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História Triangle - Cubos


Escrita por: FattyKetty

Notas do Autor


Oi gente, bem...
Eu combinei que postaria todas as quartas e sábados né?
Mas essa semana eu apenas postei no sábado então, ficou desfalcado o capitulo de quarta.
Como ele esta pronto e o próximo na metade. Resolvi que era justo trazer ele, para manter o ritmo.
Então entendam o cap passado como o de quarta e o de hoje como o de sábado.
Se tudo der certo essa semana Triangle volta ao normal. (O que significa que terão capítulos na quarta e no sábado) Desculpem a Kétty por ter ficado triste.
amo vocês
e quem ai for Crean shipper... Boa sorte
aushaush <3 Beijos

Capítulo 8 - Cubos


Fanfic / Fanfiction Triangle - Cubos

△ 

Quando vi a tela do meu computador piscando com um número 7, por um momento pensei que tinha feito algo errado e a equipe do Youtube estava decidida a excluir o meu canal. Engoli em seco mordendo o lábio como sempre fazia ao ficar nervoso e com um movimento tremulo, guiei o mouse até o pequeno número sete. Clicando lá percebi que eram... Comentários? Como assim...? 

Algumas pessoas me elogiavam, outras elogiavam a minha voz e o número de inscritos no canal tinha dobrado. Tive que reler calmamente cada um deles, como se fosse algum tipo de mentira e com um sorriso enorme estampado no rosto, fiz questão de responder um por um.  

-"Hyuk, eu já to saindo pro trabalho, vê se não se atrasa pra faculdade em!"- Minha mãe gritou de fora do meu quarto e sorri grande. 

-"Ta bom!"- Gritei de volta, perdido em respostas bonitinhas e coraçõezinhos criptografados.  

Foi quando a casa fez um pouco mais de silêncio e eu decidi responder o quarto comentário que eu vi. Uma crítica meio ofensiva, não fazia muito sentido e era claramente apenas violenta. Mas eu lembrei porque escondi meu canal com tanto esmero. Não sei lidar com críticas.  

"Como você tem coragem de colocar esse lixo online? Eu teria vergonha se fosse você!" 

Todos os comentários bons eram lindos, mas eu reli a crítica mais vezes. Eu levei ela muito mais em consideração e foi com ela na cabeça que eu fui até a faculdade sem merendar primeiro. Por ser um pouco mais cedo, consegui pensar no que queria pensar, tudo estava meio vazio. Afinal, era praticamente madrugada.  

Jiho sempre reclamava comigo, desde que a gente se conheceu. Quando vejo alguém falando algo negativo em relação a mim, me calo. Congelo. Não sei responder e fico tão nervoso que apenas tento me esconder. Isso sempre deixa as pessoas pensando o que queriam de mim.  

E por isso que eu odeio mal entendidos e amo Woo Jiho. Mesmo se eu ficar calado e não me defender, ele fara isso por mim. Me defenderia com unhas e dentes e faltando argumentos até soltaria alguns xingamentos sem sentido apenas pra não sair errado.  

Me lembro como se fosse hoje, como ele me defendeu de um garoto na escola que tinha me enganado. Foi algo tão bobo e infantil, mas eu sempre acredito em tudo e quando descobri que era mentira fiquei realmente ofendido, contei a Jiho e claro ele não poupou xingamentos e dedos apontados pra cara do menino.  

Tive que rir um pouquinho enquanto lembrava de como sua cara ficou vermelha ao reclamar do menino. E foi quando notei a senhora a minha frente me olhando estranho e pigarreei, engolindo o riso e olhando pra janela de novo. As pessoas sempre me achavam estranho. 

△ 

Assim como pensei, cheguei cedo demais na faculdade. Todos os corredores estavam vazios e os bancos geralmente lotados por pessoas estavam sozinhos e silenciosos. Andei até a sala, virando o corredor no lugar certo e percebendo uma pessoa muito bem sentada em um dos bancos. O rapaz estava praticamente deitado sobre a madeira do mesmo. Como se estivesse completamente confortável. Sorri um pouco e me aproximei sentando ao seu lado.  

-"Caiu da cama, Darling?"- Falei com num tom sínico o apelido que todo mundo tentava empurrar nele. Seob não perdeu tempo, mesmo que estivéssemos sentados ele me puxou pra um abraço apertado.  

-"Eu sempre chego cedo Hyukie!"- Falou fazendo uma caretinha falsamente ofendida e eu apenas ri.  

-"Essa camisa é tão bonita Seob!"- Falei tocando de leve a parte de baixo da camisa. Era de botão, mas as costuras, punhos e gola eram em preto. O que deixava a camisa bem charmosa.  

-"Sim! Eu amo ela, mas não acho que está combinando com meu look de hoje... A sua combinaria muito mais!"- Ele comentou apontando pra minha camisa. Olhei pra baixo pra lembrar qual camisa eu estava usando. Era uma camisa normal, não tinha nada de magnifico. Só em letras garrafais a palavra "nothing" bem no centro.  

-"Não tem nada de legal nessa camisa! A sua é bem mais legal!"- Falei fazendo uma careta e apontando pra ele. 

-"Hora, mas o que é melhor do que uma piadinha numa camisa? Ainda mais em inglês! É perfeita!"- Falou rindo e rolei os olhos. 

-"Depois eu te dou ela!"- Falei e o rapaz ficou feliz demais, mexendo-se e batendo palmas que ecoavam pelo corredor vazio. Até que ele pareceu parar pra pensar um pouco e me olhou com um sorriso.  

-"Me dê agora..."- Falou como se fosse nada. Olhei-o desacreditado, meio que processando suas palavras.  

-"Quê?"- Enfatizei, esperando que ele explicasse isso de um jeito plausível. 

-"Vamos trocar as camisas agora! Eu te dou a minha e você me dá a sua!"- Pela animação na sua voz e o sorriso nos seus lábios, ele estava falando sério. Suspirei rendido.  

-"Ta bom... Vamos no banheiro que..."- Falei já me levantado lentamente, Seob riu e segurou minha mão me puxando. Ele deixou nossas coisas no banco sem medo e me empurrou pra umas das salas. Meus olhos esbugalharam e eu quase morri de medo. O que esse doido tem na cabeça? 

A sala estava meio escura por as luzes estarem desligadas, mas entrava luminosidade pela pequena janela de vidro na porta. Ele começou a desabotoar sua camisa com cuidado. Desviei o olhar pro chão. Com certo receio e um medo meio bobo toquei a barra da minha camisa, pensando em fazer isso o mais rápido possível. Fechei os olhos e empurrei a camisa pra fora do meu corpo pela cabeça e estendi a frente. A risada de Seob encheu a sala e tive que olhar pra ele rindo também. 

-"Olha só, que ameba bonitinha..."- Ele gritou se aproximando e fazendo cosquinhas contra minha barriga despida. Gritei algo e o empurrei rindo.  

-"Me dá logo a sua camisa!"- Implorei e ele jogou a camisa na minha cara rindo. Enfiei meus braços pelas mangas da camisa e comecei a abotoa-la enquanto observava o corpo de Seob. Ele era bem bonito e sua pele era mais amorenada que a minha. Logo ele cortou a minha hipnose vestindo a camisa rapidamente. Assumo, ficou muito melhor nele.  

Quando encontrei seu olhar ele estava rindo um pouco e pigarreei tentando fingir que não estava o encarando feito um retardado. Coloquei toda a minha atenção em abotoar a camisa rapidamente e quando terminei me senti aliviado.  

-"Pronto, vamos sair daqui..."- Falei rápido, mas Seob segurou meu braço e me empurrou calmamente contra a parede. Arregalei os olhos quando ele pôs sua mão na minha camisa e começou a desabotoa-la novamente, foi quando percebi que eu tinha colocado os botões nas casinhas erradas. Ele arrumou meu erro com uma calma que eu na minha infantilidade facilmente confundiria com gentileza ou carinho.  

-"Você é mesmo uma ameba..."- Falou sorrindo um pouco mais quando finalmente terminou, sem afastar nem um centímetro de mim.  

-"Obrigada..."- Falei baixinho e sorri pra ele. Seob se aproximou. 

Você já se sentiu meio bobo alguma vez na vida? Me sinto assim constantemente. É como se minha vida fosse sobre isso, de uma forma geral. Mas eu nunca me senti tão bobo quando nesse momento. Parecia que eu nunca tomaria uma atitude que superasse o nível de bobagem que eu poderia fazer num dia só, num movimento só. Antes que os lábios dele finalmente chegassem até os meus no movimento certeiro que ele estava protagonizando eu virei o rosto pro lado. O silêncio pairou entre nós dois.  

Naquele momento eu entendi parte do que Jiho sempre me diz, coisas como: "Não me beije só por causa do momento." Ou "Não me beije só porque está triste!". No final, um beijo significa muito mais que isso e ao concretiza-lo eu estaria dando indícios falsos a alguém. Sendo a pessoa que eu não queria ser e odiava, alguém que mente e ilude. Por isso, eu não quis beijar Seob. Mesmo que a atmosfera fosse perfeita, mesmo que tivéssemos intimidade pra isso, mesmo que ele fosse uma pessoa legal... Algo não parecia certo e eu não queria fingir o contrário.  

Indo contra tudo o que eu pensei que ele faria naquele momento, Seob pousou sua mão sobre minha cabeça e massageou meu cabelo com cuidado. Virei o rosto de volta para encontrar seu olhar e o vi sorrir fraquinho. 

-"Desculpa... Eu não quero apressar as coisa com você, mas eu quero que saiba... Eu gosto de você... Muito."- Foi o que ele disse enquanto seus dedos mantiam o carinho. Olhei-o por mais um tempo. Perplexo.  

Sempre temi aquele tipo de comentário. Não tem área da vida e dos relacionamentos interpessoais que me assuste tanto. Hora, tem outro jeito da pessoa ser próxima ao ponto de não só invadir o seu espaço, como se fazer parte do seu espaço? Como exatamente lidaria com isso? Como exatamente lidaria com esse tipo de perda depois? Como eu aguentaria um termino dessa imensidão? O medo que reverberava pelo meu coração era forte e me fazia praticamente tremer olhando pro rapaz, aparentemente alheio ao que rolava na minha mente.  

Não tem exatamente uma saída. Se fossemos apenas amigos pra sempre seria bom, mas a partir do momento que alguém se declara você tem que tomar uma decisão. Prefere dizer que não gosta da pessoa e perder a amizade dela ou dizer que sim, viver um romance com um final visível e então perder a amizade dela? 

-"I wish you could stay..."- Sussurrei ainda olhando pra ele. Suas sobrancelhas juntaram em dúvida.  

-"I will..."- Ele disse sem medo nos olhos. Simples como eu nunca conseguiria ser. Parecia até que ele tinha todo o controle sobre o tempo e espaço. Talvez essa fosse a parte mais interessante em HyoSeob.  

△ 

-"Estava morrendo de saudades de você Hyuk!"- YuKwon disse sentando ao meu lado. Eu estava muito bem sentado no corredor, respondendo ao Seob por mensagem que o esperaria sim pra irmos embora juntos, quando ele chegou sentando ao meu lado.  

-"Apenas uma aula que não fazemos juntos e você me diz que estava sentindo minha falta? Fala a verdade Kwon! E porque não está me chamando de Kwon?"- Perguntei com calma vendo o loiro girar os olhos entediado e logo me lançar um dos seus sorrisos perfeitos enquanto cruzava as pernas de um jeito relaxado.  

-"Talvez eu tenha descoberto que Hyuk é um nome bonito também!"- Falou e piscou um olho pra mim.  

-"Mais bonito que Kwon?"- Brinquei descrente e ele assentiu. Apertei os olhos na sua direção e sorri de um jeito suspeito. -"E isso não tem nada a ver com o fato de que você está namorando um tal de MinHyuk? Quem tem coincidentemente o mesmo ultimo nome que o meu?"- Falei mexendo as sobrancelhas sugestivamente e o loiro nem disfarçou enquanto mordia o lábio e me dava um tapinha no ombro.  

-"Não estamos namorando ainda... Sabe o que pensei agora? Você até parece nosso filho! Você tem o nome mais bonito do mundo cara! Estou até com inveja. KwonHyuk..."- Falou rindo um pouco e eu fingi que ia vomitar recebendo uns tapas no ombro como protesto.  

-"Eu retiro o que eu disse sobre você ser fofo apaixonado Kwon, você é muito estranho apaixonado!"- Impliquei fazendo uma careta.  

-"Não seja ciumento amorzinho, tenho que ser feliz mesmo, não é?"- Brincou empurrando os cabelos longos e imaginários para trás num movimento bem... Gay.  

-"Então está assim, tão bom?"- Falei aproximando-me levemente, quase num tom de fofoca. Kwon também se aproximou sorrindo mais.  

-"Está mais que bom!"- Após sua afirmação o vi dando risadinhas bobas e tive que empurra-lo um pouco para conter toda aquela aura purpurinada e feliz demais. Vi Minhyuk se aproximando por trás e me conti ao máximo para não denunciar a aproximação do moreno. Ele abraçou Kwon por trás e cheirou sua nuca com força, só pra começar a tossir com força e se afastar vários passos do loiro.  

-"Ah meu deus! Pra que um perfume tão forte logo de manhã?"- Gritou o moreno, logo espirrando. Parecia estar morrendo. Tive que rir um pouco quando o loiro virou para encara-lo com uma expressão nada boa. 

-"Eu só me cuido ok? E que porra de camisa Polo é essa Minhyuk? Você acha que ta onde? Em 2008?"- Reclamou apontando pra camisa do outro rapaz. Dessa vez eu tive que concordar, Min tinha exagerado no quesito: "Não me importo em vestir roupas bonitas". 

-"Por favor! Você adora minha camisa Polo! Você ama qualquer coisa que eu vestir! Assume Kim YuKwon!"- Implicou dando uma voltinha e logo sentando ao meu lado, me deixando de vela entre os dois.  

-"E eu aqui inocentemente pensando que vocês iam finalmente parar de brigar! Isso é ódio ou é amor?"- Brinquei intercalando entre olhar o nerd e o popular. 

-"É amor!"- Os dois responderam de uma vez só e tive que fingir vomito. Hora, o que mais eu poderia fazer nessa situação? 

-"Ei Hyuk! Vai ter uma festa muito boa no fim de semana! Foi tão legal na vez passada! Vamos de novo nesse, sim?"- Kwon falou de repente e tive que fazer uma careta pra ele. Sim foi bom, mas de forma nenhuma aquela festa conseguia me trazer lembranças boas, só conseguia lembrar-me de mim mesmo encolhido na casa de Seob, chorando feito um retardado.  

-"Eu não sei... Acho que uma vez foi suficiente pra mim..."- Falei, tentando tirar o corpo fora, O loiro fez uma careta em reprovação.  

-"Não seja assim! Até o Minnie concordou em ir!"- Falou apontando pro moreno, olhei pro meu amigo e sofri ao ver seu dar de ombros. Onde estava meu bom amigo, parceiro de silêncios não constrangedores? Ah, já estava sentindo falta do antigo Minhyuk.  

-"Você concordou mesmo em ir?"- Questionei desacreditado.  

-"Você sabe como é... Kwon aprendeu boas formas de convencer a qualquer coisa..."- O moreno disse sorrindo de um jeito que me fez querer levantar e sair do meio deles dois imediatamente.  

-"Eca..."- Foi tudo que consegui dizer ao escutar aquilo. Os dois riram e o primeiro a me abraçar foi Minhyuk. 

-"Meu pobre e puro Hyuk!"- Ele disse dramaticamente, logo Kwon me abraçou do outro lado, nos transformando em um sanduiche de gente louca.  

-"Ah meu pobre filho! Papai e mamãe não fazem nada ok? A gente nem se beija, fica tranquilo!"- Kwon disse mais dramático que o moreno e tive que rir aconchegado no abraço.  

-"Quem é a mamãe?"- Perguntei de um jeito cômico e os dois riram mais me soltando do abraço. 

-"Só digo uma coisa... Não sou eu!"- Minhyuk falou fazendo uma careta. 

-"Eca..."- Falei novamente. 

-"Quem quer passar o resto da tarde estudando lá em casa, levanta a mão!"- Minhyuk disse numa animação contida. Kwon levantou a  mão e quando eu estava prestes a fazer o mesmo, uma frase me chamou atenção.  

-"Ei ameba, vamos pra casa?"- Seob estava perto rindo de nós três. Sorri grande e fiquei de pé.  

-"Acho que vou ter que deixar papai e mamãe sozinhos hoje!"- Falei e ri um pouco.  

-"Ah, amor... Eles crescem tão rápido!"- Kwon suspirou olhando pra Minhyuk que riu um pouco daquela nossa besteira. Claro que eu e Seob não resistimos a compartilhar algumas gargalhadas com os dois. 

△ 


Notas Finais


Eita to escutando os gritos das Crean shippers asauhsauhs <3


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