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História Towards Eternity - Preciso negar ao meu coração


Escrita por: Pifranco

Notas do Autor


Boa noite gente!!!

Esse capítulo está em emotivo, peço cautela em algumas partes e imenso respeito também, caso não concrdem com alguma coisa, mantenham o carinho, por favor.

Revisei superficialmente, porque sou dessas...


Sem mais,
Boa leitura!!!

Capítulo 22 - Preciso negar ao meu coração


Fanfic / Fanfiction Towards Eternity - Preciso negar ao meu coração

 

            A jovem Hime do Oeste assentiu, olhando para Kagome e negando com a cabeça, para que não houvessem mais insistências quanto ao assunto. A Miko sorriu, virando as costas mesmo confusa, e indo ter com seus filhos. Mausi ficara observando a sacerdotisa se afastar aos poucos, e quando a viu bem longe, direcionou os globos prateados ao companheiro, que havia se deitado novamente, muito suado e com a pele avermelhada.

— Por que não contou-me isso antes? — carinhosa, tocou a barba espessa, sentando ao lado dele na rede.

— Oh, branquinha, um homem não pode ter seus segredos? — enfezado, fechou a cara.

— Pode ter quantos segredos quiser, mas seria interessante que esse mesmo homem, confiasse em sua mulher! — a jovem youkai mostrou se lado infantil, cruzando os braços e bufando.

            Um arquear de sobrancelhas foi tudo o que teve dele, que simplesmente a ignorou em seu rompante. Parece que somente Sesshoumaru caía nessas artimanhas da filha, que ficara mais irada ainda por estar sendo ignorada.

— Você é quem sabe, Pablo! — murmurou entredentes. — Pretendia morrer, acaso queria tanto assim se livrar de mim? Saiba que eu não me importo, era só ter me falado!

— Ah é? — ele questionou, olhando-a seriamente, uma sobrancelha erguida.

— É! — falou rente à face dele.

— Pois então eu digo, dulce princesa, pode ir. — recostou-se no tecido. — Deixe-me aqui, pelo menos as últimas horas desse espanhol moribundo, serão vividas em paz… Sem seu falatório em meus ouvidos… — fez um movimento com a mão direita, abrindo-a e a fechando próximo a orelha.

— Seu grosso! — levantou-se, e saiu batendo os pés.

Gracias… — revirou os olhos, não estava com paciência para ceder aos caprichos de sua esposa.

— Grave defeito deste Sesshoumaru, foi mimar sua filha como se não houvesse o amanhã.

            A voz grave do sogro, fez com que Pablo virasse a cabeça em sua direção, e com certa dificuldade, sentasse no leito improvisado.

— Peço desculpas, mi sogro, mas Mausi me tira do sério… — justificou-se, querendo evitar desavença.

— Não se desculpe, ela merece um pouco de disciplina. — o albino se posicionou frente ao caucasiano. — Mas fico deveras interessado em seus motivos, para não permitir que Kagome o purificasse, creio eu também, que é motivo tão importante, que questiona a segurança de nossa viagem.

            Pablo respirou fundo, estreitando os olhos. Sesshoumaru era sagaz e também muito vivido, logicamente que seria uma burrice desmedida mentir para ele, bem como tentar manipulá-lo, o Lorde era mais fácil de se conviver com os seus, mas não o queiram como inimigo, ele sabe ser implacável se acaso ver a necessidade. O caucasiano coçou a barba crescida, ansiando desesperadamente por uma navalha, assim se barbearia, e com uma tesoura apararia os pelos do bigode, mirou suas botas lustrosas e depois de um suspiro de derrota, meneou com a cabeça, pois cedera ao ar enérgico do Lorde.

— Não sei se é natural da sua espécie, mas é bem desagradável enfrentar os olhos de vocês. — se ajeitou na rede de tecido cru, juntando as palmas das mãos enquanto se preparava para começar a falar.

            Com suas sobrancelhas negras e espessas, Pablo fizera um expressão interrogativa, como se esperasse uma réplica vinda de seu sogro, porém, o youkai permanecera com sua face imutável, aguardando que o homem à sua frente, finalmente começasse a trazer luz ao seu questionamento.

— Vou começar, pela parte em que eu não possuo a idade que aparento. — limpou a garganta. — Vivo há séculos, fazendo uso do sangue de criaturas como vocês, e consegui isso com práticas nada ortodoxas.

— Este Sesshoumaru, ainda não se sente chocado. Prossiga. — manteve-se sério, encarando ao homem.

— Enfim, meu sonho era viver para sempre. Eu tinha nada a perder, ninguém por quem me importar… Foi fácil tomar essa decisão imbecil. — Pablo suspirou, dando um sorriso amargo. — Eu queria poder sem limites, odiava a escória e também a injustiça, queria mudar o mundo à minha maneira…

            Sesshoumaru foi franzindo o cenho, conforme as palavras do espanhol, preencheram aos seus ouvidos, ele via muito de si mesmo naquele a quem sua filha escolhera. O mesmo orgulho, a mesma altivez e até o mesmo encontro com o amor. O Dai-Youkai também tivera o mesmo princípio, e os mesmos motivos errados como sua motivação em continuar vivendo, lutando e tornando-se mais poderoso a cada dia. Ao final de tudo, ele era rico, dono de posses inimagináveis, terras e o que mais quisesse, mas sentia-se infinitamente sozinho, exatamente como ao caucasiano.

— O problema, é que fiz um pacto ruim… — crispou os lábios. — Ao final de tudo, perdi a liberdade de minha alma, meu alimento era o sangue de youkais e eu vivi por muito tempo, e fiz coisas das quais eu não me orgulho.

— Continue…

— Então, quando em mais uma missão de dominação, conheço a princesa mais linda e mandona do mundo inteiro… — o humano deu um sorriso tênue. — Não há outra igual a ela, e eu fui pego. Agora estou apaixonado, sou pai de um bebezinho mestiço e infelizmente, chegou a hora de pagar minha dívida como universo, pois estou morrendo.

— A existência é bem irônica… Quanto menos se espera, ela lhe cobra os enganos.

— Sesshoumaru? — Kagome chamou ao Lorde de longe, sorrindo assim que ele lhe direcionou o olhar. — Por favor, preciso muito conversar com você.

— Pode ir mi suegro, podemos retomar esta conversa mais tarde. — o espanhol garantiu, voltando a deitar-se.

            O youkai caminhou tranquilo, alcançando Kagome poucos minutos depois de ter sido chamado. A jovem ficou na ponta dos pés, beijando-o superficialmente nos lábios, murmurando algumas coisas próximo ao ouvido do Lorde, que ergueu uma das sobrancelhas e a encarou com estranha expressão facial.

— Nada pode ser negado a você, minha Hime. — Sesshoumaru respondeu ao pedido da Miko, que sorriu e bateu palmas empolgada.

            A jovem pedira ao Lorde, que se desviassem da floresta dessa veze, e aproveitassem a viagem em melhor condição. Apesar de não precisar, ele levava consigo generosa quantidade de ouro, justamente por estar com uma humana, e talvez, ela precise de algo que ele tenha que comprar, mas toda a jornada fora feita de forma rústica, para evitar chamar a atenção, porque às vezes a floresta demonstra menos hostilidade do que a civilização. Mas como a jovem Mausi estava grávida, Kagome achou por bem proporcionar boas condições para ela, porque percebera estresse a cansaço na prateada, e isso não seria bom para o bebê.

            Após informar aos outros, eles seguiram enfim, ao destino programado. A hospedaria luxuosa foi a escolhida pelo youkai branco, que já que teria que ficar em uma construção, que fosse a melhor. Os quartos foram distribuídos, seguindo a lógica de que os meninos poderiam dividir um dormitório, Emi ficaria sozinha, Pablo e Mausi juntos, bem como Sesshoumaru e Kagome.

            A Miko havia banhado sua pele, e penteava seus cabelos enquanto seu youkai, permanecia de olhos fechados imerso na água morna da Ofurô. Realmente havia sido uma boa ideia relaxar um pouco, ele nem imaginava que estava tão cansado, mais como esgotado psicologicamente. As mãos pequenas lhe tocaram os ombros rígidos, e ele não pôde evitar o breve sorriso em seus lábios finos. Kagome era a única que roubava emoções do coração frio de Sesshoumaru, ela o mudava mais e mais a cada dia, sempre para melhor. Os lábios se tocaram, e quando os olhos se encontraram, aquela sensação gostosa de ser amado foi sentida por ambos.

— Deixe-me cuidar desses ombros tensos, meu amor… — a Miko sussurrou, fazendo pressão nas omoplatas do Lorde, que fechou os olhos e desfrutou daquele carinho.

 

......................................................

 

            Emi não tinha sono, não adiantava mais lutar com sua insônia, então ela limitou-se a sentar na sacada do quarto ao qual estava hospedada, e ali, olhava para a lua, arriscando a cantar uma canção de amor sincero. “Tudo o que é belo, as pessoas querem quebrar… Você é linda, eu tenho medo” ¹, sua voz era melodiosa e suave como a de uma sereia. Ela jazia de olhos fechados, quando o baque dos pés de Raijin no piso chamaram sua atenção, mas ela continuou a cantar, agora olhando-o nos olhos durante as outras estrofes entoadas pela sua doce voz.

Tudo o que é belo, as pessoas querem quebrar… Você é linda, eu tenho medo… — Raijin cantou junto à irmã, o trecho mais tocante da canção.

— Perdeu o sono? — a youkai sorriu, fechando sua camisola, pois os olhos dourados do seu irmão não deixavam aquele local.

— Eu gosto muito dessa música, era a que Chichiue cantava para hahaue…

— Eu sei, foi ela quem ensinou a ele… — desviou os olhos, encarando a vista da varanda.

— Sinto que, essa melodia se aplica ao amor na maioria das vezes. — disse pensativo, apoiando um pé no parapeito de madeira, e pousando os antebraços no joelho erguido.

— Por quê? — ela virou a cabeça de lado, seus cabelos curtos acompanharam o movimento.

— Existem vários tipos de amor, Emi… Mas muitas vezes, ele é tachado como feio, ou impróprio. — franziu o cenho.

— Explique melhor… — sussurrou, encarando-o com o canto dos olhos.

— Homens que se amam, mulheres apaixonadas uma pela outra, pessoas com diferentes idades, humanos e youkais…

— Irmãos? — os lábios entreabriram, e um sopro fugiu da boca pequena.

— Ora, não me referi a isso. — baixou a cabeça, culpado.

— Pensou sim. — acusou-o, sentindo-o olha-la agora, a sensação lhe queimava.

— Eu não…

— Eu sei que pensou… Você veio até aqui, por quê? — finalmente virara a cabeça na direção do irmão, fuzilando-o com suas esferas douradas.

— Já disse, foi pela canção, eu gosto de ouvi-la cantar e…

— Eu cantei pra você. — confessou, se aproximando do rapaz e tocando-o na bochecha.

            O contato fê-lo fechar os olhos e suspirar, o simples toque em sua pele fazia-o sentir o coração pulsar e sua pele arrepiava conforme ela descia os dedos pequeninos, pela mandíbula bem feita, depois a orelha pontiaguda, até alcançar uma das mechas de cabelo branquíssimo.

            Eles se abraçaram, Raijin acabou por tomar Emi nos braços e aperta-la até erguê-la do chão enquanto aspirava o perfume dos cabelos curtos, e sentia superficialmente o corpo feminil.

— Eu a amo, Emi… — o jovem youkai resmungou, depositando singelo beijo no pescoço da irmã.

— Também o amo, Raijin…

            Se encararam um pouco, antes de unirem os lábios em um beijo lento, e apesar de estranho, respeitoso. Não ousaram passar do limite do toque superficial, mas mesmo assim, o abrir e fechar das bocas em sentido sincronizado, e o mudar de lado do rosto, fazia-os resfolegar com um prazer diferente, mesmo cônscios do quão errado aquilo era considerado.

— Chega, Emi… Por favor. — pediu choroso e arrependido, encostando sua testa à da irmã, que comprimia os lábios, frustrada.

— Certo…

            Se beijaram mais uma vez, só que agora com paixão, abraçaram-se novamente e ousaram tocar as línguas, aliado ao aperto de carnes mais elevado, movimentando-se com maior velocidade. Os cabelos de Raijin foram puxados na área da nuca, o que o encorajou a erguer a irmã nos braços mais uma vez, só que rumo ao futon estendido no chão. Ele se pôs sobre o corpo menor, beijando-a com desejo, sentindo culpa em meio ao prazer, sem conseguir se libertar daquela situação.

— Oh, Raijin… — ela gemeu quando teve a púbis comprimida pelo membro ereto, mesmo por baixo das roupas.

            Ele trincou o maxilar, o cheiro dos fluidos dela o estava enlouquecendo de desejo, mas com muita vontade, ele se afastou dela, sentando sobre os calcanhares e chorando, assim que ela o encarou. Logo, a jovem juntou-se à ele naquele pranto sentido. Eles ficaram boa parte da noite assim, se consolando em meio à dor na consciência, contudo, acabaram por adormecer juntos e abraçados no futon estreito.

 

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Notas Finais


1 — https://www.youtube.com/watch?v=KMnE21YGMPQ Usei esta linda canção de Nicole dollanganger para ser cantada por Emi, porque eu a adoro.

Gente, esse babado tá ficando fora de controle...

Beijos pessoal, nos vemos no próximo!!!


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