História Try - Aonde você está?

- Alô? – Danielle finalmente atendeu, depois de ter hesitado um bom tempo. Niall já estava prestes a desligar quando ouviu a voz dela e agradeceu aos deuses por ela ter atendido.

- Aonde você está? – Niall perguntou desesperado. Danielle ouviu um “pergunta quem ela pensa que é pra sumir!” que deduziu ser Zayn e Niall bufou.

- Estou no cassino. – Ela respondeu com tranquilidade, pedindo mais uma dose de uma bebida qualquer.

- E aonde fica isso? – Niall perguntou já calmo.

- Ao lado do shopping. – Ela respondeu enquanto pegava a bebida da mão do garçom e o agradecia.

– Não achou que fosse tão longe, achou? – Ela riu e bebericou seu copo com um líquido colorido, o analisando depois.

 - Não. – Niall sussurrou.

– Daqui a pouco estamos ai, não suma. – Ele disse e desligou o telefone.

Danielle jogou o mesmo na bolsa e brincava com o seu copo, se perguntado que bebida seria aquela. Ela só tinha certeza de que era muito boa. Perguntou para o garçom qual era o nome da bebida em suas mãos e antes do mesmo responder alguém gritou seu nome. Pela voz ela já sabia quem era, aquele que sempre fora discreto.

Danielle revirou os olhos mas agradeceu pelo tempo que teve sozinha, só ela e as bebidas enquanto dava atenção aos cinco meninos que agora a faziam perguntas e a abraçavam.

- Por que vocês não vão dar uma volta pelo cassino? Eu prometo que não vou sair daqui.- Danielle implorava, enquanto terminava de beber o que ainda restava no copo.

Os meninos se entreolharam, mas optaram por um ficar para fazer companhia para ela, eles sabiam que aquele não era o primeiro copo dela, e muito menos o último.

- Por que você saiu daquele jeito? – Liam perguntou enquanto se sentava ao lado dela, pedindo um copo de tequila ao garçom.

- Eu estava fazendo compras. – Ela apontou para as sacolas com a cabeça.

– E resolvi sair. Vi o cassino e resolvi dar uma olhada, achei um bar e aqui estou. – Ela deu um sorriso amarelo e levantou o copo, desfazendo o sorriso e bebendo mais.

Liam mexeu a cabeça negativamente, bebeu um pouco do seu copo e sussurrou alguma coisa que ela não entendeu.

- Se continuar assim, nunca mais vamos te chamar pra sair. Ou então, vai ter que ficar presa em algum lugar enquanto estamos fora. – Ele olhou fundo dos olhos dela.

- Eu posso me acostumar com isso. – Ela não deu bola e continuou a encarar as várias garrafas no balcão onde os garçons faziam os drinks.

Há uma chama acendendo no meu coração

Chegando ao ponto mais elevado, me tirando da escuridão

Finalmente eu posso vê-lo claro como um cristal

O relógio quase marcava 19:15 da noite. Eles já haviam voltado para o cruzeiro para se arrumar e ir para a boate encontrar seus amigos. A banda estava ansiosa para reencontrar Danielle, eles não a viam desde daquele dia na casa dela.

Vá em frente e me abandone, eu vou expor seus podres

Veja como eu o deixo com cada pedaço seu

Não subestime as coisas que eu vou fazer

Há uma chama acendendo no meu coração

Atingindo o ponto mais alto

E está me tirando da escuridão

As cicatrizes do teu amor me fazem lembrar de nós

Me fazem pensar que nós tinhamos quase tudo

As cicatrizes do seu amor me deixam sem fôlego

Eu não posso deixar de sentir

Nós poderíamos ter tido tudo

Nos amando profundamente

Danielle não via a hora de encontrar seus outros meninos, eles tinham uma surpresa pra ela, cada um havia lhe comprado um presente. Um presente especial.

Mas não era apenas pra Danielle, e sim para todos, um presente que significava a amizade deles.

Você teve meu coração na palma de sua mão

E você brincou com ele

De acordo a batida

Querido, não tenho nenhuma história a ser contada

Mas ouvi uma das suas

E eu vou fazer a sua cabeça queimar

Eles chegaram a boate e encontraram os garotos na entrada, cumprimentando algumas pessoas que haviam ali.

- Danielle! – Michael a avistou e foi logo abraça-la, sussurrou algumas coisas pra ela e depois cumprimentou os outros parceiros.

Depois de uns dez minutos de abraços e conversas eles foram pra pista. Cada um com uma pequena caixinha na mão, menos Danielle, que não fazia ideia do que iria acontecer.

Pense em mim nas profundezas do seu desespero

Criando um lar lá em baixo

Já que as minhas não serão compartilhadas

Jogue sua alma em cada porta aberta

Conte suas bênçãos para encontrar o que procura

Transformou minha tristeza em ouro precioso

Você me paga de volta em bondade

E colhe aquilo que semeou

Nós poderíamos ter tido tudo

Ela havia se cansado de perguntar qual seria a utilidade daquela caixa e ter que ouvir de resposta “é surpresa”, “você já vai saber” e até mesmo “está numa caixa de presente, o que você acha que é?” que a deixava confusa, a fazendo pensar que estava indo para uma festa de aniversário e se sentindo mal por não ter comprado um.

Pensou por um minuto e resolveu perguntar para Calum, ela achava que ele não iria nega-la a resposta.

- Calum? – Ela perguntou o olhando nos olhos e apoiando a sua mão sobre a dele, que a respondeu com um grunhido.

– O que tem nessa caixa? – Ela sussurrou para que os outros não ouvissem, o que foi em vão, por que todos o olharam no mesmo instante, mas Calum não deu bola.  

- Você vai descobrir. – Ele respondeu e piscou para a menina que agora bufava, tirando sua mão da dele e cruzando os braços.

Nós poderíamos ter tido tudo

Tudo, tudo tudo