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História Treinada Para Matar - I Was Waiting For You


Escrita por: KrystellWright

Capítulo 20 - I Was Waiting For You


Fanfic / Fanfiction Treinada Para Matar - I Was Waiting For You

POV JAZMYN

Meus pulmões doíam á cada passo que eu dava, minhas pernas não paravam e não era por minha própria vontade, era como se elas soubessem oque aconteceria caso parassem de se movimentar.

Eu não tinha ideia de há quanto tempo estava correndo, mas tinha a plena noção de que fazia alguns minutos que eu tinha passado pela casa da Clear, oque me deixava com mais medo.

Parei assim que vi a situação em que me encontrava, a rua havia chegado ao fim e tudo oque eu podia ver á minha frente eram casas luxuosas. Neguei com a cabeça desacreditada na minha falta de sorte e me virei para voltar a correr, mas antes que eu pudesse completar tal ato pude ver o homem parado á minha frente me encarando com um sorriso que arrepiou todos os pelos do meu corpo, mas não de um modo bom.

Seus passo até mim eram lentos, era como um animal caçando sua presa, ele queria marcar território, me causar medo antes de dar continuidade ao oque ele tinha em mente, e estava conseguindo. Conforme ele se aproximava eu me afastava, até o ponto em que não percebi a calçada atrás de mim, a qual tropecei e cai sentada, e ele feliz com a situação com a qual eu me encontrava, agora a mercê dele. Fechei os olhos com força, talvez aquilo passasse rápido, ou talvez... o som de algo que eu ouvi se chocando contra o chão fosse ele.

Abri os olhos lentamente e vi Clear parada no exato lugar em que aquele homem estava em pé á poucos minutos, ela me encarava ofegante com um pedaço de madeira na mão enquanto ele estava desacordado no chão com a cabeça sangrando. Não sei se Deus ouviu minhas preses ou se Clear leu minha mente, tudo oque me importava era o alívio que eu sentia nesse momento. Corri para abraça-la para ter certeza que aquele momento realmente significava que eu estava bem.

POV KRYSTELL                      

Antes eu me perguntava o tempo todo o porquê de tanta proteção da parte do Justin, poxa a garota já tinha dezessete anos e era tratada como uma garota de cinco, mas agora conforme os dias, ou melhor, as horas vão passando eu começo a entender, e tem mais, se Justin algum dia tivesse a brilhante ideia de trancafia-la em uma torre ou algo parecido, eu teria o imenso prazer em ajuda-lo e jogar a chave fora, pelo menos assim eu não tenho que correr toda vez que ela se meter em problemas.

Os braços da Jazmyn estavam em volta do meu pescoço me apertando enquanto suas lágrimas molhavam minha blusa, eu entendia seu alívio, de verdade eu entendia, mas dizer que eu me importava...

- Ok, vem, vamos sair daqui – há afastei um pouco para que pudesse segurar seu braço e puxá-lo, mas antes não sem antes dar uma última olhada naquele homem, ele não estava morto e era exatamente isso oque eu queria, que ele estivesse bem vivinho.

(...)

- Toma – estendi o copo de água com açúcar vendo Jazmyn pegá-lo cm as mãos tremulas.

- Obrigada - ela sussurrou bebendo um gole tentando se acalmar – você apareceu na hora certa, sabe? Eu realmente achei que... – e pôs se a chorar de novo com a cabeça baixa. Respirei fundo, era só oque me faltava.

- É... – tentei pensar em algo para dizer. Oque as pessoas dizem em momentos como esse? – vai ficar tudo bem? – saiu mais como uma pergunta do que como uma afirmação, e Jazmyn pareceu notar isso já que me encarou com seus olhos vermelhos e molhados pelas lágrimas – já passou ok? Você está bem e segura agora, e... – essa é a pior parte – pode contar comigo para oque precisar – pronto, agora que saiu não tem volta.

Ela sorriu sem me mostrar os dentes aparentemente feliz com as minhas palavras, pelo menos agora já não chorava mais, mas ela ía começar a acreditar que eu era sua melhor amiga, e isso não é verdade, e mais cedo ou mais tarde ela vai descobrir.

O celular no seu bolso começou a tocar freneticamente.

- Acho melhor atender – para que assim eu possa sair dessa situação. Ela assente, mas ao olhar o número no visor do celular nega rapidamente.

- É o Ryan, ele deve estar uma fera pela nossa demora – sério?

- Não acredito que ele vá te dar uma bronca quando souber oque aconteceu.

- Mas eu não quero contar – reviro os olhos soltando o ar inexistente nos meus pulmões. Puta merda, que garota complicada. Peguei o celular de suas mãos com a pouca paciência que me restava e atendi com palavras curtas e grossas.

- Já estamos indo, agora vê se para de ligar – desliguei e devolvi o aparelho – vamos, isso não vai “segurar” ele por muito tempo – ela assente e põe o copo sobre a bancada secando as lágrimas com as mãos.

Ela passou na frente e eu fui logo atrás pensando quando ele voltaria.

(...)

- Que demora, se perderam no caminho?

- Ironias essa hora da noite Chris? Jura?

- Quem disse que foi uma ironia? – depois leva um tiro e não sabe da onde veio.

- Ta, tanto faz, já estamos aqui – passo por ele e sento no sofá enquanto Jazmyn sobe as escadas pro seu quarto com a cabeça baixa e sem soltar uma palavra.

- Oque aconteceu com ela? – Chaz encara seus últimos passos – vocês brigaram?

- Oque? Não! Ela só... ah, pergunta pra ela – não consegui inventar uma desculpa e também não to afim, pronto!

- Alguém aqui ta de TPM – ele fala e os garotos riem.

- Quem? Você? – digo e escuto um “ô” vindo dos mesmos.

- Ok, não está mais aqui quem falou – levanta as mãos em forma de rendição com um sorriso divertido nos lábios.

- E não era pra estar mesmo, aliás, não era pra nenhum de vocês estarem aqui, ou acham que eu cai no papo de “perguntar a Clear se ela pode vir te fazer companhia”?

- Ta nos expulsando da nossa própria casa? – Ryan pergunta com os braços cruzados de pé na minha frente.

- Bom se vocês vão ficar em casa então não tem necessidade de eu ficar – ameaço levantar mas Ryan me impede rindo.

- Ok, ok marrentinha, já estamos de saída – reviro os olhos com o apelido que ele me deu – boa sorte com a sua futura esposa Chaz, vai precisar.

- Vai valer a pena meu caro amigo, você já viu o pacote? – ele levanta do sofá e passa o braço ao redor do ombro de Ryan.

- Se pensar por esse lado... – Chris levanta do sofá e me olha com um olhar indecifrável entre divertimento e malicia.

- É sério isso? – perguntei indignada, eles estavam falando como se eu não tivesse ali.

- Certo, desculpa aí – Ryan levanta as mãos em sinal de rendição – agora vamos indo, ainda temos que procurar o assassino, e ah – para seu caminho para a porta quando se lembra de um detalhe – se a Susan aparecer de novo você...

- Pode cortar a garganta dela com o primeiro objeto cortante que encontrar?

- Não era bem isso oque eu ia dizer – ele ri.

- Mas foi isso oque eu ouvi – pisco e ele nega com a cabeça pegando seu casaco e saindo porta a fora com os meninos que também riam das minhas palavras. Se eles soubessem que não foi uma piada oque eu disse não ririam, ou talvez sim já que eles odeiam a Susan tanto quanto eu.

Respiro fundo e me levanto para ir ao quarto de Jazmyn, mas interrompo meus passos automaticamente ao pisar no primeiro degrau da escada quando escuto batidas bruscas na porta e um grito estridente.

Andei até a porta e a abri, mesmo sabendo quem estava do lado de fora, se eu não fizesse isso ela continuaria gritando feito uma louca, afinal estamos falando de nada mais, nada menos que Susan.

Ela, como na primeira vez, passou por mim feito um furacão, só que agora mais irada do que antes.

- Se você fosse minimamente inteligente estaria á metros de distância dessa casa ou já se esqueceu do que eu te disse hoje mais cedo? – cruzei meus braços na altura do peito.

- E qual foi a parte do “eu não tenho medo de você” que você não entendeu? – ela se aproxima de mim como um avanço, mas para no momento que seu rosto chega a centímetros de distância do meu.

- A parte em que eu te expulso dessa casa á ponta pés, aliás... – distribuo o peso do meu corpo para a outra perna e desvio meu olhar por alguns segundos fingindo pensar – já está roxo? – sorrio debochada a deixando mais irritada do que antes.

- E a Jazmyn? Já sabe que a melhor amiga tentou matar o irmão? – seus lábios se curvaram enquanto os meus se desmanchavam em uma linha reta.

- Você não tem ideia do que ta falando.

- Ah não? E por que?

- Porque você ainda esta viva, e se eu realmente tivesse atentando contra a vida do cara com quem eu transo, eu teria matado a garota que torra a minha paciência, então seja minimamente inteligente porque a situação não está a seu favor – me aproximo mais do seu corpo – lembre-se que segundo relatos seus você corre risco de morte.

- Você não me assusta, e tem mais – se afasta de mim alterando a voz – EU MESMA DIREI Á JAZMYN QUE O IRMÃO ESTA DESFALECIDO POR CAUSA DA SUPOSTA MELHOR AMIGA.

- EU JÁ MANDEI VOCÊ CALAR A BOCA – alterei minha voz ao mesmo tom da sua, ela já esta passando dos limites.

- Clear, cadê o meu irmão – Jazmyn aparece no começo da escada com os olhos marejados (ah não, mais choro não).

- Vai Clear, diz á ela que ele está no quarto dele quase morto e que a culpa foi sua – Susan tentou colocar mais lenha na fogueira, e pelo rosto da Jazmyn, posso afirmar com clareza que ela conseguiu.

- Eu já falei pra você calar a boca, você não tem ideia das porcarias que estão saindo dessa sua boca.

- Então por que você não responde a pergunta que ela te fez?

- Porque eu não sou obrigada a saber onde é que o Justin se enfiou, se bem que ele pode ter se cansado do que você tem á oferecer e foi buscar seus mimos em outro lugar – dou de ombros.

- Sínica, você sabe onde ele está, e sabe que eu também sei onde ele está – ela vira seu rosto para o topo da escada – me escuta Jazmyn, eu sei oque estou dizendo, ela tentou matar o seu irmão e ainda está tentando escondendo ele de você e mentindo para os garotos – não sei ao certo como isso afetou Jazmyn, mas as palavras que saíram da boca da Susan a machucaram de uma certa forma, fazendo-a correr para dentro do corredor sumindo do nosso campo de visão, oque de uma certa forma foi bom, porque agora só estamos eu e Susan, completamente á sós.

- Sabe Susan... – comecei a me aproximar dela lentamente enquanto ela virava seu rosto voltando á me encarar – talvez você tenha razão, talvez eu realmente tenha feito isso – deixei que a faca presa na manga da minha blusa escorregasse pelo meu braço até alcançar minha mão – e se eu fosse você eu correria, e sabe por que? – ela olha pra faca em minhas mãos assumindo uma expressão assustada e começando a dar passos para trás conforme eu me aproximava – porque você já se meteu de mais nessa história toda, e talvez eu tenha que te matar pra impedir que informações corram livres, você sabe como é né? Só estou garantindo minha liberdade, se é que você me entende.

- Eu... eu...

- Boo – digo e ela passa por mim correndo porta a fora enquanto eu fico para trás rindo feito uma hiena, pelo menos com essa aí eu não preciso me preocupar mais.

(...)

Levei duas horas pra convencer Jazmyn de que o Justin “estava bem”, ela pediu pra que eu deixasse ela entrar no quarto dele para conferir e eu sabendo que ela diria isso, tranquei a porta antes de ir falar com ela.

Jazmyn estranhou quando não conseguiu abri-la, e eu usei a desculpa de que talvez o Justin ou os meninos á tivessem trancado enquanto ele estava  fora, ela de principio não acreditou muito nisso, oque me levou á mais uma hora de conversa com ela resultando naquelas malditas duas horas.

Agora Jazmyn dormia e eu estava no quarto do Justin, mais uma vez sentada naquela poltrona o observando enquanto ele continuava com seus olhos fechados. Confesso que aquilo começava á me agoniar, essa espera, essa estimativa, não são coisas que eu aprecio.

Suspirei pesado jogando minha cabeça contra o estofado macio do sofá, deixei que meus olhos se distraíssem com a lâmpada acesa, até o momento em que ela se apaga. Franzi a testa pensando na possibilidade de ter acabado a luz ou de ocorrido um blecaute, mas ao olhar pela janela e ver todas as luzes da vizinhança acesas (apesar da hora) descogitei essa hipótese.

Sai para fora do quarto e andei pelo extenso corredor até chegar as escadas e desce-las completamente. O computador no escritório do Justin dava acesso às inúmeras câmeras do sistema de segurança, e era disso que eu precisava, ter acesso aos arredores da casa.

Coloquei minha mão sobre a maçaneta agradecendo mentalmente o fato de a porta está destrancada. O computador do Justin estava ligado, oque me daria um trabalho á menos. Sentei na enorme poltrona cruzando minhas pernas e observando atentamente as imagens que cada câmera transmitia para mim. Pousei meu cotovelo no braço da cadeira assim que identifiquei o invasor, na verdade eu estava esperando por ele, só não pensei que ele fosse burro o suficiente pra ser tão descuidado.

POV NARRADOR

 O tal homem finalmente conseguiu abrir a porta, ele acreditava que todas as manhas que havia aprendido durante anos estavam lhe servindo para passar despercebido, oque ele não esperava era que bem perto dele tinha uma pessoa camuflada em meio á escuridão, se divertindo com sua autoconfiança e esperando o momento certo para ataca-lo.

Ele começou á analisar cada centímetro da sala para assegurar que estava sozinho. Começo a dar passos para traz na tentativa de ter uma visão mais ampla do cômodo, oque ele não viu foi a pessoa de um metro e sessenta e cinco parado atrás dele, a pessoa na qual ele trombou que o fez se dar conta do erro que cometeu ao achar que estava sozinha.

E então ele sentiu aquela respiração quente bater contra seu pescoço seguida por palavras:

- Eu estava esperando por você...


Notas Finais


Considerando os atrasos de postagem que eu ando cometendo, esse até que foi perdoável né? (por favor, digam que sim)
Mais um capítulo para vocês, espero que gostem :)
Susan anda muito folgada, não anda não? E eu acho que vocês perceberam que o interesse da Krystell em ajudar a Jazmyn foi um pouco mais do que "uma simples ajudinha" kkkk
Até sábado meus amores S2


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