História Trafficking Of Black Angels - Drag Me Down

Eu tenho fogo como coração, não tenho medo do escuro   

Você nunca viu parecer tão fácil     

Eu tenho um rio como alma, e baby, você um barco     

Baby, você é a minha única razão.    

                                                       —  Drag me Down, One Direction

Capítulo  IV   —   Drag Me Down            

—    Bom, Horan está certo Harry. Eu não preciso mais de vocês   —   Ele concordou cobrindo a arma novamente com a blusa preta   —   Já podem ir, de agora em diante o trabalho vai ser comigo   —   Ele se virou e deu um aceno breve.

—    O que você vai fazer comigo?   —   Perguntei ainda com o mesmo semblante assustado  —  Por favor, não faça nada de ruim comigo, por favor!

—    Tão inocente   —   Senti suas mãos tocarem meu rosto e seu polegar acariciar minha bochecha e sua risada soar sarcástica   —   Garota, cale-se, sua voz  me irrita.   —   Ele disse retirando a mão de minha face e levando, dessa vez, as duas aos meus braço.

—     Por favor, olha, se é dinheiro que você quer, eu posso te dar!    —   A evidencia do choro começou a aparecer em minha voz  —  Você pode ligar para o meu pai, e dizer que... Que... Você pode pedir o resgate!   —   As palavras me faltavam na hora em que eu mais precisava, que beleza.    —   Só por favor, não faça nada de ruim comigo!

—     Mas que porra!    —   Ele exclamou com a voz e o semblante aparentemente irritado   —   Já disse 'pra você calar a boca!   —   Arregalei os olhos ao ouvir seu linguajado e me calei por alguns segundos   —   Olhe bem para mim, aparento precisa do dinheiro de uma pirralha feito você?   —   Balancei a cabeça negativamente com medo   —   A partir de agora, você calar essa sua porcaria de boca!

Assenti sem dizer palavra alguma. Suas mãos continuaram segurando fortemente meu braço, cheguei a gemer baixo de dor. Quando me dei conta, ele estava me arrastando em direção a esquina. Quando mais eu tentava relutar, mais pressão contra meus braços ele fazia. As luzes dos postes apagavam por longos segundos e voltavam a funcionar, iluminando a rua completamente vazia.  Quando pensei em desistir de me soltar, um choque de frio correu pelo meu corpo, tendo como resultado meus pelos se arrepiando. 

Com uma mão ele levou meus braços para cima de minha cabeça, segurando forte em meus pulsos. Respirei fundo fechando os olhos na inútil tentativa de me acalmar. Raios, o que é isso que está acontecendo?

—   O que você vai fazer?   —  Finalmente senti as lagrimas caírem sobre minhas bochechas enquanto sentia meu corpo sendo prensado ao dele.

Não obtive respostas. Quero dizer, repostas emitas por sua voz. Ele se afastou alguns centímetros de mim e sorriu de uma maneira, que eu ainda não havia visto. Malicia? Era isso que seu sorriso estava emitindo a mim. Fechei novamente os olhos sentindo minhas mãos sendo amarradas por trás de meu corpo. 

—   Shhiu, fique quietinha   —   Seu dedo indicador foi de encontro a minha boca, como se pedisse silencio.

—    Me larga agora, seu estúpido!   —   Abri os olhos criando coragem para encarar o castanho intenso dos olhos dele   —  SOCORRO! ALGUÉM ME AJUDA?! SOCORRO!   —   Gritei com toda a força que eu conseguia e em resultado, um estalo foi sentido por mim. Um estalo de cinco dedos do lado esquerdo do meu rosto.

—     Já disse 'pra calar a porra da sua boca!    —   Sua voz soou em um tom alto e nervoso    —    Ou quer outro desse?    —   Seus cinco dedos foram de encontrando com meu rosto, resultando um ardor forte no outro lado de meu rosto.

Me calei por inteiro.

Se eu pudesse definir a única sensação sentida por mim, seria, medo. Medo dele, desse beco, de tudo que está acontecendo, e sem dúvida alguma, tudo o que pode acontecer comigo. Eu sempre achei que isso era apenas coisas retratadas em filmes, que nunca iria acontecer comigo. Mas eu estava enganada, aliás, eu sempre estive enganada. Talvez Eva teria completa razão sobre suas atitudes. 

Me despertei de meus pensamentos assim que senti sua mão entrar em contato com a minha pele. Suas mãos foram diretamente a minha cintura e um pouco acima de minhas nádegas, deixando um aperto ali. Me encostei mais na parede, tentando me afastar dele.

Sem resultados.

Suas mãos mãos passeavam num ato rápido por quase toda a extensão de meu corpo. Seu rosto foi se aproximando do meu e ele instantaneamente colou nossos lábios iniciando um beijo da parte dele. Coloquei minhas mãos em seu peito, na tentativa inútil de me separar dele. 

—   Me solta, por favor, eu estou te implorando!    —   Pedi pela milésima em meio a voz embargada por causa do choro baixo e intenso    —    Será que você não sabe o significado disso?!    —   Gritei. Mas dessa vez com raiva e irritação.

Talvez esbravejar-me naquele momento não seria a coisa mais inteligente a se fazer. Pelo contrário, foi a pior coisa que eu poderia ter feito. Seu rosto foi tomado por uma expressão de irritação, a mesma que a minha, e suas mãos apertaram minhas cintura. Mordi meu lábio inferior na tentativa de reprimir um gemido de dor.

—    Pela milésima vez hoje    —   Ele se aproximou colocando os lábios perto de minha orelha   —   Você será solta quando eu quiser. Enquanto isso não acontece, trate de ser uma menininha boazinha e muito obediente.   —    Sussurrou em meu ouvido me arrepiando por conta do medo    —   Entendeu ou eu vou ter que desenhar?   —   Fiquei calada e em seguida ele mordeu o lóbulo de minha orelha  —   Que bom que entendeu.

Seus pares de olhos castanhos intensos transmitiam um olhar profundo e misterioso contra mim. Suas mãos passeavam por todo o meu corpo enquanto o mesmo me prensava na parede fria daquele beco escuro e escondido ao meio da cidade. 

O arrepio aos pouco ia tomando conta do meu corpo enquanto eu tentava lutar contra seus lábios e contra o desejo emitido por ele entre o beijo. 

Interrompi o beijo virando meu rosto como forma de protesto. Em apenas alguns segundos sua mão segurou meu rosto de uma maneira forte, me forçando a virar o rosto para ele. Engoli em seco ao perceber que suas mãos agora, estavam no cinto de sua calça jeans, o tirando. 

Levantei meu rosto, que até então, mantinha o olhar fixo em todos os movimentos dele. Passei a encarar seu sorriso canalha e com malicia ao mesmo tempo, com certo medo e receio do que ele poderia fazer comigo. 

— Por que está fazendo isso comigo? — Minha voz de choro soou alto e ele me repreendeu com o olhar 

— Por que você se meteu no meio caminho anjo negro? — Ele retrucou a pergunta enquanto fazia questão de distribuir beijos quentes por meu pescoço.

— Por favor, eu estou te implorando. Me solta!     —   Gritei mais uma vez.

— Nem pensar — Ele sorriu de canto passando suas mãos por meus seios   — Agora você será mais um anjo negro traficado.

(...)

Abri meus olhos lentamente e os fechei em seguida, devido a luz branca e forte invadir o comodo em que eu estava. Assim que me acostumei um pouco com a claridade, pude ter completa visão do quarto. 

Então era tudo apenas um sonho, vulgo pesadelo?  Era isso? Apenas imaginação de minha mente? 

Por mais que o quarto tenha-se iluminação por conta do dia, boa parte do comodo era um pouco escura. Me impossibilitando de observar a decoração dos móveis de meu quarto. Levei meu olhar ao teto branco e passei a encara-lo por longos segundos. Com a ajuda de minhas pernas me movi um pouco para trás, conseguindo sentar na cama. Tentei mover meu braço para ajeitar meu cabelo.

Mas sem sucesso.

E então e eu percebi que meu pulso estava preso a uma algema. Tentei puxar meu pulso, em mais uma tentativa fracassada por mim, de me soltar. 

Agora, definitivamente, não era mais o medo que me consumia, e sim o desespero. Meu rosto novamente já estava sendo molhado por cada lagrimas que caia de meus olhos. O único barulho que eu conseguia emitir, era o de choro. 

Ouvi a porta ranger e uma fresta na porta iluminou o resto do quarto. Instantaneamente  parei de tentar me soltar me encolhendo o máximo em que eu conseguia, e passei toda a minha atenção as vozes e a imaginem da pessoa adentrando no quarto.

—   Parece que a princesinha já acordou   —   Era óbvio notar o sarcasmo que ele usou   —   Como está, Angel?   —   Sorriu de uma forma cínica dando passagem para outros dois homens entrarem também no quarto    —   Oh, desculpe. Eu me esqueci que você não pode falar.

—     Não zoe a garota, Malik    —   Styles entrou no quarto com um sorriso divertido   —   É feio fazer isto com uma pobre e indefesa garotinha.    —   Styles puxou uma cadeira a colocando em frente a minha cama e dando uma tragada em seu cigarro.

—     Não estou zoando ninguém, Styles   —    Se sentou ao meu lado e desamarrou o pano que prendia minha boca    —   Apenas esqueço que ela está presa.

—     Diga algo princesa, desejamos ouvir sua voz   —   Styles sorriu de canto enquanto me observava    —   Ande, não temos todo o tempo do mundo 'pra esperar você falar, pirralha!

—     Então essa é a priminha do Tomlinson, que vocês tanto falavam?   —   Outro homem adentrou no quarto e se aproximou da cama com o mesmo sorriso de Styles   —   Tinham total razão. Ela é bela.

—     Bela e agora nossa   —    Malik completou    —   Quer dizer, minha cobaia.

—     Eu não sou sua    —   Cuspi em seu rosto e o mesmo deu um sorriso irônico limpando a própria face   —    Vocês vão ver só quando eu sair daqui! Meu pai vai colocar vocês na cadeia e acabar com vocês!

—     Estamos morrendo de medo de você, pirralha   —   O loiro, vulgo Horan, entrou no quarto e parou ao lado moreno de olhos castanhos   —   Achei que fosse menos burra, garota.

—    Não te garanto isso.   —   E mais uma vez a coragem veio a tona me fazendo usar ousadia   —   Quando eu sair daqui, vocês vão ser pegos! Vão ser presos e apodrecer naquela porcaria de cadeia! 

—    Ousada igual ao Tomlinson   —   Styles balançou a cabeça negativamente dando uma risada curta e sarcástica  —Definitivamente deve estar no sangue da família.

—    Espera, como vocês sabem que Louis é da minha família?   —   Indaguei confusa os olhando   —   Mas é claro! Já sei o que querem de mim   —   Os olhei sarcástica   —   Querem todo o dinheiro que Louis conseguiu pelo sucesso e inteligencia dele, não é?! Querem tudo dele, que vocês não são capazes de conseguir! 

—    CALA A PORRA DA SUA BOCA, PIRRALHA!    —   Malik exaltou-se dando outro tapa forte em meu rosto, o fazendo virar   —    A única coisa que queremos de você, é que você e o seu priminho, morram!