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História Treinada Para Matar - Letters On The Table


Escrita por: KrystellWright

Notas do Autor


Acredito que esse seja um dos capítulos mais esperados, acertei? kkkk

Capítulo 33 - Letters On The Table


POV KRYSTELL

Quando Alexander passou de professor divertido e sensual para ousado e direto? Esse não era ele, e o pior é que eu não faço ideia do que está acontecendo nessa sala. Poxa, era pra eu estar tentando convencer ele á transar comigo, e não vice-versa.

A menos que...

Desviei de seus lábios apenas para sussurrar ao pé de seu ouvido:

- A Brittany é boa de cama?

Ele se afastou com o cenho franzido, encarando o sorriso irônico que eu tinha nos lábios. Suas mãos estavam prestes á soltar minha cintura, e antes que ele pudesse se afastar de vez eu lhe acertei um soco fazendo com que ele caísse desacordado.

Respirei fundo ajeitando o cabelo e desci da mesa me abaixando ao lado de seu corpo desacordado. Aparentemente eu quebrei o nariz dele, e isso de uma certa forma foi bom, caso contrário não haveria outra forma de eu fazer com que aquela substância branca saísse no lugar do sangue.

Alexander estava drogado. E eu já ouvi falar nesse negócio. É injetado pelo pescoço e a pessoa obedece a todos os seus comandos durante doze horas. Mas eu pensei que essa porcaria estivesse em teste.

Peguei seu celular que estava no bolso, e não sei se por burrice, confiança ou falta de descuido, ele nem se dava ao trabalho de colocar senha. Meus dedos deslizaram pela tela procurando as mensagens. O cara ta tão drogado que não lembraria de apaga-las nem se Brittany pedisse.

“Lembre-se que estamos conectados, preciso que me faça esse pequeno favor e espero que seja discreto. E não me desponte, você não quer me ver decepcionada, ou quer?”

Se ele soubesse minha satisfação toda vez que eu a vejo decepcionada com certeza iria gostar de compartilhar esse sentimento comigo. Olhei a hora da mensagem, 00:31. Se eu estiver certa e essa substância realmente estiver em teste, isso significa que ela precisava mandar essa mensagem imediatamente, caso contrário poderia correr o risco de perder a “cobaia”.

“Não sei quanto á ele, mas adoro vê-la decepcionada”.

Cliquei em enviar. Eu podia simplesmente ignorar a situação, mas aí não teria graça. Confesso que foi uma jogada de mestre usar o professor bonitão, pena que ela não sabia que Alexander é o professor divertido e brincalhão, bem diferente de Gregg.

Suspirei e me levantei. A boa notícia é que o efeito vai passar em cerca de dez minutos. A má notícia (pelo menos pra Brittany), é que agora eu sei quem é seu pau mandado, e não é o Alexander.

(...)

- Por que ta aqui? – perguntei assim que passei pela porta e avistei Justin sentado no sofá da minha sala.

Ele deu de ombros e se levantou vindo até mim.

- Só garantindo que você está bem – parou na minha frente.

Eu tinha minhas dúvidas se era realmente isso que ele queria. Me custava acreditar que Justin pudesse se preocupar com alguém além de si mesmo. Talvez ele só quisesse saber sobre a pessoa que estava na escola ontem á noite, mas mesmo que eu adorasse descobrir oque Justin faria com um bisbilhoteiro, eu não fazia ideia de quem era e duvido muito que fosse a Brittany.

O encarei por um tempo com a sobrancelha erguida e os braços cruzados. Justin riu divertido quando percebeu que eu estava desconfiada. Neguei com a cabeça e suspirei frustrada andando até o sofá. Sentei-me no mesmo e joguei a mochila do lado dos meus pés.

Eu não estava bem, nunca estive pra falar a verdade, mas não diria á ele de jeito nenhum. Justin não é o cara com que você pode desabafar e esperar um conselho (á menos que você seja a Jazmyn), e eu nunca precisei que me entendessem, sempre tive meu modo de lidar com as coisas, e por mais que matar não seja o melhor deles, é o único com o qual eu me identifico.

Justin passou por mim e se sentando ao meu lado. Seus cotovelos estavam apoiados em suas pernas e ele claramente não sabia oque me dizer.

- Por que não pergunta de fato oque você quer saber? – seu rosto virou-se pra me encarar – talvez você esteja de fato preocupado – oque eu acho difícil – mas eu sei que você quer me perguntar alguma coisa, então só faça – o olhei esperando pelo oque ele me diria. Justin não esboçava reação nenhuma, não até eu parar de falar. Ele assentiu lentamente com a cabeça e olhou para um ponto fixo á sua frente.

- Aquele homem que te empurrou do penhasco... – ri minimamente desacreditada em como Deus era filho da puta comigo. Era difícil de entender como uma pessoa mesmo depois de morta consegue me dar problemas. Juro que minha vontade era de rir na sua cara e gritar bem alto “fui eu! Fui eu quem o matou”, mas considerando as circunstancias, o melhor foi apenas escutar oque ele ía me dizer – estão todos mortos – ele pulou uma parte do que realmente queria me dizer – eu definitivamente não sei como, e não sei explicar como você chegou aqui coberta por tanto sangue, mas alguém matou todos aqueles homens sozinho ou sozinha, eu não sei, e...

- Não acredita que eu os tenha matado, acredita? – Justin me encarou apreensivo e eu fiz minha melhor cara de “garota indefesa e assustada”.

- Eu só sei que alguém os matou, e... – ele respirou fundo e passou as mãos nos cabelos. Ele estava confuso sobre se acreditava nessa hipótese, pra ele eu não era boa o bastante pra cometer tal atrocidade, e se fosse, teria feito isso num momento de perda mental – eu acredito que talvez você tenha estado lá.

- Se eu estive eu não me lembro, e também não sei se é uma cena que eu queira me lembrar – disse séria, fingindo realmente estar ofendida – se tudo oque você disse é tão ruim do que parece, então por que eu iria querer me lembrar da cena de um massacre?

Ele estava começando á acreditar (não que ele não estivesse acreditando antes), agora tudo oque eu dizia parecia fazer sentido, afinal eu havia batido a cabeça numa pedra e isso era um grande motivo pra eu ter esquecido grande parte da minha noite.

- Sentiu medo? – me perguntou num sussurro.

Ri minimamente, as pessoas dizem que medo fazem de você mais humano do que o amor. Eu queria sentir medo, mas não conseguia já á algum tempo, e sabe por quê? Porque todos os medos e fobias que as pessoas sentem á levem de alguma forme ao medo da morte, e é disso de fato que elas têm medo, de morrer. Eu já deixei de me preocupar com a minha vida á algum tempo, mas ainda assim sou assassina, e isso significa que eu não vou entrega-la de bandeja.

- As pessoas sentem medo antes de chegarem ao momento da morte- respondi no mesmo tom que o seu – quando você estar perto de ir as coisas são bem diferentes, e aquele filme de que tanto falam – dei de ombros – pura lorota, você deveria saber disso – o olhei incrédula e ele riu.

- Eu sei como é a sensação de estar á beira da morte, eu só queria saber sobre o medo, essa sensação eu não tenho – falou divertido e eu ri. Por mais absurdo que aquelas últimas palavras tenham sido, não é muito difícil de acreditar nelas.

- Você é ridículo sabia?

- Eu? Ridículo? Ta aí, isso é uma coisa que nunca me disseram antes – ele fingiu pensar e dirigiu sua atenção á mim com um semblante divertido – e eu adoraria saber oque, segundo suas palavras, fazem de mim ridículo.

- É sério isso? – o olhei desacreditada – ah, vamos lá Bieber, eu sei que você tem espelho em casa – ele continuou com a mesma expressão, só que agora ela me dizia “vamos, continue, estou esperando sua resposta” – ok, então – assenti com a cabeça – que tal o fato de Justin Bieber acreditar que sempre estar por cima e sempre estará? Ou o fato de você achar que é melhor que todo mundo, ou então... já sei! – fingi lembrar de uma coisa importante – você acreditar que é fodidamente gostoso – essa última frase o fez rir.

- Eu sou tudo isso! E principalmente a última coisa que você disse – ele se aproximou de mim ficando com seu rosto a centímetros de distância do meu – e isso não sou eu quem digo.

- Claro, porque você tem milhares de mulheres pra dizer essas coisas á você.

- Exato! – ele ainda era ridículo.

- Eu nunca disse isso – curvei meus lábios em um sorriso como se dissesse touché”.

Ele curvou a cabeça olhando pra cima demonstrando estar pensando em algo. Assentiu enquanto se afastava como se estivesse me dando razão. No caso só pareceu mesmo, porque quando eu de fato acreditei que tinha ganhado essa discussão, ele me puxou pra sentar em seu colo de uma maneira inesperada.

- Então acho que está na hora de dizer – sussurrou por conta da proximidade que existia entre nós.

- Eu diria que isso vai ser mais como um pé na bunda – ele franziu o cenho confuso e eu me aproximei de seu ouvido – você nunca vai me ouvir dizer isso – sussurrei sentindo o calor do seu hálito batendo contra meu pescoço.

Justin me jogou contra o sofá ficando por cima de mim. Eu sorri e ele se inclinou atacando meus lábios. Segurei sua nuca o puxando pra mim e aprofundando o beijo.

- Não importa oque aconteça aqui, eu nunca vou admitir – brinquei sabendo que ele não deixaria barato, mas eu não admitiria mesmo.

- Veremos Clear – ele sorriu convencido, alguma coisa ele estava tramando.

Puxei sua nuca atacando seus lábios enquanto descia minha mão da sua nuca até suas costas sentindo o tecido fino da sua camisa, franzi o cenho interrompendo o beijo e vendo Justin me encarar ofegante.

- Tem algo me incomodando.

- Oque? – perguntou confuso.

- Sua camisa – ele sorriu malicioso e se sentou ainda em cima de mim removendo sua camisa e deixando á mostra seu abdômen definido e cheio de tatuagens.

Justin não deve ter achado nossa situação muito justa já que arrancou minha blusa, mas não parou por aí, ele só parou de fato quando meus jeans estavam longe do meu corpo. E agora eu me encontrava extremamente excitada em apenas peças intimas embaixo de seu corpo malhado.

- Veremos quanto tempo você aguenta – sussurrou contra meus lábios se referindo ao fato de eu ter afirmado que não assumiria o fato dele ser fodidamente gostoso. Fiz uma expressão confusa, Justin era muito imprevisível, e não sei ao certo se estou ansiosa pra saber oque se passa em sua cabecinha perversa. Ele notou minha expressão e me deu um último selinho – prometo que você vai gostar.

Sem dizer mais nada, Justin começou á descer seus beijos começando por meus lábios, passando pelo meu queixo, pescoço, o val entre meus seios, minha barriga...

Arfei quando seus lábios deram um leve beijo em minha intimidade por cima da calcinha.

Ele desceu por completo minha calcinha e abriu um pouco mais minhas pernas começando seu trabalho. Justin começou com leves beijos, mas logo introduziu sua língua no que estava fazendo. Ele chupava, lambia, e vez ou outra, sentia seus dentes darem leves mordidinhas em meu clitóris. Agarrei o estofado do sofá o apertando com força.

Neste momento meus gemidos estavam descontrolados, mas eu estava pouco me fodendo pra possibilidade de algum individuo que estava passando na rua pudesse ouvir, eu só estava concentrada no prazer que estava sentindo.

Justin continuava me chupando, mas agora ele havia introduzido dois dedos intensificando ainda mais o prazer. Ele me estimulava com os dedos, enquanto lambia minha vagina.

Não demorou muito pra que eu sentisse aquela sensação tão familiar, Aquele arrepio na virilha seguida pela sensação de alívio que me preencheu por completo. Justin lambeu toda minha excitação, e logo em seguida levantou sua cabeça até ficar na altura da minha me beijando com fervor me fazendo sentir meu próprio gosto.

Enquanto ele me beijava, eu descia minhas mãos por seu abdômen até chegar no cós da sua calça. A desabotoei e comecei á empurrá-la com os pés. Justin percebeu meu desespero e riu pelo nariz parando de me beijar.

- Achei que eu não era “tudo isso” – confesso que meus lábios diziam uma coisa e minhas ações demonstravam outra, mas eu precisava senti-lo dentro de mim.

- Cala a boca e tira essa porcaria – respondi ofegante e ele riu mais uma vez divertido.

Justin se livrou da sua calça junto á cueca e agarrou minha cintura me fazendo sentar em seu colo. Suas mãos foram até a aba de meu sutiã se livrando dele. Segurei na lateral de seu pescoço e comecei a depositar beijos no mesmo. Com a outra mão eu arranhava de leve seu abdômen.

Justin logo perdeu a paciência e voltou á segurar minha cintura com força, só que agora me posicionando em cima de seu membro, o qual eu sentei de uma vez só nos fazendo gemer em uníssono.

- Justin... – gemi em seu ouvido.

- Pode começar baby – suas mãos me agarraram me estimulando á me mover.

Justin me ajudava com os movimentos jogando seu quadril contra minha intimidade com força. Quando me dei conta, estava cavalgando em cima de seu membro. Os movimentos que haviam começado lentos se tornaram rápidos e ágeis. Minhas unhas grandes percorriam o abdômen de Justin deixando alguns vergões.

Seus lábios foram até meu pescoço depositando uma mordida que eu sabia que deixaria marcas.

Depois de mais alguma investidas senti meu corpo estremecer. Um choque elétrico percorreu por toda a minha pele e então eu tive meu segundo orgasmo. Justin também chegou ao seu ápice quase que ao mesmo tempo.

Nossas respirações estavam descompensadas e nossos corpos suados.

- Eu não admiti e não vou admitir – disse contra seus lábios.

- É só questão de tempo senhorita Karter – sorriu malicioso.

Era a primeira vez que Justin me chamava pelo meu falso sobrenome, e confesso que adorei isso.

POV JUSTIN

LIGAÇÃO ON

- É sério cara, o corpo dele não está aqui, e é o único. Se alguém sabe oque aconteceu aqui, esse alguém é ele.

Passei as mãos pelos cabelos nervoso. Quando acho que finalmente vou poder parar e respirar, ou quando acho que não pode ficar pior. Sei que a ideia dele ter sido massacrado (literalmente) é visivelmente ruim. Mas sinceramente prefiro esse homem morto do que vivo.

- Não sei se saber que ele pode estar vivo é uma boa noticia.

- Por que ele empurrou a Clear do penhasco?

- Porque a próxima pessoa de quem ele vai atrás é a Jazmyn – Chris respirou fundo do outro lado da linha como se estivesse desacreditado de minhas palavras.

- E oque sugere que façamos?

- Nada, por enquanto – bufei frustrado – eu estou indo pra aí.

LIGAÇÃO OFF

Encerrei a ligação suspirando frustrado. Ele podia estar vivo, e se estivesse, eu sabia exatamente onde ele está agora, e por mais que eu queira sua cabeça e a do seu chefe numa bandeja de prata, agora não era a hora certa pra isso.

Me sentei na beirada da cama e me virei para trás encarando o corpo coberto apenas pelo tecido fino do lençol. Clear estava dormindo, sua respiração tranquila denunciava isso.

FLASHBACK ON

- Oque você tanto olha? – Clear perguntou. Depois da transa que tivemos subimos pro quarto. Estávamos agora deitados em sua cama.

- É inacreditável – respondi meio desacreditado – como você consegue se assemelhar tanto á um anjo quando esta calada ou dormindo, mas vira totalmente o oposto quando abre a boca? – ela primeiramente entrou em transe no momento em que eu soltei a palavra anjo, mas logo depois soltou uma risada.

- Talvez eu esteja entre esses dois termos – deu de ombros.

- Entre a freira, e a prostituta?

Ela pareceu pensar um pouco, ela parecia saber a resposta, só não sabia como se expressar. Clear respirou fundo e começou a falar.

- Imagina um anjo – disse em voz baixa, calmamente – agora imagina que esse anjo tem asas negras – desviou o olhar por alguns segundos e mordeu de leve os lábios – eu não sei ao certo como te explicar o porquê, mas eu sou esse anjo – deu de ombros mais uma vez. Ela pareceu pensar em algo e isso á fez soltar um mínimo sorriso como se dissesse “eu estou bem”.

Eu não sei ao certo o porquê, mas uma de minhas mãos acabou pousando “involuntariamente” em seu rosto. Ela continuou me encarando sem dizer nada, apenas apreciando o meu toque. Um tempo depois ela estava dormindo serena, em outras palavras, ela havia voltado á ser o anjo.

FLASHABCK OFF

Eu nunca conseguia entender oque se passava na cabeça dela, na maioria das vezes isso me deixava maluco. Saber que você foi treinado á vida toda pra entender como funciona a mente humana, e um dia chegar uma garota, a qual você não consegue entender uma única palavra sequer.

Talvez a mente dela só seja uma bagunça...

Virei-me de volta para frente encarando o chão aos meus pés. Eu sabia como ataca-lo, sabia como enfrenta-lo, sabia as armas que deveria usar, só não sabia se era a hora certa, principalmente em relação á Jazmyn.

Respirei fundo. Meu pai estava “apontando a arma” pra mim, e eu precisava decidir se quem iria apertar o gatilho seria ele, ou eu.

POV KRYSTELL

Bati com força na mesa. Eu estava á mais de seis horas sentada em frente o computador á procura de algo que me levasse até o pai de Justin, mas adivinha? Não encontrei nada. NADA!

Tudo sobre ele havia sumido, era como se ele não existisse, e era isso que me deixava mais intrigada. Como uma pessoa some de uma hora pra outra?

Respirei fundo tentando manter a calma. Isso não é um daqueles momentos em que eu mato todos ao meu redor em um ato de fúria. Eu precisava pensar, usar a cabeça, deve ter alguma coisa sobre ele em algum lugar, mesmo que o cara esteja morto, deve haver alguma prova de que ele realmente existiu.

Girei na cadeira parando de frente para a cama. Eu estava tão concentrada no que fazia desde a hora em que acordei que nem senti a falta de Justin. Aliás, onde é que ele foi?

Passei uns cinco minutos nessa posição pensando em onde Justin estava. Até que acabei levantando da cadeira já impaciente. Eu conseguiria essas informações na marra, oque significa que eu iria invadir o quarto de Justin até conseguir algo que me leve ao pai dele.

Sai do quarto passando pela porta feito um furacão. Desci as escadas tomando cuidado pra não tropeçar em meus próprios pés. A chave do carro estava em cima da mesa de centro, eu as peguei e andei até a porta a abrindo:

- Justin? – dei de cara com Justin com a mão levantada prestes á bater na porta.

Droga! Se tivesse chegado cinco minutos depois...

Ele sorriu assim que me viu e eu particularmente estranhei muito aquilo.

- Eu cheguei na hora certa, ou você quem abriu na hora errada? – perguntou divertido apontando pra porta.

- Eu espero que seja a primeira opção – disse e ele riu – onde você estava?

- Nenhum lugar específico – deu de ombros – por quê? Sentiu minha falta?

- Nem pensar – respondi com uma sobrancelha erguida e isso o fez rir.

Em um ato inesperado Justin entrou, fechou a porta e me prensou contra a mesma.

- É impressão minha, ou você adora me pegar desprevenida?

- Um pouco – fingiu pensar – é divertido ver você não conseguir se afastar.

- Então quer dizer que eu sou dependente de você? – perguntei com uma sobrancelha arqueada.

- Talvez – fingiu pensar mais uma vez e me beijou.

Suas mãos estavam em minha cintura me apertando com força. Não existia nenhum espaço mínimo entre nós dois. Sua língua percorria cada canto da minha boca. Fomos interrompidos pelo toque do meu celular no andar de cima (como eu fui esquecer justamente o celular?).

- Justin – chamei como em um sussurro interrompendo nosso beijo. Justin desceu seus lábios para meu pescoço e murmurou um “uhm” – meu celular.

- Deixa tocar – respondeu enquanto continuava seu trabalho no meu pescoço.

- Não posso – criei forças e o empurrei de leve – espera aqui – lhe dei um selinho rápido e corri para as escadas subindo os degraus de dois em dois. Mesmo que eu não quisesse atender o telefone eu precisava, afinal podia ser Erick e eu não o queria vindo aqui. Já basta ele ser meu pai.

POV JUSTIN

Assim que Clear sumiu de meu campo de visão, alguém bateu na porta.

Abri-a dando de cara com um dos professores da Jazmyn, o de matemática que eu nunca me dou ao trabalho de decorar o nome.

- Justin – sorriu de lado. Aparentemente era só eu quem tinha problema em lembrar nomes.

- Procura algo? – perguntei com a sobrancelha erguida.

- Digamos que eu tenho alguns negócios á tratar coma Clear – ele nem se deu o trabalho de esconder a malícia na sua voz – você não é namorado dela, ou é?

- Por que? – perguntei sério.

- Se tem uma coisa que eu aprendi é que Clear não pertence á um homem só – cravei a mandíbula e apertei minhas mãos em punhos já me preparando para oque ele tinha á me dizer – quando eu acreditei que nossas transas em cima da mesa da sala de aula se intensificariam... não que nossas transas não fossem intensas o bastante, mas eu estava me referindo á algo “interno” – seu sorriso malicioso aumento, e aminha raiva também – aparentemente ela também gosta das transas com Alexander, seu professor de biologia.

Eu me lembro desse tal Alexander, estava conversando com ela no corredor da escola.

- E porque exatamente está me contando essas coisas? – era como se ele só estivesse ali pra me provocar. E se era isso mesmo, estava conseguindo.

- Sorte ou azar de ter te encontrado aqui – dá de ombros – a escolha é sua.

POV KRYSTELL

Segurei o aparelho celular em minha mão encarando o visor do mesmo. A ligação vinha de um número privado que parou de me ligar no mento em que eu toquei no telefone.

Franzi o cenho analisando a chamada (isso começava á ficar bem estranho). Meu dedo deslizou pela tela desbloqueando o aparelho. Estava prestes a digitar a senha, mas ouvi a voz de Gregg no andar de baixo, no início achei que fosse ilusão, mas continuei escutando sua voz rouca falar com alguém, mais especificamente, Justin.

Larguei o celular em cima da cama e sai do quarto. Andei pelo corredor e comecei á descer as escadas me deparando com Gregg parado na porta, com um dos seus típicos sorrisos “cara-de-pau” e Justin á sua frente, aparentemente muito nervoso.

- Oque você ta fazendo aqui? – parei ao lado de Justin com os braços cruzados.

- Eu? Vim falar com você, mas mudei de ideia – me direcionou um de seus sorrisos cafajestes e se virou pra ir embora – espero te ver amanhã na minha sala – e após dizer isso vai embora.

Algo me diz que sua presença tem a ver com a ligação anônima que eu recebi.

Justin estava parado ainda na mesma posição. Suas mãos fechadas em punhos, e seu olhar sério e ao mesmo tempo matador.

- Oque acontec...

Justin não me deu tempo de terminar a frase, ele me jogou violentamente contra a parede e parou á minha frente com um dos seus braços apoiados ao lado da minha cabeça.

- Você fala da Susan e das garotas com quem eu transo, mas e pior do que elas – o olhei confuso – transar com seus professores dentro da escola Clear? Jura? – sua voz estava amarga – você é uma vadia – o empurrei com brutalidade.

- Não me chama de vadia – disse firme.

- E como você quer que eu chame uma garota que abre as pernas para os professores em cima da mesa da escola – ele disse “professores”? Oque Gregg disse exatamente pra ele?

- Cala a sua boca, se eu fiz isso, algum motivo eu tive.

- Teve – ele riu amargamente – só não se deu ao trabalho de trazê-los pra sua casa, preferiu fazer isso numa escola, e foda-se se alguém pudesse ver, tudo oque você queria era abrir as suas pernas e gemer feito uma cadela – gritou a última palavra – claramente uma vadia.

- EU JÁ DISSE PRA NÃO ME CHAMAR DE VADIA! – gritei por conta da raiva e Justin me acertou um tapa. Meu rosto foi bruscamente virado para o lado por conta do impacto da sua mão contra minha pela.

Ele segurou forte meu rosto me obrigando á olha-lo:

- Você talvez seja até pior do que uma – me soltou com brutalidade e saiu pela porta á batendo com força.

Juro que nunca senti tanta raiva como naquele momento. Eu podia contar nos dedos as pessoas que me bateram e saíram vivas, e sabe por que? Porque nenhuma delas estava viva. Eu podia sentir perfeitamente a queimação do lado esquerdo da minha face.

Eu tinha poupado a vida de Justin até aqui. Eu tinha desistido de mata-lo, mas ele também me machucou, fez como todos os outros, (peguei a arma que estava escondida de baixo da mesinha de centro) e vai acabar exatamente como aquelas pessoas.

(...)

Sua risada rouca ecoou pelo ambiente.

- Não vai querer brincar de assassina comigo agora, vai Clear? – ele se virou para me encarar. Eu estava com a arma apontada em sua direção. Estávamos agora frente á frente, no meio da sua cozinha totalmente escura pela falta deluz.

- Brincar Justin? Tem certeza? – foi minha vez de rir – não acho que estava brincando quando matei todos aqueles homens no galpão – seus olhos estavam firmes em mim, ainda mais raivosos por ter deixado passar esse detalhe. Se ele tivesse investigado um pouco mais, teria encontrado algo que levasse aquelas mortes á mim.

- Então eu estava certo, foi realmente você quem os massacrou? –sorriu irônico.

- Não só ele – fiz sinal de não com o dedo indicador da mão esquerda que estava livre da arma – também Jacob – sorri vitoriosa ao vê-lo ficar mais irritado. Justin iria dizer algo, mas eu o interrompi – as pessoas estão sempre me machucando, e eu tenho que aguentar calada. Esse não foi um dos motivos que levou Jacob á morte, pelo contrário, ele não me machucou nenhuma vez enquanto entrava e saia de dentro de mim – continuei com meu sorriso.

- Sabe oque eu vou fazer quando colocar minhas mãos em você?

- Nada, não vai fazer nada, porque quem esta segurando uma arma sou eu!

- Você disse que mata as pessoas porque elas te machucam não é? – sorriu irônico – eu te bati Clear, eu te chamei de V.A.D.I.A – disse a última palavra pausadamente me provocando – oque vai fazer agora ein? Vai atirar? Então atira Clear! ATIRA EM MIM! – gritou a última frase.

- CALA A BOCA! – gritei de volta. Eu já estava ficando fora de mim, tudo estava indo por água a baixo, e a assassina apenas sussurrava contra meu ouvido “atira”.

- Não vou ficar quieto Clear – fechei os olhos por um segundo e respirei fundo – aperta a porra do gatilho – apertei mais a arma em minhas mãos – atira em mim! ATIRA!


Notas Finais


Só demorei um dia, por favor, digam que eu mereço ser perdoada 🙏 Mesmo que eu peça isso sempre 😬
E aí, oque acharam do capítulo?
Gergg foi um filha da puta, não foi?
E quanto ao Justin? Estava certo em acertar um tapa na Krystell?
Meu Deus, quanta tenção kkkkk
Espero que tenham gostado do capítulo, até o próximo meus amores ❤


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