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História Try - Capítulo X


Escrita por: just_someone13

Capítulo 10 - Capítulo X


Vamos lá, escrevi esse capítulo em 2 dias praticamente, dá um desconto. Antes de começar a fazer a introdução oficial eu gostaria de alertar aos meus leitores “antigos” que como vocês sabem eu amo fazer referencias nas minhas histórias. Então existe uma cena de referência neste capítulo, é uma referencia a cena mais icônica de Diário. A cena que qualquer leitor de Diário reconhece, a cena que deu início a tudo. Então aos meus leitores antigos… não decepcionem o capitão. Vamos lá?

Hoje vamos falar sobre… percepções. Eu passei 7 anos mais ou menos com o mesmo óculos. Se você usa óculos sabe que eu cometi um erro, mas enfim as coisas se complicaram e eu não consegui trocar. Acontece, vida adulta é um c*. Vamos dizer que a situação começou a ser tão ruim que eu só colocava os óculos para usar o computador e ver televisão o que com o meu grau é algo realmente “uou que merda, hein?”. Minha madrinha resolveu então ter pena da minha alma e me mandou ir ao oftalmologista e fazer os óculos que ela me daria de presente de aniversário.

Peguei meus óculos ontem, dia 26 de setembro. E eu fiquei com raiva no momento que os coloquei. Raiva? Sim. O ato de colocar os óculos novos me fez enxergar o mundo perfeitamente. Tudo entrou em foco, claro e simples. Nada mais estava tremido ou embaçado. E então agora você está pensando “ela perdeu o juízo, o vinho comeu os neurônios dela ou então ela finalmente sucumbiu a pandemia”. Eu explico.

Eu me acostumei a ter uma visão ruim, eu me acostumei e em certo momento ficou cômodo até estar incomodo. Óculos novos significam que eu preciso me acostumar a eles. Ao peso deles. A armação se ajustando ao meu rosto. Ao meu senso de gravidade se alterando. A dor de cabeça. Ao enjoo ocasional. A minha percepção alterada. Percepção. Será que aquele degrau está realmente mais alto do que eu me lembrava? Meus olhos me dizem uma coisa, mas a mente me diz que não, que ele continua na mesma altura. No que eu vou confiar? No que meus olhos veem ou no que a minha lembrança me diz?

No que Lena pode confiar? No que alguém que nunca a viu antes lhe diz ou no que está gravado em sua mente e corpo?

E quanto a Kara? E as percepções de Kara? Na percepção dela ser a No. 1 do mundo é o que realmente importa, ela é tudo o que importa.

Vamos supor que elas estão acostumadas a essa visão, embaçada, desfocada e ruim. O que acontece quando elas são obrigadas a colocar um par de óculos novos?

 

Ela encarava a taça bojuda com tanta avidez que o líquido poderia evaporar. Outro relâmpago iluminou a sala, tinha chovido por praticamente toda semana.

- Algo me diz que você ainda não está liberada para tomar uma bebida… - A voz rouca de Quinn lhe fez suspirar.

- Algo me diz que você está certa. – Respondeu e com o canto dos olhos viu a tenista se aproximar, estendeu a taça para ela. – Me faça esse favor.

Quinn delicadamente retirou o recipiente da mão da Luthor e tomou um gole do conhaque. Se sentou no outro canto do sofá, ambas olhando para a lareira apagada.

- Acho que sua estádia não foi das melhores, não é? – Lena perguntou em uma tentativa de parecer atenciosa, mas sua voz estava impessoal.

- Foi uma boa estadia, usei a quadra coberta e a academia… não tive que estar me preocupando com repórteres tentando me pegar para uma entrevista rápida. – Quinn tomou um gole do copo antes de acrescentar. – E é sempre bom estar na presença de uma mulher bonita.

Lena soltou a respiração rapidamente pelo nariz, apenas um leve toque de escárnio. O corpo saudável e musculoso de Quinn, a poucos centímetros do seu apenas lhe deixava mais ciente de quão magra e doente estava.

- Você é sempre tão irritantemente charmosa? – Lena perguntou sem conseguir se conter.

Quinn a olhou com as sobrancelhas franzidas e um sorriso nos lábios, soltou uma risada curta.

- Acredito que sim, mas não sabia que era irritante. – Brincou antes de soltar um suspiro. – Sabe eu te acho uma mulher incrível. Forte. Inteligente. Tudo isso lhe faz ainda mais bonita, eu entendo que no momento você não se sinta assim, mas é a verdade… você é uma linda mulher.

Lena estreitou os olhos se virando para olhar a loira. – Esse seu charme deve te arranjar muitos encontros.

Quinn soltou uma risada ainda mais alta e tomou um gole da taça antes de encarar o líquido.

- Na verdade eu não sei o que é estar em um encontro desde o final do meu último namoro. – A loira girou lentamente o líquido na taça. – O que me faz lembrar de outra coisa que é bom em estar aqui e não em Metrópolis. Não preciso ver o rosto da minha ex em letreiros da Broadway ou da Time Square.

- Ela é atriz? – Lena inclinou a cabeça com curiosidade.

- Broadway. – Quinn examinou o líquido com interesse. – Se eu não me engano ganhou mais um Tony este ano.

- Término ruim?

- Não, até que não. – Quinn voltou a atenção para Lena. – Crescemos juntas, ela foi o meu primeiro amor, entende? Mas é complicado quando eu fico 9 meses por ano em turnê e ela tem 8 shows por semana, não conseguíamos nos ver em alguns meses, às vezes nem conseguíamos nos falar porque os fusos horários eram muito diferentes. Começou a pesar de mais então antes que estragasse todo o nosso relacionamento, resolvemos terminar. É difícil e é doloroso, mas a cada dia que passa vai ficando mais fácil.

- Fica?

Quinn deslizou o corpo um pouco para baixo apoiando a cabeça no encosto do sofá, virou o rosto para a morena.

- Com o tempo. – Seus olhos deslizaram pelo rosto de Lena. – Com o tempo tudo melhora, tudo volta ao lugar e a vida continua. Sabe o que dizem? Que tudo tem uma hora certa? Então, também existe a hora certa de seguir em frente, quando você perceber… ela já veio e já foi…

- Você realmente é boa com as palavras, não é? – Lena estreitou os olhos e ouviu a risada de Quinn.

- Uma palavra morre quando falada, alguém dizia. – Lambeu os lábios olhando para Lena que sorriu de volta. – Eu digo que ela nasce exatamente nesse dia. Ou é algo assim…

- E ela ainda cita Emily Dickinson. – Lena brincou. – Mais perfeita só se alguém lhe criasse a mão.

Quinn negou com a cabeça e tomou outro gole do conhaque, a taça já estava quase acabando.

- Se eu fosse realmente perfeita, faria que você acreditasse em quão linda você é. – Voltou a olhar para Lena. – Se você fosse minha namorada, eu iria me empenhar em te mostrar isso todos os dias. Mas ai eu me lembro que eu provavelmente passaria 9 meses longe de você e você provavelmente se cansaria de me esperar.

Lena franziu um pouco as sobrancelhas, talvez Quinn fosse leve para álcool os olhos verdes estavam um pouco nublados.

- Se você fosse minha namorada, eu pegaria um jatinho para qualquer lugar do mundo em que você estivesse. – A Luthor devolveu vendo um sorriso estúpido se espalhar pelos lábios da tenista.

Lena se esticou pelo sofá um pouco, uma leve pontada no abdômen, mas ela queria tirar a taça da mão de Quinn. A tenista parece ter percebido a intenção da Luthor e terminou o conhaque.

- Quinn…

- Eu não bebo. – Quinn olhou para a taça vazia. – Nunca, eu sempre evito beber.

- Então por que bebeu?

- Você me pediu. – A loira olhou para ela, piscando os olhos verdes e a resposta foi tão calma e inocente que Lena arqueou as sobrancelhas.

- Então se eu pedir para você pular de uma ponte…

- Se você me pedir com o seu sorriso bonito. – Encolheu os ombros.

Lena soltou uma risada baixa e negou com a cabeça.

- Eu estive pensando em Poe. – Quinn suspirou voltando a olhar para o teto.

- Poe?

- Sim, o que acha dele?

- Um ótimo escritor. – Franziu as sobrancelhas sem entender onde a loira queria chegar.

- O que acha da visão que ele tem do amor? – Quinn continuou olhando para o teto.

Lena continuou olhando para a tenista sem entender, se empurrou até estar sentada corretamente, alcançou o lado do corpo quando a pontada se fez presente outra vez.

- O acho… sombrio, acho que ele é melancólico em relação ao amor.

Quinn concordou com a cabeça e ficou em silencio. Lena esperou pacientemente até a loira abrir a boca.

- Eu acho que por tudo o que aconteceu com ele… - Lambeu os lábios como se estivesse escolhendo suas palavras. – Ele sentia medo em amar outra vez, mas ainda acreditava no amor e tinha esperança nele.

- Esperança? Estamos falando de Edgar Allan Poe? – Lena inclinou a cabeça um pouco descrente.

Quinn virou o rosto para a morena.

- Ele foi tão machucado, ele perdeu todos e tudo o que amava. Sua família, seu grande amor, sua casa… - Encolheu os ombros. – Mas ainda sim ele escrevia sobre amor, sobre a falta dele e sobre a forma como ele perdurava até mesmo após a morte.

- Você realmente acabou de usar a palavra perdurava?

- Significa que vai durar muito. – Quinn explicou com um sorriso suave.

- Eu sei, mas quem diabos fala desse jeito? – Lena soltou uma risada.

Quinn encolheu os ombros brincando com a haste da taça.

- O que eu quero dizer é que mesmo tendo sido machucado, ele ainda acreditava no amor e na força dele. – Falou lentamente, a língua rosada tocando os lábios. – Por mais sombrio ele fosse, ele sabia que o amor é uma força poderosa… uma força que cura, que move, mas também destrói.

- Eu não estou entendendo.

Quinn se levantou e estendeu a taça para ela.

- Estou dizendo que quando for a hora do amor se apresentar outra vez na sua vida, lembre-se de não ter medo dele. – Esperou a Luthor pegar a taça e ofereceu um pequeno sorriso a ela. – Eu preciso ir, preciso voltar a Metrópolis. Tenho que tirar as fotos promocionais.

A loira estava quase saindo da sala quando Lena a chamou, mesmo que ainda estivesse olhando para a taça. Quinn parou com a mão apoiada na moldura da porta, se virou para olhar a Luthor.

- Eu sei que seria melhor Kara ganhar o Open. – Lena se virou para olhar a loira. – Em questão de patrocínio e renda, mas eu vou torcer por você, mesmo que não assine conosco. Eu vou torcer por você.

Quinn abriu um sorriso e acenou com a cabeça.

- Hey… - Ela ia sair da sala, mas parou e se virou para Lena, lambeu os lábios tentando escolher suas palavras. Viu a Luthor lhe olhar com curiosidade. – Pode ser um pouco de atrevimento meu, mas essa não será a última vez que você vai me ver Lena Luthor.

E então ela saiu e Lena soube que ela estava de fato falando sério.

*Try*

Lena rolou a cadeira até a biblioteca, tinha acabado de tomar café da manhã e fora informada que os convidados haviam saído cedo. Uma contração engraçada no estômago, Quinn não havia se despedido. Talvez a tenista tenha ficado envergonhada pela conversa que elas haviam tido de madrugada, decididamente o conhaque havia deixado a mulher mais solta. Lena suspirou se aproximando da mesa que estava usando como estação de trabalho, franziu as sobrancelhas com o papel que estava ali e ele não estava antes.

Suas sobrancelhas se arquearam quando viu que o papel não estava em branco, na verdade era um desenho muito bem feito. Dela. E suas cicatrizes não estavam escondidas. Em seu ombro estava pousado um pequeno pássaro que pela imagem parecia cantar. Com cuidado examinou o desenho, seu retrato sorria feliz e serena e seus olhos… ah seus olhos davam vida ao desenho. Brilhantes. Vivos.

Lena sentiu as lágrimas se acumularem em seus olhos reais e quando olhou para o que estava escrito logo abaixo o sorriso se espalhou em seus lábios.

“A esperança é um ente com penas que na alma pousa… ou era algo assim.”

Quinn assinou o desenho e logo embaixo de sua assinatura existia um número de celular. Seu polegar acariciou a assinatura.

*Try*

Kara deixou os óculos escuros se prenderem a gola da camisa enquanto entrava no estúdio. Um simples fundo azul petróleo pendia em uma das paredes. Olivia Pope conversava com o fotógrafo e quando olhou para a tenista deixou um pouco de surpresa chegar ao seu rosto.

- Então você sabe como funciona um relógio? – A relação publicas se aproximou, viu o sorriso irônico da tenista. – Vá se preparar.

Kara passou pela mulher sem dizer nada, uma das assistentes lhe abriu um sorriso e por um instante Kara se perguntou se já havia se deitado com a mulher. O caminho até o vestiário foi curto e mais olhares surpresos, sim Kara sabia que sempre era a última a chegar, mas precisava de tudo aquilo?

- Hey Danvers. – Izzy acenou com a cabeça. – Como você está?

- Preparada para não sair na segunda rodada. – Kara encolheu os ombros com uma risada.

Izzy respondeu com uma risada e tomou um gole de café. A loira se deixou guiar até estar sentada em uma das cadeiras. Vozes se aproximavam do vestiário.

- Apenas acho que se você quer fazer o pedido, então faça o maldito pedido. – Santana falava com as sobrancelhas arqueadas. – Pelo amor de deus Delacour, vocês juntas chega a ser nauseante. A mulher não vai te dizer não.

- Você ainda não fez o pedido? – Izzy arqueou as sobrancelhas sem erguer o rosto da revista.

Fleur revirou os olhos claros e acenou para Kara que retribuiu o aceno.

- É um pouco difícil achar o momento perfeito quando estou vendo mais vocês do que ela. – A francesa resmungou enquanto Santana era conduzida a uma das cadeiras e Fleur se ocupava em deixar a outra assistente verificar quais roupas estavam separadas para ela.

- Ela não foi para o Canadá? – Kara perguntou tentando não atrapalhar a maquiado ra. – Pensei ter visto vocês jantando.

- E ela foi, mas tinha uma reunião com um secretário de não sei o que. – Fleur suspirou. – Às vezes acho que ela está começando a se cansar.

- Não comece com o discurso de “Hermione está se cansando de mim e do nosso relacionamento”. – Ororo rosnou assim que entrou acompanhada de Uhura.

- Gostei dos cabelos. – Izzy comentou com um sorriso, vendo os cabelos brancos da outra tenista. – Ficou muito legal.

- Cansei de ficar escondendo os fios brancos então simplesmente pintei tudo de branco de uma vez. – Encolheu os ombros. – Agora vou ter que me preocupar em esconder os fios pretos.

A risada baixa da mulher se espalhou pela sala. Uhura olhou pela sala antes de arquear as sobrancelhas e se virar para Santana.

- Onde está Fabray?

- E eu é que sei? Não nascemos agarradas uma a outra. – Santana retrucou com o humor de sempre.

- Pessoa gentil. – Uhura provocou com um sorriso. – Apenas estou perguntando por que normalmente vocês fazem a preparação juntas e não vimos Fabray essa semana.

- Q resolveu se esconder do mundo. – Santana encolheu os ombros ignorando o olhar ofendido da cabelereira. – Já deve estar chegando, me mandou mensagem avisando que ia passar na mãe antes de vir para cá.

- Viu como você sabe onde está a Fabray. – Uhura implicou outra vez.

A Lopez se limitou em lhe dar o dedo arrancando mais algumas risadas. Kara ignorou a conversa enquanto deixava a mulher terminar de maquiar seu rosto, eram em momentos como este que as tenistas relaxavam. Brincavam entre si. Se provocavam. Conviver 9 meses por ano causava esse efeito, a fala de Delacour de que estava vendo mais as tenistas do que a namorada era outra prova disso. Elas aprendiam os hábitos uma da outra. Os horários de treino que preferiam. As quadras que preferiam.

- Kara, me diga que Alex vai vir atender no consultório de Metrópolis enquanto você estiver aqui. – Izzy perguntou sem levantar o rosto da revista.

- O que foi Lightwood? – Uhura estava sorrindo. – O quadril anda doendo?

- Não tanto quanto seu pulso fraco, Nyota. – A britânica retrucou sem erguer os olhos. – Apenas quero saber, preciso de uma consulta.

- Alex deve chegar amanhã. – Kara respondeu abrindo os olhos e olhando para cima conforme a maquiadora pediu. – De uma ligada que quem sabe ela não te encaixa em algum horário? Eu acho que ela só tem um nadador de alguma universidade, mas não acompanho a agenda da minha irmã tão de perto para saber todos os horários. Ela deve ter algumas reuniões agendadas também, então é melhor você ligar.

- Eu vou, obrigada. – Izzy virou a página, já estava pronta, apenas precisava esperar as outras se aprontarem.

A porta se abriu e Quinn entrou finalmente.

- Ah apareceu finalmente. – Ororo ajeitou a saia azul clara. – Já estava me perguntando se tinha desistido do torneio.

- Não. – Apertou a mão de Izzy que lhe olhou atentamente. – Apenas achei que uma preparação fora da cidade seria melhor.

Fleur a olhou pelo espelho, uma sobrancelha arqueada.

- Achei que você e Rachel tivessem conversado da última vez que você esteve na cidade depois de Wimbledon. – Seus olhos azuis se estreitaram. – Você me disse que estava tudo bem.

- E está. – Quinn cutucou Santana nas costelas assim que a maquiadora se afastou para procurar por outro produto. – Mas eu queria um pouco de paz para me concentrar, não é nada com ela.

- Já que você resolveu dar o ar da graça, enfie um pouco de juízo na cabeça de Delacour. – Ororo estava escolhendo a seleção de roupas que estava a sua disposição do outro lado do vestiário. – Ela já começou com a história de Hermione desistir do relacionamento.

- Outra vez? – Quinn se deixou levar pela assistente que iria lhe apresentar as opções que a Nike havia enviado. – Pelo amor de Deus, Fleur. Você me mostrou o anel, faça o maldito pedido logo.

A Fabray sutilmente olhou na direção dos cabides com o nome de Kara, olhando para as roupas com o L estilizado da LuthorCorp no peito. Sabia que provavelmente se assinasse com eles, suas roupas seriam feitas por um estilista esportivo, mas era sempre bom olhar o que eles já tinham.

A loira retirou a jaqueta de couro parando de prestar atenção a conversa das outras, nem a comoção da chegada de Asuna a fez prestar atenção. Puxou a camisa por cima da cabeça e a deixou junto da jaqueta já se inclinando para a camisa vermelha quando uma mão a segurou.

- Mon amie, elle était agressive? – Fleur brincou com as sobrancelhas arqueadas para os arranhões nos bíceps de Quinn que ainda não haviam cicatrizado.

- Ah e qual o nome da preparação, Quinn? – Uhura soltou uma risada arrumando a camisa verde clara o símbolo da Lacoste em seu peito.

Quinn ajustou a mandíbula e Fleur franziu as sobrancelhas ainda com um sorriso brincalhão.

Santana que já estava em pé olhou para a melhor amiga com as sobrancelhas franzidas e Kara se virou rapidamente na cadeira para encarar a No. 2 do mundo. Algo quente queimando em seu estômago, ignorou a reclamação da maquiadora o que atraiu a atenção de Quinn para ela. Um brilho confuso nos olhos verdes diante dos olhos azuis desconfiados.

O clima da sala que era ameno se tornou um pouco mais pesado com a troca de olhares entre as duas mulheres loiras. Quinn não entendeu o olhar hostil de Kara, mas ergueu o queixo em desafio e rapidamente enfiou os braços pela camisa.

- Não é nada. – Murmurou voltando a olhar para as viseiras, separando a preta com detalhes em cinza que era sua preferida.

Fleur a olhou com mais atenção antes de olhar para Kara que apertava o braço da cadeira com força.  Pope entrou na sala.

- Bem enquanto vocês enrolam horas para se arrumarem. – Olívia falou em voz alta. – Vou repassar o que faremos hoje. O comercial é bem simples e limpo como sempre é no US Open, um fundo azul escuro e cenas de grandes jogadoras do passado até chegarem em vocês. As cenas de vocês em quadra serão intercaladas com vocês olhando para a câmera da melhor maneira possível, não preciso dizer. Sejam confiantes, arrogantes e todo o resto que sempre são. Também vamos fazer algumas imagens de corpo inteiro e de vocês batendo algumas bolas, não acertem com força aqui dentro, não me quebrem nada. Faremos algumas cenas no Ashe. As senhoritas passaram a próxima semana se preparando no complexo e isso é obrigatório, entregarei os horários de entrevistas que vocês farão no final do dia. Também estou pedindo encarecidamente que quando meus funcionários pedirem para tirar uma foto de vocês no dia a dia, cedam. Eu preciso alimentar os perfis de mídias. Preciso que seus treinadores me enviem até amanhã seus cronogramas de treinos atualizados para que organize as filmagens de vocês treinando. Certo? Temos muito trabalho a fazer antes de colocar esse show para rodar, senhoras.

- E eu achando que nosso trabalho era apenas jogar. – Izzy resmungou sem deixar que a relação publicas lhe ouvisse.

Enquanto Olívia se ocupava em falar com Uhura e Ororo sobre como encaixar a programação de publicidade delas com o torneio de duplas que elas também participariam, Kara se aproximou de Quinn.

- São boas instalações não são? – Perguntou em voz baixa enquanto abria o plástico onde estavam suas roupas. Viu os movimentos de Quinn diminuírem de velocidade enquanto a Fabray tirava as calças. – Lex te pajeou a semana inteira?

Quinn puxou o short de compressão o colocando sem falar nada, o ajustando corretamente antes de esticar a mão para a saia. Talvez ela devesse começar a pedir por alguns shorts.

- Você vai realmente vir atrás do meu patrocínio, Quinn? – Kara perguntou dobrando a própria camisa, prestando atenção o suficiente para ter certeza de que ninguém estava ouvindo as duas.

- Não sabia que se eu assinasse com a LutorCorp eles retirariam o seu patrocínio. – Quinn murmurou de volta. – Lex não me falou nada disso e muito menos Lena.

Se Quinn estivesse atenta viu o leve hesitar quando Kara levou as mãos aos botões da própria calça.

- Você esteve com Lena? – Sua voz não demonstrou seu nervosismo.

Quinn não respondeu enquanto ajustava as munhequeiras cinzas da mesma cor dos detalhes da viseira. A camisa sem mangas deixava os pequenos arranhões amostra, os olhos de Kara se demorando neles, sua garganta secou e o estômago queimou. Lena havia arranhado Quinn. E se tinha uma coisa que Kara sabia com toda certeza sobre Lena Luthor era que a morena gostava de arranhar. Quando Quinn se afastou dela indo em direção a cadeira de maquiagem a vontade de Kara fora de puxá-la de volta, mas se conteve respirando fundo. Lena teria mesmo lhe substituído?


Notas Finais




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