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História Trabalho de Escola - Quatorze


Escrita por: Percabeth201

Notas do Autor


Capítulo revisado

Capítulo 15 - Quatorze


 

★☆☆☆☆

 

Pov's Annabeth 

 

_Esta melhor minha vida?- a minha mãe fala se sentando ao meu lado. 

 

Eu tinha tentado jantar e vomitei tudo. 

 

_Estou mãe- limpo a boca- eu só não quero comer. 

_Filha- ela suspira- se você continuar tomando os seus remédios de estômago vazio vai ser pior. 

_Eu sei- me jogo na minha cama- é que nada está descendo. 

 

Ela pega na minha testa. 

 

_Está febril- fala baixo- tomou o seu remédio da noite? 

_Aí mãe- choro- é remédio de manhã, a tarde e a noite. Já estou cansada e olha que ainda nem começou. 

_Minha bebê eu sei que não vai ser fácil- ela tenta sorrir- mas a mamãe e o papai vão estar sempre ao seu lado, e quando menos esperar vai aparecer um coração. 

_A senhora acha mesmo? - a encaro por um tempo- que vai aparecer um coração e eu não vou morrer? 

_Se eu não acreditasse nisso eu que morreria- ela fala baixo- se eu não acreditasse que você vai se salvar eu não te enganaria. 

 

Suspiro. 

 

_Tome o suco pelo menos- ela me entrega um copo de suco. 

 

Tomo um gole, e fico encarando a janela. 

 

_Esta sentindo a falta dele- a minha mãe fala baixo. 

_A cada segundo- sussurro- ficar sem ele é como enfiar uma faca no meu coração. 

_Então filha - ela começa a falar e se cala. 

_Mãe, ele está melhor sem esse tormento e não adianta negar- suspiro. 

_Esta Bem filha- ela sorri- e vai mesmo mudar de escola? 

_Sim mãe, se aqueles garotos não me suportam eu não quero os suportar também não- volto a encarar a janela- agora eles vão ficar felizes. 

_Ah não vão mesmo- a minha mãe rosna- e o seu tio vai saber o que se passa na escola dele. 

 

Tento sorrir, só que sinto um frio na barriga e as minhas pernas ficam moles. 

 

_Annie- escuto a minha mãe me chamando. 

_Estou bem- sussurro- foi uma sensação estranha. 

_Sensação? - pergunta. 

_Sim- respondo. 

 

Nesse momento escuto a campainha tocar bem alto. 

 

_Vou ver quem é- a minha mãe sorri- e você tome o seu suco, eu volto já. 

 

E com isso ela sai e me deixa sozinha com os meus pensamentos e pressentimentos . 

 

_O que será que a minha mãe está está fazendo? - penso depois de um tempo- ela estava demorando muito a voltar. 

 

Será que era alguma amiga dela? Se for logo ela estará aqui para me fazer me sentir pior do que já estou. 

O pior é que o enjôo que estou sentindo não passa de modo algum. 

Também eu estou tomando tantos remédios que é normal eu me sentir assim. 

Só que no fundo eu sinto que isso não é nada normal. 

Me encosto na cama e fecho os olhos. 

 

_Eu preciso a ver dona Atena- escuto alguém falar alto. 

 

O Meu estômago da uma cambalhota- eu conhecia aquela voz. 

Era o Percy. 

 

_O que será que ele quer? - penso angustiada- será que ele veio afirmar que não vai me esperar? 

 

Se for isso eu não vou aguentar. 

E se ele falar que não vai me esquecer? 

Isso seria pior ainda, eu sofro tanto sem ter ele, mas sofro mil vezes pior quando tenho que falar que não o amo. 

A verdade é que eu o amo tanto que chega a doer. A sua ausência está me matando mais rápido. 

Só que eu seria muito egoísta em pedir para que ele ficasse e estragasse a sua vida para ficar ao meu lado. 

As vezes temos que ser fortes e menos egoístas para ver quem amamos feliz. 

Alguém bate na porta e dou um salto. 

 

_Filha? - a minha mãe abre a porta devagar- está acordada? 

_Estou- sussurro e penso que deveria ter fingido que estava dormindo. 

 

Só que a minha mãe saberia que eu estava acordada. 

 

_Que bom- ela sorri e entra no quarto- tem uma pessoa aqui que quer te ver. 

_Quem?- a minha boca está seca e minha voz sai tremida. 

_O Percy- ela fala baixo- ele quer saber como você está. 

_Estou bem- tento manter a voz neutra- pode dizer isso a ele. 

_Ele queria te ver- ela fala rápido. 

_Mas eu não quero- grito- mande ele embora mãe. 

_Filha- ela passa a mão no meu rosto- ele está acabado. 

_E eu não- choro- fale pra ele que eu estou bem e que não quero o ver. 

_Esta certo- ela se levanta- eu vou fazer o que é melhor. 

 

Ela sai do quarto e eu posso respirar. 

Me deito na cama e choro baixo. 

Alguém abre a porta. 

 

_Mãe ele já foi?- choro. 

_Annie- alguém fala baixo. 

 

Me viro depressa e encaro a porta. 

Ele estava lá, com os cabelos bagunçados, o rosto com um sorriso que me deixava de pernas bambas, e com o olhar triste que me fez ficar com raiva de mim mesma. 

 

_Percy- sussurro. 

_Posso entrar? - pergunta. 

_Sim- sussurro. 

 

Ela se senta na minha cama. 

 

_Como está? - pergunta. 

_Estou melhor- sussurro. 

_a Sua mãe me disse que você estava vomitando- ele tenta pegar na minha mão só que muda de idéia. 

_Fofoqueira- penso- é por causa dos remédios- falo alto. 

_Esta tomando tudo direito? E se alimentando bem? - ele pergunta calmo.

_Estou- falo rápido para que ele não perceba que estou mentindo. 

 

Ele sorri e me encara. 

Acho que ele sabia que eu estava mentindo, só que não falou nada. 

 

_O que está fazendo aqui? - tomo coragem- não combinamos de manter distância? 

_Combinamos de terminar o namoro- ele fala sério- mas não prometi que me afastaria ou que deixaria de me importar com a sua saúde. 

 

O encaro sem saber o que falar. Eu não esperava essa resposta. 

 

_Eu vou sair da escola- falo encarando o chão- só vou ficar até as férias de inverno. 

 

Ele suspira triste mas sorri. 

 

_Você já sofreu muito nas mãos daqueles babacas- ele sorri- e em outra escola você não vai ser a filha do professor, então vai ser tudo diferente. 

 

O encaro novamente, pois eu também não esperava essa resposta. 

No fundo eu esperava que ele me pedisse para ficar e não aceitar tão fácil assim que eu saísse 

 

_Será que o amor dele por mim se acabou? - penso_ Preciso de paz- sussurro- e só vou encontrar isso longe daquele inferno. 

_Eu a Thalia o Jason e o Leo vamos sentir a sua falta- ele também sussurra- só que agora você tem que decidir o que é bom pra você e não para nós. 

_Tem razão- sorrio- mas eu só vou mudar de escola, vou continuar morando aqui. 

 

Conversamos sobre outras coisas e felizmente o clima não ficou nada estranho, ao contrário, o Percy fazia de tudo para me fazer ri. 

É por isso que eu gosto tanto dele. 

 

_E como está a convivência com os seus pais? - pergunto. 

_A cada dia pior- ele suspira- os meus pais não param de brigar comigo por qualquer motivo, e não consigo engolir o meu meio irmão. 

_Você nunca vai perdoar o seu pai- pergunto. 

_Se ele tivesse se arrependido, seria diferente. Mas ele não se arrependeu, os meus pais vivem em um casamento moderno. O Meu pai além da mãe do Tyson também tem um caso com a secretaria- ele fala com raiva- já a minha mãe tem um caso com alguém que eu não sei quem é. 

_Nossa- sussurro me lembrando da cena que eu vi a tanto tempo da mãe do Percy com o pai da Thalia. 

_Por isso eles perderam o meu respeito como filho e para completar eles querem que eu aceite o meu meio irmão como irmão de verdade- ele ri- só que eu nunca vou o aceitar. 

_Eles não podem te obrigar- falo sentindo uma vontade imensa de o abraçar apertado. 

 

Eu o tirei da minha vida com uma desculpa idiota, ignorei todas as suas ligações. Mas ele estava lá quando eu precisava de alguém ao meu lado- mesmo achando que não precisava. 

Consegui comer e tomei o meu remédio da noite. 

 

_Melhor eu ir- ele se levanta- está ficando tarde e você precisa descansar. 

_Fique mais um pouco- peço - está tão bom com você aqui. 

 

Ele sorriu. 

 

_Amanhã eu volto- ele beijou o meu rosto e eu senti um arrepio gostoso. 

_Promete? - sussurro.

_Prometo- ele sorriu- agora somos amigos não é? 

_Amigos- penso- claro que somos amigos. 

_Então se cuide princesa- ele me beijou outra vez no rosto. 

_Vou sim- sorrio e ele vai embora. 

 

Tínhamos combinado de ser amigos mas como eu posso ser apenas amiga de alguém que eu tanto amo. 

 

_Eu não vou conseguir- Abraço o meu travesseiro e choro baixo. 

 

Eu só queria que ele ficasse comigo para sempre. 

 

Um mês depois ..... 

 

Abro os olhos e sinto aquele enjôo matinal que estou sentindo a quase um mês. 

Eu já troquei de remédios umas duas vezes mas nada fez com que esse enjôo passasse. 

Infelizmente até agora não teve sinal de algum doador para que eu possa ter um coração novo. Mas de acordo com o meu médico eu estou mais forte do que antes. 

Durante esses dias o Percy vem me ver sempre, porém ele nunca insistiu para que voltássemos a namorar, e isso me deixa ansiosa, será que ele não me quer mais? Ele aceitou fácil demais a minha decisão e nunca que eu ficaria melhor sem ele do meu lado. 

Eu ficaria muito melhor ao lado dele, mas ele não ficaria melhor ao meu lado.

Me levanto e sinto uma tontura forte. 

 

_Aí deuses- suspiro. 

 

Faço a minha higiene pessoal e troco de roupa. 

Coloco uma calça jeans e uma blusa verde. Amarro os meus cabelos e calço uma sapatilha. 

Enquanto estou terminando de me arrumar percebo que o meu corpo está diferente. Eu ganhei uns quilinhos, os meus seios estão maiores do que antes, até o meu bumbum está maior, e a minha barriga está com uma leve ondulação. 

Me encaro no espelho, como foi possível mudar em tão pouco tempo? 

Pego as minhas coisas e desço as escadas, eu tinha voltado a estudar, mas no fim do bimestre eu iria para uma escola diferente, aonde eu não seria a filha do professor. 

O pior de tudo é saber que o meu amor se tornou o meu amigo. 

Suspiro e entro na cozinha. Os meus pais estavam tomando café. 

 

_Bom dia- falo me sentando ao lado da minha mãe. 

_Bom dia amor, esta com fome- ela fala sorrindo. 

_Muito não- respondo baixo. 

_Quer ir mesmo para a escola? - o meu pai pergunta cauteloso. 

_É só um enjôo- falo e tento comer um pequeno pedaço de pão. 

 

Os Meus pais trocam olhares porém não falam nada. As vezes eu me irrito quando eles me tratam dessa forma, como se eu não estivesse presente. 

 

_Temos que ver o que é esse enjôo- a minha mãe fala quebrando o silêncio que tinha se formado. 

_Provavelmente não é nada- sussurro. 

_Filha você anda bem gordinha- o meu pai fala- e isso é um bom sinal. 

 

Sorrio e tomo os meus remédios da manhã.

 

_Te vejo na escola pai- me levanto dou um beijo na minha mãe e saio correndo e pego as chaves do meu carro. 

 

Agora eu estava indo para a escola no meu próprio carro e isso era uma coisa maravilhosa. 

Quando chego na escola recebo vários olhares, mas como sempre eu os ignoro. 

Decidi que eu não iria me importar com mais ninguém. 

O tio Dionísio tinha deixado claro que se alguém me falasse alguma coisa ou me perturbasse seria suspenso. 

E graças a isso eu poderia andar sem ninguém me chamar de puta. 

Quando estou no pátio alguém quase me atropela. 

 

_Que bom que chegou- ela canta. 

_Oi Tha- falo abraçando a garota. 

_Como está Annie- ela pergunta ansiosa.

_Ótima- respondo depressa- e por que essa apreensão toda? 

_Eu gostaria que você fosse a primeira convidada da minha festa. 

_Festa? - pergunto assustada. 

_Isso mesmo, o meu pai liberou a casa pra mim e pro Jason, então decidimos aproveitar- ela sorria- você vai não é? 

_Quando vai ser?- pergunto. 

_Hoje a noite- ela sorriu- se for preciso eu mesma falo com os seus pais. 

_Não precisa- falo depressa- eu vou. 

 

Ela riu e me abraçou. 

Depois de um tempo fomos para as nossas aulas. 

Seria bom sair um pouco para me distrair, nesse último mês eu fiquei a maior parte do tempo em casa ou aqui na biblioteca estudando. 

Eu já estava ficando cansada de ser a filha perfeita que só estuda. 

As três primeiras aulas passaram depressa e logo chegou o intervalo. 

Até agora eu não tinha visto o Percy em lugar nenhum e eu já estava começando a ficar com medo. 

Eu sei que foi eu que pedi para ele se afastar e tal, mas no fundo eu estava esperando que ele fosse mais resistente e lutasse mais pelo o nosso amor. 

 

_Talvez ele não me amava tanto assim- penso. 

 

Me sento ao lado do Leo e da Thalia. 

A cantina estava vazia. 

 

_Oi- falo e eles me encaram assustados- o que aconteceu? 

_Nada- a Thalia fala depressa- vamos dar uma volta no pátio? Preciso te contar coisas que planejei pra festa. 

_Tudo bem- estou quase me levantando quando uma risada aguda chama a minha atenção. 

 

A umas três mesas de distância estava o Percy e o Jason, e ao lado deles rindo estava a Rachel. 

 

_Vamos- a Thalia me puxa. 

 

Me levanto e quando estamos quase saindo a Rachel puxa o Percy e o beija intenso. 

Sinto as lágrimas querendo descer. 

 

_Não vou chorar- falo baixo. 

_Esta louca garota- o Percy a empurra devagar e limpa a boca- parece um fantasma surgindo do nada e ainda me beija. 

_Aí Percy - ela riu- que drama é esse? 

_Eu não quero mais te ver na minha frente está me ouvindo- ele fala alto- se dê ao respeito e se comporte como uma mulher, e pare de ficar mendigando uma coisa que nunca vai ter. 

 

Ela sai correndo chorando alto. 

O Percy volta a comer e a conversar com o Jason como se nada tivesse acontecido. 

Saímos os três da cantina, enquanto a Thalia falava algo com uma garota morena eu me viro para o Leo. 

 

_É tão difícil ver o amor da minha vida com outra pessoa- sussurro para que a Thalia não escute. 

_Eu não te entendo- o Leo fala- por que fazer isso se não consegue ficar longe dele. 

_Eu já te expliquei não? - suspiro baixo. 

_Sim, só que fazendo isso você causa mais sofrimento nele e em você- ele fala alto. 

_Fale baixo- o puxo- logo o Percy vai me esquecer. 

_Aí só você que vai sofrer. É isso que você quer? - ele está sério. 

_Não- suspiro- eu já te expliquei por que estou fazendo isso. 

_Eu te entendo- ele me abraça- e isso é muito nobre da sua parte. 

 

Ficamos conversando por um tempo até que a minha visão escurece e sinto um enjôo forte. 

Aperto o braço do Leo. 

 

_Annie está sentindo algo? Eu vou chamar o seu pai - escuto a sua voz distante. 

_Não- falo depressa- estou bem, só foi uma tontura, mas já está passando. 

_Tem certeza? - vejo a Thalia se aproximando. 

_Sim eu estou bem- sorrio- a verdade é que estou bem animada para a festa de hoje a noite. 

 

A verdade era que eu estava fingindo que estava bem. Aos poucos a minha visão foi voltando ao normal e o enjôo passou. 

O intervalo acabou e fomos todos para as nossas aulas. 

Felizmente- infelizmente- eu tinha aula de inglês com o Percy, só que ele se sentou o mais longe possível e não trocamos uma única palavra. Era como se ele quisesse me evitar. 

Depois que as aulas terminaram eu fui para a biblioteca, eu precisava fazer umas anotações das aulas que eu tinha perdido por ter ficado em casa durante uma semana. 

Todos já tinham ido embora então eu estava praticamente sozinha, e isso era a melhor coisa que poderia me acontecer. 

Estava tão distraída copiando umas coisas que levei o maior susto quando alguém pegou no meu braço. 

 

_Aaaaaa- grito alto. 

 

Felizmente a biblioteca estava vazia. 

 

_Calma anjo- o garoto sussurra- eu não queria te assustar. 

 

Era o Percy. 

 

_Tudo bem- falo recuperando o fôlego- é que eu estava distraída. 

_Você está bem? - pergunta preocupado.

_Estou sim- tento sorrir- só foi um sustinho. 

 

Ele sorriu e se sentou ao meu lado. 

 

_Você não veio falar comigo mais cedo- falo sem querer. 

 

Ele me encara e sorri. 

 

_É que eu não queria te colocar pressão- fala sem jeito- não quero que você pense que eu não vou respeitar a sua vontade. 

 

Sorrio e sinto o meu rosto queimar. 

 

_Não vou me importar se as vezes você não respeitar. 

 

Ele sorriu. 

Do nada sinto aquele desejo que eu senti quando fizemos aquele primeiro trabalho, em como eu não resisti e o agarrei na mesa da cozinha da minha casa. Naquele momento eu senti como se um fogo estivesse me incendiando por dentro. 

E agora estou sentindo a mesma coisa, a mesma vontade. 

 

_Lembra quando transamos aqui- o Percy fala sorrindo- foi uma experiência única. 

 

Fico vermelha e sinto um desejo quente invadir o meu corpo. Uma necessidade de o ter dentro do meu corpo. 

Uma urgência, como se eu fosse morrer se eu não o beijasse naquele momento. 

 

_Recordar é viver - falo rouca. 

 

Ele sorri safado e se aproxima do meu corpo devagar. O Meu coração estava acelerado, e as minhas mãos suando. 

Os Nossos lábios estavam tão próximos que eu conseguia sentir a sua respiração. Estávamos quase nos beijando. 

A Porta da biblioteca se abre com força. 

 

_Me desculpem garotos- a Margarida a nova bibliotecária fala alto. 

 

Ela usava óculos de graus forte e os seus cabelos estavam presos em um coque que estava se soltando. As Suas roupas eram uma combinação de discreto e extravagante. 

 

_Oi já estou terminando- falo depressa e o Percy se afasta. 

_Não se preocupe, eu trouxe o meu almoço. Estão  servidos garotos? - ela fala mostrando um prato com bife acebolado. 

 

Quando sinto aquele cheiro o meu estômago se revira, e sinto aquele enjôo voltando com tudo. 

Tudo que eu consigo fazer é sair correndo até o banheiro e vomitar até não aguentar mais. 

 

_O que está acontecendo comigo?- penso limpando a boca- esses enjôo não é normal. 

 

Me encaro no espelho e suspiro- a minha aparência estava horrível. 

A porta se abre e o Percy entra olhando pros lados. 

 

_O que aconteceu? - ele pergunta se aproximando. 

_Só foi um enjôo- falo baixo. 

_Não foi só um enjôo- ele se aproxima e segura o meu rosto para que eu o encare- hoje você está triste, pálida , e te vi chorando no pátio. 

 

Me assusto. 

 

_Morrer seria melhor do que ficar lutando por uma coisa que não tem futuro- falo amarga. 

_Estamos falando da sua vida Annabeth- ele rosna- eu sei que não é nada fácil o que você está passando. Mas já parou para pensar que quando fala assim você magoa as pessoas que mais te amam? 

 

Fico em silêncio, a verdade é que eu não paro para pensar em mais nada, apenas nesse meu sofrimento. E ele tinha razão.

 

_ Desculpa- choro baixo- eu não quero te magoar, eu não quero magoar ninguém. Essa nunca foi a minha intenção. 

_Ei não chora- ele me abraça- está tudo bem, já passou. 

 

Ele ficou murmurando coisas para me consolar enquanto eu chorava muito com a cabeça apoiada no seu ombro. 

 

_Vem eu te ajudo- ele sussurra- a te levar até o seu carro. 

_Obrigada- falo e saímos do banheiro abraçados. 

_Quer que eu te leve em casa? - ele pergunta. 

_Não precisa- falo depressa- eu já estou me sentindo bem. 

_Esta bem- ele sorri- nos encontramos a noite. 

_A noite? - penso assustada. 

_Na festa da Thalia- ele sorri- você vai não é? 

_Vou sim- suspiro- nos vemos a noite sim. 

 

Nos despedimos e entro no meu carro. 

Durante o caminho de volta para casa eu fico pensando nesses enjôo e em como eu vou conseguir ficar longe do Percy. 

 

Pov's Percy 

 

Depois de levar a Annie até o seu carro e esperar até que ela sumisse na esquina, me viro e vou em direção ao meu carro. 

Estou quase indo embora quando alguém segura o meu braço. Me viro depressa. 

 

_Posso falar com você? - a garota pergunta. 

_O que você quer Piper- pergunto com rispidez. 

_Eu entendo por que não está feliz em me ver- ela fala baixo- eu fiz coisas ruins com uma pessoa que não merecia.

_Eu já sei de tudo isso- falo- então o que você quer. 

_Percy eu sei que pode ser tarde- ela sussurra- mas eu estou arrependida de todo o mal que eu fiz. 

 

A encaro sem saber o que dizer. 

 

_Nunca é tarde para se arrepender de alguma coisa errada que fez- falo- fico feliz que tenha se arrependido. 

_Eu preciso que saiba que eu não apoio o que o Grover vai fazer- ela segura o meu braço. 

_E o que ele vai fazer? - pergunto assustado. 

_Eu não sei o que é, sai antes. Mas ele está planejando se vingar de todos- ela suspira- você sabe que a Atena processou todos que fizeram aqueles panfletos. E o Grover está espumando de raiva. 

 

Fico em silêncio absorvendo a informação. 

 

_Obrigado pela informação- falo- espero que isso não seja uma farsa Piper. 

_Não é- ela chora- Percy os meus pais me fizeram ver quem eu estava me tornando, estou até de castigo. 

_Agora vê se aprende a pensar antes de fazer besteira- falo alto. 

_Vou sim- ela solta o meu braço- tenho que ir. E cuidado. 

 

E com isso ela some e me deixa sozinho. 

Durante o caminho de volta para casa penso em tudo o que a Piper tinha me falado. 

 

_Será que é verdade? - penso- melhor ficar com o olho bem aberto com aqueles dois. 

 

Agora outra coisa que está me deixando pensativo é aqueles enjôo da Annie. Não posso deixar de ficar preocupado, eu estou tentando respeitar a decisão dela de sermos apenas amigos, mas está sendo muito difícil. 

Se eu não tivesse conversado com a Atena mais de uma vez sobre a Annie não poder ter filhos, eu até suspeitaria de uma gravidez. 

 

_Só que ela não me falou o por que dela não poder engravidar- penso- será que é possível? 

 

Quando chego em casa já dou de cara com os meus pais de mal humor.

 

_Já te dissemos para terminar com aquela garota- a minha mãe fala. 

_Filho a sua mãe tem razão- o meu pai concorda- a sua vida agora é cuidar daquela garota doente. 

 

Os encaro. 

 

_Eu estava na escola- falo chateado. 

_A Rachel já nos falou tudo o que aconteceu e não adianta mentir- o meu pai fala alto. 

_Mais uma vez está estragando o seu futuro- a minha mãe suspira- já não bastou se envolver com drogas. 

_E agora está se envolvendo com coisas que prejudicam mais- o meu pai fala decepcionado. 

_Vocês dois estão ficando loucos isso sim - falo alto- se querem acreditar na Rachel ou em qualquer outra pessoa o problema é de vocês. 

 

Me viro e vou para o meu quarto furioso. 

Fecho a porta do quarto de uma vez. 

Fico na minha cama pensando em como os meus pais eram chatos quando escuto um barulho de carro lá fora e vou até a janela. 

Suspiro e vejo a minha mãe e o meu tio- o pai da Thalia- conversando muito próximos e rindo baixo. 

Os encaro por um tempo e quando estou me virando vejo que ele a abraça e eles se beijam. 

Encaro a cena sem acreditar. Então o amante da minha mãe é o meu tio. 

 

_Típico- me viro e saio do quarto. 

 

Quando entro na cozinha vejo que o Tyson estava lá tomando sorvete e sujando todo o chão todo. 

O ignoro e pego um copo de água. 

 

_Não deveria falar assim com os seus pais- ele fala me encarando- eles merecem respeito. 

_Sim merecem- resmungo. 

_Eles só querem o seu bem e estão certos em querer que o filho deles fique longe daquela menina doente- o encaro- provavelmente ela irá morrer logo e não vale o sacrifício. 

_Cale essa boca- grito- essa casa não é sua, então não quero ouvir o que você tem a dizer. Ou melhor, não quero que fale comigo, você é filho da amante do meu pai, e isso não te faz parte da minha vida. 

 

Ele começa a chorar. 

 

_Se você falar isso novamente eu vou te afogar na piscina- me irrito- aí quem vai morrer logo é você. 

 

Pego o sorvete dele e jogo na pia. 

Saio de casa. 

Era só o que me faltava, o meu meio irmão tentar se meter na minha vida e ainda falar daquele jeito da Annie, se ele fosse mais velho eu mesmo iria quebrar ele. 

O dia passou depressa e eu não deixei de pensar na Annie e em como eu não vou aguentar ficar muito tempo sem a beijar. 

Quando a noite chega me arrumo e vou para a festa na casa da Thalia e do Jason. 

O lugar já estava lotado e o som bastante alto. 

Estaciono o carro e entro. 

Logo na entrada que se transformou em uma pista de dança já estava lotada de pessoas bebendo , conversando e dançando. 

A Thalia me abraçou forte e foi agarrar o Nico que estava quieto em um canto. 

Pego algo para beber e dou uma olhada pelo lugar e o meu coração se acelera. 

Lá no fundo conversando com mais duas garotas estava a pessoa que eu mais queria ver. 

Ela estava mais linda ainda. 

Usando um vestido preto curto e justo, uma meia arrastão e botas, a Annie estava muito sexy. 

Os Seus cabelos estavam soltos e iam a até metade das suas costas. 

Me aproximo e ela me vê e sorri. 

Nos encaramos cheios de desejo.

☆☆☆☆



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