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História Trouble boys - Mensagem


Escrita por: chierry

Capítulo 8 - Mensagem


Felix terminava de resolver a lição de casa, quer dizer, tinha acabado de começar mas já estava terminando. História 2 era muito fácil. Mas a quem queria enganar? Deveria ter errado algo naquele questionário. Estava tão, tão animado. Sua auto estima lá no topo, tinha um provável amigo novo e quando chegou sua mãe lhe disse que seu pai iria jantar em casa! Aqueles momentos eram raros, Felix mal via o próprio pai mesmo que vivessem sob o mesmo teto. Era um dia de festa.


O senhor Lee tinha doado a vida ao trabalho. Se esforçava ao máximo e sempre conseguia aumentos de salário e promoções, essas que sempre lhe levavam ao ter que mudar de cidade junto da mulher e do filho. E aquilo já estava se tornando exaustivo para os últimos citados. 


A mulher já não aguentava mais não ter a mínima atenção do próprio marido e a cada mudança ficar cada vez mais longe de seus irmãos. E Felix, bom, nunca foi muito apegado e nenhuma daquelas mudanças lhe prejudicaram muito. Exceto uma, a que teve de deixar o único amigo que fez em anos para trás, Christopher Bang.


Então teriam uma noite especial, seria a primeira vez que Felix veria o pai desde que chegaram ali, a mais ou menos uma semana.  


Fechou seus livros e foi de encontro a sua mãe, que parecia tanto ou até mais animada que si. A senhora Lee fez um verdadeiro banquete, desde carne assada ao vinho tinto preferido do marido. Não importa se metade da comida iria para o lixo, ela queria agrada-lo.


— Oi Lix! — sorriu, recebendo o abraço do filho com muito carinho. Felix deu um impulso e sentou no balcão, observando sua mãe arrumar a mesa e quando viu o sorriso no rosto dela, a roupa mais bonita e os sapatos mais caros nos pés, sentiu a insegurança.


— Omma — chamou baixinho, ganhando a atenção do mais velha — e se papai não vier? — a mulher suspirou, sabia tanto quanto o garoto que aquilo era o mais provável de se acontecer. Felix desceu do balcão e sorriu triste, novamente abraçando a mulher.


— Vamos esperar, sim? Vai que acontece um milagre! — brincou, arrancando uma risadinha do pequeno. 


E eles ficaram sentados ali. Esperaram de 18:30 até às 22:00 horas e nada. A comida esfriou a esperança se foi e a decepção tomou conta. A senhora Lee deitou lentamente a cabeça na mesa, recebendo um carinho do filho em seus cabelos. Ah, como queria ser forte por ele, mas infelizmente também não aguentava mais.


— Vamos dormir, meu amor. — chamou levantando. Recebeu um beijo de Felix e logo viu o corpo pequeno sumir no andar de cima, podendo assim deixar algumas lágrimas de pura frustração rolarem pelo rosto.


Felix entrou em seu quarto com um bico nos lábios. Já tinha certa noção de que seu pai não apareceria, mas seu dia estava sendo tão bom que imaginou que iria para a cama feliz aquela noite. Trocou de roupas, vestindo apenas um de seus milhares de moletons gigantes e um shortinho. Foi até sua penteadeira e deu um jeito nos cabelos, seus dedos ligeiros correndo até um pincel na mesinha e escrevendo no espelho para que não esquecesse de cuidar dos fios.


Usou um creme no rosto, para deixar suas sardas bonitas e depois foi para a cama. Fungou um pouquinho, não querendo chorar pelo seu pai, pelo o que ele fez e sempre faz. Mas droga, seus olhinhos já estavam marejados, e quando lembrou um pouquinho de Seungmin e do que ele fez, algumas lágrimas teimosinhas rolaram por suas bochechas delicadas.


Mas antes que pudesse começar a chorar de verdade, seu celular apitou, indicando uma mensagem. Felix tomou um susto, a tempos não usava seu celular – estava meio que viciado em jogar overwatch no computador –.


Seu esticou um pouquinho para pegar o aparelho, vendo um número desconhecido brilhar na tela. Sua Omma sempre lhe disse para não falar com estranhos mas, poxa, queria se distrair.


Número desconhecido:

Oi, Lix.


Me:

Quem é? 


Número desconhecido:

Um cara vestido totalmente de preto que senta junto de garotinhos inocentes no horário do almoço.


Me:

Changbin hyung!


Felix não podia acreditar que era seu hyung ali. Nossa, nunca apostou naquela amizade de recreio com o namorado do seu crush, mas ele estava ali mandando mensagens.


Me:

Eu não sou um garotinho inocente, hyung.


Changbin hyung:

Ata. 


Me

É sério, eu não sou tão inocente assim.


Não era verdade não. Felix não entendia nada das piadas de duplo sentido que todos faziam, só depois que explicavam. Não via maldade nas pessoas e sempre perdoava com facilidade demais, e tudo que sabia sobre beijos ou relacionamentos fora com Cristopher que aprendeu.


Changbin hyung:

Eu não gostei nem um pouco de saber disso, Felix.


Me:

Hum? 


Changbin hyung:

Você é mesmo um bebezinho inocente.


Me:

HYUNG EU NÃO SOU UM BEBÊ!


Felix inflou as bochechas e fez um biquinho. Não era um bebê oras. Changbin demorou para responder e o pequeno já começava a achar que ele tinha desistido de falar consigo. Seus olhinhos marejaram de novo e ele já tinha bloqueado a tela do aparelho quando tocou de novo. Uma chamada de vídeo.


Atendeu um pouco receoso, deixando a câmera frontal do aparelho apontada para o teto, longe de seu rosto.


— Hei me deixe te ver. — o mais velho falou. O Lee conseguia ver seu rosto e um pouco de seu colo na tela do celular e não deixou de se admirar outra vez com sua beleza.


— Changbin, eu estou descabelado. — choramingou ouvindo a risada do outro.


— Ah Felix, eu sou seu amigo, não sou? — o menino mordeu os lábios em ansiedade, Changbin era mesmo seu amigo. — Você deve estar lindo bebê.


O pequeno sentiu os seus pelinhos arrepiarem com o apelido. Por mensagem era diferente de ouvir a voz grossa do Seo lhe chamando de modo tão carinhosa. Pegou o celular da cama e focou a câmera em seu rosto, sentindo suas bochechas esquentarem quando o mais velho sorriu. Mesmo no ambiente escuro dava para notar o rosto vermelhinho do mais novo e seu sorriso tímido brilhando na tela.


Eles conversaram por um longo tempo, Changbin disfarçando toda vez que Hyunjin falava alguma coisa na sua frente, longe da vista do celular. Ele estava ao seu lado o tempo todo. 












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