Maryse e Max estavam fazendo compras para o jantar. A mulher havia pedido a Alec para convidar Magnus para jantar com eles. Ela pensava que, conhecendo um pouco mais Magnus e vendo que o relacionamento deles não era diferente das demais pessoas, isso a ajudaria e também ajudaria Alec, pois ela queria mostrar que estava com o filho, para o que fosse necessário.
- Eu acho que Mag é muito carnívoro. Temos que fazer alguma coisa ótima com carne! - sugeria Max. Maryse revirou os olhos.
Max era o que mais havia passado um tempo com Alec e Magnus juntos. Os três já haviam saído várias vezes, e Max gostava muito de Magnus. Maryse pensou que poderia ser útil trazer o filho mais novo, porque talvez ele soubesse de alguma comida em especial que o namorado de Alec gostasse.
Mas Max estava completamente entediado. O garotinho não queria estar ali. Apenas foi porquê foi comprado por sua mãe - ela prometera que lhe compraria o quanto de sorvete ele quisesse! Isso o deixava interessado.
- Toma... - Maryse mexeu na sua bolsa e pegou uma nota de dez. - Vai comprar um milkshake. - Ela entregou a nota ao filho que logo já estava sorrindo de orelha a orelha. - E volte aqui logo que comprar!
Max saiu correndo para a loja mais próxima, pensando em que sabor de milkshake ele iria comprar.
--- XXX ---
Alec e Isabelle estavam arrumando a casa. Eles haviam dividido às tarefas, de forma a ficar mais rápido e deixando que cada um fizesse o que gostava. O que eles não gostavam, eles passavam para Jace, que não parava de reclamar:
- Sério, isso não é justo! - Jace repetia pela centésima vez. - Só porque sou loiro original e vocês tem inveja do meu cabelo, seus morenos oxigenados!
- Eu nem sei se essa palavra existe, Jace. - comentou Izzy, sem mais um pingo de paciência com o meio-irmão.
Alec fazia suas tarefas muito silenciosamente. Nem Izzy ou Jace comentaram sobre. Achavam que o irmão deveria estar nervoso e pensando em como seria a noite.
Na verdade, Alec pensava no pequeno envelope que haviam entregado para ele, dois dias atrás. Ele não havia aberto e nem estava querendo, mas ele estava lá, como se o chamasse, dentro da gaveta de sua escrivaninha.
- Alec? ALEC! Está me escutando? - chamou Jace.
- Ah... quê? Desculpe, estou... voando. O que dizia? - Alec olhou para o irmão e viu sua feição confusa e preocupada.
- O que você tem, Alec?
- Nada... nada mesmo.
- Está mentindo. - Izzy se intrometeu. - Eu sei quando está mentindo. Vamos, diga. O que há?
Alec suspirou. Ele sempre havia confiado nos irmãos... não queria preocupá-los.
- Então... - Alec se sentou no sofá.
Jace escorou a vassoura na parede e foi se sentar ao lado do meio-irmão. Isabelle jogou o espanador no chão e foi para lá também.
- Quando estava no shopping... com Magnus e Max... bom, eles estavam comprando comida e eu estava esperando por eles... daí veio um homem e me entregou um envelope...
- Que envelope? O que tem nele? - Isabelle o interrompeu.
- Deixa ele falar! - repreendeu Jace.
- Eu não sei. Não o abri. - respondeu Alec.
- Por que? - Jace e Izzy perguntaram juntos.
- Olha... Eu não sei o que tem Magnus, mas o garoto que me entregou disse que eu teria as respostas para perguntas que tenho pra fazer para ele, pro Magnus.
- E que perguntas você tem? - questionou Jace.
- Eu... - Alec engasgou. Não era tão aberto assim para falar com os irmãos que sempre que ele e Magnus começavam a se tocar mais sexualmente, Magnus recuava. - Eu não sei nem em quê ele trabalha. - disse, por fim.
- Pera... - Izzy o olhou estranhamente. - Você não sabe no quê seu namorado trabalha? Sério isso? - Alec confirmou com a cabeça.
- Por que? Ele não te conta? - Jace começou a sentir sua desconfiança quanto a Magnus retornando. Ele havia deixado estes pensamentos de lado, pois o irmão estava feliz, mas, neste momento, ele não conseguia evitar.
- Eu já perguntei, mas ele nunca responde. E me disseram que a resposta está naquele envelope.
- Onde está o envelope, Alec? - perguntou Izzy, tentando soar o máximo possível desinteressada.
- No meu quarto. Em uma gaveta da escriva... - Alec parou assim que percebeu o erro que havia cometido, mas já era tarde demais.
Izzy saltou sobre o sofá e começou a subir ás escadas, com Jace em seu encalço. Alec gritava para eles não fazerem isso e corria atrás deles.
Isabelle e Jace chegaram ao quarto do irmão mais velho e foram direito para a escrivaninha, abrindo cada uma das gavetas e jogando tudo para fora.
- Parem com isso! Eu não quero...
- Achei! - Izzy gritou, interrompendo Alec.
A garota olhou de Jace para Alec e de novo para Jace.
- Alec, desculpe, mas eu sempre tive alguma desconfiança em Magnus, então... eu iria querer saber. - disse Jace.
- Eu nunca tive, mas estou curiosa. Sou curiosa. - Izzy tentou soar brincalhona.
Alec encarava o envelope, com medo. Se realmente haviam respostas ali, estas deveriam ser reveladas. Ele tinha perguntas e Magnus não queria responde-las.
- Catarina, a amiga de Magnus, ligou para mim... dois dias seguidos... me perguntando se eu havia aberto este envelope e me fazendo jurar que não faria isso. Eu não entendi como ela sabia sobre ele, mas... - Os olhos de Alec estavam focados no envelope na mão da irmã. Ele mesmo o havia olhado várias vezes, mas havia jurado para Catarina que não o abriria, mesmo que isso só fizesse sua vontade de saber o que tinja dentro crescer descontroladamente.
- Se nós o abrirmos - Izzy gesticulou para Jace e ela. - você não terá quebrado promessa nenhuma.
Alec engoliu em seco. Seu telefone tocou. Estava na escrivaninha, perto de Jace. Ele pensou quê fosse Magnus.
- Oi, Max. - Jace atendeu. - Alô? Max? Por que você está chorando? - Alec e Izzy encararam o irmão. - Max? - Jace começou a ficar branco e a tremer. Seus olhos se fechavam e abriam com muita força, tentando impedir as lágrimas, mas que logo ganhavam espaço. - Não diga isso...
- O que houve? - Alec e Isabelle perguntaram em uníssono.
--- XXX ---
Max estava sentado num banquinho, esperando sua mãe. Ele havia acabado de tomar seu milkshake e queria outro, então Maryse havia ido comprar para ele.
Max viu quando um homem estranho, alto, encapuzado e que se destacava de todos no shopping vinha em sua direção. Ele percebeu o movimento de seu braço, percebeu a arma sendo tirada de seu bolso e apontada para ele. Sentiu um friozinho imenso pelo corpo, sentiu que era o fim...
Sua mãe se ajoelhou na sua frente para entregá-lo o milkshake e ele ouviu o barulho do tiro.
--- XXX ---
Max pegou o celular e ligou para o primeiro número que achou. Era o de Alec.
Pessoas gritavam e corriam para todo lado. Três homens estava próximos de Max e uma mulher estava debruçada sobre Maryse, tentando mantê-la viva. Max chorava abertamente.
Maryse não respondia.
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