História Trilha do destino - Tempo?

Pov Lauren

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Não me julguem eu não resisto a essa garota, eu ainda estou chateada pela forma que ela agiu e sei que ela ainda está chateada pelo que falei eu não quis dizer que estava cansada dela especificamente, quis dizer que eu estava cansada dessas crises de ciúmes bobas que ela tem,  eu só estava conversando com a Verônica e a Ari porque ambas estão me ajudando a recuperar as notas, eu particularmente acho impossível eu recuperar certeza que eu vou tomar bomba.

- Bom dia.- Uma enfermeira entrou no quarto toda sorridente, eu estava sentada na poltrona mexendo no notebook e Camila estava jogando no meu celular.

- Bom dia.- Eu e Camila falamos em um coral.

- Lauren sua mãe quer falar com você, ela está na sala do Dr Smith.- A enfermeira falou e caminho até a Camila.- Deixa eu ver como essa mocinha está.- Ela sorriu.

- Sabe o que ela quer?- Perguntei um pouco grossa, eu não falei com ela desde que tudo aconteceu não suporto nem olhar pra cara dela.

- Não sei.- Ela voltou a atenção pra mim.- Enquanto você conversa com ela eu vou preparar essa moça aqui pra receber alta 

- Alta?- Camila falou sorridente com a notícia mais eu estranhei um pouco.

- Sim, hoje você poderá voltar pra casa.- Ela sorriu.

- Ok.- Eu falei um pouco desconfiada.- Vou falar com ela, já volto.- Depositei um beijo calmo em sua testa e fui em direção a sala do Dr.- Queria falar comigo?- Falei séria, minha mãe estava em pé e o Dr Smith sentado na mesa dele.

- Oi Lauren.- Ele falou com um sorriso fraco.- Fecha a porta por favor.- Ele falou e eu fechei.- Quer sentar?- Ele falou meiogo e eu neguei com a cabeça.

- A gente precisa ter uma conversa um pouco séria.- Minha mãe falou.

- Fala então.- Fui grossa.

- A Camila vai receber alta.- O Dr falou me observando.

- Eu fiquei sabendo.- Dei os ombros.

- Não sei como falar isso.- Ele murmurou e eu fiquei um pouco apreensiva.

- Acho melhor você se sentar Lauren.- Minha mãe falou, eu relutei um pouco mais logo decidi sentar.- Nós falamos que a Camila teria três meses de vida, pelos exames.- Ela se sentou na beirada da mesa do Dr.- Mais ela voltou pro hospital e fizemos vários novos exames que não deram resultados positivos.

- Para de enrolação.- Falei sentindo meu coração bater pela boca.

- O câncer se espalhou mais rápido do que imaginamos.- Dr Smith tomou a palavra.

- Que?- Olhei perdida.- Então aumentem as sessões de quimio, dêem remédios, não sei!!! façam alguma coisa.- Me levantei sentindo minha respiração ficar descontrolada.

- Nós já fizemos isso.- Minha mãe se aproximou de mim.- Já aumentamos a quimio, tentamos alguns remédios mais nada deu certo.

- A gente falou com os familiares dela e eles optaram por ter ela em casa.- O Dr falou se aproximando de mim também.- Nesse momento.- Ele engoliu seco.

- Quanto tempo ela tem?- Falei sentindo uma enorme vontade de chorar.

- Meses.- O Dr falou um pouco perdido

- Semanas.- Minha mãe falou atenta.- Dias, horas?- Ela parecia se importar muito.- Não sabemos.

- CARALHO.- Gritei me virando e dando um murro na parede.

- Filha.- Minha mãe tocou meu braço.

- Não encosta em mim.- Falei grossa e ela se afastou, não consigo decifrar o tamanho do que estou sentindo, eu não consigo explicar...

- Vai dá tudo certo.- Dr Smith me ofereceu um sorriso e me abraçou.

- Não estou preparada pra perder ela.- Falei colocando minha cabeça no ombro dele.

- Tira suas mãos da minha filha.- Escutei a voz grossa e arrogante do meu pai, quando olhei ele estava na porta não entendi muito bem porque ele falou com essa grosseria om o Dr mais agora não é hora de tentar entender isso.

- Eles disseram pai...- Corri prós braços do meu pai e desabei em lágrimas.

- Eu sei.- Ele me apertou.- A gente vai dá um jeito.- EU NÃO ESTOU PREPARADA PRA PERDER ELA, EU PRECISO DELA, CAMZ DA LOLO, LOLO DA CAMZ CARALHOOOO, EU NÃO POSSO PERDER ELA..- Ei se acalma.- Ele fez um leve carinho nas minhas costas assim que sentiu eu apertando meu corpo contra o dele em um ato de expressar a dor que sentia.- A gente precisa voltar pra ela, ela precisa de você bem.- Ele sussurou e eu chorei mais um pouco.

- Eu sei.- Sai do abraço e limpei as lágrimas.- A gente tem que ser forte né?

- Vamos ser fortes.- Ele sorriu.- Fortes por ela.

- Por ela.- Respirei fundo e esfreguei o rosto.- Parece que eu estava chorando?

- Só está um pouco vermelha.- Ele sorriu e passou a mão gentilmente no meu rosto.- Vamos lá.- Ele segurou na minha mão e então voltamos pro quarto, quando chegamos lá a Sinu e o Shawn já estavam no quarto eles me olharam percebendo que eu já sabia o que estava acontecendo.

- Vai ficar tudo bem.- Shawn sussurrou do outro lado do quarto e eu sorri fraco.

- Então se você senti alguma dor já sabe, vem pra cá.- A enfermeira falou sorridente, eu estou sem chão... Sem... Sem... Não sei sem o que... Eu não sei explicar... Eu estou devastada... 

- Ok.- Camila respondeu sorrindo ela se levantou com cuidado e soltou o sorriso mais lindo do mundo.- Vamos?- Ela sorriu.

- Que tal a gente fazer um grande almoço lá em casa?- Sinu falou sorridente, como ela consegue sorrir? Como ela consegue fingir?

- Isso. - Shawn sorriu.- Vamos também Mike?

- comida de graça?- Meu pai falou rindo.- É claro que eu vou.

- Vocês são uns palhaços.- Camila sorriu, eu peguei a Mocilha dela então descemos pro estacionamento ela foi no carro do Shawn e eu fui com meu pai, quando entramos eu fiquei em silêncio, não qria falar nada... Não queria conversar... Só queria ficar quietinha na minha... Sozinha..

- A gente podia levar a Camila pra caçar.- Meu pai falou todo orgulhoso.

- Ela acabou de sair do hospital pai.- Eu ri da inocência dele.

- A gente toma cuidado.- Ele insistiu, minha família por parte de pai tem o costume de sempre caçar quando eu tinha uns 11 anos meu pai me levou pra primeira caça foi uma sensação louca, depois disso eu tive vontade de atirar em qualquer um que me enchesse o saco.

- Acho que a Sinu não vai concordar.- Dei os ombros.- Camz ainda está um pouco fraca.

- Chama ela pelo menos.- Ele deu os ombros.

- Tá bom.- Sorri, depois de alguns minutos estávamos na casa dela Sinu fez questão de fazer uma comida bem gostosa, todos reunimos na mesa comemos muito, conversamos e fingimos estar bem.

- Queria sair um pouco.- Camila murmurou enquanto todos conversamos ainda.

- Você acabou de sair do hospital.- A mãe dela olhou séria.

- Ah mãe.- Ela resmugou.- Só um Pouco.

- Não sei não.- Sinu resmungou, acho que agora vai ser aquele famoso "Deixar ela aproveitar tudo"... Não quero que ela aproveite tudo agora... Quero que ela aproveite tudo ao decorrer dos anos... COMIGO...

- Se quiser a gente pode ir na serra.- Falei com um sorriso fraco.- É aqui pertinho.

- Se quiser pode ir com meu carro.- Meu pai falou balançando a chave.- Só devolve ele inteiro.- Todos riram.

- Tá bom.- Sinu concordou.- Mais tomem cuidado.

- Eu vou trocar de roupa.- Camila sorriu e subiu pro quarto.

- Toma cuidado Lauren, ela está muito frágil pra qualquer coisa.- Sinu me alertou.

- Vou tomar.- Sorri um pouco sem jeito, peguei a chave do carro do meu pai e sai pra esperar a Camila, Dinah e Normani estavam sentadas na varanda da casa da frente rindo igual duas hienas.

- Leite azedo.- Dinah gritou assim que me viu, me aproximei delas.- Como a Camila está?

- Está em casa.- Sorri.

- Que bom.- Normani falou contente.- Sinal que ela já está bem.

- Ou não..- Falei olhando fixamente pro chão.- Eles basicamente deixaram ela pra morrer em casa.

- que?- Dinah falou me olhando assutada.- Merda.

- Ela sabe?- Normani falou cuidadosa.

- Não.- Senti o choro entalar na minha garganta.

- Oii meninas.- Camila gritou sorrindo do outro lado, ela acha que está tudo bem...

- Eii.- Ambas responderam sorridente.- Ela ficou fofa com a sua toca.

- Ficou.- Sorri e fui pra onde Camila estava.

- Espero que você não seja uma péssima motorista.- Ela falou sorrindo enquanto entravamos no carro.

- Sou quase a Lety do velozes e furiosos.- Falei sorrindo e arrancando gargalhadas dela. O trajeto até a serra não demorou muito, durante o caminho ela me observou muito já tinha notado que eu estava um pouco pra baixo ela tentou entrar no assunto mais eu evitei.

[....]

- Eu amo respirar ar puro.- Camila falou se aproximando da beirada.

- Ar puro de maconha.- Falei rindo.

- Mais sabe ser chata.- Ela resmungou.- A visão daqui é linda.- Ela riu.- Ali.- Ela apontou pro lugar mais afastado.- Bem ali você me deu uma tirada.- Ela riu.

- Droga, essas lembranças que você tem de mim?- Sorriu abraçando ela por trás.

Flashback on pov Camila

- O que você quer?- Ela falou tirando os fones, nenhum sorriso em seu rosto.

- Quero saber o que você tanto ouve.- Falei olhando fixamente pro celular dela

- Não fode, ok?- ela falou se levantando e pegando os desenhos.- Bora Tay.- Ela gritou a irmã, que garota chata sério agora tomei birra que se foda essas músicas idiotas.

Flashback off

- Desculpa.- Ela sorriu e se virou pra mim.- Aqui também tem lembranças fofas..

Flashback on pov Lauren

- Gosta de desenhos?- Ela me olhou curiosa.

- Um pouco.- dei os ombros.

- Mais um coisa pra minha listinha.- Ela sorriu.

- Tem uma lista sobre mim?- fiz careta.

- Talvez.- Ela riu.- Brincadeira porém sei pouco sobre você e eu quero descobrir quem é você.

Flashback off

- Eu te amo tá?- Sussurrei baixinho.

- Eu te amo.- Ela passou a mão na minha nuca.- Muitooo.- Ela soltou o sorriso mais lindo do mundo e me encheu de selinhos.- Te amooo.- Camila sorria.- Te amo pra sempre.

- Você merece o mundo garota.- Sorri, minha alma está doendo tanto que posso sentir na pele..- Amanhã você vai querer ir pra aula?

- Não sei.- Ela me soltou e andou de um lado pro outro.- Eu não sei.

- Se quiser vai ser legal.- Sorri sem jeito.- Sinto falta de você me olhando o tempo todo.

- Eu não te olhava.-  Ela me encarou e eu ri.

- Imagina.- Brinquei 

- As pessoas vão falar.- Ela mordeu o lábio inferior em um ato pensante.- Vão me olhar.

- A gente pode colocar a peruca azul.- Dei os ombros.

- Tira isso da sua cabeça.- Ela começou. Rir.