História Troublesome Love Stories - No Casamento

— Que problemático, venha aqui!

Shikamaru segurou sua mão e a arrastou alguns metros de onde estavam. Ela soltou um protesto, mas, fora isso, a única coisa que conseguiu fazer foi corar e o deixar guiá-la. A mão dele na sua era quente e calejada, e dava uma sensação boa de aconchego, isso a fez corar ainda mais. Ele parou por fim, um pouco longe de todo mundo, mas sem exatamente se esconder, e a olhou, sem soltar sua mão. Temari desviou o olhar, constrangida com a situação e por estar constrangida.

— O-o que você está fazendo, Shikamaru? — ela finalmente conseguiu perguntar depois de alguns segundos onde ele só a encarava.

— Você está agindo de forma estranha, sabe? — ele disse e suspirou — Pensei que depois daquele dia você fosse voltar ao normal.

— Voltar ao normal? — ela perguntou franzindo o cenho — Eu estou normal!

— Não está não. — ele afirmou — E você está vermelha de novo, você tem certeza que não está doente?

Ele levantou a mão para tocar sua testa, mas ela desviou. Ele a puxou pela mão que ainda segurava e conseguiu por fim tocou sua testa.

— Eu não estou doente! — ela exclamou. — E eu... Eu estou nervosa, é isso.

— Nervosa? — ele perguntou — Comigo?

— Não! — ela respondeu um tanto exasperada por ele não entender a situação — Não com você, não esse tipo de nervoso... — ela murmurou mais baixo, abaixando o olhar.

Ela sentiu os olhos dele em si, mas não disse mais nada. Pelo canto do olho, focou suas mãos ainda entrelaçadas e seu estômago se agitou como se tivesse borboletas.

— Por que mulheres são tão problemáticas? — escutou Shikamaru murmurar, quase como se não quisesse que ela ouvisse — Temari... Você não precisa ficar nervosa perto de mim... Eu sei que... Bem... As coisas mudaram um pouco entre a gente, mas eu ainda sou o Shikamaru e você a Temari, certo?

— É, sim... — ela respondeu. — Você... Tem razão.

Ela levantou o olhar e o encontrou sorrindo levemente, as bochechas um pouco vermelhas. Ela sorriu de volta, a mão na sua se mexeu, fazendo um leve carinho com o polegar e ela voltou a olhar as mãos entrelaçadas.

— Então... — ele pigarreou — Vamos lá, não é? Daqui a pouco o casamento começa.

Ela assentiu e ele começou a andar, sem soltar a mão dela.

— Hey, Shikamaru! — ela exclamou, o vermelho voltando para o seu rosto, ele parou e a olhou com cara de interrogação. — E vamos assim?

— De mãos dadas, você quer dizer? — ele perguntou um pouco confuso.

— É!

— Namorados andam assim, não? — ele perguntou como se fosse óbvio.

Temari sentiu como se seu rosto estivesse em chamas, apertou a mão dele com um pouco de força. Shikamaru ainda a olhava, o rosto ainda um tanto corado, encantador, esperando uma resposta. Ela se repreendeu mentalmente por achá-lo encantador e logo depois pensou como na realidade não importava, Shikamaru era encantador para ela. Demorando muito mais do que ela gostaria para uma resposta tão simples como aquela, ela respondeu com outra pergunta, um tanto baixo e tímida:

— E é isso que nós somos?

Ele não respondeu também num primeiro momento e ela viu pelo canto do olho a mão que não segurava a sua levantar e imaginou que ele estivesse fazendo seu típico gesto de coçar a parte de trás do pescoço. Ela levantou os olhos novamente só para constatar que ele de fato estava fazendo aquilo e sorriu de leve. Era bom saber que, assim como ele muitas vezes mostrava conhecê-la melhor do que até mesmo seus irmãos, ela o conhecia também.

— Se você quiser... — ele respondeu por fim, envergonhado.

Temari revirou os olhos.

— Você consegue ser um bebê chorão até para me pedir para namorar com você? — ela perguntou.

Shikamaru bufou,

— Problemática. — ele afirmou e se virou novamente, a puxando.

— Pare com isso, sei andar sozinha. — ela pediu, segurando a mão dele firme e parando — E eu ainda não respondi.

Ele olhou pra ela receoso pela primeira vez e ela riu levemente, levando a mão que não segurava a dele na boca.

— Idiota. — ela murmurou. — Eu quero.

Ele deu um sorriso abobado e ela novamente o achou encantador. Ele corou e desviou o olhar, voltando a coçar a nuca. Apertou levemente a mão dela e dessa vez os dois começaram a andar juntos, ficando lado a lado.