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História Três Mestres para uma escrava - Fim de semana com os Weasley


Escrita por: MarcosFLuder

Notas do Autor


Eu tinha pensado em postar esse capítulo apenas amanhã de manhã, iniciando assim, um cronograma regular de postagens semanais todo domingo de manhã, mas como a fanfic está bem adiantada, eu decidi antecipara a postagens desse e de mais dois capítulos, o próximo será postado daqui a algumas horas, e o terceiro eu postarei amanhã de manhã. A partir daí é que as postagens passarão a ser semanais. Esse é um capítulo de apresentação e desenvolvimento de personagens, principalmente da Hermione. Espero que gostem.

Capítulo 7 - Fim de semana com os Weasley


O dia estava ensolarado, combinando bem com o ambiente. Uma grande mesa estava no meio de um quintal todo arborizado, garantindo uma sombra agradável para todos os presentes. Hermione observava Molly e Arthur Weasley fazendo as honras da casa para a verdadeira multidão reunida ali. O discurso do senhor Weasley foi aplaudido por todos e Hermione sentiu a verdade nas palavras dele ao proclamar o seu amor por Molly Weasley. Ela se lembrou dos pais. Havia jantado com ambos na noite anterior, percebendo neles o mesmo sentimento de autêntica felicidade que via agora no casal Weasley. Ela se permitiu refletir o porquê de, mesmo constatando a felicidade que ambos os casais compartilhavam, não ter, como Gina, seguindo o mesmo caminho da mãe: encontrar o amor de sua vida, casar e ter filhos.

Ela estava de frente para o casal que dera o motivo para a festa que estava ocorrendo. Gina e Harry já estavam casados a quase dois anos, ambos tendo anunciado a gravidez de Gina há alguns dias. Molly, sua mãe e Gina estavam com homens que elas amavam, e retribuíam esse amor. Não são tantas as mulheres assim que tem essa sorte. Teria sido isso que lhe faltou? Por um breve momento, Hemione imagina um cenário onde o relacionamento entre ela e Ron tivesse dado certo. Ela poderia estar ali com ele, talvez grávida como Gina, vivendo a mesma vida convencional que sua mãe, sua amiga e a mãe dela, estavam vivendo, todas claramente muito felizes com isso.

Foi um pensamento rápido, e logo descartado. Hermione sabia que, ao contrário dos exemplos que tinha à sua volta, nunca fora uma garota romântica. Nunca sonhou de verdade com um príncipe encantado. Os seus anos em Hogwarts sempre se dividiram entre os estudos e estar ao lado de seus dois melhores amigos. Ela lembra das conversas no dormitório das meninas da Grifinória, de como era um tédio ouvir as outras garotas falando de namorados, paqueras, ou de planos futuros de casamentos, filhos e família. O que ela ansiava era acordar no dia seguinte e ter suas aulas, aprender, ou então esperar por alguma aventura com Harry e Ron. Até mesmo a expectativa de uma guerra contra Voldemort e seus seguidores era melhor do que a idéia de que estaria presa numa vida convencional.

Naquela época Hermione ainda não tinha como saber qual seria o seu futuro, mas sentia em seu íntimo que queria muito mais da vida do que ser esposa e mãe. Ela queria deixar sua marca no mundo; não estava disposta a aceitar qualquer tipo de amarra em sua vida. Ela queria decidir o seu destino. Hermione sabia que muitas pessoas achariam uma grande contradição alguém dizer que quer tomar as rédeas do seu destino escolhendo se tornar escrava numa relação BDSM, mas ela sabia que a dicotomia nessa escolha era apenas aparente. Ainda tinha algumas marcas de sua iniciação no corpo. As lembranças ainda muito frescas e nítidas em sua mente. No entanto, por trás de toda a dor, toda a aparente humilhação, ela sabia que nunca se sentira tão livre antes. Tão liberta de seus medos, de seus pudores. Estivera nua diante de três homens, ela que sempre tivera dificuldades com isso, até com suas amigas de escola. Eles quase não a tocaram, mas os três lhe deram mais prazer do que ela jamais teve com os dois únicos homens com quem já havia feito sexo em sua vida. Ainda havia medo ali, ainda havia resquícios da necessidade de se afirmar, mas ela estava confiante de que tudo seria superado ao longo de seu treinamento.

 

- Está com a cabeça longe, Mione – Gina quebra a linha de pensamento da amiga – está pensando no que?

 

- Em nada de específico Gina – Hermione imaginou o que sua amiga diria se ela contasse sobre o que tinha vivido na Comunidade BDSM, mas achou melhor deixar isso de lado – estou só um pouco preocupada com o começo das aulas em Hogwarts.

 

- Grande novidade – disse Harry – a única diferença é que agora você é professora e não aluna. Prometa que irá tirar pelo menos uns 200 pontos da Sonserina.

 

- Harry! – Hermione tentou mostrar uma expressão de desagrado e repreensão, mas o seu sorriso não permitiu.

 

- Esqueça ele, Mione – disse Gina – e não se preocupe com as aulas, você vai se sair muito bem, como em tudo o que faz – ouvir Gina era um alento para Hermione, as duas se deram as mãos.

 

- Que visão bonitinha, mas eu gostaria de dançar com minha esposa, se não se importa Mione – Hermione assentiu silenciosamente e viu o casal se encaminhando para o espaço onde outras pessoas estavam dançando. Era agradável vê-los, ao mesmo tempo em que sentia não ter nada a ver com aquilo.

 

- O que você acha que tem de errado conosco Mione? – uma voz conhecida perguntou enquanto observava também Harry e Gina dançando.

 

- Você acha que tem algo de errado conosco Luna? – Hermione devolveu a pergunta.

 

- De modo algum amiga. É agradável ver Harry e Gina juntos, o senhor e a senhora Weasley também. E eu também me lembro dos meus pais quando era criança – Hermione percebia um ar ligeiramente melancólico em Luna enquanto ela falava – apesar disso eu... não consigo me imaginar numa relação assim.

 

- É mesmo? Pois o que eu vi entre você e o Ron agora a pouco parece desmentir isso.

 

- Eu e Ron... tem sido muito divertido, mas nenhum de nós tem levado isso como um compromisso sério – disse Luna.

 

- O seu Mestre sabe de vocês dois?

 

- É claro que sim Hermione – disse Luna – nunca deve haver segredos entre uma escrava e seu Mestre. Blaise não tem problemas que eu tenha relações baunilha, desde que seja estritamente nesse estilo.

 

- Que Mestre bacana – disse Hermione – tomara que o meu futuro Mestre seja assim também.

 

- Isso vai depender de você Hermione, do tipo de Mestre que escolher, do contrato de submissão que você quiser assinar – disse Luna – eu e Blaise temos um contrato que me garante o direito de ter relações baunilha. Eu só não posso ter relações BDSM sem a devida autorização dele.

 

- E se ele te proibisse de ter relações baunilha?

 

- Ele nunca seria o meu Mestre se impusesse essa condição na hora de assinar o meu contrato de submissão. Foi por causa desse tipo de exigência que eu retirei a minha submissão ao Draco – disse Luna – teria até graça. Você sabia que o meu Mestre é casado?

 

- Para dizer a verdade não. Você não tem problema com isso?

 

- É claro que não. Ele é tão livre quanto eu para viver a sua vida fora de nossos momentos juntos.

 

- Você conhece a esposa dele?

 

- Nós duas conhecemos – respondeu Luna – Você lembra da Pansy Parkinson?

 

- Você está brincando?

 

- Estou nada. Aquela coisa de famílias sangue-puro se unindo, pelo bem da nossa estirpe...blá, blá, blá – Luna revirava os olhos enquanto falava.

 

- E o Ron? Ele sabe sobre você e seu Mestre? – perguntou Herminone.

 

- É uma questão delicada – respondeu Luna – você deve saber que ele não reagiria bem se eu contasse – Hermione concordou com ela silenciosamente – por enquanto é melhor não falar nada, mas se as coisas entre nós ficarem mais sérias, é claro que vou ter de contar para ele.

 

- Eu invejo esse seu desprendimento, Luna – disse Hermione – eu me lembro de como fiquei magoada quando descobri que o Ron me traia com outras. Era o meu primeiro relacionamento de verdade. Foi muito difícil lidar com aquilo, mas depois que eu consegui superar e perdoar o Ron, eu me senti muito melhor.

 

- Eu diria que todo tipo de relacionamento tem suas vantagens e desvantagens, amiga – Luna respondeu – com certeza o tipo de cumplicidade que Harry e Gina, ou os pais dela, desfrutam, não pode ser encontrado numa relação BDSM. A questão é que isso também gera compromissos, responsabilidades. Na melhor das hipóteses, uma doce e amorosa prisão, mas ainda uma prisão.

 

- Eu não quero esses compromissos, essas responsabilidades, Luna – disse Hermione, olhando para Harry e Gina dançando juntos – eu não quero essa prisão, por mais doce e amorosa que seja.

 

- Eu também não, amiga. Isso sem falar que a liberdade na completa submissão... – Luna fecha os olhos e suspira. Ao abri-los, Hermione vê um brilho sonhador neles – nada se compara a incrível sensação de liberdade que a submissão absoluta proporciona a uma escrava, Hermione.

 

Ela tinha uma tênue idéia do que Luna estava falando, sentira um pouco disso naquela noite. Ela já tinha lido sobre isso quando procurou se informar sobre o BDSM, mas nenhuma leitura se comparava a viver a experiência, mesmo sentir uma pequena fração da liberdade que experimentou naquela noite. Ela queria mais e sabia que precisaria romper com muitas de suas antigas convicções. Não seria aceitando viver a vida de seus pais que a faria conseguir isso. Hermione amava os Granger, sabia que devia muito do que era a eles, ao mesmo tempo, se ressentia um pouco da educação extremamente convencional que recebeu deles. Na época em que namorou Vitor, foi essa educação convencional que a fez aceitar, durante muito tempo, as situações de abuso que viveu com ele. Ela tinha consciência disso agora, entendia que não havia espaço para uma relação convencional em sua vida, não diante de todos os planos que tinha para ela. Ou será que estaria enganada?

 

- Você acha possível conciliar uma relação BDSM com um relacionamento baunilha, Luna?

 

- Porque você pergunta isso, Mione?

 

- Eu penso em Remus e Tonks. Eles parecem saber conciliar isso, você não acha? – Hermione aponta para onde o casal está. Se ela não soubesse, juraria ver em ambos um casal convencional, como os outros presentes na festa.

 

- Eles são ambos dominantes – disse Luna – você está falando sobre a possibilidade de uma escrava e seu Mestre terem uma relação do tipo baunilha juntos, se apaixonarem, imagino.

 

- Você acha impossível?

 

- Eu não acho nada impossível em termos de relacionamento, mas não creio que seja uma boa idéia. Sei lá, talvez um dia eu descubra que o BDSM já não seja mais suficiente para mim, talvez eu queira uma relação como a do Harry e da Gina, mas não me vejo nisso agora. E você Hermione?

 

- Eu não sei Luna. Não é como se eu tivesse tanta experiência de vida para chegar a uma conclusão dessas. Mas eu tenho muitos planos para o meu futuro, planos que seriam muito difíceis de levar adiante com um marido e filhos em minha vida – Hermione refletiu durante algum tempo antes de voltar a falar – não! Definitivamente, eu também não vejo vivendo uma vida como a de Harry e Gina.

 

            As duas permaneceram em silêncio durante algum tempo, ambas observando as pessoas à sua volta. Elas trocam olhares significativos ao observarem os dois casais, Remus e Tonks e os pais de Gina, conversando animadamente. Remus tem um braço em volta do ombro de Tonks, um comportamento que ele jamais teria na Comunidade BDSM que ambos freqüentam. O que havia de verdade ali? Ou será que esta era uma parte da verdade no relacionamento deles, como o BDSM era a outra? Ambos tinham um filho. Como seria quando este estivesse crescido? Eles também tinham que mostrar para a maioria de seus amigos apenas uma parte do que era a vida deles juntos. Tudo isso devia impor uma série de cuidados e responsabilidades para o casal. Hermione não se imaginava lidando com esse tipo de preocupação. Ela voltou a falar com Luna.

 

- Você foi adestrada pelo Snape, Luna – ela disse – como ele é como Mestre, quer dizer, eu estive numa sessão com ele e mais Remus, Sirius e Tonks, mas como ele é adestrando sozinho uma submissa?

 

- É ele que irá cuidar do seu adestramento? – Luna perguntou

 

            Hermione teve um breve momento de preocupação sobre o que dizer para Luna. Após recobrar a sua consciência, ela foi devidamente indagada sobre quem escolher para adestrá-la, mas a verdade é que ela não sabia que escolha fazer. Todos os três foram ótimos a seu modo e Hermione não tinha como decidir qual deles era o mais adequado para adestrá-la. Foi Tonks quem sugeriu uma sessão particular com cada um deles. Sirius e Remus fizeram algumas ponderações, enquanto Snape foi o mais enfático em considerar a idéia sem sentido, mas acabou sendo convencido. Hermione sentiu que havia algo de encenação em tudo aquilo, mas decidiu não levar sua desconfiança adiante. De qualquer forma, ela foi instruída a não dizer a ninguém sobre a sua sessão particular com três Mestres diferentes.

 

- Hermione você está aonde?

 

- Desculpe Luna – Hermione deixa o seu devaneio de lado – e sim, Snape irá me adestrar – ela não estava mentindo para Luna ao dizer isso.

 

- Estão eu digo que você estará em excelentes mãos – Luna respondeu – é claro que deve se preparar, pois o que ele era exigente como professor em Hogwarts não se compara a como ele é como Mestre, ainda por cima num adestramento. Eu é que sei o quanto sofri na mão dele – Luna fecha os olhos de novo, ao voltar a abri-los exibe uma expressão sonhadora, sua boca está aberta e ela suspira.

 

- Essa não parece uma expressão de alguém que sofreu muito – disse Hermione, vendo Luna ficar ligeiramente corada. A ex-Corvinal se levanta da mesa. Está um pouco afogueada também – aonde você vai?

 

- Encontrar o Ron. Lembrar do meu adestramento me deixou de um jeito... eu vou ter que “estuprá-lo”.

 

Luna saiu apressada, deixando para trás uma Hermione sem palavras. Ela não teve muito tempo para processar isso, pois uma vistosa coruja branca, muito parecida com a antiga coruja de Harry, pousou bem do seu lado. Havia uma mensagem para ela. Hermione tirou a carta da perna da coruja e sentiu um ligeiro arrepio quando leu. Era uma carta de Vitor. Ele não tinha aceitado bem quando ela rompeu o namoro com ele. Ficou ainda mais furioso quando soube que Hermione estava voltando para a Inglaterra, tendo aceitado um cargo de professora em Hogwarts. Ela esperava que ele já tivesse se conformado, mas o teor da carta dizia exatamente o contrário. Uma mensagem muito curta, e que para ela soou como uma ameaça: “Não pense que as coisas entre nós terminaram. Nós encontraremos em breve. Vitor”.


Notas Finais


Espero que quem leu tenha gostado do capítulo. Daqui a algumas horas eu postarei o próximo. Aguardem.


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