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História The Lady In My Life - Você me deixa louca, Emma Swan!


Escrita por: LeD_Fanfics

Notas do Autor


Olá, leitores! Tudo bem com vocês? 🙂
A partir deste capítulo, vamos pedir licença para contar, paralelamente à história de Emma e Regina, uma outra, que esperamos que também apreciem.

Capítulo 20 - Você me deixa louca, Emma Swan!


Fanfic / Fanfiction The Lady In My Life - Você me deixa louca, Emma Swan!

(Boston, há quarenta e cinco anos...)

A chuva caía torrencialmente molhando todo o pátio da escola. Uma jovem loira de olhos cinzentos aguardava a chegada da sua melhor amiga no alto da torre. Como na maioria dos educandários católicos, havia uma igreja ali.

Impaciente, ela abeirou-se da murada. Então percebeu que a pessoa a quem esperava acabara de subir a escadaria, protegida por uma capa de chuva amarela. Sorriu e ficou observando sua aproximação.

— Connie, pensei que você tivesse desistido do nosso encontro. — A moça abraçou a recém chegada, não se importando em se molhar, depois que ela abaixou o capuz. Os cabelos de Connie também eram loiros, mas ela usava um corte chanel curto, contrastando com os longos da outra.

— Desculpa, Maggie. A Madre me deixou de castigo depois da aula. Ela encontrou um livro proibido  entre as minhas coisas. — Explicou, parecendo chateada.

— Qual livro?

Constance deu de ombros.

— Fanny Hill¹.

Margaret ficou boquiaberta com a informação, chegando mesmo a corar. Aquele livro era conhecido por ter uma conotação erótica muito forte. O tipo de literatura que moças de família como elas jamais deveriam ter contato.

— Você não devia ler essas coisas. —  Disse sem jeito. — Correu o risco de ficar bastante encrencada. Ainda bem que o castigo foi curto. — Concluiu aliviada. 

Porém Connie não estava menos aborrecida. 

— Teria sido, se já tivesse acabado. Eu vou ficar na detenção durante duas semanas, todos os dias, depois da aula. A megera ainda vai chamar meus pais para conversar com eles sobre “o meu comportamento inapropriado”. — Imitou o jeito de falar da madre, enquanto buscava o apoio da murada para sentar-se.

Vendo-a triste, mas sem poder fazer muito, Margaret acomodou-se ao seu lado, acariciando sua mão. Seria impossível ajudá-la, porém queria que a amiga soubesse que se importava.

— Não fique assim, Connie. Isso logo vai… — Ia prosseguir com o argumento, mas Constance puxou a mão, interrompendo seu discurso.

— Você não está entendendo, Maggie! — Encarou-a e sua expressão foi do aborrecimento à raiva. —  A Madre aproveitou para insinuar, sutilmente, que sabe algo sobre nós e que pretende revelar tudo às nossas famílias, se não nos afastarmos. — Levantou-se, passando a fitar o pátio vazio.

A chuva ainda caia. Margaret também se levantou, observando com atenção a amiga de olhar perdido e elas ficaram por algum tempo sem dizer nada. Aquilo não podia estar acontecendo.

Quando voltou a falar, sua primeira reação foi de negação: — Que absurdo! Nós sempre tivemos cuidado. Nossos encontros são sempre nos lugares mais escondidos. Mal nos tocamos na frente dos outros. Ela não pode saber de nada, não pode provar nada… — A voz começou a embargar. No fundo, sabia que a situação não era tão simples assim.

Constance percebeu que a amiga estava prestes a chorar. Margaret sempre fora a mais frágil das duas. Tentando confortá-la, uma de suas mãos deslizou suavemente nas costas dela. Desejava mais que tudo protegê-la, no entanto sabia que a pior parte ainda estava por vir.

— Não seja ingênua, Margaret! A madre sabe de tudo que se passa aqui. Ela é como o Big Brother daquele livro² que li nas férias. Ela vê tudo. — Constatou dedicando-lhe um sorriso triste. — E ela não precisa de provas. Qualquer coisa que disser será tomada como verdade.

Maggie virou-se. Quando Constance a viu de frente, as lágrimas brotando em seus olhos os faziam brilhar. Naquele momento, estavam mais azuis que cinzentos.

— Você está tentando me dizer que vai permitir que a Madre nos chantageie? Você vai se afastar de mim?

Constance não respondeu de imediato, limitou-se a mirar o chão. Faltava-lhe coragem para admitir com palavras que não podia ser diferente.

Margaret segurou seu queixo com firmeza, fazendo-a encará-la novamente.

— Connie, você sabe que é a minha única amiga. As outras garotas me detestam por eu ser meio alemã. Elas me ignoram, me excluem, me chamam de nazista... — Ao final, as lágrimas já rolavam pelo rosto.

Até a chegada de Constance no colégio interno, Margaret tinha se acostumado a fazer as refeições isolada. Passava a maior parte do tempo dentro da biblioteca, lendo livros e se transportando para outros mundos, numa tentativa de diminuir a solidão que sentia.

Connie sempre fora popular em sua antiga escola em Dallas. Seu pai era militar e, por isso, sempre estavam se mudando. Naquele ano, ele fora transferido para sua cidade natal trazendo consigo a mulher e a única filha, que sempre o acompanhavam.

Constance odiava ter que se afastar de todos os amigos que conseguia fazer e, no Texas, tinha deixado os melhores que conquistara até então, pois ficaram por lá mais de três anos. Estava extremamente aborrecida quando chegou ao St. Louis e não falou com ninguém em seu primeiro dia até a hora do intervalo. Mas quando viu uma garota sozinha, lendo em um canto o livro de uma das suas autoras preferidas, aproximou-se. Uma pessoa que lesse Jane Austen com uma expressão tão enlevada como a daquela menina, certamente era alguém com quem valeria a pena conversar.

— Adoro esse livro. —  Disse, puxando o assunto.

Margaret ficou assustada, pois não era comum alguém prestar atenção nela por ali.

— É o meu preferido. — Respondeu timidamente, fechando por um momento o livro que trazia o título em letras vermelhas bem destacadas na capa: Emma.

Foi assim que começou o que depois de um tempo transformou-se em algo que naquela época era tido como abominável e que a crueza do mundo trataria de escrever o fim.

Depois de alguns instantes em silêncio, Connie falou tentando ser forte para não tornar as coisas mais difíceis para a jovem doce à sua frente: — Maggie, meu pai é general do exército, um herói de guerra condecorado...

— E o que isso importa? — Margaret gritou evitando que continuasse. 

Constance segurou sua mão com carinho.

— Estou tentando dizer que mesmo a Madre Superiora não contando nada agora, não podemos continuar... assim. Nós só temos 16 anos. Somos filhas de famílias conservadoras. Estudamos em um colégio interno católico, no qual devemos aprender a ser boas esposas para nossos futuros maridos. Você realmente acha que conseguiremos viver algo diferente disso? — Perguntou, acariciando os cabelos longos e dourados da sua Maggie.

Afastando a mão da amiga, Margaret perguntou: — Como alguém pode ser tão fria? — Murmurou, enraivecida, passando a enxugar o rosto com força na tentativa de esconder as lágrimas que ainda insistiam em cair.

— Maggie, meu anjo, eu não sou fria. O mundo é que não costuma perdoar o que é diferente. Eu amo o seu jeito sonhador e romântico, mas o que sentimos uma pela outra não é entendido nem respeitado. No início, nós mesmas tivemos dificuldade em aceitar o que estava acontecendo. Hoje sabemos que não há mal nenhum nisso, mas as outras pessoas não pensam assim, você sabe. Se fosse diferente, não precisaríamos nos encontrar às escondidas e a Madre não teria meios de nos chantagear. Essa será só a primeira provação. Provavelmente, só nos machucaremos insistindo. É melhor que você entenda agora como a roda da vida gira, do que daqui a um ano, quando nos formarmos e formos obrigadas a ir cada uma para o seu lado. Pelo menos, ainda não temos tantos momentos para recordar e a separação será menos dolorosa. — Connie terminou, controlando-se, agora mais do que nunca, para não desabar. Não queria demonstrar como também estava sendo duro para ela fazer aquilo. Precisava passar a impressão de que estava segura, embora por dentro estivesse tão devastada quanto a amiga.

Foi assim que Constance viu Margaret olhá-la pela primeira vez de uma forma diferente. Era uma mágoa nascente que perduraria por décadas.

Dando-se conta do quanto Connie parecia decidida, Maggie lhe deu às costas e foi embora sem dizer mais nada. Semanas depois, soube, escutando os cochichos de algumas colegas durante a aula, que sua ex-melhor amiga estava namorando um rapaz de 18 anos, filho de um importante congressista e a novidade soterrou qualquer esperança que ainda restava no seu coração partido. Nunca mais se falaram até o final do ano, quando cada uma, de fato, foi para o seu lado. Margaret evitou por orgulho qualquer aproximação da outra.

Mas, contrariando o que Constance afirmara, ela sofreu durante anos por aquele amor adolescente e mal resolvido. As lembranças do romance, mesmo parcas, ainda eram dolorosas. As palavras duras de Connie a afetaram tanto que tiveram o poder de moldar sua personalidade, transformando a jovem romântica numa mulher austera e realista de uma forma amarga, que se casou sem amor, certa que as convenções sempre são mais fortes que os sentimentos das pessoas.

Pov Margaret

Os empregados estão ocupados fazendo a faxina geral da mansão. Envolvida na direção dos trabalhos, me pego observando a fotografia da família colocada no hall de entrada. Sempre gostei dessa foto, mas, até hoje, nunca havia pensado em como deve ser doloroso para Emma ter que dar de cara com ela assim que chega em casa. Antes eu não me importava, só que agora me pergunto quanto mal fiz à minha filha, não conseguindo respeitá-la nem mesmo nas mínimas coisas.

— Sidney! — Chamo meu leal e prestativo mordomo.

— Sim, madame. — Ele aparece rapidamente.

— Quero que esta fotografia seja retirada daqui. — Peço. — O aniversário de David e Emma se aproxima e já está mais do que na hora de renovarmos a foto da família. — Concluo me afastando.

— Posso tirá-la agora? — Ele pergunta, parecendo ansioso em fazer o serviço.

— Imediatamente, por favor.

Coloco os óculos para ler um livro na sala. Mas, antes de abri-lo, a campainha toca. Sei que Sidney ainda está envolvido com o que lhe pedi há pouco, então volto ao hall e, orientando-o a continuar, vou eu mesma até a porta.

Ajeito um pouco os cabelos. Lembro que esta semana mesmo preciso ir ao cabeleireiro retocar o tom grisalho que adotei nos últimos cinco anos. Pensando nisso, abro a porta e imediatamente tenho de novo uma espécie de déjà vu, reconhecendo a mulher loira parada ali. Alguém que há dias resolveu voltar a minha vida feito um fantasma indesejado.

— Olá, Maggie! — Cumprimenta-me, sorrindo e retirando os óculos escuros. Aparentemente, para ela, não se passou quarenta e cinco anos desde a última vez que nos falamos.

Como me encontrou? Meu primeiro impulso é me comportar como se não a tivesse reconhecido.

— Pois não. O que deseja? — Ignoro a forma íntima com que se referiu a mim. Sinto meu pulso mais acelerado. Recordo que tive essa mesma reação ao vê-la no shopping, quando estava fazendo as compras de Natal com Tina.

Ela esboça um meio sorriso e tenho a nítida impressão que não está acreditando no meu teatro.

— Imaginei que não me reconheceria. — A voz soa irônica, confirmando minha suspeita. — Meu nome é Constance Langdon. Mas, você costumava me chamar de Connie quando estudávamos no colégio católico St. Louis. — Morde a ponta da armação dos óculos. Na escola, fazia a mesma coisa com as canetas.

Finjo me recordar.

— Ah sim, lembro. Não era você que namorava o filho do congressista Langdon? Pelo sobrenome, hoje deve ser seu marido. — Uso meu melhor tom indiferente.

Ela suspira.

— Na verdade, hoje sou viúva. — Depois, emenda: — Seria demais pedir que me convidasse a entrar? — Um pouco mais séria.

— Não. — A educação me impede de dar outra resposta.

Mesmo a contragosto, afasto-me e a deixo entrar. Ao passar por mim, espalha seu perfume pelo ar. Com notas amadeiradas, é bem diferente do aroma doce que costumava usar quando mais jovem.

Levo-a até a sala, embora não saiba exatamente o que veio fazer aqui. Fico feliz por nenhum dos meus filhos estar em casa nesse momento, porque, caso estivessem, seria uma situação ainda mais constrangedora.

— Sente-se, por favor. — Ela escolhe um dos sofás e eu o outro. — Pronto, agora que estamos adequadamente acomodadas, gostaria de saber por que se deu ao trabalho de procurar meu endereço. — Vou direto ao ponto, olhando-a com expressão dura.

— Quanta objetividade... Você está bem diferente da garota que conheci. — Não parece se abalar com a minha atitude hostil.

— Se você ainda não percebeu, não sou mais uma adolescente. — Rebato, ficando cada vez mais irritada com essa visita.

Constance sorri. É como se ela esperasse que eu reagisse assim. Mas, então, por que veio?

— Impossível não notar sua mudança, Maggie. — Me trata novamente como se tivéssemos intimidade. — Bem, não foi muito trabalhoso encontrá-la. Outro dia, estava saindo do country club e a vi no estacionamento acompanhada de duas bonitas moças. Uma delas, por sinal, achei parecida com você. Imagino que seja sua filha. — Prossegue, juntando as mãos e olhando fixamente para mim. — Não tive coragem de abordá-la na hora, porém, dias depois, voltei ao clube e sutilmente procurei saber onde morava e foi muito fácil conseguir a informação.

— Que ultraje... Quem teve a audácia de passar informações minhas a uma desconhecida?

— Eu não sou uma desconhecida, querida. Frequentamos o mesmo meio agora que voltei a Boston. E, lamento, mas não vou dizer quem me ajudou. — Responde calmamente, nem um pouco abalada com a minha raiva.

Depois da resposta cínica, a minha impaciência alcança o limite.

— Afinal, o que você quer?

— Eu estive muito tempo fora do país. Meu marido era diplomata e passamos muitos anos na Europa. O último lugar onde moramos foi a Inglaterra. Depois que faleceu, resolvi voltar e procurar os antigos amigos. 

— Acho justo. Porém, se não me engano, deixamos de ser amigas ainda no colégio.— Refuto, bastante ácida.

— É nítido que você ainda não me perdoou pelo que fiz. E eu não lhe julgo por isso, embora tenha feito aquilo por nós. Só que agora eu não estou mais na idade de reprimir meus impulsos, Maggie, por isso vim procurá-la. — Faz uma pausa. — Foi estranho revê-la depois de tantos anos... Senti como se a vida estivesse me dando uma nova oportunidade de resgatar algo muito importante do meu passado e, agora, que somos duas mulheres adultas e independentes, o que nos separou antes não existe mais. Então, pensei que, ao menos, pudéssemos voltar a ser boas amigas. — Conclui, esboçando um suave sorriso.

Fico calada, refletindo, por um momento, sobre o que acabou de dizer. Não a quero de volta na minha vida. Nossa história ficou tão mal resolvida e me trouxe tanta mágoa e tristeza... Ela pensa o quê? Que é só você bater na porta de alguém, depois de quase meio século, e vir com uma conversa mansa para que tudo seja esquecido?

Como não digo nada, Constance continua:

— Eu sei exatamente o que você está pensando e não imagine que foi fácil vir até sua casa ter essa conversa. Mas acredite que eu me sentiria pior se não tivesse feito. Meu pecado no passado foi ter sido omissa e covarde. Não queria cometer o mesmo erro outra vez. — Confessa, levantando-se. — Você tem o tempo que quiser para pensar no que acabei de dizer e se desejar me encontrar novamente é só ligar para este número. — Estende um cartão que tira da bolsa.

Não faço menção de pegá-lo. Ela sorri, deixando-o em cima da mesa de centro. Ergo-me também para acompanhá-la até a saída.

— Foi um prazer revê-la, Maggie. Espero sinceramente que essa não seja a última vez. — Diz, já do lado de fora, colocando de volta os óculos escuros.

— Passar bem, sra. Langdon! — Respondo, fechando a porta, desejando exatamente o contrário do que ela disse.

Ando de volta à sala e pego o cartão para rasgá-lo. Meu olhar relanceia sobre ele e vejo o número. Meus dedos hesitam e não consigo destruí-lo.

— Que inferno! — Blasfemo, já subindo a escada e indo para o meu quarto, amaldiçoando a pessoa que deu informações minhas a Constance Langdon.

...

(Fevereiro — Em Nova Iorque)

Pov Regina

— Oh, amor! — Ofego, curvando o tronco com os dedos enterrados na massa de cabelos dourados de Emma, sentindo a boca dela me levar ao céu, mesmo que meu corpo permaneça deitado sobre o macio colchão da cama. — Vou patentear sua língua. — Exclamo, ainda me contraindo, sentindo ela chupar levemente os pequenos lábios, absorvendo meu gozo.

Depois, levanta o rosto, que estava entre minhas pernas e apoia o queixo no meu ventre, mostrando-me um sorriso aberto, molhado e muito sacana.

Nesta hora, devíamos estar assistindo Desejo Proibido³, mas, após a primeira história do filme, por sinal muito triste, na qual uma senhora perde o amor de sua vida e passa a sofrer as consequências de não ser vista como família pelos parentes de sua falecida parceira, ficamos empolgadas com as cenas de sexo entre Michelle Williams e Chloë Sevigny, na segunda trama e, agora, estou aqui, suada e ofegante por causa da safadeza da minha namorada.

— Seus seios estão maiores. — Comenta, acariciando um dos meus mamilos, com o rosto encostado na minha barriga. 

— Por acaso, você está insinuando que eu engordei? — Contesto, arqueando uma sobrancelha, fazendo um leve cafuné em seus cabelos desalinhados. — Para mim, eles estão iguais. Além do mais, nem você é tão atenciosa ao ponto de perceber quando o corpo da namorada muda um pouquinho. — Pontuo e Emma volta a me encarar com seus olhos brilhantes.

Depois, beija carinhosamente meu ventre e distribui carinhos pela linha do abdômen, provocando-me suspiros. Seus cabelos roçam na minha pele, à medida que ela sobe, chupando-me delicadamente os mamilos ainda túrgidos, até ficar face a face comigo, pressionando o meio das minhas coxas com o seu firme volume. 

— Não insinuei que você está gorda, meu amor! — Acaricia-me o rosto com o torso da mão. — E, se estivesse, não seria um problema para mim. Tenho certeza que continuaria linda. — Morde o lábio, e move os quadris, esfregando a ereção contra minha boceta molhada. Solto um gemido, em meio a um sorriso, excitada com esse jeito atrevido dela. — Mas seus seios estão maiores sim. — Insiste, beijocando-me  a boca. — E eu já conheço o seu corpo como se fosse a palma da minha mão! — Expressa, toda convencida. — Sei, por exemplo, que você sente cócegas aqui… — Começa, deslizando os dedos pela lateral do meu torso, provocando-me arrepios. — Que gosta quando te beijo aqui... — Prossegue, virando meu rosto e acariciando com os lábios minha nuca — E fica extremamente excitada quando respiro, suspiro ou murmuro coisas obscenas junto ao seu ouvido! — Afirma baixinho, antes de contornar minha orelha com a língua e prender o lóbulo entre os lábios, chupando-o devagar, arrancando-me gemidos de prazer quando sussurra “gostosa” ao fim.

— Emma... — Praticamente murmuro o nome dela. — Parece que a outra história do filme já começou! — Comento ao ver Degeneres e Sharon Stone conversando na grande tela de LED da TV, embora não esteja realmente interessada nisso agora.

Ela sorri com a boca encostada no meu pescoço, antes de erguer a cabeça. 

— É? — Seus olhos estão mais escuros e as bochechas levemente ruborizadas.— A gente pode ver depois… — A expressão  mais maliciosa. — Agora, eu prefiro fazer amor com você.

Então, sem esperar por minha resposta, ergue-se e me puxa, colocando-me sobre suas coxas, fazendo a glande roçar no meu clitóris.

— Hmmm — Suspiro, mordendo o lábio. — Que mulher safada… Adoro isso! — Exclamo e a seguro pelo rosto, atraindo-a para um beijo cheio de desejo.

O roçar das línguas em nossas bocas acompanha o vai-e-vem do meu corpo de encontro ao seu. Os seios se tocam, aumentando a excitação, e os gemidos tornam-se mais agudos quando a batida sensual de Thank You toca na TV, preenchendo o quarto.

Ela me agarra pela bunda, puxando-me ainda mais para cima de si e fazendo com que o membro duro deslize pela minha boceta, lubrificando-a mais.

Ainda me retendo nesta posição, com a mão livre, me segura pelo cabelo, inclinando minha cabeça suavemente, enquanto sua boca se fecha sobre um dos meus mamilos, fazendo uma leve pressão, intumescendo-o a um ponto que chega a doer.

Me contorço sobre ela, enlouquecendo com suas carícias. Sinto-a tão dura embaixo de mim, que estou prestes a implorar para que me coma de uma vez.

— Em-Emma — Respiro por entre os lábios. — Me coloca de quatro! — É assim que eu quero ser dela.

Volta a me beijar, ficando de joelhos sobre a cama, fazendo-me enlaça-la pela cintura. Sua língua grossa serpenteia pela minha e absorvo o sabor de sua saliva, matando a sede no gosto do seu beijo.

Quando as bocas se separam, Emma me deita, se afasta e, com as mãos na minha cintura, gira o meu corpo com facilidade sobre a cama, atendendo o pedido que fiz um pouco antes.

Me ergo, apoiada sobre as mãos e joelhos e olho por cima do ombro em sua direção, sentindo os dedos dela acariciarem meu sexo, explorando-o, estimulando-o, ao mesmo tempo que vou para trás e para frente, movimentando o corpo, intensificando as carícias.

Sua outra mão agarra meus quadris e não são mais seus dedos que roçam na minha boceta, agora sinto a ponta do membro pedindo passagem e impulsiono os quadris para trás, reivindicando sua firme ereção. Emma me penetra com uma única arremetida, levando-me a gritar pela dor e pelo êxtase que esse instante de invasão me traz, vibrando ao senti-la toda dentro de mim. 

Tombo a cabeça contra o travesseiro e ela me segura pelos quadris, passando a me estocar de uma forma lenta, mas também bem forte, enquanto lambo os meus lábios, revirando os olhos, molhada de tesão.

— Você me deixa louca! — Digo, começando a ter os meus sentidos entorpecidos pelo desejo.

Uma mão permanece firme no meu quadril e a outra sobe até meus cabelos, enroscando-se nos fios úmidos. Cravo as unhas na maciez do lençol, gemendo de prazer, quando ela puxa meus cabelos, à medida que nossos corpos embalam nesse ritmo quente e vertiginoso.

Me contraio na sua ereção, saboreando a iminência de mais um orgasmo no mesmo dia, e ela aumenta o ritmo, intensificando as estocadas, fazendo a cama balançar abaixo de nós. Os gemidos se misturam e Emma enterra mais fundo, pulsando dentro de mim, enchendo minha boceta com seu gozo quente e líquido, tornando evidente que chegamos juntas ao auge de nossa paixão.


Notas Finais


¹ Fanny Hill: Um dos primeiros romances modernos da literatura erótica. Conta a história de uma jovem que resolve tentar a vida em Londres e se torna uma requisitada cortesã. Ao longo da obra, o autor narra as aventuras sexuais da protagonista com detalhes explícitos. Após o lançamento, em 1748, John Cleeland, o autor, assim como os editores, foram presos, acusados de obscenidade.

² O livro ao qual Constance faz referência quando fala sobre o Grande Irmão (Big Brother), que tudo vê e tudo sabe, comparando-o à Madre Superiora, é 1984, de George Orwell.

³ Desejo proibido (If These Walls Could Talk 2): Filme de 2000, dirigido por Annie Heshe, Jane Anderson e Martha Coolidge.

E, então, o que acharam de Maggie e Connie? Meryl Streep e Jessica Lange combinam? 🤔 Achamos que sim. 🙂 E na parte de Emma e Regina, notaram alguma coisa? Comentem e até o próximo! 😉

* A frase na montagem é da música A Noite (La Notte) de Tiê: https://www.youtube.com/watch?v=1Ngn3fZIK2E
* A outra música citada no capítulo, trilha do filme Desejo Proibido, foi Thank You de Dido: https://www.youtube.com/watch?v=nJWpnd8oGPs


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