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História Treinada Para Matar - The Beginning of the End


Escrita por: KrystellWright

Notas do Autor


Gente, três capítulos na semana. Quando pensei que conseguiria kkkk

Capítulo 48 - The Beginning of the End


Fanfic / Fanfiction Treinada Para Matar - The Beginning of the End

POV JUSTIN

Entrei apressadamente na sala de vigilância. Krystell não estava em nenhum lugar, Jazmyn havia sumido, e não que eu me importasse, mas David correu pra sabe se lá onde. E se eu não consigo encontra-los da maneira clássica, então o melhor jeito, é usar os olhos.

Comecei a analisar cada uma daquelas câmeras de vigilância. Via alguns dos garotos perambulando pelos corredores atrás daqueles três, eu tinha a impressão de que, se encontrasse um, automaticamente encontraria os outros. Franzi o cenho, quando percebi que, a maioria havia parado de funcionar. Estavam chiando, e a tela tremia.

- Foi sua namorada – Jeremy saiu de um canto escuro daquele cômodo – por algum motivo, ela não quer que a vejamos – começou a andar em minha direção, em passos lentos, e com os braços cruzados – meu palpite? Ela surtou de novo. E você sabe o que acontece quando ela surta, não sabe? – sorriu divertido, parando a uma distância considerável de mim. Permaneci quieto – o que acha que ela está fazendo? – olhou por cima do meu ombro, encarando as telas que ainda funcionavam – boa coisa não é.

- Está com medo de que ela volte sem seu neto? – perguntei sínico. Ele sabia que eu me importava com aquela criança. Mas ele também a queria, e muito.

- Você não? – ergue uma sobrancelha – tanto você quanto eu, sabemos do que nosso pequeno anjinho é capaz. Ela se livraria do bebê na primeira oportunidade, só não estou a fim de arriscar – ele sorriu de canto, ao perceber que, suas palavras haviam me afetado – o que mais me intriga – continuou com seu pequeno sorriso – é que a última vez que a vi, David estava atrás dela – franzi a testa – ela não percebeu, estava muito irada com Brittany. Depois disso, a cada centímetro que ela percorria desses corredores, era uma câmera quebrada. E que a propósito, custaram caro – ele tinha diversão estampada em cada uma daquelas palavras, e aquilo só me fez ter mais raiva.

Já de saco cheio, tentei passar por ele, na intenção de sair daquele ambiente, e voltar a procurar por Krystell. Mas ele me barrou, me fazendo trombar em seu ombro, e recuar para meu lugar com a sobrancelha erguida.

- Não seja tão desconfiado meu filho, assumo que talvez eu mesmo esteja errado – e mais uma vez demonstrou seu sorriso brincalhão – por que não tentamos ter uma conversa de pai e filho? – naquele momento eu entendi suas reais intenções. Jeremy sabia o modo como havia me treinado, sabia que de todos, eu seria o único que poderia encontrar Krystell, antes de seus capangas.

Tentei passar por ele mais uma vez, mas fui barrado de novo. E aquele maldito sorrisinho continuava nos lábios dele.

Fechei as mãos em punhos sentindo meu sangue ferver. Minha vontade era mata-lo. Mas pela primeira vez eu tinha medo. Medo de que, se a caso não chegasse a tempo, fosse tarde demais, e dessa vez, eu a perdesse definitivamente.

Abaixei a cabeça tentando controlar a respiração. Ouvi o soar do gargalhar de Jeremy. Ele estava adorando toda aquela situação, e isso me deixava irado. Foi então, que ouvimos a porta se abrir abruptamente. Olhei de imediato na direção do som, vendo uma Krystell de olhos negros e expressão fria. Jeremy também se virou para ver, e assim que encarou-a, seu sorriso se desmanchou em confusão.

- Krystell – falei seu nome num tom de alívio e preocupação. Movi minhas pernas na intenção de me aproximar dela, mas parei assim que notei seu braço esquerdo, coberto por sangue até o cotovelo, enquanto que na mão ela tinha uma faca. Suas roupas também estavam manchadas, e o sangue que cobria o pano, não era pouco.

Sua outra mão, estava fora do meu alcance de visão, graças ao corpo de Jeremy que estava em minha frente. Mas considerando a expressão que este possuía, eu imagino que havia algo de errado.

Antes que eu pudesse dizer alguma coisa, Krystell jogou algo aos nossos pés. Foi inevitável não arregalar os olhos ao ver a cabeça de Brittany rolando até nós. Seus olhos estavam abertos, juntamente a sua boca, realmente, era uma cena desagradável de se ver. Quando voltei meu olhar a Krystell, a mesma tinha um sorriso vencedor e satisfatório. Chegava a ser assustador.

- Sabe Angel? – Jeremy levantou o olhar encarando-a. Krystell, por sua vez, inclinou a cabeça para o lado, descontente por ter sido chamada de Angel – teríamos sido incríveis como pai e filha – ela voltou a cabeça para a posição normal – você realmente se parece muito comigo – e então, a expressão surpresa que ele tinha no rosto, se transformou em um dos seus habituais sorrisos.

- Você não me parece triste. Achei que Brittany significasse algo importante para você, afinal, ela traía David com você, o que chega a ser incompreensível. Eu odeio vocês dois – se referiu ao meu pai e David – e isso eu nunca neguei. Mas David, não posso negar que possui um grande porte físico, além de ser extremamente atraente. Quanto você, não passa de um velho babão – ela sorriu de canto, quando notou a raiva em Jeremy – como foi que ela preferiu você a ele?

POV KRYSTELL

- Imagino que não tenha sido fácil – mudou de assunto me fazendo rir sem humor – afinal, você queria mudar, certo?

- Não vou negar que foi difícil... – ele sorriu convencido, achando que tinha acertado nas palavras, mas sua expressão mudou, quando ouviu o que eu disse em seguida – mas só porque ela tentou se defender, e a faca não cortava tão bem quanto eu esperava – levantei o objeto cortante em minha mão, o analisando, enquanto brincava com ela. Meus olhos desviaram para Jeremy, que não esboçava nada – isso não aconteceu de primeira – curvei os lábios em um pequeno sorriso – foram vários cortes até finalmente arrancar a cabeça dela, e posso dizer que na maioria deles, ela ainda estava viva.

- E o que te deu mais prazer? – não sabia se sua pergunta repentina era uma mera curiosidade, ou se Jeremy começava a entender que eu não me importava com a dor alheia.

- Ver os olhos dela – aumentei o sorriso – com medo, e raiva ao mesmo tempo, por saber que eu havia ganhado. O som que ela fazia, já sem ar, enquanto todo aquele sangue, saía de sua garganta – foi então que tudo ficou em silêncio. Justin não sabia o que dizer, estava levemente surpreso. E Jeremy, permanecia sem expressão alguma, mas eu sabia o que se passava em sua mente – você criou o monstro Jeremy, e pelo o que eu entendi, quer fazer o mesmo com o bebê que eu estou esperando. Então por que tanta surpresa? Tem medo de mim? – dei um passo em sua direção – do que eu me tornei? – mais um – sinto lhe informar, que agora, é só de mau a pior. E sabe por que eu tenho tanta certeza? Porque enquanto ela se contorcia de dor, eu não senti nenhum pingo de remorso. E tem mais, eu faria de novo, e de novo, e de novo...

- Quanto tempo você vai levar pra se arrepender? – e mais uma vez, ele jogava verde, achando que me conhecia.

- Nunca – sussurrei, arregalando os olhos ameaçadora – não dessa vez Jeremy. Não depois dela ter me ameaçado, não depois dela ter apontado uma arma para Jezmyn... – parei por um instante deixando meu braço finalmente cair – não depois dela ter matado David – falei baixo as últimas palavras. Seus olhos se arregalaram levemente, era quase imperceptível o efeito das minhas palavras sobre ele, mas mesmo assim, eu notei sua reação – Eu tô naquele momento, em que, para todo lugar que eu olho, eu vejo aquela maldita cor vermelha – ele me olhou com atenção – então, o que me impede de te matar agora?

Foi então que ele se recompôs, e para não mostrar que estava abalado, colocou mais um de seus pequenos sorrisos, nos lábios – bastam olhar para a tela atrás de mim – franzi o cenho. Justin foi o primeiro a olhar. O que mais me deixou curiosa, foi que sua reação não foi de surpresa, ou de espanto. Foi de raiva. Incline o corpo um pouco para o lado, tentando ver o que tanto o atormentava, e o que eu encontrei, foram os meninos, se debatendo, enquanto os capangas de Jeremy os prendiam por correntes. Algumas vezes, os garotos os acertavam, e derrubavam alguns, mas o número de paus-mandados de Jeremy, era muito maior. Sempre tinha um que os agarrava de novo, e como castigo, lhes acertava um soco. Até que finalmente tudo acabou. Os meninos estavam pendurados, tentando a todo custo se soltar, e aos poucos, os capangas de Jeremy esvaziavam a sala – como podem ver... – falou chamando nossa atenção, que até então, estava total entregue a aquela tela – eu nunca perco, mesmo quando um dos meus planos não dar certo, eu sempre tenho outro – disse convicto de suas palavras – agora se me dão licença – ele pegou a cabeça do chão, com uma feição de nojo, e certo divertimento – tenho duas vadias para recuperar, um intrometido para matar, e depois volto para uma visita – deu as costas e andou até a porta. Justin se preparou para ir atrás dele... – ah, e mais uma coisa – ...parou ao ouvir as palavras de seu pai, que se virou para encará-lo, como se soubesse que Justin estava pronto para dar-lhe o bote – não sejam rebeldes, e não façam muito escândalos quando eu fechar a porta, porque quem paga, não são vocês – ele apontou para a tela – são eles – e dizendo isso, saiu da sala, e eu pude ouvir o trinco se fechando. Mais uma vez, Jeremy mostrou que pode facilmente ganhar.

Fechei os olhos soltando o ar pesado em meus pulmões. Sem que eu percebesse, a faca se deslocou da minha mão, e eu pude ouvir o tilintar do objeto de aço batendo contra o chão. Depois dela, foi a minha vez. Cai de joelhos, já sem forças, e sem vontade de raciocinar, ou pensar em um plano pra sair daqui. Eu estava me sentindo tão cansada naquele momento, confusa, irada...

FLASHBACK ON

Brittany já tinha soltado Jazmyn, mas não vou admitir que foi fácil. Provavelmente ela estava atrás de mim, encarando toda aquela luta, e aquele sangue que já tínhamos derramado. Levantei a cabeça, com o olhar baixo sobre Brittany, que estava caída no chão. Foi então que ela soltou uma leve risada, e limpou o sangue do canto de sua boca, enquanto se levantava.

- Não posso negar que você foi bem treinada – mais uma vez sacou a arma, apontando para mim – mas como eu disse antes, cansei de brincar doce Angel.

- Eu também – falei antes de atirar a faca contra seu ombro, fazendo a mesma, por impulso, atirar para cima. Jazmyn soltou mais um de seus gritos agudos, mas eu tinha certeza que a bala não havia pego nela. Em passos rápidos, fui até Brittany, enquanto a mesma estava distraída pela dor. Ela notou minha presença. Eu estava prestes a lhe acertar um chute, mas ela me impediu com o braço. Mesmo assim, ela ainda sentia dor, e não foi difícil de lhe acertar um soco.

Brittany se desequilibrou e foi ao chão. Subi em cima de seu corpo, e sentei sobre sua barriga, a imobilizando.

Enquanto ela me encarava, com os olhos carregados de raiva, eu puxei a faca de seu ombro, ouvindo seu urro de dor. Ela colocou a mão sobre o ferimento, pressionando o local.

- Você é fraca Krystell – se curvou o máximo que pode, soltando com toda força aquelas palavras, ao ponto de sua voz, ficar levemente rouca – e é por isso que eu sei, que mesmo que você queira, nunca vai me matar – sorriu de canto, deitando a cabeça sobre o chão.

- Esse é o problema de vocês. Acham que me conhecem – falei sério, já cansada de suas brincadeiras – quando na verdade... – passei a faca pela sua garganta, vendo o líquido vermelho escapar pelo corte. Brittany colocou as mãos sobre o pescoço. Seus olhos estavam arregalados, e sua boca abria e fechava a procura de ar – ainda tenho muito o que lhes mostrar – levantei a faca, e ali, enquanto olhava fundo em seus olhos, eu cravei a faca em seu pescoço, afundando-a cada vez mais. E confesso, que o prazer, por sentir aquele sangue me sujando, foi intenso.

 (...)

Quando tudo acabou, e eu estava com a cabeça de Brittany presa em meus dedos, enquanto seu corpo estava caído no chão, sem vida, foi que eu lembrei da existência de Jazmyn. Mas naquele momento, eu já estava fora de mim.

- Saia daqui Jazmyn – falei sem olhar para trás para encará-la – o jogo do “se eu vivo, ou morro” acabou. Quer ser suicida? Seja! Mas eu não vou mais correr atrás de você, e salvar sua vida – e após dizer isso sai andando. Sem olhar para trás...

FLASHBACK OFF

Eu ainda me sentia bem pelo o que fiz. Aquela, era uma das vezes em que eu sabia, que jamais me arrependeria. Mas eu ainda não tinha certeza, de como, me sentia pelo resto. Era como se, eu estivesse em um carrossel, mas a única coisa que girava, era minha cabeça, que se enchia em confusão.

- Ei – Justin sussurrou próximo ao meu rosto, após ter se abaixado a minha frente. Suas mãos seguraram meu rosto com delicadeza, me fazendo encará-lo.

- Eu não consigo respirar – disse baixo negando com a cabeça – eu não consigo pensar...

- Krystell, eu estou aqui, ok? – encarei suas íris caramelas. Justin tinha o olhar tão leve... – quer me bater? Me bata! – franzi o cenho – quer me xingar? Vá em frente! Faça o que precisar pra se sentir bem – inclinei a cabeça para o lado, confusa pelas suas palavras. Justin não era o tipo romântico, e compreensível, mas ele estava ali.

- Por quanto tempo? – ele franziu o cenho em confusão – por quanto tempo vai estar aqui? – foi então que ele juntou sua testa na minha fechando os olhos, e eu por impulso, fiz o mesmo. Minha respiração, já não estava mais pesada. Pelo contrário, estava tão leve, quanto uma brisa de verão.

- Eu não vou embora Krystell – neguei com a cabeça. Eu sou um mar de confusão. Se eu não afasto as pessoas, eu as mato. Por que ele ficaria? – não, eu não vou – insistiu – Angel – sussurrou meu primeiro nome, antes de soltar aquelas últimas palavras – eu te amo...

 


Notas Finais


Ele ta meio curtinho, mas eu já expliquei que com um capítulo por dia, fica difícil escrever algo muito grande, mesmo assim me desculpem :)
E aí está um dos capítulos, mais esperado, por vocês kkk
Espero que tenham gostado meus amores. Não prometo um capítulo amanhã, porque eu levei dois dias escrevendo esse, que vocês acabaram de ler, mas prometo um sexta.
Vejo vocês no próximo <3


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