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História Total Eclipse of the Heart - Custe o que custar


Escrita por: EloisaLaura23

Notas do Autor


Peço desculpas pela demora a postar, ando tãaao ocupada, mas aqui está.

Capítulo 32 - Custe o que custar


Madrugada escura, cheiro de sangue se espalhava pelo ar, Ryle e Victoria eram os promovedores da chacina, corpos abatidos e uma ruiva deveras irritada.

Victoria nervosa pelos seus planos não terem dado certo, quando Ryle aparece arrastando uma adolescente para dentro da casa. Victoria já estava acostumada a ver essa cena, pessoas choramingando de dor, Ryle as arrastando, e ela os tornando em vampiros para seu exercito  mas não a porcaria de uma adolescente! A face de Victoria se tornou mais rude ainda, estava irritada de uma forma que teria vontade de matar o primeiro humano que lhe cruzasse o caminho.

"O que diabos ele está fazendo?" ~Victoria se questionou em pensamento e caminhou até ele com os passos firmes e cara séria.

-Por que trouxe essa? Ela não tem nem estrutura, nem ao menos tamanho para servir! --A voz de Victoria saiu em tom bravo, porém seu tinir de doce, como se fosse uma criança atrapalhava um pouco--

Ryle naquele momento temeu desapontá-la, a garotinha teria sido a única conquista boa daquela noite.

-Mas ela é outro corpo. Outra distração pelo menos --Ryle continuou a segurando com força, mesmo naquele estado de dor, a menina devia ter percebido a ansiedade de Ryle para agradar Victoria--

-Essa noite foi um desperdício! --Victoria rosnou entre os dentes, sua mente vagava em três lugares : Matar Bella, o problema com os recém criados, e o mais importante de tudo, sua filha. O olhar de Victoria chegava a ficar neutro de ódio e pensamentos ruins--Mate todos, Argh! 

A ruiva estava tão nervosa que chutou a primeira coisa que lhe veio em frente, o lugar chegou a tremer, ela tremia por dentro mais ainda ainda, se escorou na parede com a mão no rosto, Ryle mantinha uma certa distância, não queria piorar a situação. Sua cabeça girava, girava, girava, ódio em cima de ódio, medo acobertando tudo.

-Muito bem. Acho que uma pequena é melhor que nada --a voz de consolo e raiva saiam como o rugir de uma leoa acuada -- Se isso é o melhor que você pode fazer. Agora já estou tão saciada que acho que talvez consiga parar! 

Ryle concordou com a cabeça, se afastou largando a menina. Victoria tomou passos a frente o encarando, depois seu olhar se direcionou a menina, não conseguia sentir pena ou piedade, ninguém nunca sentiu isso por ela e isso ficou marcado em cada lembrança dolorosa que lhe invadia as noites, era um tormento. 

Os dentes de Victoria foram como lâminas cobertas por ácido no pescoço dela, Ryle assistia a cena, depois tomou conta de fazer o seu trabalho.

Victoria se escorou na parede, se sentia em um inferno tão profundo, mas nem Deus nem ao diabo ela acreditava, lutava a vida toda contra as lembranças, contra o medo...por que era tão covarde? Sempre se culpando por cada perda e tropeço, mas agora ela se sentia capaz de algo, não poderia deixar em branco o que Edward fez, e tudo pela maldita de uma humana, a desgraçada tinha tudo, e  a única coisa que Victoria tinha. 

Com Ryle ocupado, seu extinto de mãe lhe guiou até a filha, sentada sobre uma cadeira estofada enquanto deixava Héloïse brincar com um ursinho pequeno de pelúcia, Victoria segurava-o para não cair e por alguns segundos cogitou um pensamento sombrio, olhou a filha em seus braços e esqueceu disso na hora, teria ela rezado a Deus ou ao diabo para isso? 

-O que vai ser de você, hm? --Victoria tirou o ursinho da boquinha, um pouco suja do leite, da filha--

Héloïse deu um sorrisinho de ternura, a ruiva então viu que a vida teria ganhado um sentido ou significado, respirando fundo com suas lembranças mais antigas de criança, conseguia sentir a dor, o gosto do seu sangue, o medo que a vida toda a perseguia...e como doía se lembrar de Anne, doía mais, talvez, que os socos, tapas, chutes que eram distribuídos no seu corpo ainda tão inocente. 

A pequena olhava para a mãe e depois para o cômodo que estavam, a curiosidade da pequena sobre cada coisa faziam Victoria até sorrir, bem até ela mover um bichinho de pelúcia e ele cair no chão, Héloïse parecia tentar trazer pra ela, porém como sempre mamãe interviu em suas descobertas. 

-Está na hora de dormir...--Victoria a embalou, era um sentimento estranho, nunca teria se imaginado assim--

Héloïse olhou para a mãe, olhar com olhar enquanto o embalo e a doce voz cantarolando algo se tornavam como uma dose potente de sonífero, os olhinhos foram ficando pesados, e logo se fecharam em um sono maravilhoso. Victoria a aconchegou com todo o cuidando do mundo enquanto acariciava suas pequenas mãozinhas, do que ela seria capaz?

(...)

Noite de volta a Forks, Victoria carregava com todo o ódio e força no seu peito, carregava também sangue na boca de vítimas que veio fazendo, gritos de tormento ou dor eram apenas parte da diversão, o sangue era o que a mantinha e fazia-a se acalmar em muitas das vezes que tremia de raiva, frustração ou até mesmo afogar as mágoas do passado. Victoria se manteve dois dias ausente das tentativas, com os acontecidos dos recém criados e por perder as horas admirando o sono de Héloïse sobre o berço, ou sobre sua capacidade de mover as coisas dos lugares sem ao menos tocar, acabaram lhe fazendo se afastar, mas todo o dia a lembrança de Bella era um martírio, como se não a deixa-se em paz.

Os olhos vermelhos da ruiva percorriam a tudo, sabia que havia deixado a alcateia em luto pelo infarto que ela fez aquele velho ter, a intenção era o pai da Bella, mas Harry que cruzou seu caminho. Se aproximou com toda a cautela, porém um cheiro familiar a fez parar.

-Eu não acredito...--Victoria murmurou para si mesma e tragou o cheiro novamente, era nítido que pertencia a Alice, um rosnado saiu de sua garganta de forma até mesmo involuntária-- 

A ruiva saiu bufando ódio, com os Cullen novamente na cidade suas esperanças de matar pela de uma forma fácil haviam se ido por água abaixo, no momento a melhor coisa a se fazer seria focar nos recém criados, mas ela ainda sonhava com esse dia, ouvir Bella gritar, fazer Edward sentir pelo menos uma parcela da sua dor. Victoria carregava feridas fundas demais, nunca iriam se curar com apenas ela lidando com isso, o seu medo a impedia de muitas coisas, a falta do amor também, James apenas a destruiu mais, ainda em vida fazia isso.

Victoria foi fazendo e fazendo vitimas no caminho de volta a Seattle, gritos de agonia e dor chegavam a dar prazer, se lembrava das vezes que ela gritava e lhe calavam, fosse com uma mão ou tapas, agora ninguém iria voltar a fazer isso, nenhum humano nunca mais a encostaria. 

-Não...não, sem gritaria --Victoria disse calma e tampou a boca do homem olhando nos olhos dele, podia sentir o medo percorrendo pelo corpo dele--

A tentativa dele pedir por favor para ela poupar sua vida foi como quase uma piada, Victoria negou com a cabeça em face de deboche ou repudio, era humilhante ver vê-los implorar pela vida. 

-Últimas palavras...--Victoria brinca dando uma risadinha--

-O diabo deve lhe querer como esposa no inferno...--o mesmo fala derramando lágrimas olhando o corpo da esposa morta--

-Governarei melhor que Lilith se assim for --Victoria atacou no pescoço dele sugando todo o sangue--

Logo ela joga o corpo seco no chão, marido e mulher no mesmo destino "a morte que os leve junto". O que o tempo fez com Victoria, ou melhor o que os outros fizeram, foi criar uma vampira cheia de razões para temer aos outros, não confiar em ninguém, e por querer a todo custo se livrar daquela raiva que sempre a consumia.

Seus pensamentos agora centralizados no exercito, ela estava disposta a levar isso o quão longe fosse, a todo custo, nem o receio dos Volturi a descobrir lhe prendia mais, a raiva, desejo de matar lhe faziam mais imprudente, e talvez lhe fortalecessem sobre algo que ela nunca teve, ninguém fazia ideia sobre o seu plano, porém o número de mortes vinha crescendo, porém...vivemos em um mundo perigoso, não?



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