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História Trap Queen - Heavy conscience


Escrita por: MayBrooke

Notas do Autor


Oi, gente! Tudo bem? Cmg sim hahah, mas as aulas já estão voltando :p. Vcs aproveitaram/estão aproveitando as férias?
Enfim, não me matem por esse capítulo ^^.
Boa leitura <3

Capítulo 8 - Heavy conscience


Quando Soluço desceu as escadas, Astrid estava bebendo o seu café e nem sequer o olhou enquanto lia um livro qualquer.

- Você não vai falar nada? – Soluço perguntou, sentando-se à mesa. As empregadas se retiraram da sala ao perceber o tom de voz do patrão.

- Não. – ela respondeu, sem tirar os olhos do livro.

- Astrid, por Thor, pare de agir como uma criança.

- A criança é você. Foi apenas um beijo e não temos nada que falar sobre isso.

- O problema não é beijar você – ele revirou os olhos – é a maneira como você age diante de tudo. Você não se importa com nada. Será que não percebe?

- O importante é que eu sou perfeita diante da mídia, e é o que você precisa, certo? – ela ironizou. – e quando finalmente acho que posso ter paz por um momento, você ainda exige que eu seja boa em casa?

- De qualquer forma, eu sou obrigado a conviver com você. E se ninguém nunca falou isso, é bom que se ponha no seu lugar e ache uma forma de tratar as pessoas, por que eu estou cansado.

- Me pôr no meu lugar? – ela arqueou uma das sobrancelhas. – só por que não sou a esposa perfeita que você esperava acha que estou fora do meu lugar? Então por que não tenta ficar na minha pele por alguns instantes? Deveria parar de tentar ser tão “gentil” e “misericordioso” e me deixar em paz, sozinha, como eu sempre estive, caso não consiga lidar com a frustração de não me ter na palma da mão como você esperava que me pudesse ter.

- Você acha que vão ter sempre pessoas que aturem a sua forma de falar, como se você fosse melhor que todos por ser assim? Por isso você está sozinha, Astrid! É tão difícil assim?

- Você não tem a mínima noção do que é ficar sozinho e muito menos ser uma pessoa só! Sempre teve tudo de bandeja por causa do seu dinheiro e ainda acha que pode me ensinar alguma coisa? – a loira exaltou-se. Por mais que Soluço reconhecesse as palavras duras que disse a ela, não voltou atrás.

- Ah, então você pensa que só por que sofreu pode ser assim? Arrogante, prepotente e ignorante com todos que tentam ao menos ser agradáveis com você? Quer saber, eu sinto desprezo por você. – ele cuspiu as palavras.

- Então eu ainda estou ganhando, por que tenho ódio de você! E não me importo com nada do que você tenta me dizer.

- Claro que se importa. Você quer atenção. É uma descontrolada. – ele disse, e ela levantou-se da cadeira, furiosa.

- Que se foda, Soluço! Eu nunca pedi que você fizesse nada por mim, foi você quem me procurou para que nós fingíssemos ser um casal. Já que está exaltado por lembrar que tudo isso é uma mentira, procure alguma mulher para satisfazer você! Tenho certeza que você nem sentirá a minha falta, já que me despreza. – ela falou com desdém, mas podia sentir um nó se formar na garganta. – ah, aproveite que ainda são nove da noite e, se der sorte, vai achar várias boates abertas. Curta muito a sua noite, Haddock. – ela saiu da cozinha, deixando Soluço perdido em seus próprios pensamentos.

Pensava no quão idiota poderia ter soado. As palavras de Astrid tinham certa razão. Ele não deveria ter falado metade do que falara. Desistiu de ficar em casa, e digitou uma mensagem, que rapidamente foi respondida.

[21:06 p.m.] Soluço: Você quer sair?

[21:06 p.m.] Angélica: Está tudo bem?

[21:07 p.m.] Soluço: Apenas responda a minha pergunta.

[21:07 p.m.] Angélica: Sim, eu quero.

[21:07 p.m.] Soluço: Então me passe o seu endereço. Eu buscarei você e iremos para onde quiser. Esteja pronta em meia-hora ;)

[...]

Angélica e Soluço estavam sentados na mesa do bar quando Soluço já tomava a sua segunda dose de uísque.

- Então, vai me contar o que aconteceu? Ainda hoje você estava fazendo o papel de um homem casado e apaixonado. Agora você está aqui, bebendo uísque puro. – ela sorriu.

- Precisamos mesmo falar de problemas?

- Eu sempre soube que essa mulher era problema. – ela disse, mas Soluço reconhecia que o desejo de Angélica era chamar Astrid de vadia. – mas ela por acaso sabe que você está aqui?

- Deve saber. – ele afirmou com desdém.

- Era melhor que não soubesse. – Angélica falou em tom de malícia. – ah, Soluço, não sabe o quanto é uma pena que você esteja casado.  Um desperdício de tempo, afinal, aquela mulher sequer se importa.

- Por que você está falando assim, Angélica? – ele retribuiu o tom de malícia.

- Você sabe o por que. – ela se aproximou dele. – eu senti a sua falta.

Soluço estava virando mais uma dose enquanto a mulher falava. O álcool começava a rodar o seu corpo. A sua racionalidade estava lhe escapando a mente. O corpo de Angélica estava tão próximo do seu que ele podia sentir o perfume dela, que não se comparava ao perfume de Astrid.

Droga. Nem a bebida conseguia tirar o cheiro dela da mente dele. Onde será que ela estaria àquela hora? Soluço torcia para que ela não estivesse fazendo o mesmo que ele: prestes a beijar outra pessoa.

Angélica o beijou ferozmente, e Soluço a puxou para o seu colo, sem ser capaz de negá-la. A boca dela era macia e tinha gosto de vinho, o que ela estava tomando antes de beijá-lo. Angélica era uma mulher atraente e ele tinha sorte disso, mas ainda era o corpo de Astrid que ele imaginava em seu colo enquanto beijava outra.

A mulher descia as mãos pela camisa social do Haddock, que queira levá-la para a cama naquele instante para tentar esquecer-se da maldita sensação de ter o corpo de Astrid por debaixo do seu. Algumas doses de uísque foram suficientes para fazê-lo beijar Angélica como se ela fosse a solução para o esquecimento que ele desejava.

Apenas não contava que alguém estivesse observando os dois no canto do bar lotado, com a câmera do celular ligada. Soluço não deveria ter se esquecido das câmeras.

[...]

No outro dia, a dor de cabeça de Soluço era imensa. Acordou com a cama vazia por volta das onze horas da manhã. Não se lembrava de como havia ido parar em casa, em seu quarto, mas a ressaca ainda tomava conta do seu corpo.

Uma das empregadas bateu à porta.

- Pode entrar. – ele disse, tentando se sentar na beirada da cama.

- Senhor Haddock? – uma empregada, Chloe, disse.

- Chloe, por Thor, diga-me como vim parar nessa cama?

- Uma mulher o trouxe. Angélica, senhor. Você lembra? – Soluço xingou-se mentalmente.

- Sim, lembro. – ele pôs uma das mãos sob a cabeça.

- Um café pode ajudar, se você quiser. – ela ofereceu timidamente ao perceber a expressão dele.

- Sim, eu quero. Mas antes disso, você viu a minha mulher?

- Ela se levantou cedo. Deve ter ido para o escritório.

- Ah, tudo bem.

-Agora, com licença, vou preparar o seu café. – ela disse, e Soluço assentiu, saindo do quarto.

A sua consciência estava pesada e nem ele mesmo entendia o por que. A própria Astrid havia dito para que ele saísse e que a esquecesse, a deixasse em paz. Foi apenas o que ele fez.

Astrid realmente estava no escritório, recebendo uma ligação.

- Gostaria de falar com a senhora Hofferson?

- Ela mesma. – Astrid respondeu, estranhando.

- O seu pai acaba de sofrer um acidente e está sendo encaminhado para o Hospital Geral da região de Manhattan. Você foi a única que conseguimos contatar. – a voz no outro lado da linha parecia agitada.

Astrid suspirou.

- Chegarei aí o mais rápido o possível. – ela desligou, sentindo-se impotente. Não sabia o que ela era: uma idiota ou a melhor filha do mundo, pelo simples fato de ainda estar disposta a ajudar o próprio pai. Saiu da sala às pressas.

Soluço percebeu que Astrid saía do escritório de maneira agitada.

- Astrid? – ele disse, e ela o encarou, e o seu olhar denunciava que ela ainda não havia esquecido o que ele lhe falara na noite anterior. – o que aconteceu?

- Preciso ir ver o meu pai. – ela respondeu de forma ríspida.

- E para onde você vai?

- Vou pegar o primeiro voo que eu encontrei e vou sair dessa ilha.

- Eu vou com você. – ele afirmou, mesmo que a sua consciência ainda pesasse. Ele estava mesmo se sentindo mal por ter traído uma mulher que o odiava?

-O que? – Astrid cruzou os braços. – você nem sequer sabe o que aconteceu ou para onde eu vou.

- Então me diga o que aconteceu. Para onde você vai não me importa, eu vou com você.

- Tanto faz, Soluço. Eu realmente não vou perder o meu tempo discutindo com você. O meu pai sofreu um acidente e eu sou a única pessoa que resta, está bom para você?                                                                                      

- Achei que você não tivesse uma madrasta.

- Você vai ficar me enchendo a paciência ou vai arrumar a sua mala? – ela perguntou com impaciência. – prepare-se, por que vamos embarcar o mais cedo possível.


Notas Finais


Obrigada por terem lido!
Até o próximo capítulo e preparem os corações haha
Beijos <3


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