História Totally Yours - A Realize Series - Capítulo dois

HYUK POV

                Duas semanas depois de muito trabalho nós finalmente conseguimos nosso primeiro dia de folga. Já tinham passado a hora do almoço quando eu levantei da cama. Olhei para a cama do Ji Soo e vi que ele ainda estava dormindo profundamente. Comecei a me arrumar para sair.

- Onde você vai? – Ji Soo perguntou sonolento.

- Eu te acordei?

- Não... – ele se espreguiçou e levantou da cama. – Você vai sair?

-Sim, vou dar uma volta. Preciso comprar umas coisas.

- Posso ir com você?

                Concordei com a cabeça. Ele se levantou e andou até a onde eu estava e depositou um beijo suave nos meus lábios. Nós não estávamos namorando e nem em uma relação séria, mas sempre que ele agia de forma carinhosa comigo acendia uma esperança dentro de mim. O que me frustrava muito. Eu tinha medo de perguntar o que eu era para ele e não gostar da reposta. Nós também ainda não tínhamos transado e não porque eu não queria, mas sempre que as coisas esquentavam mais ele parava e ia dormir.

                Como já era tarde quando saímos de casa decidimos almoçar no shopping mesmo. Enquanto eu comia minha refeição eu não podia deixar de notar o quão bonito Ji Soo era. Hoje ele estava usando uma blusa preta com decote V o que o deixava mais atraente. Ao contrário de mim que tinha as feições mais delicadas, Ji Soo era mais másculo. Tudo nele me atraia. Eu queria que ele fosse meu, mas nós só nos conhecíamos há duas semanas. Quem diria que eu iria me apaixonar mais uma vez? Eu que pensei que seria impossível já que meu último relacionamento me deixou com um coração de pedra.

-Hyuk-ah, você ainda vai comer?

- Sim, por quê? Não vai me dizer que você quer mais? – ele riu com a minha pergunta. Outro fato sobre o Ji Soo é que ele sempre está com fome.

- É que você não está comendo muito, Hyuk. – ele falou apontando para o meu prato que ainda estava cheio.

- É que eu não gosto muito de comida italiana. – Menti. Eu não estava comendo direito por causa do nervosismo que eu estava sentindo.

- Da próxima vez que nós tivermos um encontro a gente come comida japonesa. – Quando ele falou  a palavra ´encontro´ meu coração pareceu sair pela boca.

-Encontro?!  - perguntei surpreso.

- Sim. Nós estamos em um encontro, se não é isso o que é então? – ele arqueou a sobrancelha confuso.

- Saindo como amigos? – falei. Ji Soo me olhou sério e perguntou com tom zangado: 

- Nós somos amigos agora? – o tom na voz dele me deixou mais nervoso ainda. Eu não estava entendo o porquê dele ter ficado tão zangado assim.

- Nós não somos amigos então? - ele respirou fundo e largou o garfo.

-Sim, Hyuk. Nós somos amigos. – o tom dele agora estava triste. - Você ainda vai comer? – ele perguntou impaciente.

-Não. – Eu falei e ele levantou da mesa.

- Então, vamos logo comprar o que você quer. – Ele não me esperou e começou a andar.

                Eu levantei rápido e o segui. O clima entre nós agora estava mais pesado. Será que ele não me via como um amigo? Se nem isso eu era, a minha esperança de sermos algo mais no futuro não tinha cabimento. Ji Soo caminhava na minha frente com a cabeça abaixada.

- Ji Soo. – chamei por ele, mas ele não escutou. Chamei seu nome mais alto.

-Ji Soo! – ele se virou na minha direção e parou.

- Eu vou entrar nessa loja. – ele não disse nada e somente entrou na loja.

                Eu escolhi rápido o que eu queria e comprei logo. Eu era bem objetivo com roupa ou sapato. Ficar horas escolhendo roupa não é comigo. Nesse tempo que passei na loja Ji Soo pouco falava e só falava quando eu perguntava alguma coisa. Geralmente quando estávamos juntos ele não ficava quieto um minuto e ele sempre sorria.

- Você ainda vai comprar alguma coisa? – pelo tom da voz dele eu percebi que ele estava irritado.

- Acho que não.

- Bom, vamos para casa então. – quando eu estiquei minha mão para segurar no braço dele alguém gritou o nome do Ji Soo.

- Ji Soo! – um homem mais um menos do tamanho do Ji Soo chegou perto da gente e pela primeira vez hoje eu vi Ji Soo sorrir ao olhar para o desconhecido.

-Hyung-sik-ah! – a forma casual como Ji Soo falou o nome do cara fez o meu sangue ferver.

- Que bom te rever depois de tanto tempo! – Hyung-sik falou.

- Digo o mesmo.

- Por que a gente não senta em algum bar para conversarmos? – eu revirei meus olhos com a pergunta dele. Eu queria poder dizer que o Ji Soo não iria a lugar nenhum com ele. – O seu amigo pode vir com a gente.

- Por mim tudo bem. – falei logo. Nunca que eu ia deixar o Ji Soo sozinho. – Prazer, Hyuk. – me apresentei.

- Hyung-sik.  – ele apertou minha mão. Ji Soo nessa hora puxou o meu braço e me fez ficar mais perto a ele. Será que ele não quer que eu fique perto do amigo dele? Hyung-sik sorriu com a ação do Ji Soo e falou.

- Tem um bar bem legal aqui perto. Vamos lá? – eu e Ji Soo concordamos e andamos até o tal bar.

- Então vocês dois estão morando junto por causa do trabalho? – Hyung-sik perguntou para mim.

-Sim, na verdade somos quatro. – respondi.

- Imagino que o Ji Soo dê muito trabalho. – ele falou brincalhão e levou a mão dele até a coxa do Ji Soo dando um leve aperto.

-Na verdade, ele é o melhor companheiro de quarto que eu já tive. – falei sem tirar os olhos da mão que estava encostando no que era para ser meu.

- Companheiro de quarto?! Isso me magoa Ji Soo-ah. Nem quando a gente namorava você deixava eu dormi no mesmo quarto que você.

- Para de falar merda. Você não dormia por que depois de mim você ainda comia mais uns dois na mesma noite. – Ji Soo falou.

- Mas, você era meu favorito. – Hyung-sik piscou brincalhão para o Ji Soo que sorriu.

                Após ouvir aquilo eu não queria mais ficar ali. Saber que o ex dele estava bem na minha frente me incomodou muito e o pior é que talvez o Ji Soo ainda goste dele. Por isso ele não gostou quando eu apertei a mão do Hyung-sik. Eu precisava sair dali. Machucava muito ver eles juntos rindo um para o outro. Levantei rápido da cadeira o que fez ela cair para trás o barulho chamou a atenção deles.

- Eu preciso ir embora. – falei rápido. Eu sentia meus olhos arderem por causa do choro que eu estava segurando. Virei para ir em direção a saída, mas uma mão segurou o meu braço.

-Hyuk. – Ji Soo me olhava preocupado. – Por que você está indo embora assim? Está tudo bem?

- Eu não quero atrapalhar o reencontro de vocês. – falei grosso e puxei meu braço de volta.

- Você está confundido as coisas eu e Hyu-

- Isso não é da minha conta. – interrompi a fala dele e saí do bar não o deixando completar a fala dele.

                Eu não entendo a razão de eu estar tão furioso. Nós não somos nada. Então por que eu me sinto como se eu tivesse acabado de ser traído? Como era cedo resolvi que eu precisava de um tempo só para mim fui até o outro lado da cidade. Peguei o último ônibus do dia e durante a viagem para casa eu não conseguia parar de pensar o quão idiota eu tinha sido esse tempo todo. Eu quase tinha entregado ao meu coração a alguém que já gosta de outra pessoa.

                Ao entrar no apartamento vi que nem Hyun Woo e Jong Suk estavam em casa. Fui direto para o meu quarto e me surpreendi ao ver Ji Soo sentado na minha cama.

- Onde você estava? – ele perguntou zangado e andou até mim.

- Não é da sua conta. – Ele segurou nos meus dois braços e me olhou.

-Eu fiquei preocupado. – Eu sabia que ele estava falando a verdade, o que me machucou ainda mais.

- Por que? Achei que você ia ficar ocupado demais relembrando seu passado. – o ciúme era claro em minha voz.

- Hyuk-ah, você confundiu as coisas eu e Hyung-sik não temos nada mais um com outro. – ele falou sério.

- O que tem haver isso comigo? – Ji Soo me olhou mais sério ainda.

- Então vai me dizer que você não sentiu nada ao me ver com ele? – ele perguntou. Sua mão foi até o meu rosto e ele segurou o meu queixo me fazendo olhar para ele.

- O que eu deveria ter sentido? Nós não somos nada. – eu falei firme.

-Hyuk. – o tom de voz grave dele me causou arrepios. – Eu vou fazer você se arrepender de ter dito isso.

                Antes que eu tivesse tido tempo de falar ele me beijou com força. Aquele beijo não era carinhoso ele era dominante. Eu tentei me soltar do abraço dele, mas era em vão o beijo do Ji Soo me deixava fraco. Ele puxou a minha língua com os dentes dele gentilmente e eu gemi com a sensação que isso me provocou. Eu me rendi a ele e segurei o cabelo dele com as minhas mãos o trazendo mais para mim. Eu queria que ele me devorasse só com a boca dele. Senti a ereção dele na minha barriga e fiquei duro também. Ele me empurrou para a parede mis próxima e arrancou minha camisa e eu com as minhas mãos eu tirei a camisa dele.            

Quando nossos corpos se encostaram mais uma vez sem nenhum tecido que os separasse eu senti uma corrente elétrica passar pelo meu corpo. Minhas mãos passeavam pela barriga dele enquanto ele mordia meu pescoço. Minhas pernas estavam fracas era o corpo do Ji Soo que me deixava de pé.

Tudo era tão perfeito que me deixava sem ar. Eu sabia que não era só meu corpo que amava o Ji Soo, mas o meu coração também. Perceber isso só agora era muito triste já que ele tinha outra pessoa. Eu segurei a cintura dele com mais força quando ele enfiou a mão dentro da minha calça e segurou meu pênis  fazendo movimentos de vai e vem.

- Ji Soo... – gemi o nome dele meus olhos estavam marejados com o prazer.

- Eu nunca mais quero ouvir você dizer que nós não somos nada. – ele falou ofegante. Ele tirou a mão do meu membro e colocou a mão no meu peito bem a cima do coração.

- Mas você já ama outra pessoa. – deixei que minhas lágrimas caíssem nessa hora. - Eu não quero ser substituto de ninguém. – ele passou os dedos pelo rosto.

- De uma coisa você está certo. Eu amo alguém. –  eu chorei mais ainda com a fala del. Fechei meu olhos esperando ele falar o nome do Hyung-sik 

– Eu amo você. – abri meus olhos e vi que ele também estava chorando. – Eu amo você, Hyuk. Eu sei que é muito cedo para dizer que te amo, mas não existe outro sentimento que me faça sentir assim.

- Mas, você ficou zangado comigo o dia inteiro... – falei soluçando eu ainda não estava acreditando no que ele disse.

- Por que você disse que nós éramos amigos. – ele me olhou chateado.

- Ji Soo, você é meu amigo. – ele tirou a mão do meu peito, mas eu a coloquei de volta. – e você é a pessoa que eu amo.

                Dizer em voz alta meus sentimentos foi libertador. Eu me senti leve. Ji Soo sorriu o sorriso dele mais bonito quando eu disse que o amava.

- Eu pensei que você me via apenas como um amigo. – eu disse aliviado.

- Eu nunca te tratei só como um amigo. – ele falou fazendo carinho na minha bochecha com a mão direita dele. 

- Eu sei, só que eu não queira me iludir... – falei baixinho.

-Enquanto eu for vivo eu nunca vou iludir você. – ele trouxe minha mão para o peito dele e eu pude sentir o quão forte o coração dele batia.

-Hyuk, você quer namorar comigo? – eu fiquei tão surpreso com a pergunta dele que fiquei sem fala.

- Eu preciso que você me responda agora. – os olhos dele assumiram um tom mais escuro. Eu afirmei com a cabeça que sim.

- Eu quero que você diga. – ele mandou. – Eu quero ouvir sua voz.

-Sim, eu quero namorar com você, Ji Soo. – ele abriu um sorriso tão grande que fez os olhos deles formarem dois riscos. Eu cheguei para frente e o abracei com força. Agora eu podia respirar aliviado.

-Ji Soo... Eu não quero mais esperar...

- Esperar pelo que? – o tom malicioso dele me fez arrepiar. Ele chegou com a boca perto do meu ouvido e repetiu a pergunta. Nós já estávamos excitados de novo.

- Eu quero transar com você. – falei ofegante já que ele mordia de leve meu pescoço.

-Hyuk-ah, eu não vou transar com você. Eu vou fazer amor contigo lentamente por toda a noite. – ele falou antes de me beijar.

                Ele me levantou pela minha cintura e eu enrosquei minhas pernas no quadril dele. Com muito cuidado Ji Soo me deitou na minha cama e tirou minha calça. A forma como ele me olhava era tão intensa que eu não conseguia tirar meus olhos dele. Ele se encaixou no meio das minhas pernas e retirou a minha cueca. Antes dele descer até onde estava meu pênis ele passou a língua nos lábios. Eu revirei meus olhos com o prazer que eu senti ao sentir a boca quente dele no meu pau.  Ninguém antes me fez sentir tanto prazer assim. Eu já respirava com força quando senti ele inseri dois dedos dentro de mim e fazer um movimento de tesoura.

-Ji Soo! – a dor foi aguda quando ele inseriu ainda mais os dedos dentro de mim.

-Relaxa... – a voz dele quase me fez gozar na boca dele. – Hyuk, me desculpa...

- Te desculpar pelo que? – eu perguntei gemendo

- Eu não consigo mais me segurar... – ele levantou o corpo dele e ergueu minhas pernas. E de uma vez só penetrou em mim. Eu gritei com a dor que senti. Para me distrair da dor ele levou a mão dele até o meu pênis e fez movimentos de vai e vem. Depois de me acostumar com ele dentro de mim e disse:

- Pode se mexer. – com muito cuidado Ji Soo começou a entrar e sair de dentro de mim.

-Hyuk, você é a pessoa mais linda do meu mundo. – ele falou depositando um beijo na minha boca. – Eu quero matar todos os outros que já te viram assim. – meus olhos estavam marejados por causa do prazer.

- Eu nunca vou me cansar de você. – ele falou e começou a meter com mais força.

-Ji Soo! – eu agarrei as costas dele com força. Eu sentia que eu ia me partir no meio.

- Diz que você é meu, Hyuk! – ele mandou estocando cada vez mais forte.

- Eu sou .... – a frase ficou presa na minha garganta

- Diz, Hyuk! – minhas pernas começaram a ficar bambas e uma onda de prazer se formava dentro de mim. Eu estava ha instantes de gozar.

- Eu sou seu! – gritei.

Ji Soo estocou com mais força ainda e eu vim. Logo em seguida eu senti ele se derramar dentro de mim. O corpo dele caiu em cima do meu. Nossas respirações estavam descompassadas e suávamos muitos. Ji Soo levantou a cabeça e eu vi em seus olhos que ele me amava.

- Ji Soo, você é a minha pessoa. – eu disse com todo amor que eu sentia por ele.

- Hyuk, saranghae. – meu coração pareceu explodir de alegria com a confissão dele.

-Eu amo você também. – ele me beijou e eu senti o pau dele endurecer de novo dentro de mim.

                Eu perdi as contas de quantas vezes nós fizemos amor. Ele me tomou por trás e pela frente muitas vezes. Meu corpo estava anestesiado quando acordei na manhã seguinte. Quando abri meus olhos vi Ji Soo do meu lado segurando minha cintura possessivamente. Passei a mão pelos lábios inchados dele.

-Ji Soo, acorde... – ele abriu os olhos lentamente sorriu ao me ver.

- Eu quero acordar sempre assim. – eu abaixei minha cabeça e beijei o pescoço dele.

-Nós temos que levantar. – eu falei. Ji Soo concordou a cabeça e levantou da cama.

- Quer tomar banho junto?  - ele convidou.

- Claro.

                Depois de já arrumados saímos do quarto e fomos até a cozinha. Jong Suk e Hyun Woo já estavam lá. Quando nós sentamos a mesa os dois nos encaravam.

-Hyung, você conseguiu dormir essa noite? – Hyun Woo perguntou para Jong Suk.

- Você acredita que não? – Jong Suk falou já rindo.

- Jura? Por que não? – Hyun Woo perguntou fingindo curiosidade.

-  Dois gatos no cio não me deixaram dormir. – Jong Suk falou olhando para mim e para o Ji Soo qee cuspiu o café que tinha acabado de colocar na boca.

-Vocês ouviram? – perguntei com vergonha.

- A pergunta certa é: quem não ouviu? – Hyun Woo falou irritado. – Hyung, eu não dormi nada! – ele disse reclamando.

- A sorte de vocês é que estamos sem manager. Eu e Hyun Woo já conversarmos e pela gente vocês podem se comer o quanto quiserem. Mas, nem todo mundo vai ser a favor a relação de vocês. – a fala do Jong Suk me fez ficar com medo. Ele tinha razão um relacionamento gay  não era bem visto pela impressa.

- E hyung é proibido namorar na empresa. – Hyun Woo completou a fala do Jong Suk. Eu olhei assustado para o Ji Soo que segurou a minha mão e disse firme:

-Nós vamos ficar bem. Vai tudo dar certo. – com isso eu me acalmei e suspirei aliviado.

Eu acreditei nas palavras do Ji Soo. Sim, tudo ia dar certo.