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História Trouble - Temporariamente seu.


Escrita por: MinniePower

Notas do Autor


Vocês viram a apresentação de Pour Up no KCON???? DÁ PRA VER O MAMILO GENTE ~~~ vários pensamentos impuros..

Capítulo 10 - Temporariamente seu.


Fanfic / Fanfiction Trouble - Temporariamente seu.

Não, ele não estava com ciúme, Dean disse a si mesmo algum tempo depois. Estava deitado na penumbra, com LaRa dormindo a seu lado. Na verdade, estava apenas... protegendo o que era seu. Temporariamente seu. Gostava de ter LaRa por perto, ainda que ela o houvesse obrigado a arrumar a cozinha antes de deixar que ele a levasse novamente para o quarto. Apreciava o modo como ela o olhava enquanto conversavam e ainda mais os olhares sensuais que ela lhe lançava quando estavam fazendo amor. Gostava de ouvir aquela voz levemente rouca quando discutiam sobre música ou sobre arte. E também quando ela dizia seu nome enquanto faziam amor. Lamentava por ela haver tido tão pouco afeto durante a infância. Esse tipo de coisa deixava marcas profundas nas pessoas. Segundo ela, tratava-se de uma vantagem, mas não era assim que ele via essa condição. Aquela falta de estabilidade e de amor a fizera descartar a possibilidade de algum dia ter sua própria família. Para ele, essa era uma perspectiva lamentável. Não que estivesse com pressa de formar uma família, apressou-se em dizer a si mesmo. Mas algum dia certamente faria isso. Quando chegasse o momento e ele encontrasse a mulher certa. Queria filhos e uma casa cheia de barulho e de cores. Não conseguia se imaginar sem ter tudo aquilo. Por isso, acreditava que em algum canto escondido do coração de LaRa também existisse o mesmo sonho. O sonho de ter alguém com quem compartilhar sua vida, seus anseios, seu amor. A imagem daquele lindo corpo coberto por seu roupão lhe voltou à mente. Os pés descalços, o rosto sem maquilagem e, ainda assim, incrivelmente belo, o brilho inteligente dos olhos verdes, o convidativo tom rosado dos lábios cheios... Sentira-se tocado pelo modo sincero como ela declarara que não poderia haver nada mais sério entre eles. Como que contestando aquilo, ali estava ela, aninhada a seu lado e usando uma de suas camisetas para se proteger do ar mais frio daquela noite de primavera. Haviam descoberto pelo menos um ponto em comum: ambos preferiam dormir com a janela aberta. Não, ele não sentira ciúme, afirmou a si mesmo mais uma vez, passando um braço possessivo sobre LaRa e puxando-a mais para perto. Gostava da companhia dela, só isso. E iria mantê-la por perto enquanto fosse possível. Nada mais.  
               

Dean se afastou do retrato e observou-o com atenção, perplexo com o que conseguira colocar na tela. Nunca tivera falsa modéstia a respeito de seu trabalho. De fato, já lhe haviam dito por mais de uma vez que sua autoconfiança chegava a ser irritante. O problema era que ele pintava o que sentia, via e sabia, ou o que gostaria de saber. Por isso, era muito raro ficar desapontado com alguma de suas pinturas. E mais raro ainda desprezar algo que o envolvera completamente e que ele fizera com o coração e com as próprias mãos. Entretanto, LaRa o surpreendera. Depois que começara a pintar, resolvera deixar os esboços de lado e trabalhar apenas com o que tinha na memória. Revivera momentos que passara ao lado dela e lembrara-se das expressões, dos gestos e de tudo que pudesse ajudá-lo a realizar a pintura. Pretendia pintar outra aquarela depois daquela. No segundo trabalho, manteria cores mais frias e discretas, combinando mais com a personalidade de LaRa. Esse primeiro trabalho demonstrava sua visão dela. Por isso, usara tinta a óleo, com tons ricos, e um traçado moderno, com pinceladas mais soltas. O retrato mostrava LaRa na cama dela. A essa altura, já haviam dormido juntos muitas noites, compartilhando a cama dela e a sua em quentes noites de amor. O rosto que ele retratara tinha um olhar marcante e os lábios delicados curvados em um sorriso sedutoramente feminino. Os cabelos soltos espalhavam-se sobre os ombros e em torno do rosto. Enquanto os pintava, lembrara-se de que LaRa tinha o hábito de desembaraçá-los com os dedos, quando se sentava na cama e mantinha o corpo coberto pelo lençol, depois de fazerem amor. Em uma dessas vezes, ela olhara para trás e sorrira para ele, ainda deitado. Não sabia o motivo, mas aquele momento continuava muito vivido em sua memória. O sorriso de LaRa sugerira intimidade e a luz incidindo indiretamente sobre o ombro dela a tornara ainda mais linda. Então, antes de se inclinar para beijá-lo, LaRa cobrira os seios com o braço. Não por embaraço, já que ele conhecia cada centímetro do corpo dela, mas por puro hábito. Um gesto muito natural, segundo ele notou. E, por isso mesmo, mais do que sensual. Aquele momento de intimidade compartilhado de um modo especial recusava-se a sair de sua lembrança. E fora nele que ele se inspirara para fazer aquele retrato. A pintura parecia ter vida, olhando-o como se, a qualquer momento, fosse se inclinar para frente e beijá-lo.

— Quem é você? — murmurou ele, chocado pela impressão de que não a conhecia tão bem quanto imaginara. Tomado por algo semelhante a uma onda de fúria, jogou o pincel sobre a mesa e foi até a janela. Quando LaRa começara a invadir sua vida dessa maneira? E como ele deixara isso acontecer? O que diabos faria com o fato de estar se apaixonando por uma mulher que ele nem tinha certeza se existia? Quanto daquele retrato era realmente LaRa e quanto era aquilo que ele desejava que ela fosse? Não tinha muita certeza do que queria dela, mas sabia que não era apenas sexo. Nunca havia sido, por mais que a desejasse. LaRa já fazia parte de sua vida, assim como ele da vida dela, embora nenhum deles parecesse disposto a querer admitir. A prova disso fora que ela o fizera arrumar a bagagem deixada nas caixas por tanto tempo. Ele, por sua vez, comprara vários vasos de fortes tons variados e a fizera espalhá-las aleatoriamente pelo pátio. Depois, haviam se sentado sob a luz indireta do sol para admirar o resultado. Ele também havia comprado uma cama. Até deixara LaRa convencê-lo a escolher um modelo com cabeceira de ferro dourado e trabalhado, feminino demais para seu gosto. Mas acabou tendo de admitir que ela estava certa porque a cama ficou simplesmente perfeita em seu quarto. E o modo como resolvera agradecer-lhe pela escolha também fora mais do que satisfatório... Naqueles últimos dias, haviam ido a uma ópera, uma partida de futebol, uma exposição de arte e até mesmo ao zoológico. Por algum motivo, aquela mistura de preferências e de estilos parecia harmonizá-los em uma perfeita união. Impossível, lembrou a si mesmo. Aquele não era o momento certo e LaRa não se parecia com a mulher que ele sempre planejara ter em sua vida. Foi então que a avistou atravessando a rua e andando pela calçada, vindo em direção ao prédio. Notou que ela havia trocado de roupa depois do trabalho, pois sabia que ela usava roupas formais enquanto trabalhava. Estava vestida com uma calça folgada de linho creme e com um confortável blusão cor de uva. Carregava uma enorme bolsa de compras com o logotipo da loja de seus pais. Um sorriso se insinuou nos lábios dele, mesmo enquanto tentava se convencer de que preferiria ficar sozinho. Quando deu por si, já havia aberto a janela e se inclinado para frente. O ruído fez LaRa parar e olhar para cima. Colocou a mão por cima dos olhos, protegendo-os do sol. Mesmo sabendo tratar-se de uma reação ridícula, não pôde deixar de sentir uma onda de expectativa ao ver Dean na janela do segundo andar. 

— Oi — cumprimentou-o com um sorriso, tentando demonstrar um ar casual diante daquele olhar intenso.


Notas Finais


Eu queria me desculpar pela demora, não tô conseguindo desenvolver a história e por isso demoro a atualizar e até mesmo possa ser que a fic seja bem pequena.. Desculpa!


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