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História Traços de um Destino - Chapter Five


Escrita por: Cyang_Mih

Notas do Autor


Esse cap ficou muito pequeno, porém é só para entender o que vem a seguir.
Boa leitura.

Capítulo 6 - Chapter Five


Fanfic / Fanfiction Traços de um Destino - Chapter Five

A noite havia caído de uma maneira perfeita sobre o casarão dos Kim e nada poderia estragá-la. O céu estava num negro impecável, às estrelas brilhavam de uma maneira jamais vista e a lua refletia os raios solares de uma maneira bem intensa e quem olhava se maravilhava. Porém, Sora, a garotinha de cabelos lisos e longos, que no momento trajava uma saia rodada azul marinho e uma blusa branca, corria pelo jardim em direção ao estábulo com uma expressão nada feliz. Ela havia marcado no meio da noite com uma amiguinha, bem... A outra pensava assim.

Ao chegar ao local, deu de cara com quem queria encontrar.

JungAh, assim que notou a presença da mais velha, abriu um largo sorriso e correu para abraçá-la. A moreninha tinha cabelos cacheadinhos e curtos presos com uma fita de cetim azul, usava um vestidinho vitoriano na cor verde água, meia calça branca e para completar um sapatinho de boneca preto. Era uma verdadeira bonequinha.

“Até parece uma ômega!”

A morena ainda não tinha mostrado sua natureza, por isso, ora se mostrava ômega demais ou alfa demais... Vezes não demonstrava nada, fazendo os que conviviam com ela acharem que era uma beta. Sora odiava isso! Odiava ainda mais pela garota a ter perdoado pelo ocorrido de alguns meses atrás.

Sim! Sora havia matado quase toda a família da garota a sangue frio e na frente da mais nova, mas JungAh diz ter perdoado a garota e entendeu o porquê dela ter feito isso, afinal era a natureza de uma Lupus.

“Idiota!”

– Solta eu JungAh! –empurrou a garota com tanta força que a fez cair sentada no chão – Já disse para você que não é para encostar em mim! – apontou a garota – Você é inferior a mim, não passa de uma sem natureza... uma órfã nojenta e sem natureza!

– Unnie... – a garota se levantou e bateu a poeira, tinha os olhos marejados – Por que está brava unnie? JungAh fez alguma coisa que a unnie não gostou?

– Pelo amor que você tem a si mesma... Se é que tem algum! – murmurou a última frase – Fale direito! – Sora bateu os pés no chão e deixou sua lúpus falar mais alto fazendo a outra encolher. Sora riu – Você só é um ano mais nova que eu e fala como um bebezinho que não saiu do colo da mamãe... Espere... Ah é, você não tem mãe!

– Unnie, porque está assim? – as lágrimas começaram a escorrerem.

– Cala a boca! – rosnou e seus olhos tornaram-se vermelho como sangue – Ainda não terminei. – JungAh soluçou – Fique longe do Jimin! Isso claro se quiser ficar viva! – a garota deu as costas para sair, mas foi impedida ao sentir a mais nova agarrar seu braço.

– E-espera unnie... – outro soluço – JungAh não ama o Jimin assim... deixa JungAh explicar direitinho para a Sora o que esta acontecendo...

– Sora?! – a mais olha olhos a moreninha por cima do ombro e em uma fração de segundos a jogou contra a parede do estábulo – Como uma impura como você ousa me chamar pelo nome e me tocar! – dizia em um rosnado – Alguém como você jamais devia nascer!

– D-deixa explicar...

– Cala a boca sua imunda!

“Não é minha unnie...”

Sora avançava na garota com ódio. Ela ousara chegar perto do ômega que iria ser seu e mais ainda, ousava chamá-lo de oppa.

“Você só precisa me ouvir unnie...”

O sangue da pequena JungAh estava espalhado por todo o estábulo. Ela suspirava sem forças no local vazio e Sora sorria pela situação que a mais nova se encontrava...

“Ji...min-op...pa...”

E foi sentindo o cheiro de sangue que Jimin chegou ao local. Ele olhou assustado o estado em que JungAh estava. A garota viu a sua salvação e tentou sorrir. O mais velho dentre elas correu até o corpo ferido e acariciou as bochechas da outra.

– Deixa ela ai, Jimin... – um sorriso ainda mais cruel se fez presente no rostinho da garota lúpus – Ela não vai fazer falta pra ninguém se ela morrer, então, apenas deixe-a ai. – Jimin se levantou e se afastou, JungAh deixou o sorriso morrer – Isso, vamos pra casa e amanhã voltamos pra pegar o resto dela. – colocou uma das mãos no queixo e fingiu pensar – Isso se os lobos dos arredores deixarem alguma coisa para recolhermos.

“Eu preciso contar... ele também não sabe...”

Jimin olhou para a morena caída, que já não chorava ou demonstrava qualquer tipo de expressão por falta de forças, e fechou os olhos. Direcionou seu olhar para Sora, que mantinha um sorriso cruel e a mão estendida para si... Jimin sorriu para ela e segurou sua mão.

– Vamos Sora... – deu as costas para a mais nova dentre eles – Você ainda não jantou e precisa se alimentar...

– Eu sei, oppa... – as vozes iam se afastando

– O...p...pa... – suspirou.

JungAh queria chorar, queria espernear, talvez isso fosse impossível por conta da sua capacidade física, mas seu pequeno coração estava despedaçado. Tão pequena e já tinha provado o sabor de ser deixada por alguém que ama...

“Por favor, volte... volte oppa... eu preciso te contar uma coisa... Oppa, você é importante...”

O cheiro de sangue estava cada vez mais forte e atraia os lobos do local. A pequena JungAh respirava ofegante, tinha medo de ser devorada ainda viva por eles, um se aproximou e lambeu o sangue em sua bochecha mostrando os dentes em seguida. Fechou os olhos sentindo a respiração dele bater contra sua face.

Foi quando o coração de JungAh falhou. Uma... Duas... Três... Parou...

Silêncio.

Tum, Tum, Tum, Tum...

O lobo se afastou.

A pequena abriu os olhos lentamente, já não sentia medo se iria ou não ser devorada. Piscou. Sua respiração que antes estava ofegante, agora estava normalizada e isso fez com que ela ganhasse a atenção dos carnívoros ali presentes. Levantou-se lentamente. Um deles recuou, o outro tentou a atacar.

Um erro.

Naquele momento ela sabia o que queria ser. Sentiu seu coração palpitar mais forte e fechou os olhos... Ela estava ferida, e muito, mas quem disse que isso iria a impedir? Riu de canto. Agora ela estava à altura de Sora.

Abriu os olhos e em uma questão de segundos havia drenado todos os lobos que estavam presentes no lugar. Sim. Drenado!

Agora era não era comum.

“Jimin, você é importante para JungAh...”

Seus olhos tinham uma tonalidade alaranjada, uma nunca vista antes. Suas presas eram imensas e chegavam a rasgas sua boca, suas mãos pareciam ter sido deformadas e suas unhas estavam grandes e pontudas, os cabelos haviam crescido. Como? Eu não sei. Porém estavam abaixo de suas costas e desgrenhados!

Ela precisava de ajuda...

E ela veio.

KwangHyok procurava sua filha na terra dos Kim, sabia que ela estaria ali, afinal era grudada com a irmã de seu chefe, só que tudo mudou quando ele sentiu um cheiro diferente vindo do estábulo. Ele seguiu para lá.

Assustou-se.

Soluçou.

Chorou.

Era tudo o que não queria para sua filha.

 – JungAh... – murmurou fazendo sua filha o olhar nos olhos, entrou trêmulo forçando um sorriso – Vem cá, papai veio te buscar... – KwangHyok sabia que aconteceria, mas não tão rápido – Vem no papai...

– Appa... – as presas se encolheram e ela foi correndo em direção ao pai, com um sorriso inocente no rosto – Appa, Sora brigou comigo denovo e fez dodói. – mostrava a marca das garras da garota mais velha pro pai – E Jimin não quis me ajudar... – os olhos dela se marejaram.

– Vou falar com o Jimin. – sorriu de leve olhando nos olhos alaranjados da filha que voltavam à tonalidade normal – E falarei com Sora também...

– Só que sem brigar... – a menor sorriu – Mamãe ensinou a sempre perdoar! – o pai da garota a abraçou...

“Jimin, JungAh não quer seu amor de homem!”

JungAh era mais que uma ômega. Mais que uma beta. Mais que uma alfa. Mais que uma lúpus.

– Papai, está me escutando? – seu modo de falar havia mudado – Papai! – ele sabia bem o que daria a junção de dois lúpus...

– Sim meu amor? – a menor riu

– Quero pizza!

Tanto KwangHyok quanto a mãe de Jimin era lúpus...

“O único amor que JungAh que de você Jimin...”

E a junção de dois lúpus era o que JungAh era... Uma Suprema!

– Que tal de calabresa? – propôs KwangHyok fazendo a menor bater palminhas.

“Jimin, a ame como ela te ama... como verdadeiros irmãos!”

۩

Já haviam se passado meses desde que KwangHo havia começado a trabalhar na equipe de Hoseok. Ele havia ficado bem próximo de Hoseok, Jin e principalmente de Taehyung, ninguém de longe falava que eles se conheciam há pouco tempo.

KwangHo sempre se mostrou muito interessado em conhecer Sora e isso não demorou a acontecer, Tae o levou para conhecer a garota e KwangHo fez questão de se mostrar o mais confiável dentre os confiáveis para Sora, que se apegou rapidamente a ele.

Mentiroso.

Ele se mostrava o mais leal dentre todos, ajudou Hoseok a acabar com os sentimentos que nutria por Yoongi. Aproximou ainda mais Sora de Taehyung, mas o único que ele não conseguiu dominar foi Jin, que sempre se mostrou muito próximo, porém muito reservado ao rapaz.

Jin desconfiava das palavras dele.

E assim foi... durante um ano ele conseguiu se manter o mais presente na vida de todos.

Até naquela noite.

O cheiro que confundia seus sentidos, estava presente. Desde a morte de seu irmão, KwangHyok, que não sentia aquele aroma... O perfume de sua sobrinha. Porém ela não estava sozinha, estava acompanhada por alguém que não fazia parte do seus planos.

Jimin...

Aquele ômega podia acabar com toda a estrutura de seu plano. Apesar de que... Se JungAh ainda tiver uma pitada de raiva pela Sora, poderia ser até vantajoso ter aquele inseto ali. Seria mais que perfeito, iria pegar três patos com uma só cajadada.

Sora.

Jimin.

E NamJoon.

Gargalhou internamente e se aproximou daqueles dois. Eles pareciam ir em direção a contraria da loja de conveniência, a mesma em que tinha visto a tropa do hospital entrar. Seria fácil. Apenas precisava mudar a rota daqueles dois.

– Mark! – chamou um de seus capangas que rapidamente se fez presente – Lembra daqueles dois? – o cara assentiu – Mude a rota deles para aquela loja.

– Mas senhor, não é nela que esta localizada a irmã do Namjoon? – perguntou incrédulo e viu os lábios de KwangHo se formarem em um perfeito sorriso – Se Jimin a ver e JungAh também, pode ser que aconteça um massacre lá dentro, apenas entre elas.

– Bem pensado, Mark, só que esqueceu apenas um detalhe bem pequeno. – olhou para o capanga mascarado.

– Senhor?

– Nós somos o massacre!

Ele riu.

O capanga entendeu.

Atacaram Jimin.

JungAh o defendeu.

A rota mudou.

Agora eles estavam indo em direção oposta.

Estavam indo para a loja de conveniência.

– Agora sou eu quem decido sobre vocês! – um sorriso maldoso se fez presente nos lábios de KwangHo quando ele olhou para a placa que indicava o nome da próxima cidade.

Welcome to the City:

Traces of a Destination

– Bem vindos ao pesadelo...



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