História Traçando Minha Própria História (ShikaTema) - Esforço

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Ponto de vista Naruto:

— Não...

Aquela palavra ecoou no salão, as famílias que estavam ali pararam de comer e olharam chocados para mim. Vi Temari de longe e só faltava estampar uma interrogação na cara dela e do Shikamaru. Eu senti meu chão sumir meu mundo desmoronar. Senti vontade de não estar ali. Olhei para os olhos dela, não acreditando no que estava acontecendo

— Hina? — disse com a voz trêmula.

— Eu tinha que dizer isso mais cedo Naruto-kun, desculpe mas não consegui. Prefiro que você saiba agora... Do que depois. Naruto-Kun eu nunca mentiria para você. Naruto-kun... — Ela começou a chorar e chegou próximo a mim deitando em meu peito — E-Eu não posso ter fi-filhos... — Ela disse e se abaixa, seus olhos estavam vermelhos e ela me encarava – desculpe Naruto —Disse em um fio de voz acompanhado de um choro silencioso. Foi um choque para mim, meu sonho era me casar com a Hinata ter filhos com a Hinata acordar todos os dias com gritos de crianças na casa. Eu apenas deixei o anel na mesa e a abracei - eu entendo se você não me... Me quiser mais. Eu sei o seu sonho e eu nele, uma mulher infértil, sou inútil.

— Hina, eu te amo mais que tudo. A gente pode achar outras soluções. Meu sonho é dormir com você e logo na manhã te ver do meu lado, sabendo que você é só minha. Meu sonho é ouvir você cantando quando eu acordar. Meu sonho é estar com você a todo momento, meu sonho é ter filhos com você, mas se não for você, eu não quero — Peguei no rosto dela e o levantei, fazendo-a olhar para mim.  — Meu sonho é você.

Nesse momento ela sorriu e as lágrimas escorregaram pelo rosto dela. Ela me beijo, um beijo delicado e tentador. Ela se separou de mim

— Sim Naruto. Eu aceito — Disse ela com um  grande sorriso no rosto. E eu? Eu senti meu mundo rodar novamente. A abraço pela cintura e a levanto, logo lhe dando um beijo longo. As pessoas que estavam perto começaram a aplaudir eu vi Temari e Shikamaru sorrindo no fundo. Peguei o anel e o coloquei em seu dedo. Ela apenas sorriu. Um sorriso que nunca tinha visto. Era lindo parecia um dos mais belos anjos com a  mais perfeita felicidade e simplicidade. Senti um milhão de fogos de artifícios sendo soltados dentro de mim. Uma felicidade que não me cabia no peito. Ela olhou para o anel e me abraçou novamente.

— Devo começar a lhe chamar de Anata? — disse me puxando para fora do restaurante secando as lágrimas

— Prefiro "Naruto-Kun"— imitei uma voz feminina. Ela sorriu e eu senti uma paz tão grande. Aquele sorriso mexe com meu interior com minha sanidade, com meu corpo, com o ambiente. Eu amo ela e me arrependo de ter demorado tanto para notar o quanto ela me amava. Se eu não tivesse sido tão cego. Essa garota me salvou. Nesse momento olhei e vi Temari acenando como despedida. E Shikamaru logo atrás apenas sorrindo colocando uma das mãos no bolso e a outra  no ombro de Temari. Que apenas virou e olhou para ele levantando a sobrancelhas e ele sorriu. Sim, ele já havia tomado seu lado e decidido se permitir amar. Apenas acenamos como resposta e Hinata se encostou em meu ombro.

— Você andou conversando com ele, não foi? — Disse ela colocando meu braço em volta de seu pescoço.

— Sim, Hina. Eu conversei com ele e o incentivei a tomar uma decisão, e acho que ele tomou — Disse a puxando pela cintura e a beijando. — Vamos para minha casa fazer uma coisa que você vai adorar.

— Naruto... — Apenas sorri e a guiei para o carro.

Ponto De Vista Temari :

Quando tudo se resolveu, fomos para nós despedir mas vimos os dois juntos no outro lado do Jardim e apenas acenamos. Shikamaru colocou uma das mãos no meu ombro e a outra no bolso. Apenas me virei para ele e levantei a sobrancelha como objeção ele apenas sorriu para mim é fez um sinal com a cabeça "Vamos"  revirei os olhos e sorri indo com na direção da moto ao lado dele. E notei que ele me olhava pelo canto dos olhos

— O que foi?

— Nada — Disse diminuindo os passos

— Vai fazer o que agora? — diminuindo também para andarmos lado a lado.

— O que você quer fazer?

— Hmn... Não sei, faço qualquer coisa. Acho que Ino tá na casa dos pais do Sai. E andei falando com a Karin e parece que ela começou a namorar com aquele garoto se cabelo branco lá do Natal.

— Suigetsu... Eles são amigos desde infância e ela sempre teve uma queda por ele

— A parte. Resumindo, tô sem nada para fazer o resto da tarde.

— Você não tem trabalho ou seminário não?

— Faço na sala, e falo na hora.

— Uau. —Disse ele me entregando o capacete.

— Posso ir dirigindo? — Perguntei pegando as chaves da mão dele.

— Sério? — apenas afirmei com a cabeça e ele riu e me entregou as chaves e eu sorri. Fazia tempo que não pilotava e a moto dele era muito gostosa de pilotar. Eu subi e ele logo atrás — Já te disse que isso me faz parecer menos homem?

— Você é muito homem para mim, não acha o suficiente? Vamos —o puxei para que sentasse logo na moto. Vi que tinha sentado e dei partida. Fui civilizada até chegar na rodovia. Quando chegou, apenas abaixei meu corpo um pouco e fui aumentando a velocidade, senti Shikamaru se segurar na minha blusa e ri disso. Os carros pareciam estar em câmera lenta, parecia mágico quando eu pilotava, parecia que o mundo parava para eu poder correr. Quando vi o velocímetro chegando em 200km senti o motor começar a ferver demais parei de acelerar e mante aquela velocidade. Eu dei uma volta gigante até chegarmos no apartamento. Quando chegamos na garagem e eu parei Shikamaru saiu da moto e ficou em pé me olhando de forma assustada com os olhos arregalados. Fiquei com uma cara de interrogação

— Temari, quem te ensinou a pilotar desse jeito? — Perguntou arrumando o cabelo em um rabo único e eu fiz o mesmo.

— Um amigo que fiz em Suba. Nos conhecemos e ele queria alguém para competir e eu gosto de competir então ele me ensinou. Daí a gente disputava "Racha" em rodovia, pista, na madrugada no centro da cidade. Até da polícia já fugi, sabe? Era muito bom — ele riu

— Você pilota bem, muito bem mas precisa de uma moto para isso. Se quiser a gente pode dar uma olhada em alguns modelos. Tadinha da minha amiguinha aqui — Olhei para a moto que estava estalando e muito quente e ri —Bom vou ter que trocar o pneu, agora não tem mais como escapar. — disse divertido. Apenas ri junto e subimos para o quarto. Tirei os sapatos e ouvi meu telefone tocar, mas ele estava na jaqueta do Shikamaru.

  — Shikamaru - fui andando a  procura dele na casa,ele estava na varanda —quem é? - Perguntei

— Aqui — ele me entregou o celular com um número que não reconheci — é Kaze, o DDD.

— Obrigada — Peguei e atendi – Alô?

— Temari? — Diz uma voz grave e aparentemente nervosa do outro lado da linha. Reconheci a voz na mesma hora

— Pai?! — Levantei meus olhos para Shikamaru que também estava assustado. Eu tinha contado a ele sobre meu pai, como estava tratando a família, dos Natais, anos novos e outras festas que ele "passava com a família feliz dele"

— Minha filha...  — ouvi sua voz abafada e meio raivosa e trêmula

— Onde conseguiu meu telefone?—Perguntei pasma

— Peguei o telefone do Gaara. Temari sobre o ocorrido...

— Pai você tem noção do que fez? Ou do que está fazendo?! Quem voc-— fui interrompida.

— Quem eu penso que sou? Você quem fugiu, desonrou o nome da família ou mais da empresa. Você acha que está certa garota? — Eu não acreditava no que estava ouvindo, não aguentei. Lembranças de meu pai veio em minha cabeça e não podia acreditar que o mesmo homem que me dava carinho, contava histórias estava dizendo isso.

— Rasa, você me vendeu! Eu tenho cara de ser um dos seus funcionários marionetes? — Perguntei elevando a voz com os olhos já enchendo de água. Me virei e fui para o outro lado, não queria que Shikamaru me visse chorando.

— ME RESPEITE, EU SOU SEU PAI ACIMA DE TUDO — Disse com a voz já alterada.

— Pai? — eu disse rindo sarcasticamente - desculpa, te confundi com um comerciante, acho que fui criada apenas para ser mais uma mercadoria de troca.

— Cuidado com essa língua garota, você acha que está falando com quem? Cadê seu respeito? Quero que você volte para casa, ficar com a sua família de verdade.

— Respeito?  Você perdeu ele a algum tempo. Minha língua?  Cuidado com sua ignorância e orgulho, quando souber medi-los eu também o faço. Família é quem está presente nos nossos momentos felizes e tristes e você pelo jeito você não esteve ou se  importou com isso ou seja você não foi  parte dela, obrigada por ter me feito nascer e me dado seu sangue e uma boa criação até um certo ponto. O resto seus empregados fizeram, não é? Quando você foi família eu tinha respeito e carinho por você, mas quando sua atenção acabou, os momentos acabaram e você passou a ser pai de faixada sua estrutura familiar caiu e junto com isso, meu respeito também. Quando você souber o que é isso novamente podemos conversar sobre eu voltar para Kaze —o telefone o deixando cair no chão e colocando a cabeça entre as mãos. Ouvi passos no chão de madeira sequei meus olhos rapidamente e senti ele me puxar para um abraço. Eu não me debati, não retribui apenas fiquei ali e senti uma lágrima solitária descer pelo meu rosto logo e grudando na blusa dele

— Temari, quantas vezes eu já falei para não guardar tudo para você? Eu tô aqui,  não precisa disso. Você é a mulher mais durona que eu já conheci, depois da minha mãe — eu sorri — e problemática também — ele começou a passar a mão no meu cabelo é eu comecei a ficar sonolenta. Ele me colocou sentada na sacada e eu deitei em seu ombro, ele ficou ali fazendo carinho em mim e eu chorei em silêncio. Não me lembro exatamente quando, eu acabei por dormir

Ponto De Vista Shikamaru

  Abracei ela em silêncio e a apoiei na saca, aos poucos sinto sua respiração se normalizando e aperto mais sua cintura. Ela se ajeita em meu ombro e fico ali naquela posição. Ela tinha me contado sobre o pai, que ele passou a ser ausente aos seus nove anos, raramente ia em eventos escolares ou assistir seus campeonatos de luta. Quem ia, era uma empregada, que ela dizia ter criado ela até ser obrigada a sair por questão de saúde, mas ela continuava a ir em campeonatos e apoiar Temari, e ela que continuou com o costume de amarrar o cabelo em quatro rabos. Eu prestava atenção em tudo que ela dizia que era relacionado com a vida dela.

Naruto andou conversando comigo e me disse "Cara superar você já superou, mas você não pode se fechar para sempre. Olha eu, fui mó humilhado pela Jennie, ela me traiu e todo mundo sabia, mas hoje eu não a odeio. Se não fosse por ela não reconheceria a Hinata e olha que engraçado, vou me casa com ela." Nunca imaginei que o cabeça oca do Naruto fosse me dar conselho de relacionamento. Senti que a Temari tinha normalizado e vi que ela tinha dormindo. Ri comigo mesmo e a peguei no colo e a carreguei igual se carrega uma criança. A coloquei na cama dela e ela sussurou um "Obrigada" logo puxando a coberta e virando para o meu lado. Ela entre abriu os olhos, olhou para mim e sorriu logo os fechando e dormindo novamente. Os olhos dela verdes tão intensos e brilhantes pelas presentes lágrimas. Não me lembro a última vez que dormi bem. Sempre ou quase sempre ficava acordada nas madrugada caso algum mercenário chegasse. Aconteceu duas vezes e ela não sabe. Eles chegaram pela varanda e ouvi o barulho logo reagindo. Me sentei no chão apoiando meus braços no colchão da cama e sentado no chão, acabei por dormir.

Acordei com o despertador da Temari. Eu passei a noite ali, ótimo. Ela acorda estranhando onde estava e comigo na beira da cama dela. Apenas desligo o despertador e ajeito meu cabelo de qualquer jeito. Logo voltando na figura a minha frente. Ela estava na minha frente com o cabelo bagunçado olhos de quem acabou de acordar. Ela olha pra mim meio "Por que você tá aqui?" eu só fiz que não com a cabeça porque nem eu entendia muito bem o que estava fazendo ali. Ela levantou e abriu a porta da varanda logo voltando os olhos para mim e se aproximando. Ela estava tão fofa, que estava ficando complicado, eu sentia vontade de agarrá-la a todo momento. Me levantei e me aproximei dela, não sabia porque fazia esse tipo de coisa, mas eu fiz. Eu a beijei, um beijo calma inicialmente, a puxo pela cintura e prendo minha mão em seu cabelo, ela leva a mão ao meu pescoço e começa a passar a unha ali. Ela tinha começado a deixar a unha grande, e aquilo era como atirar gasolina na fogueira,o beijo foi ganhando mais movimento, ela começou a puxar meu cabelo e eu arfava foda vez que ela fazia isso. Eu sabia que se eu não desse o primeiro passo logo, ela iria embora. Quando nos separamos olhei ela, que estava com a pupila dilatada e acho que aquela foi a cena mais bonita que tinha presenciado

— Desculpa... — única coisa que saiu da minha boca, nem sei o por que, porque eu não me arrependo. Beijaria quantas vezes fosse necessário. Ela ri

— Desculpa nada, você não se arrepende e eu também não, então não precisa se desculpar — Disse sorrindo de canto com um olhar provocante. Essa mulher brinca com minha sanidade, ela brinca com minha cabeça com simples palavras. Apenas sorri e a beijei  novamente, dessa vez com vontade. Eu me segurava tanto para não passar de um simples beijo, corria minhas mãos para o cabelo dela procurando não as descer e assustar ela. Era um jogo psicológico morar com essa mulher, quando ela passou a puxar meu cabelo com mais força, desci minha mão, vi que estava indo longe e me saparei contra vontade de ambos. Ela olhou nos meus olhos e eu viajei naquilo, eu precisava dela. Só pra mim é para isso preciso acabar com essa perseguição. Ela sorriu e saiu andando para o banheiro e eu fiz o mesmo. Tomei meu banho e me vesti. Fui para sala e lá estava ela. Ela tomava banho rápido e se aprontava rápido, era prática e eu amava isso.

— Vai querer alguma coisa para comer? — Disse ela se levantando do sofá terminado de ler algo e bloqueando-o logo olhando para mim. Não queria fazer nada então

— Vamos na cafeteria perto do campus. Menos cansativo que mexer com café agora. Vamos — Disse a puxando pela mão.

— Eu posso andar sozinha —Eu não queria soltar a mão dela ela estava apertando a minha mão. Ela era sincera em tudo, mas em sentimentos ela falha. Apenas ri e a puxei colocando meu braço em volta do pescoço dela. Ela me encarou

— Então é assim, Shikamaru? — Levantou uma das sobrancelhas. Cheguei próximo ao ouvido dela e sussurrei 

— Parece que o jogo virou não é mesmo? — Ela arrepiou, eu adorava fazer isso com ela. Sorri e ela passou o braço em volta do meu tronco, continuamos andando. Fomos até a cafeteria e logo para o campus. Ela tinha aula até as seis e vinte e eu só tinha até as cinco. O que um medo ridículo não faz com a gente, não é? Fiquei jogando aqueles joguinhos idiotas até ela aparecer. Ela quase não vinha na minha sala, e a maioria das pessoas ali, que estavam no momento, eram homens. Quando ela passou e eles começaram a comentar sobre ela me incomodou um pouco. Ela sorriu quando me viu o que fez os olhares se atraírem para mim. Ela veio andando

— Quero comer dango — falou se apoiando na mesa

— Boa noite pra você também. Podemos ir comer dango — Disse me levantando. E indo de encontro com ela. Apenas colocou as mãos dentro do casaco e saímos andando. Chegando na lanchonete que comíamos dango, vi um grupo que parcialmente conhecia do campus entrando também. Pedimos sete espetos e como sempre o último foi no par ou ímpar, que ela ganhou para variar. Estávamos saindo do estabelecimento quando notei que tinha esquecido de de entregar a ficha de espera

— Tema, vou entregar isso aqui é já volto, fica aqui — Ela apenas concordou e se encostou na vitrine. Não demorei mais do que cinco minutos. Quando voltei vi um dos garotos do grupo perto da Temari, o que não me deixou muito feliz mas não deixei transparecer, ou pelo menos tentei. Fui andando e quando chegou perto pude ouvir.

—… se você quiser sair para curtir a noite e talz só ligar pra mim. Te levo para dar uma volta. É solteira né?

— Não, não é solteira. Licença —disse pegando-a pela mão e puxando-a e olhando para ele como se fosse o devorar vivo. Sai andando com segurando a mão dela até certo ponto, mas pensei "O que que eu fiz?" então soltei ela e coloquei as mãos dentro do bolso da calça. Ela veio muito quieta do meu lado, até que por fim :

— O quê que aconteceu? — Disse parecendo ter raciocinado

— Não sei, eu nem sei porque fiz isso.

— Então casualmente você é meu namorado? — olhei para ela, que me olhava de forma desafiadora e meu Kami, ela era maravilhosa. Eu não sabia o que responder. Então pensei

—"Só casualmente?"— falei baixo, mas ela ouviu e respondeu

— Isso você quem decide — Disse olhando para frente e continuou andando

Eu parei raciocinei e raciocinei o óbvio, aquilo era um pedido implícito. Apenas a puxei colando-a em meu peito e ela me olhou espantada, por não estar esperando isso.

— Temari, você quer namorar comigo? — ela ficou espantada e sua pupila dilatou, eu também fiquei meio envergonhado com o que disse.

— É sério? — Perguntou procurando os meus olhos. Apenas concordei com a cabeça e um sorriso de lado apareceu no rosto dela. Que me puxou e deu um beijo. Eu fiquei meio aéreo, ela não era de fazer isso. O fofo da relação praticamente sou eu, mas fazer eu apenas retribui e ela sussurrou

 — Vou fazer esse esforço de namorar com você, Shikamaru —apenas sorri e a apertei contra meu corpo a beijando ardentemente