História Traição - Short Fic (Min Yoongi) - Terceira Parte

 Meses Depois...

— Vamos S/n... - chamei pela garota.

— Um momento Yoongi. - gritou de volta.

— Aish, se você demorar mais um pouco eu vou desistir disso!

— Ah, deixa de ser rabugento. - disse descendo as escadas arrastando sua mala.

— Deixa que eu pego... - fui de encontro a ela e peguei sua mala a trazendo para o sofá comigo.

— Se acalme Yoon... - pediu e eu suspirei. — Eu sei que faz tempo que você não os vê por conta daquilo mas, já passou da hora de você voltar para sua família amor. - falou segurando meu rosto com suas mãos fofas. — Eu vou estar com você, e caso se sinta desconfortável com algo é só falar que nós saímos de lá. - assenti.

— É só que... Meu irmão me odeia, a família toda me odeia provavelmente e... Eu não sei se vou aguentar isso S/n. - senti lágrimas escorrendo.

— Não pense assim, por favor. - me deu um selinho. — Nós trabalhamos bastante pra que você tirasse esses pensamentos de sua cabeçinha, não deixe eles voltarem logo agora.

— Você tem razão... Eu vou tentar okay? - dei um beijo casto na menina em minha frente e a abracei. — Vamos.

— Vamos. - segurei a mão de S/n enquanto puxava a minha mala e ela fazia o mesmo com a dela.

Há seis meses atrás eu a conheci, contei sobre minha vida e ela me contou a dela, ficamos amigos mas rapidamente tudo fluiu para algo mais íntimo e começamos a namorar. Ninguém tem ideia do quão bem ela me fez e faz até hoje, e em um momento de conversa ela deu a ideia de irmos à Daegu reencontrar minha família. O baque foi tão grande que eu acabei tendo uma leve discussão com a garota, mas isso tudo por puro medo! Medo da rejeição, das palavras que irei ouvir e tudo mais que pode acontecer, no entanto, eu pensei melhor e concordei com isso, afinal, eu estou morrendo de saudades dos meus pais já que viajei sem me despedir decentemente deles. 

Agora no táxi indo para o aeroporto, pude notar o quão feliz S/n está e sorri por isso, mesmo que o medo esteja cada vez maior tentarei me acalmar pois sei do desejo da garota de visitar a Coreia. Levei sua mão que está entrelaçada a minha até meus lábios e deixei um beijo singelo ali. A mesma me olhou e sorriu doce como sempre faz e eu retribui logo me aproximando mais para beijar-lhe os lábios. 

— Você foi a melhor coisa que me aconteceu! 

— Digo o mesmo de ti Yoonie. - sorri. Amo quando a mais nova me chama assim, é tão simples mas tão significativo para mim. — Nos encontramos no momento certo, em circunstâncias diferentes porém se não fosse por elas não estaríamos aqui agora. 

— Quero que lembre-se do quanto a amo e peço por favor que não aceite nenhum comentário ruim caso direcionado a você, okay? - vi ela assentir e a beijei novamente. — Eu te amo! 

Sim, amo. Porque nesses poucos meses, S/n me mostrou o que é o amor de verdade, em todas as suas falas, ações, e etc. Não é da boca pra fora quando digo as três palavras, são a mais pura verdade. 

(…)

Dormi durante todo o voo e isso me ajudou a ficar mais relaxado, já S/n, ficou vendo algum filme em seu tablet, disse estar muito agitada e por isso não conseguiu dormir. Cada dia que passa eu conheço mais sobre ela e notei o quão inquieta a mesma é, e sinceramente, se nossos filhos a puxarem eu vou surtar.

Ri do meu próprio pensamento e logo fui tirado dos meus devaneios por S/n que me chamava.

— Do que está rindo? - perguntou curiosa e sorrindo mesmo sem saber o motivo.

— É que você não dormiu na viagem e eu estava lembrando o quanto você é inquieta e acabei rindo pois pensei que se nossos filhos puxarem isso de você eu vou morrer kkkkkkkkk. - continuei rindo.

— Hmmm, então pensas em ter filhos comigo senhor Min? - ditou animada.

— Quem não pensaria uh?! - dei meu melhor sorriso e um selinho.

Ao sairmos do avião um motorista estava a nossa espera para levar-nos até a casa dos Min. O trajeto todo foi um completo silêncio, pois eu estava repassando todos os pensamentos positivos na minha cabeça e vez ou outra S/n apertava de leve a minha mão e logo em seguida fazia um carinho.

Levamos quase uma hora para chegarmos na casa dos meus pais, já que por ser quinta-feira, pré feriado, o trânsito está meio caótico. Meu celular apitou com uma mensagem de minha mãe perguntando se éramos nós, assim que o carro parou em frente a casa, respondi que sim e logo saí acompanhado de minha namorada.

Mamãe já abria a porta de entrada e veio sorridente até nós.

— Meu filho, que saudades! - falou e logo a abracei.

A saudade era tanta que mal percebi quando as lágrimas de ambos começaram a rolar.

— Também estava com saudades mamãe! - deixei um beijo em sua testa e ela me apertou mais em seus braços.

— Seu pai ficou tão feliz quando contei que vocês aceitaram ficar aqui. - sorri. — Agora, não me diga que está belíssima moça é a minha nora? - perguntou analisando S/n de cima a baixo.

— É sim! - estendi a mão para a garota que a pegou. — Essa é S/n Sykes, minha namorada. - contei sorrindo.

— É um prazer conhecê-la senhora Min. - se curvou em saudação.

— Digo o mesmo minha querida e fico muito feliz por ter posto juízo na cabeça de Yoongi para vir nos ver.

— Você contou a ela? - perguntou rindo.

— Oh minha filha, eu sou mãe dele, sei muito bem como Yoongi é teimoso feito uma mula, principalmente porque é igualzinho ao pai. Logo, só uma mulher para fazê-lo tomar tal decisão hahahaha.

— Mãe... - protestei.

— O quê? Não menti.

Rimos e logo tratei de pegar as malas levando-as para dentro e sendo acompanhado pelas duas mulheres.

— Aqui não mudou nada... - sibilei.

— Só o fato de que você não vinha mais aqui todo fim de semana, isso mudou... - ouvi minha mãe suspirar.

— Desculpe-me. - falei.

— Tudo bem, pelo menos agora você está aqui. Vai mostrar a S/n seu antigo quarto... - pediu.

— Sim senhora. - bati continência e elas riram. — Vem.

Subimos as escadas para o segundo andar e parei em frente a porta com uma placa de "não perturbe".

— Parece que alguém era meio rebelde na adolescência hm?! - a garota agora ao meu lado me encarava rindo.

— Um pouquinho. - ri e olhei para o lado vendo a porta do quarto que era de meu irmão. Logo aquele medo súbito de vê-lo voltou e senti meu estômago embrulhar.

— Ei, você ficou mais pálido de repente... Calma, o quê houve? - ela perguntou.

— Só lembrei que a qualquer momento verei Joongi. - suspirei e abri enfim a porta de meu quarto. Dei espaço para S/n entrar e fiz o mesmo em seguida.

Ela analisava todo o local sorrindo, como se estivesse tendo uma visão de toda a minha vida ali. Acabei sorrindo com o ato e me aproximei dela quando deixei as malas perto da cama.

— Minha mãe gostou de você. - beijei sua orelha.

— Tem certeza? Não foi só simpatia?

— Kkkkk não amor, ela não é do tipo que finge simpatia!

— Ufa. - pos a mão no coração e eu sorri mais.

— Agora que tal reinaugurar minha cama? - perguntei malicioso.

— Mais tarde quem sabe... - beijou-me.

Após findar o beijo a gente desceu e fomos ajudar minha mãe a preparar a janta. Por volta das cinco da tarde, meu pai chegou do trabalho e fez a mesma festa que minha mãe quando nos viu. Confesso que não imaginei ser assim, mas estou gostando muito de ter de volta todo esse carinho deles, porém sei que ainda não escapei de termos uma conversa bem séria, porque os conhecendo como conheço, em algum momento eles vão me chamar pra falar sobre minha atitude passada.

Me peguei perdido admirando S/n enquanto a menina ajudava mamãe cortando alguns legumes, as duas sorriam e era nítido como estão felizes.

— Fecha a boca que 'tá escorrendo a baba. - ouvi meu pai falar.

— Ãhn? - fiquei confuso.

— Ãhn? Kkkkkk. Você está apaixonado mesmo hein! - falou bagunçando meus cabelos.

— É impossível não se apaixonar! Ela foi, e é muito importante pra mim. - falei a observando novamente.

— Fico muito, muito feliz mesmo por você tê-la encontrado. - sorriu. — Mas olha, eu sei que o clima está muito bom e eu estou adorando ter meu filho aqui de volta, entretanto, mais tarde iremos conversar okay? - assenti.

— Eu já imaginava.

— Ótimo, então depois do jantar... 

— Mãe, Pai. - ouvi a voz de meu irmão se aproximando e gelei por dentro. — Como vocês est-

O olhei e ele fez o mesmo comigo.

— Então o traidor voltou. - falou. — O quê está fazendo aqui? - perguntou porém permaneci calado. — O gato comeu a sua língua irmãozinho?

— Ele veio passar o feriado conosco, algum problema? - mamãe proferiu e eu olhei para ela.

Mais ao lado S/n me encarava nervosa e fez um menear com a cabeça como se pedisse para que eu mantesse a calma.

— De repente ele lembrou que tem família é? Que engraçado, podia ter lembrado disso também antes de foder minha ex mulher uh? - falou olhando para todos na cozinha.

Notei quando seu olhar parou em S/n e a menina engoliu seco me olhando aflita.

— E essa, quem é? Alguma casada que você está comendo? - perguntou de forma grotesca.

— Ela é minha namorada! - respondi cansado de ficar em silêncio.

— Oh, então será que posso fode-la? Nada mais justo não é, irmãozinho?! - se virou para mim.

— Ela não é sem caráter como Yerin. - soltei já irritado pelas palavras de Joongi.

— Hm, e você por acaso sabe o quê é isso? Caráter? Você tem? - debochou. 

— Cheio de perguntas hein, já está chato. - falei debochando. 

Joongi bateu as mãos na bancada ficando cara a cara comigo. 

— Eu só não te dou outro soco por respeito ao nossos pais! - proferiu raivoso. 

— Pois saiba que dessa vez eu revidarei! - falei trincando o maxilar. 

— Ninguém vai socar ninguém! - meu pai falou mais alto. — Por Deus, parecem duas crianças. - revirou os olhos. 

— ELE FOI CRIANÇA QUANDO QUIS FICAR COM ALGO QUE NÃO PERTENCIA A ELE! - gritou. 

— EU JÁ ENTENDI CARALHO, E EU SINTO MUITO POR TER SIDO IDIOTA O SUFICIENTE PARA CAIR NA LÁBIA DELA! MAS EU JÁ APRENDI, E TE PEÇO PERDÃO POR TUDO QUE CAUSEI. 

— PERDÃO NÃO VAI MUDAR O QUE ACONTECEU YOONGI! 

— EU SEI! MAS A ÚNICA COISA QUE POSSO FAZER É TE PEDIR PERDÃO, EU JÁ ME MARTILIZO TODO SANTO DIA POR TER FEITO ESSA ESTUPIDEZ, ENTÃO JOONGI, PERDÃO. - eu já sentia minha vista embassada por conta das lágrimas e meu irmão não estava diferente. 

— Pega esse seu perdão, e vai com ele pro inferno! - disse antes de sair do cômodo. 

Ouvimos a porta ser batida indicando que o rapaz havia ido embora e eu não consegui mais conter o choro. 

— Meu amor... - mamãe começou a falar. 

— Eu vou subir, me desculpem por tudo. - sai dali indo para meu quarto. 

Me sentei na cama e desabei a chorar. Minutos depois a porta foi aberta e eu não precisei olhar para saber que se tratava de S/n. 

A garota sentou ao meu lado e começou a fazer um leve carinho em minhas costas, percorrendo também minha nuca e parando nos meus cabelos. 

— Eu quero ficar sozinho... - sussurrei sem olhá-la. 

— Você não ficou sozinho nesses seis meses, não será agora que ficará. - ditou firme. 

Finalmente tomei coragem de encará-la e a vi sorrir doce. 

— Me desculpa por fazê-la presenciar tudo isso e ainda ouvir aquelas coisas do meu irmão. - suspirei. 

— Para de se desculpar, eu já imaginava que algo assim fosse acontecer, 'tá tudo bem. - neguei. 

— Não está tudo bem S/n, meu irmão me odeia! 

— Com razão. 

— Não preciso de você também jogando na minha cara! - bufei me levantando. 

— Vai brigar com quem mais ficou do seu lado? - a olhei. — Eu sou realista Yoongi, eu não vou simplesmente falar o que você quer ouvir, eu vou falar a verdade doa ela ou não, queira você ou não. 

— Eu não vou brigar com você, eu só... 'Tô cansado disso tudo que causei.

— Dê tempo ao tempo Yoon, uma hora vocês se acertam. - concordei e a puxei para um abraço. Beijei o topo de sua cabeça e fechei os olhos tentando me acalmar. 

(…) 

3 dias depois... 

— Vocês tem certeza de que não querem ficar mais alguns dias aqui? - minha mãe perguntou meio triste. 

— Eu prometi a S/n que iria mostrar a Coreia para ela mãe. 

— Tudo bem, mas vocês poderiam continuar aqui. 

— Não quero ser um incômodo para Joongi quando vier visitá-los. 

— Por favor, não vá embora antes de se despedir de nós okay? Não faça isso novamente. - pediu chorosa. 

— Não farei. - dei um beijo na mais velha e entrei no carro onde S/n já me aguardava. 

— Tchau minha nora linda. 

— Tchau senhora Min. - respondeu S/n. 

O motorista deu partida no carro e eu suspirei. Esses dias aqui foram um misto de nostalgia, alegria e constrangimento, este toda vez que Joongi aparecia e nós acabávamos discutindo, ou na vez em que atendi o telefone residencial e ele me xingou. 

Depois disso conversei com S/n de que era melhor irmos para um hotel e começar o tour dela pela cidade no intuito também de me distrair de tudo. 

Quando chegamos lá, fui logo para o chuveiro tomar um banho relaxante. Enquanto me banhava ouvi a porta do box ser aberta e S/n entrando nua. Suas mãos logo percorreram minhas costas e eu fechei os olhos aproveitando sua massagem. 

— Tão tenso... Nós já saímos de lá amor, se acalme. - ditou baixo. 

— É o acúmulo de todos esses dias, desculpa. - suspirei. 

— Eu posso te relaxar... - falou me virando de frente e eu vi a luxúria em seu olhar. 

— Como? - perguntei cínico. 

A resposta da garota veio quando a mesma se abaixou em minha frente e tocou meu pau levemente desperto. Gemi rouco quando senti a língua dela percorrer a glande e depois toda a base. 

Suas mãos ágeis iniciaram uma masturbação lenta antes de pôr todo meu comprimento em sua boca tocando fundo na garganta de S/n. Respirei fundo e a vi sorrir ao retirar meu membro da boca. 

Foram minutos de provocação, chupadas e lambidas da parte de S/n até que me desmanchei na boca dela que engoliu tudo sorrindo safada.

— Relaxado? - perguntou tranquilamente.

— Muito. - respondi a puxando para beijá-la.

Perto de escurecer, estávamos deitados abraçados depois de horas se amando. S/n estava abraçada a minha cintura e quieta, o que era de se estranhar vindo dela.

— No que tanto pensa uh? - quebrei o silêncio.

— Na gente, sua família... Na sua mãe principalmente... - suspirou.

— Na minha mãe, porquê?

— O olhar dela quando te viu chegar, em todas as vezes que você ficou triste pelas discussões com seu irmão... E hoje, quando viemos embora... Ela sente saudades Yoon.

— Eu sei... - sussurrei

— Você nunca pensou em voltar pra cá? Tipo, morar novamente aqui em Daegu?

— S/n...

— É sério Yoongi. - ela se levantou um pouco para me olhar. — E se a gente se mudar pra cá?