História True Colors: Yellow - Dois Chicletes

- Jongin, calma aí - Fui atirado na cama sentindo Jongin me escalar. Nossas respirações se bateram, me fazendo fechar os olhos e arrepiar.

- Eu te quero Kyung, eu sei que você também me quer - Assenti em um gemido abafado, agarrando-o no meio das minhas pernas.

- E que… - Várias mordidas se fizeram presentes em meu pescoço, me fazendo fechar os olhos e prender a respiração.

...

Me desvencilhei na cama e logo cai, batendo com força no chão

- Ah não, volte a dormir Kyungsoo, volta, volta, volta! - subi de volta na cama, batendo minha cabeça no travesseiro.

Logo vi que não ia dormir, bufei e me levantei, fui ao banheiro e lavei o rosto me xingando internamente por ter acordado. Tomei banho, escovei os dentes e penteei o cabelo, desci as escadas dando de cara com minha mãe e minha irmã, preparando o café da manhã.

- Bom dia, rapazinho! - Ganhei um beijo na testa e me sentei, tomei o café e suspirei ao lembrar que tinha que sair de casa, Wendy desceu penteando os cabelos castanhos e logo parou no caminho.

- Que envelope é esse?

…

KAI POV

Comprei várias flores amarelas, colocando todas dentro do carro, sorri para a vendedora e entreguei o dinheiro. Dirigi até a última casa da rua, espalhei as flores pelo jardim e deixei uma em minhas mãos, empurrei um envelope amarelo por debaixo da porta e me encostei no carro, esperando que ele abrisse.

…

KYUNGSOO POV

Encaramos Wendy que veio com o envelope em mãos.

- Tem seu nome Soo - Arregalei os olhos e peguei o envelope amarelo em minhas mãos, abri o mesmo e tirei a folha branca e um chichlete.

“Eu te trouxe uma flor, você pode me receber?”

Pulei da cadeira e abri a porta, junto com Wendy e minha mãe, que logo arregalou os olhos ao ver o jardim com várias pétalas amarelas. Sorri largo ao ver o dono daquilo tudo encostado ao carro branco, com um belo sorriso no rosto, segurando uma flor, também amarela nas mãos.

- Eu vou chorar - Wendy abraçou minha mãe enquanto eu apenas encarava Jongin, que caminhou até mim girando a flor nos dedos.

- Está eu trouxe para você - Peguei a mesma sentindo o aroma doce me invadir

- Você… Porque está fazendo isso? - Perguntei vendo o mesmo sorrir

- Eu passei muito tempo no cinza - Ele se aproximou fazendo minhas pernas tremerem - Passei muito tempo preso, sem conhecer o amor de verdade… Eu não preciso de mais ninguém… Só de você! - meus olhos marejaram e logo ouvi Wendy dizer algo

- Isso é injusto, eu acabei de passar rímel - Ri deixando as lágrimas caírem.

- Não quero voltar para o cinza, eu quero estar no claro, com você… Eu não aguento mais ficar no escuro Soo - Suspirei e logo senti ele segurar minhas mãos. - Eu quero ser seu - Abracei o mesmo com força ficando na ponta dos pés, me lembrando assim da dança que nos trouxe até aqui.

- Você quer entrar? - Perguntei vendo o mesmo negar

- Nós estamos atrasados - Arregalei os olhos e me virei desesperado atrás da minha bolsa vendo Wendy segurar a mesma sorridente

- Tchau gente - Despedi-me das duas e caminhei com Jongin até o carro. O caminho foi silencioso, desci do carro, vendo aqueles olhares curiosos perguntando o que alguém como eu estava fazendo no carro de Kim Jongin.

Me assustei quando o mesmo entrelaçou nossos dedos, encarei as mãos e na mesma hora corei. Caminhamos para dentro vendo os garotos olharem curiosos. Paramos no grupo de amigos de Jongin, vendo Baekhyun sentado no meio de Chanyeol que parecia muito feliz em ter ele ali.

- Ai Jongin… Já molhou o garotinho? - Jongin desferiu um tapa à Sehun, acertando o mesmo em cheio

- Para de ser ridículo - Kai reclamou - Este é meu namorado, Do Kyungsoo - Arregalei os olhos encarando toda aquela gente que sorria

- Eu sou o Jongdae, prazer - Balancei a mão dele e sorri

- Eu sou Oh Sehun, mas pode me chamar de neném se preferir - ele beijou minha mão tomando outro tapa de Jongin

- Zhang Yixing!

- Suho! - Conversamos e logo um Xiumin desnorteado entrou pelo portão, encaramos o jovem que se sentou cansado no banco do Jardim. 

- Eu ja volto - Kai assentiu e eu fui até lá. - Min? - Ele levantou a cabeça e meus olhos logo se enxeram ao ver o lábio rasgado e pele extremamente rouxa. Me abaixei até ele vendo as lágrimas alheias caírem

- Eu queria tanto dormir - Ele falou soluçando.

- Min, a gente precisa resolver isso - Falei vendo o mesmo sorrir fraco

- Como? Ele vai me matar - Neguei

- Eu não vou deixar - ele riu e logo suspirou - Mas se ele continuar a te bater assim, ai sim ele vai te matar

- Ele disse que eu vou morrer de qualquer jeito Soo, ele me bateu tanto ontem que não pude impedir que ele batesse na minha mãe… - Logo as lágrimas do garoto se tornaram mais pesadas - Ele machucou minha mãe, e eu não pude me mexer - Abracei o mesmo logo sentindo alguém me tocar

- O que está acontecendo? O que aconteceu com você? - Jongdae perguntou a Xiumin

- Eu caí - Jongdae revirou os olhos e se sentou abrindo a bolsa, tirando de lá uns lenços umedecidos

- Você pode enganar o Soo, eu não! - Pus língua pra ele que riu.

- Eu sou um ômega muito esperto tá - falei cruzando os braços

- E birrento também, mas eu sou um alfa, sendo assim, mais esperto - Revirei os olhos e bufei

- Você quem pensa - Xiumin abriu a boca - Um ômega pode ser duas vezes mais rápido que um alfa em pensamentos e ações - Jongdae pôs língua e eu ri.

- Pelo seu cheiro, você é um beta, certo? - Sorri largo ao ver o climão montado ali

- Sim - Xiumin respondeu tímido

- Kai está me chamando, já volto - Levantei e sai correndo até o grupo que riam de algo.

- Soo é muito engraçado - Arregalei os olhos e sorri quadrado

- Que? - Perguntei vendo todos rirem

- Baek estava contando que uma vez você caiu da beliche, porque achava que estava morrendo afogado - Fuzilei Baekhyun que sorriu amarelo pra mim. O sinal bateu e nós subimos para a aula de física.

As horas passaram voando, logo o sinal bateu, marcando a hora de ir embora. Kai me levou para casa, contra a minha vontade.

- Tome cuidado na hora de voltar - Ele assentiu deixando um selo no meus lábios.

…

KAI POV

Cheguei em casa vendo tudo escuro, suspirei e subi as escadas, caminhei até meu quarto e entrei fechando a porta em seguida. Logo senti alguém me agarrar pela camisa me batendo na parede

- Então você gosta de alguém dentro de você certo? - Tentei me soltar daquele aperto que praticamente me sufocava

- Me solta seu covarde! - Tomei um tapa e ele logo começou a abrir o cinto, estava mais uma vez preso ao cinza.