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História Três Mestres para uma escrava - Os caminhos de Hermione


Escrita por: MarcosFLuder

Notas do Autor


Tive de antecipar a postagem desse capítulo, pois terei um compromisso no sábado que irá tomar o dia todo, começando pela manhã. Neste capítulo conheceremos o Mestre escolhido por Hermione para concluir o seu adestramento, boa leitura a todos.

Capítulo 25 - Os caminhos de Hermione


Hermione arrumava a sua mala enquanto refletia sobre tudo o que viveu para chegar ao momento em que se encontrava agora. Ela recebera alta depois de passar alguns dias no hospital ST Mungus, se recuperando dos efeitos da maldição Cruciatus, que lhe fora lançada por Dolores Umbridge. A jovem professora de Hogwarts olhou em volta, para as paredes de cor branca, num quarto com decoração suave. Ela pensou no dia em que acordou, ainda desorientada, tomada por um princípio de pânico, antes de reconhecer as figuras à sua volta. Uma mulher, que pela vestimenta, ela logo reconheceu como uma enfermeira, tratou de acalmá-la. Sua voz suave, certamente acostumada com situações assim, ajudou Hermione a se acomodar na cama outra vez. Reconhecer as outras pessoas próximas a ela também colaborou para que ela se acalmasse. Seus dois amigos de infância, e sua amiga Tonks estavam lá. Ela lembrou das expressões deles, todos sentindo um grande alívio por ela ter despertado.

 

FLASBACK – HOSPITAL ST MUNGOS – 2 DIAS ANTES

 

- Onde estou? – Hermione perguntou, assim que conseguiu se acalmar. A enfermeira, ao perceber que sua paciente estava mais calma, se retirou, deixando-a com seus amigos.

 

- No St Mungus – foi Harry quem tomou a iniciativa de falar – você nos deu um grande susto, moça.

 

- Quanto tempo eu fiquei desacordada?

 

- Quase um dia inteiro – foi Tonks quem respondeu dessa vez – você perdeu algumas coisas importantes.

 

- Mas creio que isso pode te ajudar a se manter informada – Ron entregou a ela um exemplar do Pasquin. Hermione leu a reportagem, que falava da captura de um grande grupo de Comensais da Morte que ainda permaneciam soltos, além do papel dela e de Lúcio Malfoy na ação.

 

- Por que eu estou lendo o Pasquin, em vez do Profeta Diário? – havia um leve sorriso nela ao perguntar, obviamente porque já tinha idéia de qual seria a resposta.

 

- Nossa amiga era tão cínica assim na época em que andava conosco, Ron? – havia um sorriso genuíno em Harry ao perguntar.

 

- Com certeza não – respondeu Ron, igualmente sorridente – ela quer que nós contemos como o seu plano “sinistro” deu certo.

 

- Deixem de bobagens vocês dois – Tonks intervém – nossa amiga merece saber como a vadia da Rita Skeeter teve o que mereceu.

 

- Será então que um de vocês poderia me contar? – perguntou Hermione, numa falha tentativa de parecer zangada.

 

- O Profeta Diário tinha acabado de mandar uma edição às bancas, tendo na sua primeira página uma reportagem da Skeeter, falando sobre o “caso” que você estava tendo com o pai do Draco – Harry tinha um enorme sorriso ao falar – segundo eu soube, assim que os exemplares foram distribuídos, alguém apareceu com uma edição do Pasquin, igual a essa que você tem em mãos, informando sobre a captura de Dolores, e dos demais Comensais – Harry respondeu.

 

- Eles tiveram que recolher a edição toda às pressas, e aprontar outra em tempo recorde – Ron não se conteve, estando às gargalhadas – foi o maior prejuízo que o jornal já teve em sua história, e não só financeiro, já que não conseguiram impedir que algumas pessoas botassem a mão na edição furada que tinham feito.

 

- Nem precisa dizer que Rita Skeeter foi despedida por isso – Tonks também ria, embora de forma mais discreta – quem mandou escrever uma reportagem falsa e sensacionalista contra duas pessoas que estão sendo aclamadas por terem livrado o mundo bruxo dos remanescentes dos Comensais da Morte – a risada foi geral no quarto.

 

- Fico muito feliz por saber que deu tudo certo, mas vamos esquecer essa vadia – disse Hermione, se dirigindo a Harry – pegaram todos?

 

- Não escapou ninguém – ele respondeu – você fez um ótimo trabalho.

 

- Todos nós fizemos, Harry, até mesmo o Lúcio Malfoy – Hermione respondeu com um sorriso.

 

HOSPITAL ST MUNGOS – TEMPO ATUAL

 

Hermione ainda tinha um sorriso no rosto ao se dar conta da entrada de uma pessoa querida, tirando-a de suas lembranças. Gina Weasley já ostentava uma enorme barriga de grávida, sendo possível perceber aquele “brilho” de felicidade que toda mulher costuma ostentar quando está esperando um filho. Ver o rosto sorridente dela, sabendo que também era por conta de sua recuperação, aqueceu o coração de Hermione. Elas se abraçaram, duas amigas cujas vidas seguiram caminhos completamente diferentes, mas que ainda se amavam como se irmãs fossem.

 

- O que está fazendo aqui, sua doida? – Hermione perguntou, um enorme sorriso em seu rosto.

 

- Achou mesmo que eu perderia a chance de me despedir de você? – Gina disse para a amiga – você não está achando que conseguirá voltar para Hogwarts discretamente, não é mesmo?

 

- Para dizer a verdade, era isso o que eu queria mesmo – disse Hermione.

 

- Isso não vai acontecer amiga. Você faz idéia de quantos repórteres estão lá fora, esperando você sair?

 

- Essa não, como eu vou fazer então?

 

- Calma sua boba – disse Gina – Harry e Ron estão cuidando disso. Eles vão dar um jeito de você chegar na estação King’s Cross para o seu embarque.

 

- Obrigada Gina – apesar do agradecimento, havia algo na expressão de Hermione que chamou a atenção de sua amiga.

 

- O que foi, Mione? Eu notei que você estava muito pensativa na última vez que estive aqui – Gina aproximou-se da amiga para falar – o que está acontecendo?

 

- Está tudo bem, Gina – disse Hermione – eu só tenho pensado em algumas coisas, mais precisamente numa decisão que precisarei tomar em breve.

 

- Do que você está falando?

 

- Sobre a minha vida em geral – disse Hermione, não se sentindo à vontade de entrar em detalhes com Gina. Esta pareceu ter compreendido, pois não insistiu no assunto.

 

- Seja qual for essa decisão, eu tenho certeza que você terá tomado o caminho correto – disse Gina – e se for para você ser feliz, pode ter certeza que terá todo o meu apoio.

 

***********************************

 

            A estação de King’s Cross estava bem vazia naquele dia, principalmente a plataforma 9 ¾. As poucas pessoas presentes olhavam impressionadas, mas não se atreveram a chegar muito perto dela, talvez intimidados pela quantidade de aurores em volta. Hermione notou que seu amigo Harry Potter estava se divertindo com a situação, pois era um dos raros momentos em que ele não era o centro das atenções para as pessoas em volta. Ela se despediu dos amigos com lágrimas nos olhos. Harry, Ron, Gina, Tonks, o senhor e a senhora Weasley, além de Jorge Weasley. Sua amiga Luna também estava lá, nenhuma das duas tendo qualquer desconforto com a lembrança da sessão com Sirius. Todas aquelas pessoas fizeram parte de sua infância e adolescência, tendo partilhado alegrias, tristezas e perigos. As despedidas foram emocionadas, pois Hermione se deu conta de que todos ali sempre estiveram juntos, seja celebrando a vitória contra Voldemort ou chorando pelos que caíram para que esta acontecesse.

            Hermione fez questão de abraçar a todos, principalmente ao constatar que os presentes ali lutaram com ela para conquistar a paz que estavam vivendo agora. O que ela viveu nos últimos dias, por sua vez, mostrou que essa paz precisará sempre ser vigiada para ser mantida. Ela tinha consciência de que, provavelmente, novos sacrifícios viessem a ser feitos, talvez até maiores do que a tortura que sofreu nas mãos de Dolores Umbridge, mas Hermione estava tranqüila sobre isso. Ela subiu no trem com uma expressão de felicidade no rosto, enquanto acenava para as pessoas que tinham sido uma parte importante de sua vida, mas que agora estavam mais distantes do seu cotidiano. Por trás do seu sorriso, das lágrimas de contentamento, havia também um certo ar de melancolia. Ela sabia que estava indo para Hogwarts, para outras pessoas que agora eram uma parte mais próxima da vida dela.

 

**************************************

 

            Não importava quantas vezes ela fizesse essa viagem, a visão longínqua do castelo ainda era capaz de deixá-la emocionada; como nos seus onze anos, na primeira vez que o viu. Retornar a Hogwarts a fez ver que aquele era algo que ela podia chamar de lar agora. Um lugar para retornar e se sentir segura, amada e feliz. Um sentimento que se fez ainda mais forte ao ver a figura gigante à sua frente. Dar de cara com um emocionado Hagrig fez com se sentisse uma menina de onze anos novamente. Lembrou a primeira vez que o viu, do fato de estranhamente não ter ficado assustada com aquela figura, que apenas num primeiro momento pode ser confundindo com alguém assustador. De fato, ela sentiu desde a primeira vez, todo o afeto que tem por ele até hoje, onde até mesmo o abraço de quebrar costelas lhe foi agradável.

 

- Você me deu um susto muito grande, menina – a voz de Hagrid tinha um tom choroso que a deixou emocionada – eu não tenho mais idade para esse tipo de emoção.

 

- Eu estou bem, Hagrid – ela fez questão de olhar nos olhos dele ao falar – está tudo bem agora.

 

            Ela e Hagrid caminharam pelos corredores estranhamente vazios do castelo. Uma sensação de silêncio que não era opressora, mas que deixou Hermione curiosa. Ela não disse nada para o seu colega, pois já fazia uma idéia do que a esperava. Por isso mesmo não foi exatamente uma surpresa, quando ele, ao abrir a porta do salão principal, fez com que ela percebesse o porquê daquela situação. Embora não fosse a hora habitual do almoço as mesas das casas que compunham a escola estavam todas ocupadas, bem como a mesa dos professores. Todos os presentes se levantaram e uma ruidosa salva de palmas reverberou por todo o salão. Mesmo não tendo sido pega de surpresa, Hermione corou como nunca antes em sua vida, visivelmente embaraçada com a homenagem que lhe estavam fazendo.

A caminhada até a mesa dos professores foi dificultada pela grande quantidade de alunos que a paravam para abraçá-la, trocar algumas palavras, ou simplesmente sorrir para ela, como um sinal de boas vindas. As lágrimas caíram abundantes de seus olhos enquanto ia até o lugar que deveria ocupar. Ela cumprimentou cada um de seus colegas; Pomona fez questão de abraçá-la aos prantos. Não houve qualquer constrangimento ao ser cumprimentada por seus antigos adestradores, nem mesmo por aquele que escolhera para terminar o seu adestramento. No entanto, ela ficou um pouco mais de tempo abraçada com um deles, com seus olhares se cruzando ao se separarem. Foi um insight instantâneo, Hermione viu que tinha feito a sua escolha afinal. Ela já sabia quem seria aquele a quem entregaria a sua submissão.

 

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            Os dias se passaram com rapidez, seguidos pelas semanas. Hermione retomou o ritmo normal das aulas, preparando os alunos para as provas de final de ano. Mas se a vida profissional cotidiana estava normalizada, o seu adestramento não ia da maneira como ela esperava. Ao contrário do que imaginava, a sessão seguinte, após a missão que levou a captura dos Comensais liderados por Dolores Umbridge, não foi a última. Ela não conseguiu esconder a sua decepção. Desde o dia em que retornara a Hogwarts, quando chegara a conclusão sobre a quem ela queria entregar sua submissão, tudo o que ela desejava era ouvir que estava pronta para oferecê-la àquele que tinha escolhido para ser o seu Mestre. Nesta sessão, ela deu vazão a essa decepção de uma forma muito inapropriada e teve de ser impiedosamente disciplinada pelo seu adestrador.

O que doeu mais, no entanto, não foi a surra que levou, mas a constatação de que, de fato, ela ainda não estava pronta para oferecer a sua submissão para o seu escolhido. Foi na sessão seguinte que ela se deu conta dos efeitos da lição de disciplina que seu adestrador lhe aplicou. Ela percebeu, maravilhada, o quanto aprendeu, o quanto deveria se manter confiante em relação ao Mestre que escolheu para concluir o seu adestramento. Ele saberia a hora certa para dizer quando ela estivesse pronta para oferecer a sua submissão. Confiar em seu adestrador foi a melhor decisão que podia tomar, pois passou a lidar melhor com tudo em sua vida a partir daí.

Após isso, permitiu-se, inclusive, aceitar a oferta de seus amigos Harry e Gina para ser a madrinha do filho deles. A festa do batismo foi na casa dos Weasley, ela estando ao lado de Ron, que foi escolhido para padrinho. A maneira relaxada com que ela levou essa situação lhe foi muito proveitosa. Isso se deu principalmente pela maneira absolutamente natural como interagiu com Sirius, Remus e Snape na festa, ajudando a acabar com as suspeitas de Harry, sobre algum segredo que envolvesse Hermione e seus colegas de Hogwarts.

 

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            O relógio na parede era a única novidade na decoração da Sala Precisa, durante essa nova sessão. Ela não tinha como vê-lo, mas os sons que vieram dele indicavam que já era meia-noite. Hermione permanecia na posição que lhe fora indicada, esperando a chegada de seu adestrador. Ela estava de quatro, o corpo sendo sustentado por seus joelhos e por suas mãos. Estava de frente a um conjunto de espelhos, colocados de um ângulo que lhe permitia visualizar cada centímetro de seu corpo. Podia ver os bicos dos seios duríssimos, a umidade em sua boceta inchada, obscenamente visível pelo fato dela ter suas pernas bem espaçadas, tal como lhe fora instruído manter. Não fosse pelo som do relógio ela teria perdido a noção de tempo. Hermione já estava ali a mais de duas horas. Os efeitos do tempo naquela posição eram cobrados pela dor nos seus braços, na sensação de machucado em seus joelhos. O pior de tudo era a sensação de humilhação que estava sentindo, após tanto tempo naquela posição. Uma pequena parte dela gritava para sair dali, mas Hermione se manteve firme. Tudo o que ela aprendeu, em todas as sessões, lhe indicava que era o certo a fazer.

            O barulho às suas costas chamou-lhe a atenção. Ela sabia que não tinha autorização para se mexer, nem de virar o corpo para ver quem estava chegando. Uma breve sensação de medo tomou conta dela, tudo isso ao perceber sua vulnerabilidade, a posição humilhante em que se encontrava. E se não fosse quem ela estava esperando? E se fosse outra pessoa qualquer que a estivesse flagrando naquela situação? O coração dela batia acelerado; a tentação de se virar, de ver quem estava com ela na sala cresceu enormemente. O medo de ser apanhada nesta posição por alguém que desconhecesse esse lado de sua vida, amplificando tudo isso, mas Hermione não se mexeu. Ela confiava em seu adestrador, sabia que estava segura com ele. Sirius Black não deixaria que nada de ruim acontecesse com ela enquanto estivesse sob seus cuidados.

 

- Como você está Hermione? – o som da voz dele nunca parecera tão bonito, ela sorriu aliviada ao ouvi-lo.

 

- Eu estou bem Meu Senhor – ela disse, ainda sem encará-lo, sabia que era inapropriado fazê-lo sem sua autorização.

 

- Fique de pé, eu quero vê-la por inteiro – ele ordenou.

 

            Ela queria obedecer de imediato, mas o período que passou naquela posição cobrou o seu preço. A dificuldade em se levantar foi grande. Sirius nada fez para ajudá-la e ela não se ressentiu disso, pois sabia que não era falta de gentileza da parte dele. Hermione tinha consciência de que esse era mais um teste a que estava sendo submetida. Ela se pôs de pé como ordenado. A cabeça ainda se mantinha abaixada, evitando encará-lo, mas ela sabia que ele estava apreciando a sua nudez. Ela corou um pouco, mas não porque se incomodasse, era apenas um leve embaraço, resultado de sua habitual modéstia.

Hermione Granger cresceu sem a vaidade de se considerar desejável aos homens. Vitor foi o primeiro a notá-la entre as muitas jovens que o cortejaram naquela época em Hogwarts. Ela ainda se lembrava da surpresa por ter chamado a atenção dele, talvez porque nada fizera com esse intento, ainda que ele tivesse chamado a sua atenção desde o momento em que o viu desfilar no corredor do salão principal. Ela não fez qualquer esforço para parecer especialmente sensual para o famoso jogador de Quadribol, provavelmente tendo sido por isto mesmo que ele acabou por notá-la. Foi só a partir daí que Ron a notou também. Agora ela via-se na situação de ser disputada por três Mestres. Era algo que a deixava lisonjeada, mas Hermione sabia que o orgulho e a vaidade não eram características que deviam ser cultivadas por uma boa escrava.

            Ela o viu se afastando, para logo voltar com uma cadeira e um pano úmido em cada uma das mãos. O viu sentar-se e passar o pano úmido em seus joelhos, só então vendo o quanto eles sofreram pelo tempo em que esteve naquela posição. Os efeitos da poção curativa se mostraram bem rápidos, toda a dor sumindo, os sinais de machucados também. Ele se levantou da cadeira, a mão esquerda tocando o seu rosto de leve, para depois agarrar seus cabelos, forçando sua cabeça a se inclinar. Ela finalmente olhava direto para os olhos dele, nada vendo além da autoridade a quem ela devia completa obediência. Sorriu para ele, feliz e submissa. A mão direita desceu lentamente do seu rosto, passando pelo colo e ventre, até chegar na boceta. O toque era ao mesmo tempo suave e firme, separando os lábios e tocando o clitóris. Um dedo a penetra, depois um segundo faz o mesmo. Hermione se mantém inerte, apenas aceitando o prazer que ele lhe dava, gemendo, tremendo, esperando o orgasmo que logo veio, quando os dedos dele entraram fundo nela.

            Ela caiu de joelhos diante dele, sem perder o contato visual, a mão esquerda dele ainda mantendo seus cabelos presos, sua cabeça inclinada. O olhar dele não demonstrava nada além da autoridade sobre ela. Os dedos que estavam em sua boceta estavam diante de sua boca agora. Hermione sabia o que fazer, engolindo-os avidamente, sentindo o próprio gosto de sua excitação dentro da boca. Ele retirou os dedos depois de algum tempo. Sirius sorri para ela, que faz o mesmo; embevecida. Ficam sorrindo um para o outro em silêncio, nada é dito, pois nada precisa ser dito, até que Sirius resolve quebrar o silêncio entre eles.

 

- Diga qual é o seu nome – ele ordena.

 

- Meu nome é Hermione Jane Granger, Meu Senhor – ela o obedece, com um tom de orgulhosa submissão em sua voz.

 

- Por que você está aqui, Hermione?

 

- Eu estou aqui porque eu quero aprender a ser uma boa escrava, Meu Senhor – ela responde, sorridente.

 

- Pois saiba, Hermione Jane Granger, que na qualidade de seu adestrador, eu, Sirius Black a considero pronta para oferecer sua submissão ao Mestre de sua escolha.

 

            O sorriso de Hermione, ao ouvir as palavras de Sirius, foi seguido por suas lágrimas de alegria. Uma onda de gratidão tomou conta dela, não só por Sirius, mas também pelos outros Mestres que a ajudaram a chegar neste momento. Mas a gratidão maior, sem duvida, era para o homem à sua frente. Sentia-se tão feliz pela escolha que fez, por estar certa em presumir que ele era a melhor escolha para terminar o seu adestramento. Nada havia a fazer além de demonstrar de maneira inequívoca a gratidão que sentia por ele naquele momento. Ela beijou-lhe as mãos com toda a devoção, mas sabia que não era o bastante, tratando de se colocar aos pés dele, beijando-lhe os sapatos com todo o seu entusiasmo.

 

- Obrigada Meu Senhor, muito obrigada – ela repetiu essa sentença várias vezes, uma para cada beijo que dava nos sapatos do homem diante dela. Ele a deixou fazer isso durante um bom tempo, até fazê-la se ajoelhar de novo.

 

- Você fez por merecer isso, Hermione – disse Sirius – eu sairei agora, mas você deve esperar uns cinco minutos antes de fazer o mesmo. Dirija-se aos seus aposentos e espere lá por uma coruja – Sirius se dirigiu até a saída da Sala Precisa assim que terminou de falar, dando um último sorriso para ela, antes de ir embora.

 

***********************************

 

            Ela estava em seus aposentos a mais de meia-hora. Andava de um lado a outro, a ansiedade tomando conta dela, pois tudo o que queria era ir logo até aquele a quem havia escolhido. A batida em sua janela chama sua atenção. Era a maior coruja que já tinha visto na vida, obviamente escolhida porque estava carregando dois pacotes presos em seu pescoço. Ela abriu a janela para a coruja entrasse, rapidamente pegando os pacotes que carregava, não sem antes oferecer algo para esta comer e beber. Hermione abriu o pacote mais fino primeiro. A leitura fez sua respiração acelerar ao se dar conta de que era a minuta de um contrato de submissão. A formalidade com que fora redigido, a clareza das regras estabelecidas, as propostas contidas, tudo deixando muito claro os deveres, direitos e limites que poderiam ser estabelecidos numa futura relação entre Mestre e escrava. Era exatamente como Sirius já havia dito a ela, nada que abrisse margem para qualquer tipo de ambigüidade.

            Ela não teve qualquer dificuldade com a questão dos seus deveres e direitos, mas não pôde evitar um certo choque na hora de lidar com a questão dos limites intransponíveis. Prostituição forçada, tatuagens, cicatrizes e outras marcas permanentes no corpo; atividades escatológicas, principalmente envolvendo urina e fezes, tudo isso foi marcado como inaceitável por ela, juntamente com outros itens. Uma dúvida, entretanto, assaltou sua mente, ao se deparar com o item a respeito do compartilhamento de seu corpo com outros Mestres. Hermione teve uma boa amostra disso na sessão em que estiveram Luna e Blaise. Ela percebeu o quanto sua amiga lhe pareceu bem a vontade em ser compartilhada com Sirius, mas não sabia se ela mesmo estava pronta para um passo desses. Acabou colocando-a no item de temas que precisavam ser debatidos, junto com a exibição pública de sua escravidão. O documento foi devidamente assinado por ela, que liberou a coruja para que esta o levasse, expressamente para o Mestre que ela havia escolhido.

Os minutos se passaram e ela ainda não tinha aberto o segundo pacote. Hermione sabia o que este continha, mas algo ainda a impedia de abri-lo, pois ela sabia que estava dando um passo definitivo em sua vida. Sentimentos conflitantes tomavam conta dela, pois mesmo após tudo o que fizera para chegar a esse momento, ela hesitava. Hermione sabia que se tratava de um último grito de resistência por parte das antigas convenções com que fora criada por seus pais. Era um lado seu, bem lá no fundo de seu ser, tentando demovê-la de sua decisão. Hermione Jane Granger sempre fora uma pessoa racional. Longe de abrir mão de suas emoções, ela sempre procurou garantir que estas não comandassem suas decisões, sempre se arrependendo nas poucas vezes em que isso aconteceu na sua vida. Ela foi até o espelho, olhando detidamente o próprio reflexo, o envelope colado ao corpo. Hermione fechou os olhos e respirou profundamente. Ficou assim quase um minuto, antes de abrir os olhos novamente, se deparando com o seu sorriso no reflexo do espelho. Ela já havia tomado a sua decisão, abrindo o envelope de imediato.

A emoção que sentiu ao ter o objeto em suas mãos era difícil de definir. Havia felicidade, orgulho e um toque de ternura. Passou a mão em torno dele, como se tocá-lo fosse a única forma de constatar que era real. A simplicidade de sua aparência nem de longe o tornava menos valioso para ela. Hermione teve de sentir sua carne ardendo, sua boca soltando muitos gritos, as horas que passou ajoelhada, os momentos de dor e desamparo. Por tudo isso ela passou para ter aquele objeto em suas mãos, e tudo o que ele significava. Era feito de couro de dragão, com a parte interna acolchoada. Uma única argola na parte central, logo abaixo onde se lia uma inscrição: “Propriedade de...”. O nome dele ainda não estava lá, pois ela ainda não tinha lhe oferecido o colar, junto com a sua submissão, mas era só uma questão de tempo agora.

A batida na janela volta a chamar sua atenção. Era a coruja de volta, com um novo envelope. Ela abre a janela com pressa, pegando o envelope com sofreguidão. O contrato definitivo estava em suas mãos, ele havia aceitado todas as suas condições, pois sua assinatura estava lá, só faltava a dela. Sua mão estava tremendo quando pôs o seu nome, logo abaixo do dele, como era apropriado. Agora só faltava ir até o Mestre que escolhera e fazer o oferecimento; não havia porque esperar; queria fazer isso esta noite mesmo. Aquele que ela havia escolhido devia estar a sua espera, pronto para aceitar sua submissão, pronto para assumir o seu lugar como o Mestre de Hermione Jane Granger. Ela sorri, e guarda o contrato assinado. É um local seguro, protegido por um feitiço que ela preparou para esta exata função. Hermione deixou os seus aposentos para ir até os aposentos dele. Ela estava feliz, pois estava indo assumir o seu lugar de direito, como a escrava do homem, que por sua livre e espontânea vontade, havia escolhido para ser o seu Mestre.


Notas Finais


Espero que todos tenham gostado. O próximo capítulo será aquele em que conheceremos o Mestre que a Hermione escolheu para entregar a sua submissão. Irei postar o capítulo no domingo de manhã, aguardem.


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