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História Transformando O Destino - Alarme falso


Escrita por: SetimaRBD

Notas do Autor


Antes de lerem esse próximo e emocionante capítulo, quero agradecer a vocês que estão acompanhando e comentando a fic! A opinião e os comentários de vocês são muito importantes pra mim e me dá mais vontade e inspiração para continuar escrevendo pra vocês. Fico muito feliz que a história esteja tocando vocês e que vocês estejam gostando dela.
Obrigada mais uma vez e espero que continuem acompanhando essa linda e trágica história, porque eu lhes garanto: ainda tem muita emoção por vir!!!

~SetimaRBD

Capítulo 13 - Alarme falso


Estava quieto lá dentro do quarto e então meus pais apareceram perguntando por que eu estava demorando tanto. Eu disse que Christopher estava acordando, que ele havia se mexido. Minha mãe pegou o bebê do meu colo e eu bati na porta. Uma enfermeira abriu.
-O que está acontecendo com ele? -Eu perguntei animada.
-O doutor ainda está examinando ele, em breve ele a chamará. Aguarde. -E bateu a porta na minha cara.

Isso era um absurdo! Voltei a bater na porta insistentemente e então foi o médico que abriu a porta dessa vez enquanto a enfermeira rabugenta saia de lá de dentro com tubos de sangue nas mãos.
-Doutor, o que ele disse quando acordou? Como ele está? -Perguntei com um sorriso enorme.
-Pelo que parece foi um espasmo nas mãos. Eu coletei sangue para exames e verifiquei tudo nele agora. De alteração só houve um batimento cardíaco acelerado durante um segundo. Sinto muito, mas ele não acordou.
-Mas ele se mexeu. Eu o vi se mexendo. -Eu fiquei desesperada e segurava o médico pelo jaleco.
-Eu sei que viu, não estou duvidando de você. -Ele segurava minhas mãos. -Como eu disse, foi um espasmo. Um reflexo do cérebro dele. Você estava falando com ele quando isso aconteceu?
-Eu tinha colocado nosso filho na cama perto dele, entre o peito e o braço dele. E então eu fiquei conversando com ele e aí ele tocou o pezinho do bebê.
-Pode ter sido uma emoção, pode ser que ele estava te escutando. É muito normal parentes de pacientes em coma alegarem que eles se mexeram depois de contar uma grande notícia. Não tenho como provar, trabalhamos com a ciência, mas nunca deixei de acreditar no divino.

Ao ouvir aquilo comecei a chorar e o soltei devagar. Me apoiei na parede enquanto  meu pai falava com o médico. Pedi Chris de volta pra minha mãe, o peguei no colo, olhei pro meu filho e minhas esperanças se esvaiam. Entrei no quarto e fechei a porta. Estávamos só nós três ali dentro. Uma família. Uma família que estava se deteriorando antes mesmo de começar.

Eu me aproximei dele, olhei bem pro seu rosto e parecia que tinha um leve sorriso em seus lábios. Talvez o doutor estivesse certo. Talvez seus anjos da guarda, àqueles que não permitiram que ele morresse naquele acidente há quase um ano atrás, estivesse agindo nele. Passei a mão por seus lábios e depois o beijei. Sentei na cama com Chris nos braços e não tinha palavras a serem ditas, só havia sentimentos a serem sentidos. Agora eu sabia que todas as vezes que eu conversei com ele, ele tinha me escutado e armazenava tudo dentro de si, em algum lugar ali dentro sabia que eu sempre estive do seu lado. E dessa vez, com a presença do filho, a sua vontade de viver explodiu e transbordou pelas suas mãos e ele pôde tocar o menino. Pôde pelo menos uma vez o sentir.

 

Alexandra entrou no quarto como um tiro. Ela se aproximou, beijou o neto na testa e então foi até o filho. Eu me levantei e deixei que ela falasse com ele. Lágrimas rolavam por seu rosto de mãe e agora eu sabia o que era aquele sentimento. Olhei para o meu filho dormindo sereno em meus braços, sem a menor ideia do que estava acontecendo a sua volta. Sem saber que seu pai estava numa cama de hospital há tanto tempo lutando pra voltar.

Deixei Alexandra com Christopher e saí do quarto. Meus pais e Victor estavam lá fora conversando.
-Eu achei que ele tivesse acordado e voltado pelo filho. Ele tocou o bebê. Tocou! -Mais lágrimas rolaram pelo meu rosto.
-Filha, vamos pra casa. Você fez um parto ontem e ainda não esteve em casa. Vamos. -Meu pai me abraçou e fomos caminhando devagar para fora do hospital.

 

Cheguei em casa exausta. Coloquei Chris em seu berço que ficava perto da minha cama. Ele ainda dormia e logo estaria na hora dele mamar. Pedi para minha mãe olhar ele enquanto tomava banho.

Tirei a roupa e estranhei estar sem aquele grande volume na barriga. Tinha me acostumado com ele dentro de mim. Liguei o chuveiro e deixei no mais quente possível. A água quente me dava a sensação de estar tirando tudo de mim: as lágrimas, a dor, a esperança falsa de hoje, a emoção de ter visto Christopher se mexer e a ilusão de ter pensado que ele tinha acordado.

Voltei pro quarto e o bebê estava chorando. O peguei e o amamentei e ele adormeceu novamente. Disse pra minha mãe ir descansar que eu cuidaria dele.
-Tem certeza? Você acabou de fazer um parto e teve uma emoção muito forte hoje. Eu posso olhar ele.
-Não, mãe. Eu cuido dele. Pode ficar tranquila, e vai descansar. Eu te amo. -Beijei seu rosto.

Ela sorriu pra mim, se despediu do neto e saiu do quarto. Eu me vesti com o meu pijama, me deitei na cama e fiquei observando Chris em seu berço dormindo como um anjinho. Ele seria o meu refúgio agora.

Pensava que há quase um ano atrás eu estava nesse mesmo quarto olhando pela janela esperando e vendo Christopher chegar de carro só para me ver. E agora ele ainda estava naquele hospital por minha causa. E também tinha um bebê pra cuidar, um bebê que até então estava sem um pai para aconchegá-lo de noite.



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