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História Três Azuis - The Reason Why


Escrita por: enamorade

Notas do Autor


oi

Capítulo 17 - The Reason Why


Fanfic / Fanfiction Três Azuis - The Reason Why

-Não sabia que Ashton tinha namorada - comentou mamãe.

Olhei para ela - Ele tem sim, já faz um tempo.

Caminhávamos lentamente, sem pressa. Peguei um boné dentro da mochila e dei para ela, peguei o outro e o coloquei na cabeça.

O tempo estava bom, ventava e fazia sol. Não muito quente e também não muito frio.

Talvez tenha esfriado  um pouco depois do que eu vi, mas só para mim.

-Eu achava que ficava um pouco mais longe - ela olhava reto - Mas da pra ver as cores daqui!

Olhei na direção que ela apontava, vendo cores amarelas e cor de rosa bem longe.

-Vamos andar um pouco mais rápido - pedi.

Apressamos o passo, essa parte do porque estava mais aberta que as outras. Como se tivessem arrancado arvores.

Conseguia ver o céu, estava bem azul  e sem nenhuma nuvem.

Segurei a respiração assim que adentramos a campina, que era muito grande por sinal.

-Uau - falei sem folego, voltando a respirar.

-Sim, uau.

Ficamos um tempo paradas olhando o lugar, quem fez aquilo era brilhante e conseguiu fazer um trabalho bom demais.

Não parecia real, estava mais para um sonho.

-Vamos explorar - falou mamãe correndo pra uma direção qualquer, ela dava alguns pulinhos de vez em quando.

Sorri diante daquilo, ela estava bem empolgada - Vamos explorar!

Comecei a caminhar pela direção oposta, pisando com cuidado na semi grama.

Me lembro de quando era pequena, eu sempre via aqueles gramados gigantes em lugares aleatórios e eles eram sempre acompanhados de uma placa escrita "Não Pise Na Grama".

Até hoje eu evito, por mais que não tenha placa alguma.

Era um costume.

Parei enfrente a algumas orquídeas, depois girassóis. Uma mais bonita que a outra.

-THERESA!

Olhei em direção ao som, mamãe segurava algo azul em mãos - É IGUAL AQUELA SUA!

Franzi a testa tentando enxergar melhor.

Comecei a caminhar na direção dela - Não se pode arrancar flores dos jardins assim Selene Blues.

Ela arregalou os olhos quando pronunciei seu nome.

-Aqui tem de sobra - argumentou - E combina com o meu sobrenome.

A flor era extremamente igual as três azuis que recebi dele. Parecia uma época distante agora, fazia um pouco de tempo.

-Qual era o seu sobrenome de casada?

Ela fazia uma dança estranha, não olhou enquanto me respondia -  Nem me lembro.

Isso era tipico dela, comecei a rir mas de nervoso.

-Quer olhar mais algum canto? - perguntou - Pra mim já deu.

Dei uma ultima olhada em volta - Não tenho mais nada para olhar aqui.

-Então vamos pra casa - ela segurou em minha mão e foi me puxando o caminho todo.

Parecia que o passeio só tinha servido pra me lembrar das rosas azuis, e confirmar mais uma vez que havia sido ele.

A volta sempre parece mais rápida que a ida. Olhei para o banco aonde eles estavam antes, mas se encontrava vazio. Diferente do playground que agora parecia lotado.

Quando chegamos ao carro entramos rápido, a mochila em meu colo. A abri e vasculhei dentro - Cadê as barras de cereais?

Selene ligou o carro e deu partida - Eu comi, todas.

-Quando?

Ela parou no sinal vermelho - Enquanto você olhava para o nada em silêncio antes de chegarmos a campina.

Engoli em seco, claro que ela prestava atenção.

Ela parecia seguir um caminho diferente do habitual - Aonde estamos indo?

-Esse passeio pede sorvete - falou, foi quando reconheci a rua.

Odiava aquela escola, alivio era o que eu sentia por não frequentar mais aquele lugar.

Ela estacionou o carro em uma das vagas, sai sem olhar em direção a minha antiga escola.

Fazia um tempo que eu não vinha até aqui, será que Luke ainda trabalhava aqui por meio período?

Era meio período mesmo?

-Dois milkshakes de chocolate por favor - falou ela ao atendente, que não era Luke.

Olhei o lugar, estava quase cheio - Quer se sentar lá fora ou aqui?

Ela olhou para as mesas do lado de fora, fazendo um bico - Acho que aqui dentro mesmo.

-Dois milkshakes - avisou o cara atrás do balcão.

Ela pegou um deles e seguiu reto tentando decidir em qual mesa se sentar.

Peguei o outro e tomei um pouco.

-Não vai se sentar? - perguntou uma voz.

Quando olhei ara a direção de onde vinha, sorri - Estava pesando em você!

Ele abriu um sorriso também, as covinhas aparecendo - Serio?

Dei de ombros - Sim, você trabalha aqui.

Ele pegou o milkshake de minha mão e tomou um pouco -Não mais, pedi demissão.

O peguei de volta - Quando?

Ele sacudiu os papeis que segurava - Faz uns 20 minutos, estava caminhando?

Fiz que sim com a cabeça - Fui ver a campina florida.

-A que o primo do Mike ajudou a fazer? - perguntou.

Luke obviamente falava de Ashton, mas resolvi me fazer de desentendida -Ajudou?

Ele assentiu - Foi sozinha?

Neguei com a cabeça - Minha mãe estava comigo.

Olhei em volta procurando por ela, a encontrei curvada sobre uma mesa. Parecia falar com alguém da mesa ao lado.

Apontei para ela e Luke seguiu a direção.

Ela olhou para mim, e em seguida para ele. Vi seus olhares se encontrando.

Ela acenou, Luke fez o mesmo - Vai me apresentar?

Sorri - Outro dia, vamos ser formais.

Ele me olhou - Claro.

Percorri os olhos pelas mesas do lado de fora, foquei em algo enfrente ao portão da escola do outro lado da rua. Estava no chão.

O que era aquilo?

Sai para fora, Luke me seguia.

Um carro parou logo ali, um solo de guitarra vindo de dentro dele.

-LINDA THERESA! - era a voz de Mike.

-BONITA THERESA - Calum estava ali dentro também, que novidade.

-Oi lindo Mike, e bonito Calum - respondi feliz em vê-los.

Luke cumprimentou Mike com o high five, Calum estava no banco do motorista - Cuidaram bem do meu carro?

Mike fez que sim com a cabeça - Entra ai, vamos te dar uma carona também.

Luke se despediu e entrou perguntando - Também?
Foi quando vi a porta do outro lado se abrir, Luke entrou por um lado.

E Ashton saiu por outro.

Engoli em seco, vi o carro dar partida e sumir na rua.

Eu devia falar com ele? Me sentia constrangida.

Focalizei os olhos no meu alvo de antes, olhei para ambos os lados da rua me certificando que não havia carro algum vindo e atravessei.

Conforme fui chegando perto meu estomago foi embrulhando, eu sentia Ashton me olhando caminhar mas não sabia se ele me seguia.

Era um memorial, a foto de uma garota. Estava cercada por flores e varias velas.

Levei as mãos até a boca quando reconheci a garota - Chloe.

Fiquei parada estática, sem reação.

Não sei quanto tempo se passou, a ficha não parecia querer cair. Não agora .

-Conhecia ela? - Sim, ele tinha me seguido.

Assenti - Há mais ou menos três semanas, em uma convenção de video games. No banheiro.

Ele caminhou até as velas e se agachou, acendendo uma a uma.

-Vocês eram próximas?

Neguei - Estudamos juntas, foi o que ela me disse no banheiro. Mas nunca havia reparado nela, assim como pensava que ninguém nunca havia reparado em mim.

Ele  voltou a ficar do meu lado, me olhava sério - Longe disso.

Então era isso, ela havia morrido. Comecei a passar mal de verdade.

O tempo não para, isso era um fato - Podemos estar bem e do nada..tudo muda.

-Não tem como evitar - completou ele - Você acredita em sinais?

Franzi a testa para ele - Como assim?

-Tipo como se algo acontecesse com você, algo bom ou ruim, e você simplesmente não consegue se chatear ou ficar o oposto. Porque sente no fundo que era algo que devia acontecer.

-Preciso de um exemplo - pedi.

-Você e essa Chloe - começou - Nunca haviam se falado antes, e três semanas depois ela morreu.

Olhei de cara feia pra ele - Ta dizendo que é culpa minha?

Ele passou a mão pelos cabelos - Não foi bem isso que eu quis dizer.

Esperei, claramente irritada.

-As coisas acontecem por um motivo, talvez ela não tenha passado para ficar, e  sim para passar uma mensagem.

Estava ficando sem paciência para esses enigmas dele - Qual mensagem?

-Você não é invisível - respondeu - Ela te viu, eu te vi. Outras pessoas também te vêem. Não adianta mais se esconder.

Me olhei para ele, incrédula - Não estou me escondendo.

-Como eu mesmo disse, seria tarde demais porque eu já te vi - falou calmo

Cruzei os braços - E dai?

Ele chegou perto, muito perto.

-Agora eu não quero esquecer - foi isso que eu pensei ter escutado, fiquei estática com a aproximação dele.

Sentia meu coração batendo rápido - Quer o que?

Ele sorriu - Eu quero isso.

Não esperava por aquilo, nunca achei que esse momento iria chegar um dia. Sentir os lábios dele nos meus de forma inesperada. Me assustei no começo, quase me afastei mas ele tinha uma mão em meu quadril e outra em meu pescoço. Não queria que ele me soltasse. 

Então deixei ele me beijar.

 


Notas Finais


manda beijo


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