1. Spirit Fanfics >
  2. Trickster: A ilha de Caballa. >
  3. Fanta-sia na noite estrelada

História Trickster: A ilha de Caballa. - Fanta-sia na noite estrelada


Escrita por: Reliearth

Notas do Autor


Oi sumidos, rs.
Tá, demorou mais de um ano mas eu postei!
A verdade é que esse capítulo tá parado há muito tempo porque não tive coragem de arrumar, só faltava o fim.
Mas o próximo desse já está praticamente escrito, só que não tem data, como sempre. kkkk
Do mais, muito obrigado por lerem e espero que gostem deste capítulo, ele é bem curtinho até.
Eu dei uma revisada na estória e arrumei alguns pontos que não tinha gostado anteriormente, mas agora está tudo dentro dos conformes! u.u
Estou até pensando em divulgar nos fóruns dos tricksters que ainda estão de pé, quem sabe né?
É altamente recomendável vocês escutarem as soundtracks do jogo pelo youtube enquanto leem, para uma experiência mais imersiva, mas não é um must, fica à critério de vocês!
Soundtrack - Crap (Desert Beach Field).
Soundtrack - Moonlight Garden (Desert Beach Field - Night).
Boa leitura!!

Capítulo 9 - Fanta-sia na noite estrelada


Fanfic / Fanfiction Trickster: A ilha de Caballa. - Fanta-sia na noite estrelada

Os dias de chuva haviam passado, o sol voltou radiante de seu descanso e fazia questão de iluminar toda a cidade tropical e os seus arredores, mas as nuvens cirros que espalhavam-se pelo céu anunciavam que a chuva não demoraria muito para voltar.

Nas grandes dunas de Paradise o vento soprava. Em uma delas — inclusive — o ar lufava impaciente dos pulmões de Bernard, que deitado sobre a areia, espiava algo através de um binóculos.

— “Alguma novidade, Bernard? Câmbio.” — uma voz feminina soou de seu walkie-talkie.

— Alvo avistado. — ele disse, enquanto apertava um botão. — Aguardando confirmação, câmbio. — soltou o botão e devolveu o aparelho para perto de si, na areia.

Ainda atento, Bernard continuava a observar seu alvo, um polvo vestindo adereços de hula e também uma flor de hibisco em sua enorme cabeça. Aquela estranha criatura andava sorrateiramente pela areia com seus tentáculos expressando muita desconfiança, para sorte do músico as dunas eram um ótimo local para que pudesse se esconder.

Seus olhos mantinham-se fixos, quase não piscavam, mas não puderam deixar de se arregalar quando ele viu o polvo parar perto de um coqueiro e entregar — para outro polvo escondido atrás de um cacto — um CD.

— Alvo confirmado, Grumpy Octopus pego em flagrante!!! Câmbio final!! — ele agarrou o seu walkie-talkie e bradou.

— “Vamos agir Nike!!!” — a voz feminina respondeu. — “Bernard dê-nos suporte! Câmbio, desligo!”

De trás de uma duna mais distante saiu uma mulher usando um vestido tubinho curto com mangas, era branco com faixas pretas nas laterais. Já de outra duna próximo aos dois polvos traficantes, saía um rapaz magro e musculoso com uma roupa cavada vermelha e uma calça esportiva bege com listras vermelhas nas laterais, em sua cabeça uma bandana, d’onde saiam um par de chifres.

O rapaz dos chifres de búfalo deu um fortíssimo chute no polvo que pulou para atacá-lo quando ele se aproximou, fazendo com que o monstro fosse arremessado na areia, para perto da mulher.

— Acabou pra você, seu traficantezinho!!! — ela retirou de seu sinto bege uma arma, e a apontou para a criatura, que revidou com um olhar mortal.

— Comandante, dois Hula Octopus às seis horas! — grita o rapaz musculoso para ela, mas antes que ele pudesse agir, o polvo escondido atrás do cacto atacou-o.

Como fantasmas, surgiram atrás da mulher, dois comparsas do polvo contrabandeador, o mais próximo atacava por cima, e estava pronto para dar-lhe um golpe surpresa.

Fermata! — grita Bernard e aponta para o Hula Octopus, deixando-o imóvel no ar.

Simultaneamente a reação do músico, a moça agacha e rola para o lado, mirando sua arma no outro Hula Octopus mais distante, sem hesitar ela aperta o gatilho, disparando um tiro certeiro.

— Solta! — gritou Nike para Bernard, que também deveria ficar imóvel para a magia fazer efeito.

O mago cancelou sua magia e Nike arremessou seu oponente sorrateiro no polvo que estava paralisado no ar. Foi um nocaute, o único que ainda estava de pé era o Grumpy Octopus, que a mulher havia dado voz de prisão.

A policial ajustou seu chapéu branco com detalhes preto, onde repousavam orelhas parecidas com as do leopardo-das-neves, e apontou novamente a arma para o polvo contrabandeador.

— Você vai comigo para a Monster Guild. Então nem pense em fazer gracinhas. — seu olhar era afiado e ameaçador, era visível o quanto estava se segurando para não apertar o gatilho.

Ela pegou uma espécie de algema e prendeu todos os oito tentáculos do monstro, carregando ele como se fosse uma sexta.

— Obrigada garotos, aqui está o sticker, como prometi. — ela entregou para cada um o adesivo redondo amarelado, com um desenho vermelho no centro escrito: “Good Job!”. Bernard pegou-o e, naturalmente, sentiu seu MyView vibrar.

— Obrigado comandante Tera. — disseram os dois jovens ao mesmo tempo, ela fez uma breve posição de sentido.

Monster Guild... — disse o músico, numa pose pensativa.

— Soa familiar? — perguntou ela, Bernard consentiu. — Eles estudam as criaturas e adicionam no bestiário, eu costumo ajudá-los. Mas no caso desse aqui, após os estudos eu vou me encarregar pessoalmente da punição pelo crime de pirataria.

— Minha nossa! — sussurrou o Bernard ao notar o tom de voz maléfico de Tera.

— Se isso é tudo... — disse Nike, sua voz e rosto expressando seriedade.

— Ah, sim! Claro, é tudo, podem ir! — Tera respondeu, agora com um tom de voz despreocupado. — E nada de bagunça na minha cidade, se não... — ela colocou a mão em cima da arma e lançou um sorriso para os dois.

Bernard deixou escapar uma risada nervosa, pois era realmente difícil dizer se ela estava brincando ou falando sério. Nike, por outro lado, apenas acenou com a cabeça, se despediu de ambos com um aperto de mão firme, e caminhou para o norte onde — segundo boatos — uma pirâmide aparecia como se fosse uma miragem nas repentinas tempestades de areia, e desaparecia quando a tempestade acabasse.

Com seu primeiro sticker em mãos, Bernard desmaterializou-o para dentro do MyView, e viu um espaço se encher no aplicativo que Robert havia instalado para ele, só lhe restavam quatro. O sol já estava fraco, eram cinco e vinte e três da tarde, apesar de perseguirem a criatura por mais de duas horas, seu dia não havia sido longo, isso porque ele só fora acordar meio-dia e ficou vagueando pela cidade até ser recrutado por Tera.

De qualquer modo, seu corpo ainda estava disposto e agora ele se via parado sem saber o que fazer. Decidiu caminhar para a cidade, talvez fosse até a Monster Guild conversar sobre o bestiário em seu MyView, mas passando os olhos pelo cenário onde se encontrava, sua curiosidade foi despertada, ao ver de relance um senhor de meia-idade ou mais caminhando na areia solta com um cavalete e uma tela em branco.

Ele decidiu se aproximar, pensando em conseguir seu segundo sticker caso o homem precisasse de ajuda. Caminhou sem muita pressa até o senhor, dando-lhe tempo o suficiente para ajustar a posição do cavalete, e colocar a tela sobre ele.

— Boa tarde senhor. — disse o músico para o homem de barba cheia e cabelos brancos, cobertos por uma boina marrom.

— Que conveniente! — ele respondeu, com uma voz tranquila. — Boa tarde, claro. Seria muito incomodo se eu lhe pedisse um grandessíssimo favor?

— Ora, de modo algum. — Bernard falou, lançando um sorriso amistoso. — Como posso lhe ajudar?

— Sabe como é, a idade vai chegando e vamos ficando esquecidos. — o senhor retirou a boina e coçou a cabeça, então pegou os óculos no bolso de seu paletó também marrom, limpou-o sem pressa, e o colocou. — Acredita que eu vim aqui para pintar e esqueci de trazer a tinta?

— “Acredito”. — pensou ele, embora de seus lábios escaparam surpresa. — Sério?

— Seríssimo... Bom, acho que por enquanto vou ter que improvisar com o que tenho. — ele então tirou um cachimbo de seu bolso e o acendeu, sem pressa alguma e, após jogar uma baforada no rosto de Bernard, continuou. — Tem uma criatura aqui perto, é um peixe, mas ele voa, o que é engraçado porque ele é um peixe, então ele só deveria nadar... — Bernard abanou a fumaça do rosto. — Se bem que tem um peixe no mar que também voa...

O músico pigarreou, sentindo a necessidade de trazer o homem de seus devaneios, mas esse simplesmente não parecia lhe dar ouvidos, então decidiu usar uma aproximação mais indelicada.

— Ah sim, um peixe voador, acredito que seu nome seja Fanta Fish, já ouvi falar dele no estabelecimento onde almoço sempre.

— Isso! Exatamente! — o homem olhou para ele surpreso, como se tivesse esquecido de seu pedido. — Então, eu esqueci minhas tintas, acredita? — falou ele, dando outra baforada em seu cachimbo. — E esse peixe carrega, e não me pergunte o porquê, alguns Color Pencils.

— “Hum... É verdade, por que será q- Não! Não comece você também!” — Bernard chacoalhou a cabeça, impedindo que também fosse tomado por devaneios. — É, realmente é um mistério. Então o senhor precisa que eu cace Fanta Fishes e traga alguns desses Color Pencils?

— Ah sim! Eu consigo improvisar alguma tinta com o que não esqueci de trazer. É, até que você chegue com esses lápis. Consegue me trazer alguns?

— Sim, claro. — Bernard consentiu positivamente, conferindo somente o tamanho da tela que o artista usava, não queria correr o risco de trazer os itens e serem insuficientes. Para sua sorte, a tela não era muito grande, dependendo do tamanho ou da quantidade dos lápis obtidos, seria mais que suficiente.

— Qual seu nome, menino? — perguntou o senhor, após outra baforada.

— Bernard Fowler, senhor, sou músico amador. — respondeu num tom educado, enquanto espantava a fumaça novamente. — E quanto ao senhor?

— Eu? Bem, sou só um velho artista. — disse, mantendo a voz pacata e de certa rouquidão.

— “Acho que me contento com isso...” — pensou o músico, com a paciência um pouco curta. — Eu voltarei em breve, antes do sol se pôr, assim espero.

— Ótimo, ótimo. Não pretendo pintar o pôr do sol de qualquer maneira.

Bernard caminhou até o rio que — desovava no mar e — cortava parte da praia deserta de Paradise, e antes de cruzar a ponte que dava acesso à outra parte, parou em uma área gramada e descalçou seus tênis para retirar a areia, não esperava porém, que seria surpreendido com um grande barulho, proveniente do mergulho dado por uma criatura próximo à ele e a ponte, ele se desequilibrou e caiu sentado no chão, com um pé descalço. Ao olhar pra cima notou que mais um ser não identificado descia em alta velocidade para mergulhar.

De prontidão, calçou a meia e o tênis, colocando-se em posição de combate com seu equipamento, que materializara rapidamente.

Fermata! — Bradou o mago segundos antes da criatura mergulhar.

Ambos ficaram imóveis, e ele pode ver com clareza do que se tratava, um peixe de cor turquesa, suas escamas brilhavam como se fossem opalas enquanto refletiam o brilho do sol e, encolhidos em suas costas, pequenas asas que mais lhe pareciam barbatanas.

O Fanta Fish voltou o olhar para ele, e fez algo que deixou Bernard desacreditado. O monstro quebrou a sua magia, continuando o veloz mergulho e com a mesma velocidade saltou da água, lançando no músico boquiaberto um Magical Soul de supetão.

O mago desviou para o lado direito, a tempo de evitar o golpe, mas sua única visão foi do peixe lançando outra esfera furiosamente. Dessa vez, só conseguira desviar — por muito pouco — da magia jogando seu corpo para a direção oposta à que ele se inclinou na primeira vez. Sem perder muito tempo, se pôs de pé e também decidiu atacar.

Magical Soul! — gritou contra o Fanta Fish. A esfera branca foi em direção ao alvo mas este desviou, preparando seu contra ataque.

Ambos os usuários de magia concentraram-se em seu oponente, a Magical Soul do Fanta Fish fora disparada primeiro, mas mesmo acertando, Bernard continuou a se concentrar, para a surpresa do monstro. A esfera lançada num furor pegou-o desprevenido, dando um golpe certeiro.

Um brilho saiu do monstro abatido na areia e atingiu o MyView de Bernard, seguindo da vibração do mesmo. O mago vitorioso checou seu aparelho, se deparando com uma caixa de vários lápis coloridos identificados pelo nome de Color Pencils em seu “Inventory”.

— Ele quebrou a Fermata...? — comentou alto, num tom chocado e pensativo. — Talvez minha habilidade não esteja muito forte, já que eu a aprendi recentemente.

Ele fitou o aparelho por um tempo, os olhos distantes, parecia estar analisando seu desempenho durante a batalha.

— Em compensação... — falou ele, com certo ânimo no rosto. — Invincible Casting funcionou muito bem! Sou um mago muito poderoso!  — riu, superestimando suas habilidades que, até agora, provaram-se básicas e quase não suficientes para garantir sua sobrevivência.

Após acalmar seus ânimos, o tigre postiço decidiu terminar de reunir os Color Pencils faltantes. Mas a tarefa se mostrou mais difícil que imaginara, os outros Fanta Fishes ficaram em estado de alerta, e não estavam querendo pousar no rio, Bernard teve que se esconder e esperar até que um deles descesse para tentar imobilizá-los com sua magia Fermata, e desafiá-los para um combate. Vezes ele errava o timing de sua magia, vezes as criaturas fugiam dentro do rio, utilizando de suas escamas para se camuflar na água, e nas poucas que conseguiu batalhar não obtivera sucesso em conseguir o item que desejava.

A noite começava a cair, preocupado se conseguiria a tempo, tentou uma última batalha, mas infelizmente também não obtivera sucesso. Desolado por sua tentativa frustrada de completar o pedido, foi abordado por uma competidora que passava por ali e acabara vendo a luta.

Ela era alguns centímetros menor que ele, usava uma calça jeans preta e uma blusa college — agora adequado, já que a noite no deserto poderia se mostrar bem fria — grande demais para seu corpo, era vermelha e as mangas brancas.

— Atrás de algum item? — disse a competidora, ajustando seu cabelo preto cortado em um long bob.

— Oi?! — o músico virou surpreso, se dando conta da presença da moça que o abordara.

— Eu enfrentei alguns desses Fanta Fishes, pode ser que eu tenha algo que você precisa. — ela respondeu, ajeitando seu arco de cabelo, que lembrava muito um lobo cinzento.

— Ah, sim! Estou procurando Color Pencils.

— Acho que tenho. — ela pegou seu MyView e fixou seus olhos verdes na tela. — Tenho três, de quantos precisa?

— “Não é à toa que não estou achando, você pegou tudo!” — pensou o músico. — Apenas um. — ele deu uma olhada por cima do aparelho dela, visualizando uma interface alaranjada, diferente da sua azul.

— Que tal, trezentos galders? — a moça disse enquanto mexia em seu MyView, deixando o músico de queixo caído.

— Duzentos e cinquenta! — revidou a proposta. Também mexendo no seu aparelho para fazer a transição.

— Duzentos e setenta e cinco, e não falamos mais nisso. — ela levantou a sobrancelha esquerda e olhou diretamente nos olhos de Bernard, afrontosa. — São Faber-Castell.

— Duzentos e setenta? — ele tentou uma última vez, seu tom de voz nem sequer esboçava confiança em sua proposta.

— Nã, nã, não! — a moça recusou com o dedo e lançou um carismático sorriso.

— Está bem, okay! — o músico murmurou desolado, preparando seu MyView para a transição.

— Muito obrigada, espero que eles sejam úteis pra você! — a moça falou, guardando seu MyView alegremente. — Ótima noite!

— Obrigado. — o músico respondeu, segurando uma lágrima no olho por ver o dinheirinho que poderia usar para comprar um doce indo embora. — Por algum motivo sinto que sempre que negocio, saio perdendo... — desabafou consigo, após esperar a moça seguir caminho para a cidade.

O músico preocupado decidiu olhar para o relógio em seu MyView, eram quase sete da noite, a caçada tomou mais tempo que havia previsto e agora ele começava a tentar se localizar para chegar até o velho artista.

Caminhou com certa pressa pela areia e pela grama, até que, do lado de um rio encontrou o seu contratante, sua tela não era mais tão branca, e pendurado ao lado direito do cavalete, havia uma pequena lamparina com luz branca, para ajudá-lo a enxergar o que pintava.

— Q-que bom! — disse o músico sem fôlego. O pintor olhou-o assustado e gesticulou para que ele se recuperasse um pouco. — Que bom que o senhor ainda está aqui!

— Quem é você mesmo? — ele respondeu, jogando uma pequena baforada de seu cachimbo em Bernard, pasmo.

— C-como assim?! — retrucou o músico, mas o velho senhor começou a rir, dando leves tapas no ombro do jovem confuso.

— É brincadeira, meu rapaz!! — ele retirou o cachimbo da boca. — Você chegou bem a tempo! — trouxe Bernard para mais perto do quadro, trocando a expressão de pavor do mago por de surpreso.

O quadro era belíssimo, embora ainda não estivesse terminado, ele captava muito bem a calada da noite que fazia-se presente no lugar onde estavam, também a bela e cheia lua — que Bernard nem sequer havia notado que aparecera no céu —, derramando sua forte luz nas nuvens sobre o fundo azul escuro, ainda que enfeitado de estrelas.

— Senhor, isso é magnífico! — disse o tigre postiço. — Como sabia que o céu estaria exatamente assim quando começou? Nem havia escurecido.

— Usei um pouco de imaginação, também oras, é claro, observo muito o céu. Mas ainda falta a melhor parte! — o pintor pediu com sua mão, para que o músico entregasse seu pedido de outrora.

— Ah sim, claro! — Bernard pegou seu MyView, materializou os Color Pencils e os deu homem, sentindo seu aparelho vibrar, indício de que os itens não mais eram de sua posse.

— Sente-se, por favor! — o artista apontou para o chão gramado ao seu lado, e assim Bernard fez, enquanto observava o homem pacientemente criar mais tinta para finalizar o quadro.

Passaram-se alguns breves minutos, as tintas todas estavam finalmente dispostas onde deveriam estar na paleta, mas o homem aguardava, olhando para o céu.

Bernard esperava ansioso que algo acontecesse, continuava a olhar para o homem, e vez ou outra procurava algo no mesmo horizonte que ele, mas nada acontecia, tudo mantinha-se igual.

— Senhor, receio que tenha que-

O músico disse enquanto se levantava devagar, mas antes que pudesse terminar a frase, o artista interviu.

— Olhe! — ele apontou para a lua. — A atração principal acaba de chegar!

Já de pé, Bernard tornou sua atenção ao lugar indicado pelo velho, e para a sua surpresa — expressada nitidamente pelo arregalar dos olhos — viu vários Fanta Fishes decolarem, dançando em frente a lua e depois seguindo para onde quer que fossem.

Muitos estavam distantes, poucos estavam mais próximos, e apenas suas silhuetas iluminadas pela lua eram distinguíveis e — talvez por causa da água ou por suas escamas — deixavam um rastro de brilho por onde passavam.

O artista pôs-se a pintar em sua tela com um grande sorriso nos lábios que prendiam novamente seu cachimbo, Bernard por outro lado, ficou imóvel ao seu lado.


Notas Finais


Gostaram? Foi um capítulo bem tranquilo até.
Achou algum errinho de português? Me avisa por favor? Estou sempre revisando também caso qualquer coisa.
Não sei com que frequência voltarei a atualizar, mas saibam que estou sempre mexendo nessa fic, tenho inclusive uma lista com todos os capítulos meio que roteirizados já.
Muito obrigado por acompanharem, de coração! <3
Obs: Sim, entre Nike e Bika, achei melhor ficar com o nome do Buffalo que está no livro, até por causa do significado de Nike, que é a deusa grega da vitória.


Gostou da Fanfic? Compartilhe!

Gostou? Deixe seu Comentário!

Muitos usuários deixam de postar por falta de comentários, estimule o trabalho deles, deixando um comentário.

Para comentar e incentivar o autor, Cadastre-se ou Acesse sua Conta.


Carregando...