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História Três Espiãs Demais! - Capítulo Único: Amigas, Amigas. Rapazes a parte.


Escrita por: strawbuckys

Notas do Autor


boa noite uwu
esse plot foi feito com muito carinho e amor para a minha menina @chrispop, eu amo você. obrigada por tudo.
o plot foi inspirado em um episódio deste desenho maravilhoso, eu amo demais assistir isso até hoje ksjsk. deixarei o link do ep nas notas finais.

sem mais delongas, boa leitura!

Capítulo 1 - Capítulo Único: Amigas, Amigas. Rapazes a parte.


Fanfic / Fanfiction Três Espiãs Demais! - Capítulo Único: Amigas, Amigas. Rapazes a parte.

CAPÍTULO ÚNICO: AMIGAS, AMIGAS. RAPAZES A PARTE.

02:00pm, Beverly Hills University.

Um suspiro bobo escapou dos lábios das meninas sentadas no balcão da pequena cafeteria. O motivo? O mais novo garçom da Four Barrel Coffee. Jung Jaehyun estava de passagem por Beverly Hills, por causa do pequeno período de intercâmbio, havia conseguido o emprego na tentativa de aprender o idioma de modo mais fácil. Era doce, gentil e atencioso. O sorriso brilhava no rosto de aparência marcante e só isso fora motivo suficiente para aquelas três suspirarem apaixonadas. Bem, quase.

— Deveria ser um crime alguém ser tão bonito assim. — Kyle pronunciou, de repente, os olhos acompanhando cada movimento do rapaz.

— É… — Heejin soltara, quase como um suspiro. — Ele abusa do direito de ser bonito.

— Aqui está, garotas. — Jung sorriu doce. — Dois chás gelados e um frapê de café descafeinado com chantilly.

— Obrigada, Jaehyun. — Annie sorriu, os dedos sendo envoltos ao redor do copo de tamanho mediano.

— Então, Jae, eu queria saber se você tem planos para sábado a noite… Ai! — Com a cara emburrada, Choi encarou a menina sentada ao seu lado, quando Jeon chutou-a na canela.

— Er… Jaehyun, será que você poderia nos dar licença rapidinho? Assunto de mulher! — Heejin sorriu amarelo.

O menino riu baixo, antes de assentir e sair, indo atender os outros clientes. A morena encarou a loira de cara feia.

— Você ia convidar ele pro baile da Sandy Rocks , não ia?

— Ué, e não é essa a ideia do baile, Hee? — Choi a encarou como se fosse óbvio. — A garota convidar o rapaz?

— É, mas… — Ela suspirou. — Você parou pra pensar que essa garota aqui podia querer convidar aquele rapaz? — Apontou para si mesma.

— Meninas, não briguem por garotos. — Annie sorriu doce, logo mexendo nos cabelos ruivos desbotados. — Ainda mais por um que está claramente a fim de mim! 

— O quê?

— Como é?

— Bem, de qualquer forma, não deveríamos brigar, nossa amizade vem antes de garotos.

— Claro! — As outras duas concordaram.

— Por isso, nenhuma de nós irá convidar o Jaehyun para o baile.

— Bom, por mim tudo bem. 

Kyle sorriu, bebericando seu café. Ou melhor, tentando, pois, assim que levou-o até os lábios, sentiu seu corpo despencar do pequeno banquinho. Em um piscar de olhos, estava sentada no sofá do escritório da WHOOP ao lado das duas amigas. Kim Doyoung sorria para elas de forma amigável, estava muito bem arrumado, como sempre. Olhando de relance para a amiga ruiva, Choi sorriu de forma contida, ao notar um leve rubor nas bochechas da mais nova. Estava prestes a abrir a boca, quando sentiu algo molhado escorrer por seu cabelo.

— Mas que droga! — Bufou, vendo as amigas rirem.

— Acho que precisa de uma toalha. — O rapaz aproximou-se, soltando o pano cor-de-rosa sobre a cabeça da loira. — Bem, vamos falar de negócios.

— Poxa, Doyoung, você só sabe falar disso — Kyle murmurou, enquanto limpava o próprio cabelo. — Acho que precisa de uma namorada, você não acha, Annie?

Heejin arregalou os olhos, a boca sendo coberta, segurando a vontade de rir. Go ruborizou, observando o rosto de Jeon aderir a mesma coloração que o seu.

— Eu não tenho tempo para isso que nem vocês. — Doyoung respondeu, por fim, evitando constrangimentos de ambas as partes. — Bem, garotas… — Ele suspirou, recompondo-se. — Há um fenômeno estranho acontecendo em Nova York; os homens subitamente estão abandonando suas esposas e namoradas.

— Homens… — Heejin revirou os olhos. — São tão idiotas.

— Menos o… — Annie cobriu a boca, rindo sem graça em seguida. — Esquece.

— Não, gente, não é algo normal. — Disse. — Eles simplesmente saem só com a roupa do corpo e somem. Preciso que investiguem isso… — Ele sorriu, começando a caminhar entre as prateleiras de apetrechos, indo em direção ao jatinho particular. — Agora umas coisinhas que vocês irão precisar: pranchas de flutuar, cintos de expansão, relógios escaneadores, botas abotoadas com solado de sucção e kits de modificação, para operar os kits vocês programam a aparência e os aplicadores entram em ação. Aqui está o endereço de uma das esposas. Espero que tenham um bom trabalho, meninas! — Kim piscou, antes de empurrá-las dentro do avião.

[...]

03:00pm, New York City.

— Então, estavam comemorando seu aniversário de casamento quando seu marido simplesmente deu no pé? — Kyle olhou a mulher.

— Eu não entendo, — Ela fungou, chorosa. — Hank e eu temos um bom casamento, não brigamos nem pelo controle remoto! — Ela abaixou o rosto. Provavelmente voltaria a chorar.

— Eu sinto muito. — Annie tocou o ombro dela. — Rose, você se importa se dermos uma olhada por aí?

— Por favor, fiquem a vontade! 

— Bem, eu vou olhar aqui no canto. 

Heejin caminhou até uma pequena estante de livros que tinha ali. Rindo baixinho, ela pegou o celular, discando rapidamente o número de Jaehyun. Tinha que ir aquele baile com ele, era uma chance de bitocar o menino bonito.

— Oi, Jae, aqui é a Hee — Ela riu baixinho. — Eu não sei se você vai ouvir isso agora, mas eu gostaria de saber se você não quer ir comigo ao baile? Me liga, tá? Beijo e tchau! 

Desligando o celular rapidamente, a menina caminhou até as amigas, enquanto coçava a nuca. 

— Não tem nada ali.

As duas olharam-na desconfiadas, fazendo-a sorrir amarelo. Desviando os olhos da mais nova, Choi avistou uma embalagem em cima da mesa de centro.

— O que é isso? — Pegou o papel, observando-o.

— Oh, é a embalagem do perfume que comprei para o Hank, deveria ter comprado de outra marca! — A mulher cobriu o rosto, voltando a chorar.

— Por que? — Annie perguntou.

— Porque foi quando ele colocou a colônia, que saiu daqui, dizendo que iria encontrar seu grande amor.

— Interessante… — Go pegou o plástico das mãos da amiga. — Onde a senhora comprou?

— Em uma pequena loja do centro.

— Obrigada. — Annie sorriu, puxando ambas as garotas. — Venham, meninas, temos coisas a fazer!

[...]

Paradas em frente ao televisor, as três garotas observavam a propaganda bizarra do tal perfume. Com expressões de desgosto, elas ouviram a voz da moça soar baixa e com um tom estranho. Natallie Valentine segurava o pequeno frasco em mãos, enquanto usava um maiô justo demais para seu corpo, um homem estava deitado sob si, com um sorriso quase que maquiavélico no rosto.

— Cruzes, essa propaganda me dá arrepios. — Jeon soltou, ainda encarando a TV.

— Propaganda barata e enganosa. — Disse a recepcionista da loja. — Um sucesso, Natallie Valentine é um gênio do marketing, vendi mil frascos essa semana.

— Puxa, é tão famoso assim? Eu vou querer um, então! — Heejin sorriu.

— Desculpe, meu bem, não sobrou nenhum.

— E aquele ali? — Kyle apontou para o único recipiente em cima do balcão.

— É uma devolução, o produto é um fracasso entre as pessoas, mas um sucesso para quem o criou.

— Mas você não disse que vendeu mil frascos?

— E agora tenho mil frascos para reembolsar. Acreditem, são novas demais para terem seus corações quebrados.

Após tentar persuadir mais uma vez a mulher, as garotas conseguiram uma pequena amostra do tal perfume. Fedia para caramba e, por um momento, elas quase vomitaram o almoço. Enquanto Heejin enviava algumas gotas do Cheiro de Morte, Kyle afastou-se de mansinho das garotas, o celular fora tirado da bolsa e levado até a orelha, o número do menino Jung brilhando na tela.

— Oi, Jae, é a Kyle. — Ela pôs uma mecha do cabelo atrás da orelha, o pequeno brinco azul-celeste ganhando destaque. — Então, se você não tiver planos no sábado a noite, a gente podia ir ao baile da Sandy Rocks e depois, quem sabe, dar uns beijos naquela praça perto da faculdade. De qualquer forma, me liga, ok? Beijos.

— Com quem você estava falando? — Annie perguntou.

— Ai, Annie! Que susto, cara! — Ela gritou. — Tava fazendo nossa reserva naquele restaurante de sushi que a gente gosta.

— Hm. — Go estreitou os olhos, desconfiada. — Você tem certeza?

— Claro, boba! — Riu sem graça.

— Ok. — Ela virou-se para Heejin. — Achou o endereço da fábrica?

— Sim!

— E onde fica?

— Paris.

[...]

05:45pm, Possession Distribution Center.

— Que assustador, então é aqui o futebol que todos os homens dizem que vêm? 

Quem disse isso fora Heejin, os olhos e boca arregalados, tamanha surpresa ao ver vários homens de todos os tipos adentrarem a fábrica do Fedor 2.000. Estavam ali fazia cerca de vinte minutos, observando todo movimento e procurando uma maneira de entrar, entretanto, aquela manada de homens não acabava.

— Beleza, vamos entrar. — Annie disse, e antes que Jeon falasse algo, ela saiu caminhando.

As meninas não tiveram outra opção e seguiram a ruiva. Camuflaram-se em meio aos armários e postes ambulantes, que usavam o tal do perfume de defunto, seguindo o mesmo caminho que eles. No entanto, quando chegaram na entrada, uma mão as impediu de entrar.

— Nenhuma mulher entra, só o meu grande amor. — O brutamonte disse, parecia hipnotizado.

— AH! Você é o mari-... — A boca de Heejin fora tapada pela mais velha.

Bonjour monsieur — Go disse, um sorriso nervoso brotando nos lábios. — Ótimo perfume, é aqui que conseguimos um frasco?

— Ninguém entra, a não ser o meu grande amor.

— Deixa comigo…

Kyle caminhou em direção ao homem, o cabelo fora jogado para o lado e um sorriso bonito posto no rosto, os olhos piscavam numa falsa expressão adorável.

— Ninguém entra, só o meu grande amor. — O homem repetiu.

A loira murchou, os ombros abaixaram e ela fora arrastada pelas amigas até a esquina mais próxima, onde se esconderam.

— Isso não faz sentido.

— É claro que não faz! A jogadinha de cabelo e o sorriso sempre funcionaram!

— Esse é o nosso caso mais bizarro. — Jeon disse baixo.

— Nós vamos entrar, meninas. — Annie sorriu.

[...]

Após usarem o famoso Kit de Modificação que Doyoung havia dado-as, as meninas, disfarçada de garotos, caminharam em direção a convenção de macho viciados em fedor. Passando pelo segurança, elas sorriram e Kyle soltou:

— Valeu aí, bro.

Com as risadas sendo contidas, as três espiãs observaram toda a fábrica. Era escura e havia homens trabalhando a todo vapor, carregando caixas lotadas, e barris, de frascos de perfume de um lado ao outro. No centro do local, havia uma enorme cabine, esta que, chamando a atenção das três moças, fez com que elas caminhassem em sua direção.

— Mas o que é isso? — Heejin perguntou, o tom era lento e curioso.

— Transpirador Possessor. — Kyle lia a pequena plaquinha grudada a engenhoca bizarra.

Estavam prestes a descobrir para que fim aquilo servia, quando a porta da fábrica fora aberta e uma mulher de estatura mediana entrou. As meninas arregalaram os olhos, os homens estavam em fila, jogando flores a cada passo dado pela moça. Entrando no meio dos rapazes, as três meninas passaram a jogar rosas e quando a mais velha passou por elas, as garotas perceberam que era nada mais, nada menos que Natallie Valentine. Encararam-se de olhos arregalados, entretanto a atenção fora desviada até a  morena, que caminhava em direção a tal máquina esquisita. Entrando ali, uma luz vermelha foi ligada e Natallie sentou-se. 

Seu corpo começava a transpirar sem parar, um sorriso maquiavélico estampado no rosto de queixo quadrado.

— Ela não sabe que esses bronzeadores artificiais fazem mal pra pele?

— Não é um bronzeador, Kyle. — Annie sussurrou. — Olhe, o suor dela está passando por aquele tubo e caindo naquele tanque de colônia. Os perfumes são feitos com o suor dela.

— Acho que vou vomitar. — Heejin cobriu a boca.

— Vou tentar falar com o Doyoung. 

A ruiva pegou o celular, discando rapidamente e de modo discreto o número do rapaz. Tentara várias vezes, infelizmente havia sido em vão. Escondendo o celular no bolso do falso uniforme de comandante, elas suspirou, virando-se para as amigas e negando com a cabeça. As meninas bufaram.

Do outro lado do local, Natallie saía, finalmente, de dentro do transpirador. O sorriso ainda estava no rosto e ela caminhava em direção aos homens enfileirados e de expressões ansiosas. Beijando-os no rosto, ela logo aproximou-se das meninas. Heejin fechou os olhos com força, o odor sendo forte demais para si.

— Meu Deus, você precisa de um banho!

— O que disse? — Natallie perguntou.

— An? — Disse, fazendo-se de desentendida. — Meu grande amor!

Insatisfeita e desconfiada, a mulher puxou o bigode falso do rosto da moça, fazendo-a gritar pela dor. As outras duas arregalaram os olhos, puxando a amiga, elas começaram a correr em direção a saída.

— Peguem-nas!

Ao ouvirem o grito de seu "grande amor", a multidão de brutamontes começou a correr, seguindo as garotas. Kyle puxou a prancha flutuadora e subiu, puxando as amigas. Elas passaram por cima dos homens-zumbis, no entanto, quando estavam prestes a sair, a passagem fora bloqueada por uma muralha formada pelos birutas de amor. Tentando desviar, as meninas bateram em uma pirâmide de caixas, caindo e sendo pegas. Foram levadas com facilidade até Valentine, que sorrindo, ordenou que colocassem-nas em uma gaiola presa acima do tanque de perfume suado.

— Qual é o seu problema?! — Annie gritou. — Está acabando com relacionamentos!

— Ora, para vocês é fácil falar, são jovens e tem vários garotos caindo aos seus pés. — Ela riu. — Eu nunca tive um namoradinho sequer, por isso, agora terei todos os homens que eu quiser. Nova York foi só o começo!

— Maluca. — Kyle murmurou.

— Gente, vocês estão ouvindo?! — Heejin perguntou. 

— É o avião da WHOOP!

— Estamos salvas! — Kyle gritou.

Bem, talvez não. Pois, quando Doyoung entrara na fábrica, seus olhos percorreram cada canto do lugar. O coração de Annie disparou, de repente, talvez, ele procurasse por ela. Grave erro! Assim que seu olhar encontrou o de Natallie, Kim sorriu de forma ridícula e dessa mesma forma correu até a mulher mais velha.

— Meu grande amor! 

Segurando-o no rosto, Valentine beijou-o, de forma casta, nos lábios bonitos. A expressão de desespero no rosto de Annie fora substituída por uma rara, e insuperável, expressão de ódio.

— Bem, temos que ir, não é, meninos? — A acastanhada sorriu. — Você. Mantenha os olhos nelas.

Tendo dito isso, ela e sua alcateia de cachorrinhos obedientes e zumbificados saíram do local. O único rapaz que ficara começou a marchar, de um lado ao outro, observando-as vez ou outra.

— Precisamos sair daqui, eu não posso deixar o Doyoung nas mãos daquela louca. — Annie murmurou. 

Um sorriso arteiro surgiu no rosto. Pegando seu cinto de expansão, ela o mirou no jatinho que saía por último, apertou-o e ele grudou na parte traseira. Go prendeu a outra extremidade do cinto na gaiola e olhou as amigas.

— Segurem-se, meninas.

Quando o jatinho pegou vôo, uma das grades se fora junto e as três garotas caíram no chão com o impacto, por pouco não caindo dentro do tanque.

— Precisamos dar um jeito de sair daqui. 

— Eu tive uma ideia. — Kyle sorriu, puxando as duas meninas para dentro da cabine do transpirador. — Espero que isso seja rápido, senão seremos cozidas ao vapor.

— Nossa, isso foi péssimo. — Annie disse, enquanto Jeon ficava vermelha de rir.

A máquina ligou, as garotas começaram a suar e os pequenos frascos na esteira a encher. O cubículo parecia ficar cada vez menor. 

Vendo toda aquela movimentação e a máquina ligada, o "guarda" caminhou em direção ao transpirador, segurava um tipo de cassetete na mão. Ao saírem da cabine, as meninas pegaram um frasco do perfume de suor, entretanto, deram de cara com o homem parado no começo da escada.

— Parem aí! — Gritou, o bastão direcionado a elas.

Annie sorriu, aproximando-se, ela espirrou um pouco do perfume no rosto do mais velho.

— Meus grandes amores!

— E aí, belezinha, você sabe pilotar avião?

[...]

06:00pm, em algum lugar acima das nuvens.

Terminando de pôr a famosa bota de sucção, Annie levantou-se. Observou o piloto, em dúvida sobre aquele perfume ter, ou não, funcionado. Entretanto, a dúvida logo fora posta de lado, visto que as duas meninas olhavam-na, esperando para saber o plano de como tirar Doyoung das mãos de Natallie Valentine. O que elas não sabiam, era que Kim estava mais do consciente sobre o que acontecia ao seu redor, por isso, levava, de forma discreta, a mulher ao seu lado diretamente aos outros agentes da WHOOP.

— Muito bem, meninas, o plano é o seguinte: cada uma de nós pega um avião da Natallie e vai atrás dela. — Annie disse.

— Ai, eu não vou pular sem paraquedas! — Heejin olhou-a incrédula. — De que jeito vamos?

— Assim!

E com isso, as mais velhas empurraram a pobre Jeon que, apesar de todos os gritos e xingamentos que direcionou às amigas, conseguiu aterrissar bem em cima de um dos aviões. Com cuidado, e dificuldade, ela caminhou até a porta, apoiando-se com as mãos. Respirava fundo e sussurrava incontáveis vezes para si mesma que não deveria olhar para baixo. A mão direita fora até a tranca da porta, abrindo-a. Em desespero, ela jogou-se para dentro do avião. No mesmo instante, os dois armários ambulantes encararam-na.

— Parados, ou eu borrifo! — Ela gritou.

As mãos tremiam segurando o frasco de perfume. Olhando um para o outro, os dois homens levantaram-se. A menina sorriu nervosamente e, sem hesitar, jogou o líquido em seus rostos. 

— Agora vão ali pro cantinho.

Sorrindo de modo bobo, os dois encaminharam-se até uma das extremidades do avião, sentando-se no chão de pernas cruzadas.

— Obrigada, rapazes. — Ela sorriu, sentando-se no lugar do piloto.

— Muito bem, garotas, fase um completa! — Kyle disse através do comunicador. — Hora de derrubar a doida.

Enquanto isso no avião da WHOOP.

— Ué, este não era o plano! — Natallie disse, olhando para Doyoung de forma confusa.

— Você não achou que esse perfume barato tinha realmente funcionado em mim, não é? — Kim olhou-a, sorrindo.

— O que?! — Ela arregalou os olhos. — Pare esta droga!

— Parar no meio do oceano é uma péssima ideia, meu amor. — Ele riu, dando uma piscadela.

Incrédula de como havia sido enganada pelo rostinho bonito do rapaz, Valentine levantou-se rapidamente da cadeira de copiloto, correndo em direção a área que deveria ficar os paraquedas, entretanto, não havia nada ali.

— Sinto muito, meu bem, não temos paraquedas.

— Não dou a mínima!

Sem esperar nem mais um segundo, a mulher abriu a porta da aeronave, jogando-se para fora. De olhos arregalados, Doyoung apertou o botão do piloto automático e correu em direção a porta. Uma expressão de surpresa tomou conta de seu rosto, ao ver Annie segurando a mulher mais velha pelo colarinho do blazer, enquanto flutuava com a mochila a jato em ativa.

— Procurando algo? — Ela sorriu.

E o garoto não pôde conter o sorriso bonito que brotara em seu rosto.

Após um tempo, o avião pousou em uma praia próxima. Kyle e Heejin sorriram enquanto aproximavam-se da amiga e do chefe. Valentine fora entregue aos agentes da empresa.

— Bom trabalho, meninas! — Doyoung sorriu, fazendo um high five com elas.

— Foi mamão com açúcar! — Yoo riu.

— Eu só queria ser amada. — Natallie soltou, ao passar por elas. Seus braços presos atrás de seu corpo enquanto um dos agentes a levava em direção ao helicóptero da WHOOP. — Vocês são felizes por terem rapazes bonitos aos seus pés!

— Veja só, meu bem. — Kyle caminhou em sua direção. — A coisa é simples… 

Jogando os cabelos para o lado, a loira sorriu para o colega de trabalho. O rosto do rapaz tornou-se vermelho e ele cobriu-o com uma das mãos.

— Viu? O truque da jogada de cabelo com o sorriso sempre funciona.

[...]

10:15am, Beverly Hills University.

Novamente as três garotas encontravam-se no Four Barrel Coffee, dessa vez, sentadas em uma mesa um pouco longe do balcão. Observavam o menino Jaehyun enquanto ele atendia uma moça de cabelos preto-céu-noturno. Um suspiro escapou dos lábios delas, no entanto, tinha um tom cansado.

— Ok, eu preciso confessar algo pra vocês. — Heejin abaixou a cabeça. — Eu convidei o Jae pro baile!

— O quê?! — As mais velhas disseram, surpresas.

— Sabem… Eu também convidei. — Kyle murmurou. Os olhos encaravam as unhas amarelo-girassol. — Me desculpem, meninas, quebrei nosso pacto.

— Na verdade, pra mim tá tudo bem, eu nunca fui real a fim do Jaehyun mesmo. — Annie sorriu. — Eu só o achava estiloso.

— A gente bem que poderia chamar ele pra acompanhar nós três, né? 

— Boa ideia, Kyle! — Heejin sorriu.

Em um pulo, as três meninas moveram-se rapidamente até o balcão. Os braços foram apoiados pelos cotovelos e elas sorriram de forma doce.

— Ei, Jae!

— Bom dia, meninas, no que posso ajudar?

— A gente quer saber se… — Jeon respirou fundo. — Você não quer ir ao baile da Sandy Rocks com nós três?

— Poxa, garotas… — Ele coçou a nuca. — É que eu já fui convidado, me desculpem.

— Ah, que isso, tudo bem! — Annie riu.

Puxando as duas amigas, Go encaminhou-se até a saída do café.

— Já sei quem nós podemos chamar! — Kyle sorriu grande.

[...]

— Ir ao baile? — Doyoung arregalou os olhos. — Com vocês?

— Na verdade, é com a Annie. — Kyle empurrou a amiga pelos ombros.

A ruiva arregalou os olhos, as bochechas tomando uma coloração rosada. Encarou o rapaz e sorriu, ao constatar que ele estava do mesmo modo que si.

— Bem… — Ele sorriu sem graça. — Claro!

As três garotas arrastaram o rapaz para fora do prédio. Entraram no carro de Kyle e seguiram em direção ao tal baile. Ao chegarem lá, Heejin e Choi afastaram-se do casal para deixá-los a vontade. 

No meio da noite, Jeon fora convidada para dançar por um calouro bonitinho chamado Lee Jeno. Sozinha, encostada a mesa de buffet, Kyle suspirou, tomando o líquido em seu copo de uma vez.

— Está sozinha? — Um garoto perguntou, após aproximar-se devagar.

— Sim. — Ela sorriu sem graça.

— Você quer dançar?

— Claro! — Ela riu. Observando atentamente os traços bonitos do moço, ela perguntou: — Qual o seu nome? Nunca te vi por aqui.

— Nakamoto Yuta. — Ele sorriu. — Mudei faz duas semanas, sou do mesmo curso que o seu, mas sempre tive vergonha de conversar contigo.

— Pois bem, Yuta… Agora você não precisa mais ter vergonha. — Ela beijou o rosto do menino, sorrindo, e o puxou para a pista de dança.

Aquela noite seria tranquila, mas as meninas tinham certeza de que o dia seguinte, seria tão agitado quanto o anterior. Afinal, ter uma vida dupla, não era nada fácil.


Notas Finais


espero que tenham gostado, principalmente você, ana. mais uma vez: eu amo muito você.

link do episódio em que me inspirei:
https://youtu.be/BYCwyQQ9_Tk


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