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História Try - Robert & Maryse


Escrita por: LostInstitute

Notas do Autor


Hey! Boa tarde!

Capítulo 10 - Robert & Maryse


Alec e Magnus estavam num restaurante mexicano. Alec disse que sempre quis experimentar comida mexicana, mas nunca tinha a companhia certa. Magnus já havia experimentado, mas claro que ele não iria dizer não a Alec.

- Você está tão lindo hoje, Alexander. - disse Magnus, acariciando a mão de Alec que estava sobre a mesa.

- Magnus, eu estou vestido como sempre me visto! - argumentou Alec, timidamente.

- Então você está sempre lindo. - Magnus tinha um sorriso largo e feliz no rosto. Estava adorando a companhia para o almoço.

Alec olhou para ele e percebeu que se sentia bem com aquele homem. Não tinha necessidade de tentar impressioná-lo, não precisava esconder algo ou pensar em muita coisa para falarem. Apenas ficar olhando para ele parecia suficiente, e isto era suficiente para os dois.

Mas uma pergunta estava na cabeça de Alec e ele queria fazê-la, apesar de não saber qual seria a reação do outro. Todas as vezes que ele tentava descobrir qual o emprego de Magnus, tentava descobrir o que ele fazia durante a noite, Magnus mudava de assunto. Alec tentava não insistir, mas estava ficando difícil. Ele gostava das conversas com Magnus, gostava de sua companhia e queria saber mais sobre ele.

- O que foi, Alexander? - perguntou Magnus, terminando seu último burrito.

- Eu estava pensando, apenas.

- Pensando em...?

Alec não queria acabar com aquele momento. Não podia, então mentiu. Por sorte, era bom nisso.

- Ragnor. - mentiu ele e viu Magnus o olhar estranhamente.

- O que tem Ragnor? Por favor, não vai me dizer que está interessado nele! - Magnus parecia mesmo preocupado e Alec começou a rir disso. - Do que está rindo?

- Não estou interessado nele, Magnus. É claro que não. - disse Alec, em meio a risadas. - Apenas queria saber como se conheceram. E você e Catarina também.

- Hum... - Magnus levou uma das mãos ao queixo, batucando um dedo ali. Depois tomou um gole do seu refrigerante e limpou a garganta. - Bom, conheci Catarina primeiro. Ragnor foi um erro do acaso.

- Quê? Já tiveram um caso? - perguntou Alec, com um pouco de ciúmes. Isso era novo para ele.

- Não, Alexander. - disse Magnus, sorrindo. - Eu conheci Catarina andando pelo parque, quando tinha uns sete anos. Acho que menos. Ela estava brincando com outras crianças e veio me chamar para brincar com ela. Eu fui, mas era desajeitado, então me machuquei algumas vezes. A mãe dela me levou para casa com elas e elas cuidaram dos meus machucados.

- Você estava sozinho no parque? - perguntou Alec, meio confuso.

Magnus baixou a cabeça, triste. Não era uma história que ele gostava de lembrar, mas ele iria contar para Alec.

- Eu tinha fugido de casa. - revelou ele, nada feliz. - Meu pai... Ele não é uma pessoa comprecompreensível e acabava por se estressar fácil comigo. Minha mãe nos deixou quando eu era criança.

- Sinto muito... - disse Alec, segurando a mão de Magnus. Ele se esqueceu de todos ao redor, apenas sentiu necessidade de segurar a mão do outro.

- Tudo bem. Eu passei uma semana andando por aquele mesmo parque e Catarina me via todos os dias. Até que a mãe dela perguntou sobre mim e eu respondi. Depois disso, apesar de não me agradar e ainda ser contra, ela entrou em contato com meu pai, que veio me buscar. Ele me bateu muito nesse dia e eu acabei tendo que ir para o hospital. A mãe de Catarina trabalhava lá. Ela contou a polícia imediatamente e, logo depois, eu estava sendo adotado por ela. Ela me abrigou e me colocou na escola onde a filha estudava e ficamos amigos desde então.

- Um final feliz, não? - comentou Alec, sorrindo para Magnus.

- Sim. Ela também foi a primeira menina que beijei! - disse Magnus, e viu o rosto de Alec ficar vermelho. - Ah, sem essa. Foi apenas uma vez. Eu também fui o primeiro garoto que ela beijou. A partir dali, beijavamos os dois lados! - Magnus não parecia se importar nem um pouco em falar sobre isso. Alec sentia certo desconforto sempre que falava de garotos com sua irmã, por isso evitava o máximo possível.

- Então vocês são bissexuais? - perguntou ele, apesar de já ter entendido.

- Sim. Mas Catarina não tem muita paciência pra pessoas. Ela é boa em cuidar delas, não em ficar com elas. - Alec riu.

- E quanto a Ragnor? - Alec terminou sua bebida. Eles poderiam se levantar e ir embora, caminhar um pouco talvez, mas estavam bem ali. Ninguém os incomodava também. Viviam suas vidas. É diferente de como imaginei, pensava Alec.

- Esse aí é mais complicado... - Magnus pensou um pouco, se lembrando. - Estávamos entrando no Ensino Médio. Logo no primeiro dia de aula, Ragnor já caçava confusão com todo mundo. Algumas vezes ele era legal, mas sabia ser chato, muito chato. - Magnus deu um sorrisinho, se lembrando da história. - Ele fingiu ser meu namorado uma vez, quando um garoto ficou fissurado nele. Mas nunca precisamos fazer mais nada além de dar as mãos. Estávamos começando uma amizade ali, mas ela só ficou bem forte no fim do ano, quando Ragnor quase morreu.

- Quase morreu? Por que? - Alec se espantou. Magnus tinha mais história pra contar do que ele imaginava.

- Ragnor inventou de competir com alguns idiotas do último ano. Uma corrida de carros idiota. Ele acabou sofrendo um acidente e ficou hospitalizado uns meses. Catarina e eu éramos uns dos poucos que iam visitá-lo. Ragnor diz que apenas acordou porque não aguentava mais ouvir Catarina falando sobre como seria a faculdade e que iria ser infermeira em um hospital como aquele.

- Ele ficou bem? Sem problemas algum?

- Sim. Bom... ele perdeu o baile de formatura, mas tudo bem. Ele não queria ir mesmo.

- Mas nada disso aconteceu aqui, não? Foi em outra cidade, certo?

- Sim. Não morávamos aqui. Mas Catarina passou para a Faculdade daqui e Ragnor conseguiu um emprego, então decidimos nos mudar. Moramos juntos por um tempo, daí... aqui estamos, separados.

- Por que? - perguntou Alec, mas já havia percebido que essa parte Magnus não falaria. Será que envolve seu emprego?

Magnus ficou sem saber o que falar. Como continuar aquela conversa. Por sorte, Alec parecia compreender que ele não estava querendo falar.

- Vou pagar a conta. Vamos caminhar um pouco. - Alec viu Magnus se movendo para pegar a carteira e protestou: - Não. Nem pensar. Eu convidei. Eu pago. - Ele se levantou e foi até o caixa.

Eles estavam de mãos dadas, caminhando por uma loja de brinquedos. Alec queria comprar algo para Max.

- Do que Max gosta? - perguntou Magnus. O homem apertava a mão de Alec como se não estivesse acreditando naquilo, como se não quisesse mais soltar.

- Ah... Ele não é muito de carrinhos. Prefere coisas com tabuleiros e cartas e raciocínio... - Alec foi interrompido no meio da frase quando Magnus pegou sua cintura e o puxou para perto, juntando seus lábios.

Alec se afastou, carinhosamente, mas Magnus não deixou que ele falasse nada. Suas mãos se soltaram e Magnus colocou uma mão nos cabelos bagunçados do outro, a outra nas costas dele, o puxado para perto. Alec foi mais ousado, apesar de estar morrendo de medo de beijar Magnus numa loja de brinquedos. Ele passou as mãos por dentro da camisa de Magnus, sentindo os músculos das costas dele. Depois desceu uma para bunda de Magnus, puxando-o mais para perto e encostando suas ereções, fazendo o homem gemer em seus lábios, o que o agradou muito.

Eles se afastaram após um momento, ouvindo vozes vindo naquela direção. Eles ofegavam um pouco e estavam desajeitados, mas sorriam como bobos. Alec estava vermelho.

Magnus ajeitou a camisa pólo de Alec, depois pegou a mão dele de novo e foram para outro corredor.

Alec comprou um jogo de tabuleiro para Max e Magnus comprou umas cartas de baralho personalizadas. Fez Alec prometer que as entregaria para Max.

- Claro que eu vou entregar, Magnus. - disse Alec, revirando os olhos.

Alec estava parado em frente ao prédio de Magnus. Tiveram que voltar, pois Magnus tinha que trabalhar. Alec tentou, novamente, descobrir qual era o trabalho dele, mas não conseguiu. Estava começando a não gostar daquilo. Como terei uma relação boa com você se você nem ao menos me conta com o que trabalha?, pensava ele, beijando Magnus.

Magnus não queria pensar em nada, por outro lado. Estava apenas apreciando aquele beijo lento e molhado. Os lábios de Alec pareciam o segundo melhor pecado do mundo. O primeiro era o corpo do garoto, que Magnus desejava muito tocar um pouco mais, mas nunca conseguia.

Ele acabou parando o beijo. Sua mente se lembrando que era melhor ir embora.

- Vamos nos ver de novo, não vamos? - perguntou Alec.

- Claro que sim, Alexander. - Magnus saiu do carro e mandou um beijo para Alec.

Ele viu o outro ir embora. Depois que ele virou a esquina, Magnus se sentou nos degrais do lado de fora, passou as mãos pelo cabelo arrepiado e deixou tudo que estava oprimindo em sua mente, ganhar voz.

O que eu estou fazendo? Isto não vai acabar bem.

Preciso contar para ele. Mas e se ele não quiser nada comigo depois? Eu não suportaria ficar sem Alexander.

O que é isso que estou sentindo? É isso que chamam de amor? Mas não temos nem um mês!

Deve haver uma opção, algum jeito mais fácil.

Será que eles fariam algo que colocaria a vida de Alec em perigo? Ou a minha?

--- XXX ---

Alec parou o carro na garagem e entrou em casa. O sol já estava se pondo, então haviam algumas luzes acesas, mas não foi isso que ele achou estranho.

Isabelle estava parada na entrada da cozinha, encarando o chão. Ela ergueu o olhar quando ouviu os passos do irmão e olhou para ele com um misto de preocupação, tristeza, medo e confusão. Max saiu da cozinha, pisando forte. Estava claramente nervoso.

Alec caminhou até a cozinha e viu seus pais sentados à mesa. Robert ergueu o olhar para ele, severo e autoritário.

- Sente-se, Alexander. Precisamos conversar.

- Jace, leve sua irmá lá para cima. - disse a mãe, Maryse, sem qualquer emoção na voz.

Alec olhou para o outro canto da cozinha e viu Jace ali. O garoto loiro se moveu e foi até Izzy, mas ela protestou:

- Mãe...

- Agora, Isabelle. - disse Maryse, deixando escapar sua raiva. Alec se espantou.

Jace olhou para ele. Expressava um rosto confuso, sem saber o que fazer. Ele puxou Izzy e eles subiram as escadas.

- Alexander? - chamou o pai.

Alec se sentou de frente para eles, ereto.

- O que está acontecendo?perguntou.

- Nos diga você. - disse a mãe.

- Quem era aquele homem com quem você estava de mãos dadas num restaurante, Alexander? - perguntou o pai.

Alec congelou.


Notas Finais


Calma, gente. Tá chegando o dia em que vão saber do emprego do Magnus. Enquanto isso, suponham mais um pouco!


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