às 19h e se não se apressasse, se atrasaria.

Felizmente conseguiu pegar o metrô à tempo, numa viagem que durou pouco mais de vinte minutos. Chegara no portão da casa do magnata às 19h em ponto, tomando fôlego antes de tocar a campainha. Nem bem encostou o indicador no botão, o portão se abriu, revelando o jardim que, vazio e àquele horário, parecia muito bem cuidado e bonito. Fora Pepper quem o recepcionara na entrada, com seu típico sorriso simpático e voz calma. Steve gostava da garota, e ainda não conseguia compreender como alguém como ela namorava alguém como Stark. Em contraste com a calmaria da quase ruiva, Stark o recepcionou com gracejos e grande festa, porque sozinho, por si só, ele era um grande espetáculo ambulante. Steve riu da cena toda, arrancando um sorriso do moreno.

- Vê, Pepper? Cativamos o Rogers!

- Claro, Tony. – Ela revirou os olhos. – Então, vamos subir?

- Apressada para vê-lo só de cuecas, meu bem? – Stark piscou, virando nos calcanhares, em direção às escadas. – Aviso de antemão que não permitirei, a não ser que também participe da festa que estão tramando pelas minhas costas.

- Você não foi convidado, Stark. – Steve zombou, o que acabou surpreendendo Stark por um momento.

- Ouviu isso, Pepper? Nosso pequeno projeto de boas maneiras sabe brincar, estou impressionado, Rogers.

- Steve.

- Sim? – Ele se virou por um momento.

- Me chame de Steve, nos conhecemos há muito tempo, certo?

- Claro. – Stark sorriu de lado, concluindo seu caminho em seguida. – Chegamos, e eu espero que tenha algo que te sirva aqui. – Mediu o loiro dos pés à cabeça, fazendo uma careta. – Talvez alguns dos meus jeans da quarta série e algumas camisetas do priminho de Pepper.

- Não dê ouvidos a ele, Steve. – Pepper revirou novamente os olhos, se adiantando no cômodo, parando em frente a uma porta. – Do que precisa? Calças? Camisas? Jaquetas?

- Um novo ser humano, talvez seja mais adequado. – Ele suspirou.

- Claro. – Riu-se. – Vou procurar algumas peças para você, volto em breve. – E Pepper desapareceu porta a dentro.

As horas passaram mais rápido do que Steve realmente imaginara que passariam. Era de se espantar a afinidade nutrida entre ele e o Stark, há alguns dias jamais imaginaria que pudessem se dar tão bem juntos, muito menos que pudesse receber ajuda para se vestir vinda do mesmo. Stark se ofereceu para leva-lo para casa, ele aceitou depois de ouvir as variáveis de Pepper sobre os perigos noturnos e se convenceu depois de ouvir o mordomo robô da família exibir-lhe gráficos e mais gráficos dos crimes que ocorriam durante à noite no Brooklyn.

O carro esporte do garoto cheirava a novo, e foi preciso muita paciência para aturar o som alto berrando um rock pesado nos seus ouvidos até que parassem em frente à sua humilde casa. Steve agradeceu a carona e as roupas que ele emprestara antes de sair do carro, adentrando sua residência somente depois de Stark ter partido. Sabia que os pais ainda não estavam dormindo, mas já estavam em seu quarto. Ele seguiu até a cozinha, tomou um grande copo de água e subiu as escadas, batendo gentilmente à porta dos pais, somente para avisar-lhes que já havia chegado e depois se recolheu.

Antes mesmo de acender as luzes, Steve pôde discernir uma forma diferente na poltrona. Por um breve segundo, ele se permitiu fechar os olhos e ter uma conversa introspectiva, finalmente fechando a porta e acendendo as luzes. Bucky o encarava enigmaticamente, acompanhando-o com o olhar enquanto ele deixava as roupas na cômoda e, em seguida, tomava assento na beirada da cama. Steve devolvia na mesma intensidade aquele encarar, aguardando que ele iniciasse a conversa. Demorou pouco até que isso ocorresse.

- Então? Conseguiu uma boa combinação de roupas?

- Creio que sim. – Ele deu de ombros.

- Tá, já chega, Stevie, podemos resolver as coisas? – Bucky bufou, bagunçando os cabelos e se recostando na poltrona.

- Moro na mesma casa desde os sete anos e sempre deixei bem claro que estou sempre disposto a ouvir primeiro a sua versão da história antes de tomar uma decisão, agora... entrar na sua casa e perceber que você simplesmente decidiu se isolar do mundo e me excluir também... A coisa muda um pouco de figura, não acha? – Ele estreitou os olhos.

- Eu não excluí você, eu só não preciso que você presencie certas coisas porque quero vive-las sozinho, inferno! – Ele bufou. – Será que é difícil entender?

- Tudo bem, Bucky. – Steve suspirou, cansado de tudo aquilo. – Tudo bem, eu não vou ficar discutindo por isso. Não posso fazer nada contra esse argumento, você tem o seu direito de passar seus momentos sozinho, só me faça um favor, pode ser? – Bucky movimentou levemente a cabeça, dando a entender que queria saber o que ele iria pedir. – Não fique se embebedando todas as noites, você só tem dezessete anos e eu nem quero imaginar o que acontecerá se alguém descobrir que anda comprando bebidas com identidade falsa.

O Barnes riu soprado. Ele não sabia como Steve descobrira sobre sua identidade falsa, mas não estava tentado a pesquisar sobre. Ele passou um tempo encarando o amigo, suspirando em seguida.

- Eu não posso prometer isso, mas posso prometer não beber com frequência, pode ser?

- Bom, pelo menos já é alguma coisa. – Steve suspirou. – Agora você poderia sair? Eu preciso mesmo dormir.

- Não. – Bucky se levantou, esparramando-se na cama do loiro. – Nós ainda não resolvemos o assunto que vim tratar aqui esta noite.

- Buck, sério, eu quero e preciso dormir. – Steve bufou.

- Eu não vou embora sabendo que ainda está chateado comigo, Stevie, pode tirar o seu maldito cavalinho da chuva.

- Eu não estou chateado.

- Está. – Bucky fechou a cara. – E se continuar mentindo pra mim, serei obrigado a te espancar.

- Você não seria capaz. – Ele zombou, sabendo se tratar de um blefe.

- Quer experimentar? – O moreno desafiou. Steve negou levemente, já não tinha assim tanta certeza naquele momento. – Ótimo. Então, vamos resolver as coisas?

- Você tava um porre hoje de manhã e acabou falando muita merda. – Steve se deitou ao lado do amigo. – Ficou meio complicado pensar racionalmente e julgar que estava de mau humor por conta da ressaca e tudo mais.

- Eu disse tudo aquilo porque eu queria te atingir de alguma forma, porque eu queria te ver irritado. – Steve o encarou surpreso. – Qual é? Não vou mentir, você é meu melhor amigo, não posso mentir pra você. Eu realmente queria te machucar e disse aquele monte de bosta, mas eu me arrependo de cada palavra.

- Aquilo que você disse sobre meus pais e meus amigos... Fez parecer que eu era o culpado por tudo o que deu errado na sua vida. – Steve assumiu num tom magoado. – Eu realmente não gostei daquilo, principalmente porque eu não sei o que fazer quando você tá assim.

- Assim como? – Bucky virou o rosto na direção do amigo, sendo encarado de volta.

- Quebrado. – Steve sussurrou. – Destruído por dentro, meio sem rumo e sem razão de viver. Eu não sei como consertar as coisas, ou como ajudar com o seu coração partido, e eu gostaria muito de saber o que fazer, mas você não me deixou fazer nada até agora.

Bucky prendeu um suspiro. Estúpido Steve, ele pensava, porque não havia nada que ele pudesse fazer. E mesmo se houvesse, Bucky não poderia dizer ainda. Principalmente agora, às vésperas de seu encontro com a garota dos sonhos. Também não era como se Bucky suportasse vê-lo chateado por muito mais tempo, mas o que poderia fazer se todas as palavras que ele gostaria mesmo de dizer naquele momento poderiam acabar com dez anos de uma amizade muito bonita? Ele sorriu meio torto com os seus pensamentos, percebendo que Steve aguardava algum retorno pelo que fora dito.

- Eu vou achar um jeito de resolver isso, não se preocupe. Quando encontrar, você será o primeiro a saber. – E levando a canhota até os cabelos do loiro, num gesto carinhoso e receoso, ele sussurrou. – E eu realmente sinto muito por tudo o que disse, você não merecia ouvir nada daquilo. Eu não te culpo, Stevie, jamais te culparia. Você é a luz no fim do túnel, não o caminho espinhoso.

- O que isso, supostamente, quer dizer? – Steve uniu as sobrancelhas.

- Que você é a redenção. – Ele sorriu fracamente, recolhendo a mão depois de ter bagunçado os cabelos loiros do outro. – Agora vou te deixar dormir um pouco.

- Você pode ficar e dormir aqui, se quiser. – Tudo pareceu um pouco vazio demais quando o moreno se levantou.

- Agradeço a oferta, mas, desta vez, eu passo. – Começou a se encaminhar para a sacada. – Divirta-se no seu encontro amanhã.

- Eu vou. – Ele sorriu abertamente.

- É, eu sei. – Bucky sorriu amarelo, saindo do quarto logo depois.


Notas Finais


Em minha defesa e para felicidade geral da Nação, eu tenho a dizer que ontem escrevi dois capítulos tão fofinhos que vocês vão até derreter (pelo menos, eu derreti :S). É só pra compensar tanta tristeza Ç_Ç Estão gostando? Eu sei que vocês tavam esperando um beijo, sinto o cheiro daqui huahauahuahua Calma que logo chega ^^ Obrigada pela companhia e pelo carinho, vocês são os melhores <3 Até breve e XoXo ;*


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