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História TRY AGAIN - Harry Potter - Chapter Eighteen


Escrita por: expctron

Notas do Autor


Gente KKKKKKK vocês acreditam que eu esqueci de postar os restos dos capítulos? Eu ia esperar uma hora pra postar outro e assim vai,só que eu acabei esquecendo,perdão!

Mas eu juro que hora eu faço! Vai sair mais três capítulos e o final da história. Estamos chegando no fim de pedra filosofal!

Espero que gostem!
Boa Leitura!

Maratona 2/5

Capítulo 21 - Chapter Eighteen


Fanfic / Fanfiction TRY AGAIN - Harry Potter - Chapter Eighteen

Capítulo dezoito:

━─━─━─━─━─━─━─━

❛❛Descobri uma coisa❜❜

╔─━━━━ • ★ • ━━━━─╗

18.Professor Quirrell 

╚─━━━━ • ★ •━━━━─╝


― ROSE MARGARET GREEN! VOLTE AQUI!

Uma voz alta soou por todo o lugar. Uma menininha ruiva que não parecia ter mais de uns 10 anos subia a longa e larga escada de madeira. Sua expressão era assustada,quase como amedrontada. A menina olhava para trás constantemente como se estivesse fugindo da voz.

O lugar parecia tão grande quanto uma mansão,as paredes eram cobertas por papéis de parede verde escuro quase um preto. O piso todo revestido com carpete de madeira escura. Havia vários quadros nas paredes,como os de Hogwarts,mas esses pareciam de membros da família. A decoração do lugar era uma típica casa de sangue puros,era impossível não notar o respeito pela casa de Salazar Slytherin  quando há estátuas e quadros de cobras por toda parte.

Então uma mulher mais velha apareceu. Tinha trinta a quarenta anos,com certeza,não aparentava ter mais que isso. Os longos cabelos ruivos escorriam até a metade das costas. Seus olhos eram castanhos chocolate e algumas sardas complemantavam a composição de seu rosto. Seu corpo era esbelto,havia como perceber suas curvas mesmo com o longo vestido preto que usava. O barulho de seu salto  preto batendo contra o piso era a única coisa que podia ser ouvida no lugar desde que não gritava mais. A bruxa esbanjava elegância e requinte enquanto andava.

― Dê mais um passo e saberá mais cedo o que é uma dor de tortura ― Sua voz dura e maldosa foi o bastante para que a garota parasse petrificada no meio das escadas. Continuou com autoridade ― Desça. Agora.

A menina virou-se e com as pernas trêmulas desceu degrau por degrau até o fim da escada. Estava pálida e seu lábio inferior tremia. A criança ficou frente a frente com a mulher,provavalemente sua mãe,era como uma miniatura da mais velha. Seus ombros encolheram-se quando a mulher começou a falar novamente.

― Fui informada que estava na presença de sangues ruins.

A menina chacoalhou a cabeça.

― Foi a senhora Black que lhe disse isso? Eles são bruxos,mãe,são-

― Nascidos trouxas? Sangues ruins?

― Não! Um era mestiço,Se-

A mulher deu um passo a frente,sua filha recuou de medo.

― Não estou criando uma traidora de sangue. Ouviu? ― Rosnou

― Mas mãe-

― Conhece a maldição Cruciatus. Não faz? ― Andou novamente,segurando a varinha entre os dedos.

A garotinha ruiva empaledeceu ainda mais.

― Estará recebendo sua carta de Hogwarts em alguns meses. Será selecionada para Sonserina,assim como nós. ― Outro passo ― E quando tiver idade o suficiente servirá ao Lorde das Trevas,como a vontade dele.

A mulher deu novamente um passo prensando Rose no corrimão da escada.

― Você entendeu,Margaret? ― Passou a varinha em seus cabelos.

A ruiva balançou a cabeça desviando o olhar para o chão. Parecia ter esquecido como respirar.

― Sim,mãe.

― Agora vá. ― Afastou -se. Rose quase suspirou de alívio. Virou-se novamente para subir as escadas em silêncio. Quando estava a mais da mercados dos degraus,a mulher ruiva falou novamente ― Não me faça ter que ensina-la as maldições imperdoáveis antes da hora,querida.

AMY ACORDOU EM SOBRESSALTO. Ofegou sentando-se na cama. Amy olhou ao redor,o quarto estava escuro e todas as suas colegas de dormitório dormiam tranquilamente. Puxou as mangas do pijama que vestia,cruzando os braços pelo frio e encostou suas costas na cabeceira da cama.

Ela pensou no sonho que tivera a pouco. Era sua mãe,tinha certeza. E a outra mulher ruiva sua avó, a mesma aparência que viu no espelho de Ojesed.

Amy sabia que os Green's tinha os mesmos ideais da supremacia de sangue. Mas aquela mulher era cruel. Ameaçar sua própria filha com uma maldição imperdoável não era algo que Amy via todos os dias. Rose tinha medo dela,como se já tivesse passado por aquilo antes e tivesse sido castigada por isso.

Lorde das Trevas. Voldemort.

Será que Rose tinha servido a Voldemort? Tornadio-se uma comensal da morte?

Não,Amy decidiu. Dumbledore havia lhe dito que Rose foi diferente. Não compartilhada dos pensamentos de sua avó.

Como a vontade dele.

Voldemort queria que Rose fizesse parte do seu círculo. A forma como sua avó pronunciou as palavras demonstrava quase um desespero excessivo para que a menina não saísse da linha e colocasse tudo que tinham a perder. Ela precisava ser um Comensal.

Mas ela não queria.

Não demorou para que Amy pegasse no sono outra vez quando bateu a cabeça em seu travesseiro. Ela teve outro sonho, mas dessa vez era conhecido.
Novamente passavam as mesmas cenas por sua cabeça. Professor Snape,Quirrell,Harry e ela mesma desmaiando.

Ela acordou novamente. Suspirando cansada. O que mais lhe preocupava era não conseguir observar o lugar em volta. Alguma coisa estava acontecendo,ou iria acontecer em breve. Talvez Voldemort tentasse roubar a pedra,ou alguém fizesse por ele.

Amy balançou a cabeça e levantou-se da cama colocando seu robe,apanhou a varinha e saiu o mais silenciosamente possível do quarto. Ela precisava de um chocolate quente e um grande pedaço de torta. Atravessou o Salão Comunal e agradeceu por não ter ninguém lá.

Amy nunca gostou de passear sozinha pelo castelo a noite,principalmente quando Voldemort estava ali perto mas achou que não faria mal esgueirar-se até a cozinha uma vez na vida. Apenas teria que evitar ser pega.

Mas algo lhe chamou a atenção. Sussurros. Vindo de uma sala vazia no corredor que passava. No início Amy pensou ser um aluno qualquer ultrapassando o toque de recolher,mas ao chegar mais perto reconheceu a voz. Aquele era Quirrell,falando normalmente aos sussurros e sem gaguejar sequer uma vez. Amy arregalou os olhos,encostando na parede minuciosamente. Agachou ficando de joelhos no chão e se arrastou até a porta da sala na intenção de não ser vista.

Amy lembrou do que Harry havia contado. Segundo ele,Snape estava amedrontando Quirrell dias atrás,mas será que realmente estava? Ela não acreditava nisso.

Olhou cautelosamente para o interior da sala,havia um espelho em sua frente,ela não conseguia ver Quirrell por trás. Ele suspirava coisas incompreensíveis. Amy encostou o ouvido um pouco mais próximo mas o máximo que ouviu foi um miado abafado

Um miado. Ela arregalou os olhos,Madame Nor-r-ra. Insultou-se mentalmente ao ouviu a voz de Filch provavelmente no corredor ao seu lado.

― Tem certeza que viu um dos aluno delinquente fora da cama por aqui,Madame Nor-r-ra?

Amy encostou a cabeça na parede pedindo silênciosamente que houvesse qualquer barulho sequer que a salvasse,mas ela teria que fazer isso sozinha.

Amy apontou a varinha para o espelho. Certo,ela só aprenderia esse feitiços no seu segundo ano. Tudo que tinha era alguns estudos e tentativas que havia feito.

Depulso ― Sussurrou. Amy sorriu torto quando viu o espelho caindo em cima de Quirrell.

Oh!

Reparou no seu turbante caído,a alguns centímetros do seu pé e tentava estupidamente sair debaixo do objeto.

― Aluno fora da cama!

Amy pulou em sobressalto,correndo rapidamente. Filch estava preocupado o suficiente com Quirrell. Voltou rapidamente para o dormitório frustrada,não havia feito o que quisera fazer,porém tinha conseguido usar o feitiço de afastamento brilhantemente.

Uma coisa tocou em Amy. O professor estava falando sem gaguejar. Quirrell. Não parecia estar falando sozinho,mas quem?

Ela arregalou os olhos. Ele havia aparecido no eu sonho algumas vezes. Sem motivos e tirando o turbante. Aquele mesmo turbante que não usava hoje.

Não podia ser.

Ela estava certa. Snape não tentava roubar a Pedra Filosofal.

Quirrell estava.

✧✧✧


No outro dia,pela manhã,Amy saiu o mais rápido que conseguiu para o Salão Principal. Ela precisava contar o que descobrira ontem para os amigos. Mas,Amy também sabia que três deles não confiaram nela quando estavam certos que Snape estava por trás do roubo.

Com um livro em baixo do braço e o outro arrumando o rabo de cavalo desarrumado que fizera,Amy notou os dois Lufanos e o Corvino sentados na mesa da Corvinal. Lançou um sorrisinho para Hermione enquanto caminhava até a mesa azul e bronze.

― Descobri uma coisa. ― As cabeças voltaram-se automaticamente para a ruiva.

― O que houve? ― Perguntou Timothy de boca cheia. Andrew revirou os olhos.

― Timothy não fale de boca cheia,é falta de educação ― Repreendeu Amy,ele decidiu ignorar. Ela virou-se para olhar Natalie - que estava enchendo o rosto de comida

― Por que tão parecidos? ― Andrew murmurou para si mesmo.

― Eu sei quem está tentando roubar a Pedra Filosofal ― Sussurou Amy. Os amigos arregalaram os olhos em choque. Natalie quase esgasgou-se com o suco de abóbora que tomava.

― Do que você está falando? Como assim você sabe? ― Perguntou Natalie.

― Não começou a achar que é Snape,não é? ― Perguntou Timothy. Amy sacudiu a cabeça.

― Esse não é o lugar,vamos. ― Levantou-se Amy. Timothy fez um barulho de perplexidade

― E não vamos terminar de comer?

Andrew revirou os olhos,levantando também.

― Ei,isso é injusto! Deixe-me comer primeiro,Amy ― Reclamou Natalie

― Depois vocês comem,isso aqui é sério!

― Isso aqui também! Como você quer que resistemos a aula de poções sem que nos alimente direito?

Amy revirou os olhos,ajeitando o livro no braço.

― Agora.

― Podemos ao menos comer no caminho?

― Não. Coloque a comida ai,Timothy. ― Dessa vez quem respondeu foi a Andrew tirando os olhos do livro que agora lia.

Natalie suspirou dramáticamente,enfiando um morango na boca.

― Ei,isso é musse de morango? Me dê um.

Amy olhou maravilhada para o potinho com morangos por cima do doce.

Timothy sorriu maliciosamente.

― Ora,pensei que quisesse sair logo.

Amy cerrou os olhos,levantando o queixo orgulhosamente.

― Te deixo comer mais uma tortinha de abóbora no caminho por esse musse.

Timothy sorriu satisfeito,assentindo.

― Por que com ela você não proíbe de levar a comida? ― Reclamou Natalie,olhando para Andrew. O garoto deu de ombros.

― Porque se eu fizer ela me acerta com o seu livro.

Timothy tombou a cabeça.

― É,esse é um bom motivo. ― Disse o Lufano. Natalie concordou

― O que estão esperando? Andem,precisamos encontrar uma sala vazia. ― Então Amy saiu,colocando uma colherada de doce na boca.

Timothy levantou resmungando.

― Por que tão mandona? ― Perguntou baixinho para Andrew. O outro balançou a cabeça.

Não demorou muito para que encontrassem uma sala para conversar. O castelo era enorme e existia várias salas que não usavam.

Amy começou a explicar o mais rápido que conseguiu a sua aventura noturna,parando apenas quando lhe interrompiam com alguém comentário. No fim da história,estavam todos de bocas e olhos arregalados.

― Quirrell?! Como Quirrell? ― Perguntou Natalie incrédula.

Amy assentiu.

― E o que você vai fazer? Contar aos outros? ― Perguntou Timothy

Amy passou a língua pelos lábios.

― Esse é o ponto. Eles não vão acreditar se eu fizer.

― Calma. Você tem provas? ― Perguntou Andrew. Amg negou ― Então é melhor não contar nada agora.

― O que? Ela precisa falar para o Potter e os outros dois. ― Disse Natalie. Timothy concordou.

― Não. Andrew está certo. ― Os dois a olharam como se fosse louca. ― Eu preciso de provas antes. E além disso teremos exames. Eu tenho esse tempo para tentar provar se meu argumento está realmente certo.

Ela só não sabia como fazer isso.

✧✧✧


AMY NÃO SABIA COMO CONSEGUIU
concentrar-se nos exames quando tentava a todo custo pegar algo para desmascarar Quirrell. Mas ele nunca errava. Amy não conseguiu pegar sussurros ou qualquer outra coisa que a levasse para um ponto principal da questão. Voldemort.


Contudo os dias foram se passando lentamente e não havia dúvidas de que Fofo continuava vivo e bem seguro atrás da porta trancada.


Fazia um calor de rachar, principalmente na sala das provas escritas. Os alunos tinham recebido penas novas e especiais para fazê-las, previamente encantadas com um feitiço anticola.


Houve exames práticos também. O Prof. Flitwick os chamou à sala de aula, um a um, para verificar se conseguiam fazer um abacaxi sapatear na mesa. A Profa. Minerva observou-os transformarem um camundongo em uma caixa de rapé e conferiu pontos pela beleza da caixa, e os descontou quando a caixa tinha bigodes. Snape deixou-os nervosos, bafejando em seu pescoço enquanto tentavam se lembrar como fazer a poção do esquecimento. Amy tinha certeza que havia se dado bem,era sem dúvidas a melhor poção que já havia feito até lá.

O último exame foi de História da Magia. Uma hora respondendo a perguntas sobre velhos bruxos gagás que inventaram caldeirões automexíveis e estariam livres, livres por uma semana maravilhosa até saírem os resultados dos exames. Quando o fantasma do Prof. Binns mandou-os descansar as penas e enrolar os pergaminhos,Harry não pôde deixar de dar vivas com os colegas.

― Foi muito mais fácil do que pensei ― Comentou Hermione, quando eles se reuniram aos numerosos alunos que saíam para os jardins ensolarados. ― Eu nem precisava ter aprendido o Código de Conduta do Lobisomem de 1637 nem a revolta de Elfric, o Ambicioso.

Amy balançou a cabeça em concordância.

― Isso foi melhor do que pensei que seria.

Hermione sempre gostava de repassar as provas depois, mas Rony disse que isso o fazia se sentir mal,isso fez com que Amy fizesse de propósito apenas para provoca-lo mas parava quando ele pedia,não era tão cruel. Assim, caminharam até o lago e se sentaram à sombra de uma árvore. Os gêmeos Weasley e Lino Jordan faziam cócegas nos tentáculos de uma lula gigantesca, que tomava sol na água mais rasa.

― Acabaram-se as revisões ― Suspirou Rony, contente, esticando-se na grama. ― Você podia fazer uma cara mais alegre, Harry, temos uma semana inteira até descobrir se nos demos mal, não precisa se preocupar agora.

Harry esfregava a testa.

― Eu gostaria de saber o que significa isso! ― Explodiu aborrecido. ― Minha cicatriz não para de doer, já senti isso antes, mas nunca com tanta frequência.

― Procure Madame Pomfrey ― Sugeriu Hermione.

― Eu não estou doente ― Respondeu Harry. ― Acho que é um aviso... significa que o perigo está se aproximando...

Amy respirou fundo,nervosa,aquela seria uma hora adequada para contar sobre Quirrell?

Não,decidiu,você não tem provas,Amy!

Rony não conseguiu se preocupar, estava quente demais.

― Harry, relaxe. Hermione tem razão, a Pedra está segura enquanto Dumbledore estiver por aqui. Em todo o caso, nunca encontramos nenhuma prova de que Snape tenha descoberto como passar por Fofo. Ele quase teve a perna arrancada uma vez, não vai tentar outra tão cedo. E Neville vai jogar quadribol na equipe da Inglaterra antes que Hagrid traia Dumbledore.

Harry concordou, mas não conseguiu se livrar da sensação que o atormentava de que esquecera de fazer alguma coisa, algo importante. Quando tentou explicar o que sentia, Hermione disse:

― Isso são os exames. Acordei a noite passada e já tinha lido metade dos meus apontamentos sobre Transfiguração quando me lembrei que já tínhamos feito a prova.

Amy fez careta. Tinha certeza de que a sensação de inquietude não tinha nada a ver com os estudos.

Harry acompanhou com os olhos uma coruja planar pelo céu azul em direção à escola, uma carta no bico. Hagrid era o único que lhe mandava cartas. Hagrid jamais trairia Dumbledore. Hagrid jamais contaria a ninguém como passar por Fofo... jamais... mas...

Harry pôs-se de pé de um salto.

― O que você está fazendo,Potter? ― Perguntou Amy desconfiada

― Onde é que você está indo? ― Perguntou Rony sonolento.

― Acabei de me lembrar de uma coisa. ― Estava branco. ― Temos que ver Rúbeo agora.

― Por quê? ― Ofegou Hermione, correndo para alcançá-lo.

― Pare de correr e responda ― Ofegou correndo com Hermione 

― Vocês não acham um pouco estranho ― Disse Harry, subindo, às carreiras, a encosta gramada ― que o que Rúbeo mais quer na vida é um dragão, e aparece um estranho que por acaso tem ovos de dragão no bolso, quando isso é contra as leis dos bruxos? Que sorte encontrar Rúbeo, não acham? Por que não percebi isto antes?

Amy empaledeceu. Como podia ser tão burra? Ela deveria ter desconfiado disso desde o primeiro momento em que bateu o olho naquele dragão.

A ruiva encarou Potter por um segundo, e droga, ela tinha que dar essa a ele. Harry havia sido esperto.

― Do que é que você está falando? ― Perguntou Rony, mas Harry, correndo pelos jardins em direção à floresta, não respondeu.

Hagrid estava sentado em um cadeirão na frente da casa: tinha as pernas das calças e as mangas enroladas e descascava ervilhas em uma grande tigela.

― Olá ― Disse, sorrindo. ― Terminaram os exames? Têm tempo para um refresco?

― Temos, obrigado ― Disse Rony, mas Harry o interrompeu.

― Não, estamos com pressa, Rúbeo, preciso lhe perguntar uma coisa. Sabe aquela noite que você ganhou o Norberto? Que cara tinha o estranho com quem você jogou cartas?

― Não lembro ― Respondeu Hagrid com displicência ―, ele não quis tirar a capa...

Viu os quatro fazerem cara de espanto e ergueu as sobrancelhas.

― Não é nada de mais, tem muita gente esquisita no Cabeça de Javali, o pub do povoado. Podia ser um vendedor de dragões, não podia? Nunca vi a cara dele, ele não tirou o capuz.

Amy fechou os olhos com força. Harry se abaixou ao lado da tigela de ervilhas.

― O que conversaram? Você chegou a mencionar Hogwarts ou qualquer coisa relacionada? ― Recitou Amy calmamente

― Talvez ― Disse Hagrid, franzindo a testa, tentando se lembrar. ― É... ele me perguntou o que eu fazia e eu respondi que era guarda-caça aqui... Depois perguntou de que tipo de bichos eu cuidava... então eu disse... e disse também que o que sempre quis ter foi um dragão... então... não me lembro muito bem... porque ele não parava de pagar bebidas para mim... Deixa eu ver... ah, sim, então ele disse que tinha um ovo de dragão, e que podíamos disputá-lo num jogo de cartas se eu quisesse... mas precisava ter certeza de que eu podia cuidar do bicho, não queria que ele fosse parar num asilo de velhos... Então respondi que depois do Fofo, um dragão seria moleza...

― E ele pareceu interessado no Fofo? ― perguntou Harry, tentando manter a voz calma.

― Bom... pareceu... quantos cachorros de três cabeças a pessoa encontra por aí, mesmo em Hogwarts? Então contei a ele que Fofo é uma doçura se a pessoa sabe como acalmá-lo, é só tocar um pouco de música e ele cai no sono...
Hagrid, de repente, fez cara de horrorizado.

Amy arregalou os olhos ― Hagrid!

Repreendeu nervosa.

― Eu não devia ter-lhe dito isto! ― Exclamou. ― Esqueçam que eu disse isto! Ei, aonde é que vocês vão?

Amy, Harry, Rony e Hermione não se falaram até parar no saguão de entrada, que parecia muito frio e sombrio depois da caminhada pelos jardins.

Amy estava uma pilha de nervos,Quirrell havia conseguido o que queria. Ela precisava dar um jeito.

― Temos de procurar Dumbledore ― Falou Harry. ― Rúbeo contou àquele estranho como passar por Fofo e quem estava debaixo daquela capa era ou o Snape ou o Voldemort, deve ter sido fácil, depois que embebedou Rúbeo. Só espero que Dumbledore acredite na gente. Firenze talvez confirme, se Agouro não o impedir. Onde é a sala de Dumbledore?

Os três olharam a toda volta, na esperança de ver uma placa apontando a direção certa. Nunca alguém lhes havia dito onde trabalhava Dumbledore, tampouco conheciam alguém que tivesse sido mandado à sala dele.

Amy revirou os olhos. Sério?

― Eu sei onde fica,mas é preciso um senha e ― Amy agarrou o colar ―, eu não sei qual é.

Aquilo era verdade,Amy havia tentado entrar outra vez na sala do diretor para uma conversa noturna mas a senha havia sido mudada.

Os três suspiraram frustrados.

― Acho que teremos de... ― Começou Harry, mas inesperadamente ouviram uma voz do outro lado do saguão.

― Que é que vocês estão fazendo aqui dentro?

Era a Profa. Minerva McGonagall, carregando uma pilha de livros.

― Queremos ver o Prof. Dumbledore ― Disse Hermione enchendo-se de coragem, pensaram os outros três.

― Ver o Prof. Dumbledore? ― a Profa. Minerva repetiu, como se isso fosse uma coisa muito suspeita para alguém querer fazer. ― Por quê?

Harry engoliu em seco – e agora?

― É uma espécie de segredo ― Disse, mas desejou na mesma hora que não tivesse dito, porque as narinas da Profa. Minerva se alargaram.

― O Prof. Dumbledore saiu faz dez minutos ― Informou ela secamente. ― Recebeu uma coruja urgente do ministro da Magia e partiu em seguida para Londres.

Amy arregalou os olhos. ― Saiu?!

― Ele saiu?! ― Exclamou Harry, frenético. ― Agora?

― O Prof. Dumbledore é um grande mago, Potter, o tempo dele é muito solicitado.

― Mas é importante.

― Alguma coisa que você tenha a dizer é mais importante do que o ministro da Magia, Potter?

― Olhe ― disse Harry, mandando a cautela às favas. Amy revirou os olhos outra vez.

― Largue isso ― Resmungou ―,professora,hum-

― Fale de uma vez,Green.

― Nós sabemos da Pedra Filosofal,é sobre isso que estamos tentando falar. É muito importante.

Seja o que for que a Profa. Minerva esperava, certamente não era isso. Os livros que levava despencaram dos seus braços, mas ela não os apanhou.

― Como é que vocês sabem? ― Deixou escapar.

― Professora, acho... sei... que Sn... que alguém vai tentar roubar a pedra. Preciso falar com o Prof. Dumbledore.

Ela o olhou com uma mescla de choque e desconfiança.

― O Prof. Dumbledore volta amanhã ― Disse finalmente. ― Não sei como descobriu sobre a Pedra, mas fique tranquilo, não é possível ninguém roubá-la, está muitíssimo bem protegida.

― Mas, professora...

― Potter, sei do que estou falando. ― Curvou-se e recolheu os livros caídos. ― Sugiro que vocês voltem para fora e aproveitem o sol.

Mas eles não voltaram.

― É hoje à noite ― Disse Harry, quando teve certeza de que a Profa. Minerva não podia mais ouvi-los. ― Snape vai entrar no alçapão hoje à noite. Ele já descobriu tudo o que precisa e agora tirou Dumbledore do caminho. Foi ele quem mandou aquela carta, aposto que o ministro da Magia vai levar um choque quando Dumbledore aparecer.

Amy respirou fundo. Por que Dumbledore tinha que sair logo agora? Não poderiam ter sorte um único momento?

― Mas o que é que podemos...

Hermione perdeu a fala. A ruiva levantou o olhar para ver quem estava a sua frente. Harry e Rony se viraram.

Snape estava parado ali.

― Boa tarde ― Disse com suavidade.
Eles o encararam.

― Vocês não deviam estar dentro do castelo num dia como este ― Falou com um sorriso estranho e torto.

Amy quase suspirou,olhando o modo como Snape age não lhe admira que achem que está por trás daquilo.

― Estávamos... ― Começou Harry, sem fazer ideia do que ia dizer.

― Vocês precisam ter mais cuidado. Andando por aqui assim, as pessoas vão pensar que estão armando alguma coisa. E Grifinória realmente não pode se dar ao luxo de perder mais nenhum ponto, não é mesmo?

Harry corou. Viraram-se para sair, mas Snape os chamou de volta.

― E fique avisado, Potter, se ficar perambulando outra vez à noite, vou providenciar pessoalmente para que seja expulso. Green? ― Chamou sem tirar os olhos de Harry ― Quero você na minha sala,essa noite.

Amy franziu o cenho confusa.

― Achei que havia dito para não frequentar mais a sua sala.

― Creio que terei que fazer tal sacrifício. Bom dia para vocês.

E saiu em direção à sala de professores.
Lá fora, nos degraus de pedra, Harry virou-se para os outros.

― Certo, isto é o que vamos fazer ― Cochichou com urgência. ― Um de nós tem que ficar de olho no Snape, esperar do lado de fora da sala de professores e segui-lo se ele sair.Hermione, é melhor você fazer isso.

― Por que eu?

― É óbvio ― Disse Rony. ― Você pode fingir que está esperando pelo Prof. Flitwick, sabe, como é. ― E fazendo voz de falsete: ― E “Ah, Prof. Flitwick. Estou tão preocupada, acho que errei a questão catorze b...”

― Ah, cala a boca ― Disse Hermione, mas concordou em vigiar Snape. ― Mas a Amy vem comigo.

Todos os olhares voltaram para a ruiva,ela balançou a cabeça.

― Não. Tenho algo para fazer antes.

― O que? ― Perguntou Rony desconfiado

― Conto a vocês em alguns minutos.

― E é melhor ficarmos no corredor do terceiro andar ― Disse Harry a Rony. ― Vamos.

Amy correu o mais rápido possível para tentar encontrar Quirrell,ela estaria o vigiando. Não demorou para chegar até a sala de DCTA mas ele não estava lá. O castelo era enorme ele poderia estar em qualquer outro lugar,inclusive roubando a Pedra,mas Amy tomou uma atitude.

Estava na hora de contar.

Virou-se correndo até a sala comunal da Grifinória. Ficou aliviada quando viu Hermione indo para o mesmo lugar,ela não fazia idéia da senha. As duas entraram pelo retrato da Mulher Gorda.

― Sinto muito, Harry! ― Lamentou-se Hermione  ― Snape saiu e me perguntou o que eu estava fazendo, então disse que estava esperando Flitwick, e Snape foi buscá-lo, e me mandei, não sei aonde ele foi.

― Bom, então acabou-se, não é? ― Disse Harry.

Os outros três olharam para ele. Estava pálido e seus olhos brilhavam.

― Vou sair daqui hoje à noite e vou tentar apanhar a Pedra primeiro.

― Você ficou maluco! ― Exclamou Rony.

― Você não pode! ― Disse Hermione. ― Depois do que a Profa. Minerva e Snape disseram? Vai ser expulso!

― Não seja maluco. ― Disse Amy,revirando os olhos.

― E DAÍ? ― Gritou Harry. ― Vocês não percebem? Se Snape apanhar a pedra, Voldemort vai voltar! Vocês não ouviram contar como era quando ele estava tentando conquistar o poder?
Não vai haver Hogwarts para nos expulsar! Ele vai arrasar Hogwarts, ou transformá-la numa escola de magia negra! Perder pontos não importa mais, vocês não entendem? Acham que ele vai deixar vocês e suas famílias em paz se Grifinória ganhar o campeonato das casas? Se eu for pego antes de conseguir a pedra, bem, vou ter que voltar para os Dursley e esperar Voldemort me encontrar lá. É só uma questão de morrer um pouquinho depois do que teria morrido, porque eu nunca vou me aliar aos partidários da magia negra! Vou entrar naquele alçapão hoje à noite e nada que vocês dois disserem vai me impedir! Voldemort matou meus pais, estão lembrados?

E olhou zangado para eles.

― Você tem razão, Harry ― Disse Hermione com uma vozinha fraca.

Harry percebeu que Hermione e Rony o olhavam pálidos mas apesar de tudo,Amy não. Ela parecia em choque.

― Olha aqui,pra início de conversa eu sugiro que não grite comigo,você está ficando maluco é?! ― Gritou furiosa, Harry engoliu em seco,ela parecia a ponto de azara-lo ― E Snape não está tentando roubar a Pedra Filosofal.

Rony não pode deixar de falar.

― Por que você não pode aceitar que está errada de uma vez? Pare de tentar defende-lo!

Amy decidiu ignorar.

― É Quirrell. Ele está tentando roubar.

Os três se entreolharam

― Quirrell? Você só pode estar brincando. Ele tem medo até da própria sombra!

Certo,Amy também pensava a mesma coisa mas a situação era diferente.

― Amy,você tem provas sobre isso? ― Perguntou Hermione. Ela balançou a cabeça em negação. Rony zombou.

― Quirrell não está tentando roubar a Pedra. Snape está. ― Disse Harry. Amy  o olhou zangada.

― Tudo bem! Depois não digam que não avisei!

― Vou usar a capa da invisibilidade. Foi uma sorte tê-la recuperado.

― Mas ela dá para esconder nós três? ― Perguntou Rony.

― Nós... nós três?

Amy franziu o cenho. Espere três?

― Ah, corta essa, você não acha que vamos deixar você ir sozinho?

― Claro que não ― Disse Hermione com energia. ― Como acha que vai chegar à Pedra sem nós? É melhor eu dar uma olhada nos meus livros, talvez encontre alguma coisa útil...

― Mas se formos pegos, vocês dois vão ser expulsos também.

― Não se eu puder evitar ― Disse Hermione, séria. ― Flitwick me disse em segredo que tirei cento e vinte por cento no exame. Não vão me expulsar depois disso.

Amy quase perguntou se Hermione sabia quanto ela havia tirado,mas tinha algo para resolver e tinha certeza que era uma boa nota.

― Espere,espere,espere. Eu também estou indo.

― Achei que não concordasse conosco ― Apontou Rony.

― Não faço,mas quero ajudar. ― Disse como se fosse óbvio.

― Não consigo te entender,primeiro quer me azarar e depois quer me ajudar! O que realmente quer? ― Disse Harry,irritado.

Amy zombou,ela não estava ajudando ele.

― E quem disse que quero ajudar você? ― Amy perguntou retoricamente ― Quero ajudar Hogwarts. Vocês são dois idiotas e por mais que Hermione seja ótima,ela precisa de ajuda para controlar vocês e eu sou a pessoa mais indicada para isso.

Amy levantou o nariz arrogantemente. Ela só não imaginava que seria tão difícil


Notas Finais


NOTAS:

•Contém trechos de Harry Potter e a Pedra Filosofal,créditos a autora.

•Espero que tenham gostado.

•Qualquer erro ortográfico, desculpe-me.

Hey,está aí mas um capítulo,espero que gostem. Lembrem do resto da maratona.

Eu quero interagir mais com vocês,acho que fica mais legal quando o leitor não apenas ler o capítulo mas debate também. Comentem!


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