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História TRY AGAIN - Harry Potter - II. Chapter Seven


Escrita por: expctron

Notas do Autor


Espero que gostem!
Boa Leitura!

LEIA AS NOTAS FINAIS!

Capítulo 33 - II. Chapter Seven


Fanfic / Fanfiction TRY AGAIN - Harry Potter - II. Chapter Seven

𝐼𝐼. Capítulo sete:

━─━─━─━─━─━─━─━

❛❛O que é isso? ❜❜

╔─━━━━━ • ★ • ━━━━━─╗

07. Diabrete da Cornualha

╚─━━━━━ • ★ •━━━━━─╝


AMY COMIA CALMAMENTE NA MANHÃ SEGUINTE. No Salão Principal, as quatro mesas compridas, cada uma de uma casa, chamavam atenção, estavam cobertas de terrinas de mingau de aveia, travessas de peixe defumado, montanhas de torradas e pratos com ovos e bacon, sob o céu encantado (hoje, toldado por nuvens cinzentas). Amy, sentada a mesa da Lufa lufa, parecia estar numa manhã tranquila. Tentava esquecer que teria uma longa noite de detenção naquele dia mais tarde. Mas, as coisas começaram a dar errado antes mesmo da noite chegar - isso iniciou no café da manhã.

Ladeada por Andrew Mitchell a sua direita, que ainda parecia o mesmo do ano passado, os cabelos um pouco mais longos e cacheados, olhos ainda castanhos brilhantes passando curiosamente pelas páginas do exemplar Passeios com lobisomens enquanto saboreava aos poucos seus ovos com bacon. Natalie Hall encontrava-se em sua frente, os cabelos tão loiros quanto os galões de ouro, os olhos azuis claros brilhavam a medida em que conversava animadamente com a ruiva. Amy adorava a lufana, quando ela estava com aquele trio, era bom ter Natalie para conversar coisas de garotas, por mais que não houvesse problemas em conversar na frente dos garotos.

― Estou preocupada, Timothy ainda não chegou ― Preocupou-se Natalie  então tombou a cabeça pensativa ― Será que ele está doente?

Andrew, que lia despreocupado, ergueu os olhos do livro:

― Se tem alguém que deveria saber disso é você. São da mesma casa, como você não sabe?

― Ele me disse que tentaria algo novo hoje, mas não sei o que é

Amy franziu o cenho desconfiada, entreolhando-se com Andrew, ambos tinham o mesmo pensamento: Timothy nunca é uma boa ideia.

― Algo novo? o que é isso? ― Perguntou Amy, agora preocupada.

Natalie revirou os olhos com uma pequena carranca em desaprovação.

― Seu amigo está desaparecido e é só com isso que vocês se preocupam?

Amy zombou, voltando a comer seu mingau de aveia, deixando para que o corvino respondesse:

― Ele não está desaparecido, apenas não chegou para o café da manhã ― Elucidou, voltando os olhos para o livro ― Mas, quando falamos de Timothy, nunca parece algo bom

Amy concordou com um aceno, mas, antes que pudesse falar, as sobrancelhas de Natalie franziram-se arregalando um pouco os olhos em perplexidade

― O que houve com o seu cabelo?!

Tanto Amy quanto Andrew viraram com a pergunta. Em sua frente estava Timothy White com os cabelos retos e molhados, toneladas de gel deixando-os alinhados. Olhe, Amy podia irritar-se com cabelos bagunçados, mas parecia horroroso daquele jeito.

Ela ouviu Andrew engasgar ao seu lado.

― O que é isso? ― Perguntou incrédula, o menino exibia um sorriso arrogante ― Quantos quilos de gel você pôs no cabelo?

― Isso aqui, minha querida ruiva, chama-se estilo ― Timothy passou a mão pelo cabelo presunçoso, movendo-se para se sentar ao lado de Natalie ― Como ficou?

― Terrível ― Respondeu Andrew sem mais delongas. As garotas abafaram um riso a medida que o sorriso do lufano caia.

― O quê? Honestamente? ― Questionou incrédulo ― Passei a manhã toda fazendo isso!

― Então você perdeu seu tempo ― Afirmou Amy, colocando uma colherada de mingau na boca.

Ninguém foi capaz de falar mais nada quando ouviu-se um rumorejo de asas, no alto, e uma centena de corujas entrou, descrevendo círculos pelo salão e deixando cair cartas e pacotes entre os alunos que tagarelavam. Amy ouviu alguns barulhos na mesa da Grifinória, a sua frente, mas não deu atenção ao ver um embrulho de porte médio cair em sua frente.

Amy sabia o que era, sua mãe sempre mandava alguns biscoitos e pedaços de tortas, mas dessa vez, foi a carta de cima que lhe chamou atenção. Ela suspirou, sabendo que estava bastante encrencada pela sua mãe já saber o que havia acontecido. Apanhou a carta a enfiando no bolso, escolhendo abrir depois.

Que é um berrador? ― Amy ouviu Harry perguntar de sua mesa. Quase não deu atenção, voltando para comer, mas lembrou de uma coisa:

Sra. Weasley.

A ruiva esticou-se para olhar o papel, viu Rony olhar para o envelope vermelho, que começara a fumegar nos cantos, no bico de Errol, a velha coruja desmaiada na jarra de Hermione.

― Ah não! ― Ela ouviu Timothy comentar baixinho ― Weasley recebeu um berrador!

Rony estendeu a mão trêmula, tirou o envelope do bico de Errol e abriu-o. O envelope explodira; um estrondo encheu o enorme salão, sacudindo a poeira do teto.

"... ROUBAR O CARRO, EU NÃO TERIA ME SURPREENDIDO SE O TIVESSEM EXPULSADO, ESPERE ATÉ EU PÔR AS MÃOS EM VOCÊ, SUPONHO QUE NÃO PAROU PARA PENSAR NO QUE SEU PAI E EU PASSAMOS QUANDO VIMOS QUE O CARRO TINHA DESAPARECIDO..."

Os berros da Sra. Weasley, cem vezes mais altos do que de costume, fizeram os pratos e talheres se entrechocarem na mesa e produziram um eco ensurdecedor nas paredes de pedra. As pessoas por todo o salão se viravam para ver quem recebera o berrador, e Rony afundou tanto na cadeira que só deixara a testa vermelha visível.

"... CARTA DE DUMBLEDORE À NOITE PASSADA, PENSEI QUE SEU PAI IA MORRER DE VERGONHA, NÃO O EDUCAMOS PARA SE COMPORTAR ASSIM, VOCÊ, AMY E HARRY PODIAM TER MORRIDO..."

Amy, assim como Rony, afundou um pouco na cadeira, tentando fingir não ver os olhares lançados em sua direção.

"... E VOCÊ AMELIA GREEN, EU ACREDITEI QUE AO MENOS VOCÊ TIRARIA ESSA IDEIA ESTÚPIDA DA CABEÇA DE RONALD! TEM SORTE DE SUA MÃE NÃO SABER COMO USAR UM BERRADOR! PENSEI QUE AMBER HAVIA ENLOUQUECIDO QUANDO VEIO AQUI..."

As orelhas de Amy ruborizaram um pouco junto com as bochechas, tentava inutilmente esconder parte do rosto discretamente com a mão. Natalie chutou Timothy por baixo da mesa quando ele não pode mais segurar o riso completamente.

"... ABSOLUTAMENTE DESGOSTOSA, SEU PAI ESTÁ ENFRENTANDO UM INQUÉRITO NO TRABALHO, E É TUDO CULPA SUA RONALD, E, SE VOCÊ SAIR UM DEDINHO DA LINHA, VAMOS TRAZÊ-LO DIRETO PARA CASA."

Seguiu-se um silêncio que chegou a ecoar. O envelope vermelho, que caíra das mãos de Rony, pegou fogo e encrespou-se em cinzas. Harry e Rony ficaram aturdidos, como se uma onda gigantesca tivesse acabado de passar por cima deles. Algumas pessoas riram e, aos poucos, a balbúrdia da conversa recomeçou.

― Isso foi bastante imprudente ― Comentou Andrew. Amy lançou-lhe um olhar irritado

― Eu sei disso, você não precisa de lembrar a todo momento.

― E você também precisa aprender a aceitar críticas ― Afirmou, balançando a cabeça enquanto falava. Amy levantou as sobrancelhas descrente. Ela olhou para seus outros dois amigos, ambos ainda comiam calados

― O quê? ― Disse, empurrando o prato de mingau, agora vazio ― Eu sei receber críticas

― Na verdade você é bem limitante quanto a isso ― Concordou Timothy, a boca cheia de torrada enquanto mastigava. Amy crispou os lábios

― O Sr. Weasley está enfrentando um inquérito no trabalho, você ouviu ― Comentou Andrew outra vez, fechando o Passeios com lobisomens ― Você errou mas não quer que ninguém mostre isso. Você odeia errar.

Amy semicerrou os olhos. Por que ele tinha que saber tanto sobre ela? Por que ele tinha que saber tudo sobre tudo?

A verdade é que Amy sabia que Andrew tinha razão. Ela sentia-se péssima pelo Sr. Weasley, principalmente depois de tudo que ele e sua família haviam feito por ela. Mas Amy, infelizmente, não podia mudar o passado. 

― Aliás com o que ele trabalha mesmo? ― Questionou Timothy com curiosidade

― Departamento de Controle do Mau Uso dos Artefatos dos Trouxas.

― Isso não é tão importante agora.

Nenhuma das duas crianças desviram o olhar para responder. Ambos observavam-se com olhos semicerrados: 

― Andrew, deixe-a um pouco em paz ― Suspirou Natalie, cansada ― Oh, olhe! Vão entregar os horários!

Desviaram o olhar, levantando-se para caminhar até suas devidas mesas

― Nos vemos depois ― Disse Amy, passando a mão pela saia. Ela viu Snape começando a distribuir os horários. Todos se despediram brevemente, voltando cada um aos seus devidos interesses.

Não demorou muito para receber seu papel com os horários dos cursos, Snape lhe deu um olhar desagradável enquanto ela estiva o braço para apanha-lo da mesma forma. Amy caminhou para perto de Daphne e Melanie, ambas observavam os papeis em suas mãos. 

― Feitiços com a Corvinal daqui a alguns minutos ― Leu Daphne, dando de ombros ― Poderia ser pior, Lufa-Lufa quem sabe?

― Ou Grifinória ― Continuou Melanie. Amy sorriu, aproximando-se mais.

― Tão ruim, hein?

― Ai está você, bem, vamos, se restar apenas um lugar vago com Malfoy, Crabbe ou Goyle eu me mato ― Afirmou Melanie, levantando-se, então parou pensativa ― Ou talvez mate eles e então sobra um lugar vago para ficar sozinha. Sim, essa opção parece melhor.

― Espere! ― Gritou Daphne ansiosa ― Venham, vocês precisam conhecer minha irmã

Amy gemeu:

― Tem que ser agora? Não irá restar bons lugares...

― E eu estava falando sério quando disse aquilo ― Apoiou Ross com a voz tediosa. Greengrass balançou a cabeça tediosa enquanto as puxava, elas reviram os olhos deixando serem levadas. 

Mas, apesar da excitação, ela parecia nervosa, Amy percebeu. 

 ― Você está nervosa ― Disse Amy. Daphne não respondeu, não era uma pergunta ― Por que? 

― Astoria não é como eu, Amy ― Confessou nervosamente 

Amy foi cautelosa ao tentar responder essa afirmação, ela conseguia perceber o que aquilo deveria significar.  

― E o que isso quer dizer? ― Perguntou Melanie com uma óbvia desconfiança.

― Ela não é simpatizante trouxa você entende? Não quê eu seja necessariamente, mas não sou como Malfoy ― Disse Daphne ― Mas minha irmã pode soar tão ruim quanto, se quiser.

Amy assentiu, quase suspirando. Como se não bastasse Malfoy ainda tinha a irmã mais nova de Greengrass.

― Não fique brava se ela falar algo sobre seus pais trouxas, Amy ou sobre você e sua família, Melanie 

Amy enrugou as sobrancelhas em confusão a medida que Melanie Ross ficou rígida.

― O que há com a família Ross?

Daphne permaneceu calada, deixando que Melanie quisesse explicar.

― Você pode ter sangue bruxo, Green, mas não sabe muita coisa sobre eles ― Ela afirmou amarga ― Conheço sua irmã mais tarde, Greengrass. As vejo na aula. ― E então saiu em direção a aula deixando as duas garotas para trás

― O que há com a família Ross? ― Repetiu um pouco mais séria e confusa.

― Oh! Ali está ela, vamos! ― Daphne apontou para irmã a puxando em direção a garota.

Amy semicerrou os olhos ao perceber a tentativa para mudar de assunto. Ela saberia do que elas falavam, e se não fosse por uma das duas, os livros poderiam lhe ajudar. 

Ela voltou sua atenção para garota a frente, ela não era baixinha - quase do tamanho de Daphne se olharmos bem -, cabelos pretos, diferente da irmã, mas tinham o mesmo olho verde suave, rosto fino mas forte e um tanto duro para uma criança de onze anos.  

― Astoria ― Chamou a irmã da menina que analisava a ruiva ― Amy, essa é minha irmã, Astoria Greengrass, e essa é-

― Amy. Amy Green ― Decidiu falar, Amy estendeu a mão. A menina observou calada por alguns segundos antes de apertar.

― Eu sei, minha irmã falou bastante sobre você ― Por mais que tentasse mascarar, o desdém era evidente em sua voz ― Soube que anda com nascidos-trouxas...

Amy cerrou os dentes, soltando a mão de morena devagar. E, com a expressão um tanto debochada, respondeu:

― Sim, algum problema nisso?

Astoria, com uma expressão quase enojada, balançou a cabeça

― Não ― Limpou a garganta ― Devo ir, tenho aula agora ― Disse ― Até mais, Amy Green. Nos vemos depois, Daphne.

A ruiva observou em silêncio a primeiranista se afastar. Daphne suspirou frustrada

― Simpática ela, não é? ― Comentou a Green com um pingo de sarcasmo. Mas se sentiu um pouco mal pela loira ― Não é culpa sua se ela não simpatiza comigo ― Afirmou com sinceridade ― Agora vamos.

✧✧✧


A aula de feitiços havia sido bastante produtiva, haviam aprendido o feitiço Immobilus, o que fez das atividades fáceis para Amy pois já sabia como produzir o feitiço corretamente. Havia dividido bancada com Andrew nessa aula - o que foi bom, ela acreditava que da sala toda, Andrew Mitchell provavelmente era o melhor e ela acreditava que estava no mesmo nível também. 

Sua outra aula foi Herbologia, a Profa Sprout, a professora da matéria, era uma bruxinha atarracada que usava um chapéu remendado sobre os cabelos soltos; geralmente tinha uma grande quantidade de terra nas roupas. Ela os ensinara tudo sobre as propriedades da mandrágora e como trata-las. Amy tinha que admitir não ser muito boa em Herbologia; por mais que se desse bem na parte teórica, a prática parecia mais complicada para ela, e ter Draco Malfoy como sua dupla nessa matéria não ajudou muito - o garoto parecia péssimo com plantas. Mesmo assim, ela não tirava notas baixas; certamente conseguia boas notas nas provas e testes.

Amy agradeceu quando a sineta finalmente tocou, para o almoço, os sonserinos correram para o refeitório o mais rápido possível. 

― Que aula temos à tarde? ― Perguntou Zabini, enfiando uma garfada de macarrão na boca 

― Defesa Contra as Artes das Trevas, com a Grifinória ― Respondeu Daphne rapidamente. Todos, exceto Amy, gemeram.

― Não sei como você gosta de ter aula com eles ― Disse Melanie, levanto todos a concordarem 

― A questão não é gostar - só não vejo problemas ― Explicou Amy dando de ombros ― Além disso, tenho amigos lá.

Draco zombou:

― Claro, Potter e os seus escudeiros ― Amy revirou os olhos.

― Não tenho nada a ver com suas brigas com Harry ― Afirmou ela. 

― Mas ei, o berrador do Weasley, por que você foi mencionada? ― Perguntou Blásio, todos viraram para olha-la. Amy sorriu, ficando um pouco tensa. Ela sabia que eles iriam odiar saber do seu parentesco com os Weasleys

― Sou amiga de Rony e estava no carro com ele ― Respondeu, o que não era totalmente mentira. 

Mas, Melanie parecia esperta demais para aceitar aquilo. Ela zombou:

― Conte outra, Green.

― E desde quando você é tanto minha amiga para lhe contar? ― Perguntou Amy, rudemente ― Você mesma dizia que não queria amigos.

No entanto, Melanie Ross ainda parecia imperturbável enquanto comia. 

― Talvez eu queira agora.

Amy crispou os lábios numa careta, que menina bipolar. Tudo bem que Amy havia tentado várias vezes ao longo do ano uma a proximidade com Melanie, mas a garota não parecia se interessar por isso - não como agora. 

― E por quê?

― Você tentou ser minha amiga.

― E você não quis ― Enfatizou Amy, com hesitação

― Agora eu quero 

Na mesa, Amy sem dúvidas não era a única confusa ali. Todos observavam calados e com cenho franzido.

― Meus amigos de chamam de Mel ― Ela disse, balançando a cabeça.

― Achei que não tinha amigos ― Disse Daphne apontando o garfo em sua direção

Agora eu tenho ― Afirmou calma, como se fosse algo óbvio 

Ok... ― Respondeu Amy hesitante, balançando a cabeça minimamente. Eles ficaram todos em silencio antes que Draco voltasse com o assunto.

― Você não respondeu ― A ruiva suspirou irritada, virando-se para vê-lo

― Certo, minha família tem parentesco com os Prewett, ou seja, com os Weasleys ― Confessou ― Satisfeitos?

Novamente, ninguém falou nada, Draco a encarava sem expressão.

― Não vejo o porquê da surpresa ― Falou Melanie com indiferença ― Todos sabem que basicamente todas as famílias puro sangue tem parentesco umas com as outras.

Daphne assentiu

― Por exemplo, a minha tem com a família Black e Lestrange ― Afirmou a loira ― E não duvido nada que tenha com a Green também

― Mesmo assim, Weasley? ― Retrucou Draco com um nojo evidente. Amy travou a mandíbula 

― De que estamos falando? Não é como se nossas famílias fossem as melhores 

― Eu discordo ― Disse Blásio ― Nossas famílias são as mais respeitadas do mundo bruxo

― Em compensação temos uma longa linhagem de bruxo das trevas nelas, não é? ― Retrucou Amy com ironia ― Não tive muitos bons exemplos na família Green sobre isso.

Aquilo era verdade, tirando sua mãe, ela não sabia de nenhum parente seu que não foi um seguidor fiel a arte das trevas. E, inferno, até mesmo sua mãe poderia ter entrado nessa - mesmo contra sua vontade -, ela nunca teve certeza.

Amy agarrou o colar momentaneamente, ainda tinha a mesma cor: prata, ainda no mesmo formato de uma rosa e de tamanho médio. Ainda tinha as mesma palavras gravadas em francês que Amy não fazia ideia do motivo para estar lá.

― Mas ainda muito respeitada ― Insistiu Draco com uma carranca.

― Isso não adianta de nada ― A ruiva respondeu com deboche ― Eu sou a única Green viva e não fazem nem dois anos que conheço o mundo bruxo, vivi mais como trouxa do que como bruxa ― Afirmou com amargura ― Agora me diga de que vale ter uma família respeitada se nem mesmo eu sei sobre ela?

Ninguém, nem mesmo Amy, soube o que falar depois disso.


        ✧✧✧


 Mais tarde quando terminou o almoço, Amy encontrou Hermione, Rony e Harry no pátio nublado. Hermione estava sentada em em um degrau de pedra com o nariz enfiado no exemplar Excursões com vampiros, enquanto Amy, Harry e Rony ficaram discutindo Quadribol durante vários minutos até Harry perceber que estava sendo atentamente vigiado. Ao erguer os olhos, viu que o garoto miudinho de cabelos louro-cinza que ele vira experimentando o Chapéu Seletor na véspera o encarava como que paralisado. Estava agarrado a um objeto que parecia uma máquina fotográfica de trouxas e, no momento em que Harry olhou para ele, ficou escarlate.


― Tudo bem, Harry? Sou... Colin Creevey ― Disse o menino sem fôlego, adiantando-se hesitante. Amy observava curiosa ― Sou da Grifinória também. Você acha que tem algum problema se... posso tirar uma foto? ― Acrescentou, erguendo a máquina esperançoso.

― Uma foto? ― Repetiu Harry sem entender. Amy ergueu as sobrancelhas divertida.

― Para provar que conheci você ― Disse Colin Creevey ansioso, aproximando-se mais. ― Sei tudo sobre você. Todo mundo me contou. Como foi que você sobreviveu quando Você-Sabe-Quem tentou matá-lo e como foi que ele desapareceu e tudo o mais, e como você ainda conserva a cicatriz em forma de raio na testa ― (seus olhos esquadrinharam a raiz dos cabelos de Harry) ―, e um garoto no meu dormitório disse que se eu revelar o filme na poção correta, as fotos vão se mexer. ― Colin inspirou profundamente, estremecendo de excitação, e disse: ― Isto aqui é fantástico, não acha? Eu não sabia que as coisas estranhas que eu fazia eram magia até receber uma carta de Hogwarts. Meu pai é leiteiro, ele também não conseguia acreditar. Então estou tirando um montão de fotos para levar para ele. E seria bem bom se tivesse a sua ― o garoto olhou para Harry como se implorasse ―, quem sabe algum de seus amigos podiam tirar, e eu podia ficar do seu lado? E depois você podia autografar a foto?

― Autografar a foto? Você está distribuindo fotos autografadas, Potter?

A voz de Draco Malfoy, alta e desdenhosa, ecoou pelo pátio. Ele parara logo atrás de Colin, ladeado, como sempre que estava em Hogwarts, pelos capangas grandalhões, Crabbe e Goyle. Amy suspirou frustrada, seus ombros encolheram um pouco.

― Todo mundo em fila! ― Gritou Malfoy para os outros alunos. ― Harry Potter está distribuindo fotos autografadas!

― Não, não estou, não ― Disse Harry com raiva, cerrando os punhos. ― Cale a boca, Malfoy.

― Você está é com inveja ― Ouviu-se a voz fina de Colin, cujo corpo inteiro era da grossura do pescoço de Crabbe.

― Inveja? ― Disse Malfoy, que não precisava mais gritar: metade do pátio estava escutando. ― De quê? Não quero uma cicatriz nojenta na minha testa, muito obrigado. Por mim, não acho que ter a cabeça aberta faz ninguém especial.

Crabbe e Goyle davam risadinhas idiotas.

― Draco, fique quieto-

― Vá comer lesmas, Malfoy ― Disse Rony furioso. Crabbe parou de rir e começou a esfregar os nós dos dedos de maneira ameaçadora.

― Cuidado, Weasley ― Caçoou Malfoy. ― Você não vai querer começar nenhuma confusão ou sua mamãe vai aparecer aqui para tirá-lo da escola. ― Ele imitou a voz aguda e penetrante: ― "Se você sair um dedinho da linha..."

Um grupo de quintanistas da Sonserina que estava próximo deu gargalhadas ao ouvir isso. Amy cerrou os dentes, lançando-lhe um olhar furioso

― Weasley gostaria de ganhar uma foto autografada, Potter ― Riu-se Malfoy. ― Valeria mais do que a casa inteira da família dele...

Rony brandiu a varinha emendada, Amy o empurrou entrando em sua frente.

― Não fale assim com ele! ― Gritou apertando a varinha entre os dedos ― Deixe-o em paz! Ele não fez nada para você!

Antes que um dos ruivos pudesse fazer ou falar algo, Hermione fechou o Excursões com vampiros com um estalo e cochichou:

― Cuidado!

― Que está acontecendo, que está acontecendo? ― Gilderoy Lockhart vinha em passos largos em direção à aglomeração, suas vestes turquesa rodopiando para trás. ― Quem é que está distribuindo fotos autografadas?

Harry começou a falar mas foi interrompido por Lockhart que passou um braço pelos seus ombros e trovejou jovial:

― Não devia ter perguntado! Nos encontramos outra vez, Harry!

Amy fez uma careta, observando os passos de Lockhart, ele parecia falso para ela.

Preso contra o corpo de Lockhart e ardendo de humilhação, Amy viu Malfoy sair de fininho, rindo-se, para junto dos outros colegas - ela falaria com ele mais tarde.

― Vamos então, Sr. Creevey ― Disse Lockhart, sorrindo para o garoto. ― Uma foto dupla, nada melhor, e nós dois podemos autografá-la para o senhor.

― Oh, ponha-se homem! ― Retrucou Amy com uma careta ― Deveria questionar o que estava acontecendo, não pedir uma foto!

Sem se abalar, Lockhart lançou-lhe um de seus sorrisos brilhantes, aquele que ele imaginava desmaiar qualquer bruxa que visse.

― Srta. Green, não seja tão ranzinza ― Ele sorriu outra vez, virando-se para olhar Colin ― Eu entendo que esteja brava por não tirar uma foto ao meu lado, mas chegará seu dia.

Amy abriu a boca, incrédula antes de balançar a cabeça inconformada.

Colin ajeitou a máquina e tirou a foto na hora em que a sineta tocava às costas do grupo, sinalizando o início das aulas da tarde.

― Está na hora, vamos andando vocês aí ― Gritou Lockhart para os alunos e voltou ao castelo com Harry, que teve vontade de conhecer um bom feitiço para desaparecer, ainda preso ao professor.

― Esse cara é maluco ― Exclamou Rony, Hermione por outro lado, revirou os olhos andando até Amy

― Se vocês lessem um pouco mais os livros dele, saberiam que ele é incrível ― E então suspirou, Amy a olhou estranho que caminhassem juntos para aula.

― Ei, hã, obrigado ― Murmurou Rony, bastante vermelho, Amy acenou.

― Não foi nada, Roniquinho. Vamos

Ao chegarem à sala de aula, junto ao resto da classe, a ruiva se dirigiu a uma carteira bem no fundo da sala, onde se ocupou em empilhar os sete livros de Lockhart diante dela, de modo que pudesse evitar olhar para o autor em carne e osso.

O resto da classe entrou fazendo barulho, e Rony e Hermione se sentaram um de cada lado de Harry. Amy caminhou até Melanie e Daphne, mais no fundo.

Quando a classe inteira se sentou, Lockhart pigarreou alto e fez-se silêncio. Ele esticou o braço, apanhou o exemplar de Viagens com trasgos de Neville Longbottom e ergueu-o para mostrar a própria foto na capa, piscando o olho.

― Eu ― Disse apontando a foto e piscando também. ― Gilderoy Lockhart, Ordem de Merlin, Terceira Classe, Membro Honorário da Liga de Defesa Contra as Artes das Trevas e vencedor do Prêmio Sorriso mais Atraente da revista Semanário dos Bruxos cinco vezes seguidas, mas não falo disso. Não me livrei do espírito agourento de Bandon sorrindo para ela.

Ficou esperando que sorrissem; alguns poucos deram um sorrisinho amarelo. Tanto Amy quando Melanie fizeram caretas

― Vejo que todos compraram a coleção completa dos meus livros, muito bem. Pensei em começarmos hoje com um pequeno teste. Nada para se preocuparem, só quero verificar se vocês leram os livros com atenção, o quanto assimilaram...

Depois de distribuir os testes ele voltou à frente da classe e falou:

― Vocês têm trinta minutos... começar, agora!

Amy olhou para o teste e leu:

1. Qual é a cor favorita de Gilderoy Lockhart?

2. Qual é a ambição secreta de Lockhart?

3. Qual é, na sua opinião a maior realização de Gilderoy Lockhart até o momento?

E as perguntas continuavam, ocupando três páginas, até a última:

54. Quando é o aniversário de Gilderoy Lockhart e qual seria o presente ideal para ele?

Ela observou perplexa, tudo bem que ela havia lido os livros mas não se importou em decorar coisas tão inúteis quanto essas.

Meia hora depois, Lockhart recolheu os testes e folheou-os diante da classe.

― Tsk, tsk, quase ninguém se lembrou que a minha cor favorita é lilás. Digo isto no Um ano com o Iéti. E alguns de vocês precisam ler Passeios com lobisomens com mais atenção, afirmo claramente no capítulo doze que o presente de aniversário ideal para mim seria a harmonia entre os povos mágicos e não mágicos, embora eu não recuse um garrafão do Velho Uísque de Fogo Ogden!

E deu outra piscadela travessa para os alunos. Rony fitava Lockhart com uma expressão de incredulidade no rosto; Simas Finnigan e Dino Thomas, que estavam sentados à frente, sacudiam-se de riso silencioso. Hermione, por outro lado, escutava Lockhart embevecida e atenta e se assustou quando o ouviu mencionar seu nome.

― ... mas a Srta. Hermione Granger sabia que a minha ambição secreta era livrar o mundo do mal e comercializar a minha própria linha de poções para os cabelos, boa menina! Na realidade ― Ele virou o teste ― ela acertou tudo! mas não foi a única, Srta. Greengrass! Onde está a Srta. Hermione Granger? e a Srta. Daphne Greengrass?

Os pescoços de Ross e Green estralaram, olhando para a garota ao seu lado, os olhos brilhando em surpresa e incredulidade. As duas garotas levantaram as mãos trêmulas.

― Desde quando ― Começou Amy ― Você lê tanto para saber sobre tudo isso?

― Excelente! ― Disse o sorridente Lockhart. ― Excelente mesmo! Dez pontos para a Grifinória e outros dez para a Sonserina! E agora, ao trabalho...

Virou-se para a mesa e depositou nela uma grande gaiola coberta.

― Eu não acredito ― Murmurou Melanie apanhando o papel com os horários de Daphne ― É claro que tinha que ser Greengrass a se apaixonar por aquele cara ― Melanie passou o papel para Amy, havia coraçõezinhos sublinhados nas aulas de Lockhart. Amy levou a mão a boca abafando a risada a medida que a loira enrubescia

Seriamente? ― Zombou Amy, sorrindo 

― Oh, cale-se ― Resmungou bastante mal humorada, arrancando o papel das mãos da ruiva.

― Agora, fiquem prevenidos! É meu dever ensiná-los a se defender contra a pior criatura que se conhece no mundo da magia! Vocês podem estar diante dos seus maiores medos aqui nesta sala. Saibam que nenhum mal vai lhes acontecer enquanto eu estiver aqui. Só peço que fiquem calmos.

Amy inclinou-se para dar uma olhada melhor na gaiola. Lockhart colocou a mão na cobertura. Dino e Simas pararam de rir agora. Neville se afundou em sua carteira na primeira fila.

― Peço que não gritem ― Recomendou Lockhart em voz baixa. ― Pode provocá-los.

E a classe inteira prendeu a respiração. Lockhart puxou a cobertura com um gesto largo. Amy revirou os olhos ao mesmo tempo que Melanie, Diabretes da Cornualha?

― Sim, senhores ― Disse teatralmente. ― Diabretes da Cornualha recém-capturados.

Simas Finnigan não conseguiu se controlar. Deixou escapar uma risada pelo nariz que nem mesmo Lockhart poderia confundir com um grito de terror.

― Que foi? ― Ele sorriu para Simas.

― Bem, eles não são... não são muito... perigosos, são? ― Engasgou-se Simas.

― Não tenha tanta certeza assim! ― Disse Lockhart, sacudindo um dedo, aborrecido, para Simas. ― Esses bandidinhos podem ser diabolicamente astutos!

Os diabretes eram azul-elétrico e tinham uns vinte centímetros de altura, os rostos finos e as vozes tão agudas que pareciam um bando de periquitos fazendo algazarra. No instante em que a cobertura foi retirada, eles começaram a falar e a voar de maneira rápida e excitada, a sacudir as grades e a fazer caras esquisitas para as pessoas mais próximas.

― Certo, então ― Disse Lockhart em voz alta. ― Vamos ver o que vocês acham deles! ― E abriu a gaiola.

Foi um pandemônio. Os diabretes disparavam em todas as direções como foguetes. Dois deles agarraram Neville pelas orelhas e o ergueram no ar. Vários outros voaram direto pelas janelas fazendo cair uma chuva de estilhaços de vidro no canteiro. Os demais se puseram a destruir a sala de aula com mais eficiência do que um rinoceronte desembestado. Agarraram tinteiros e salpicaram a sala de tinta, picaram livros e papéis, arrancaram quadros das paredes, viraram a cesta de lixo, pegaram as mochilas e livros e os atiraram contra as vidraças quebradas; em poucos minutos, metade da classe estava abrigada embaixo das carteiras e, Neville, pendurado no teto pelo lustre de ferro. Amy observava com os olhos arregalados e segurava o exemplar de Viagens com trasgos protetoramente em sua cabeça

― Vamos, vamos, reúnam eles, reúnam eles, são apenas diabretes ― Gritou Lockhart.

Ele enrolou as mangas, brandiu a varinha e berrou:

― Peskipiksi Pesternomi!

As palavras não produziam efeito algum; um dos diabretes se apoderou da varinha e atirou-a também pela janela. Lockhart engoliu em seco e mergulhou embaixo da mesa, escapando por pouco de ser esmagado por Neville, que despencou um segundo depois quando o lustre cedeu.

A sineta tocou, e todos desembestaram para a saída. Na calma relativa que se seguiu, Lockhart levantou-se, viu Harry, Rony, Hermione e Amy, que estavam quase à porta, e disse:

― Bem, vou pedir a vocês que enfiem rapidamente os restantes de volta na gaiola. ― E, passando pelos quatro, fechou a porta depressa.

― Dá para acreditar? ― Rugiu Rony quando um dos diabretes restantes lhe deu uma dolorosa mordida na orelha.

― Só pode ser brincadeira! ― Rosnou Amy, imobilizando alguns diabretes que tentavam puxar seus cabelos.

― Ele só quer nos dar uma experiência direta ― Disse Hermione, imobilizando dois diabretes ao mesmo tempo com um inventivo Feitiço Congelante e enfiando-os de volta na gaiola. Amy a encarou séria.

― Direta? ― Disse Harry, que estava tentando agarrar um diabrete que dançava fora do seu alcance dando-lhe língua. ― Mione, ele não tinha a menor ideia do que estava fazendo...

― Bobagem. Você leu os livros dele, vê só todas as coisas incríveis que ele fez...

― Que ele diz que fez ― Murmurou Rony.

― Eu, honestamente, nunca concordei tanto com algo que Rony disse.


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Notas Finais


INFORMAÇÕES:

•Contém trechos de Harry Potter e a Câmara Secreta, créditos a autora.

•Espero que tenham gostado.

•Qualquer erro ortográfico, desculpe-me.

ATENÇÃO!

Isso é bastante importante então peço desculpas desde já, Astoria Greengrass na verdade é dois anos mais nova que Amy, o que deveria entrar apenas ano que vem. Eu acabei me confundindo com os anos em que ela ingressa em Hogwarts e fiz que ela entrasse um ano antes, então me desculpe, realmente não entendo o que deu em mim.

Não, isso não vai alterar muita coisa na história, exceto que eu acabei alterando a linha do tempo mas se levarmos em conta que eu estou alterando muita coisa na linha do tempo e Astoria não será uma personagem muito importante na história de Amy, não há problemas - peço que esqueçam isso para um bom desempenho na história!

NOTAS:


Antes de tudo peço desculpas por não postar semana passada, estava bastante atarefada pela escola e tive muitas coisas para fazer que atrapalharam a postagem. Agora, voltando para o capítulo:

Espero que tenham gostado, o capitulo foi bastante interativo, eu achei, e teve a presença desagradável de Lockhart. Fora isso achei bastante legal a Amy defendendo o Rony de Malfoy, eu sinceramente detesto as carinhas que o Rony faz quando Draco humilha ele e sua família pela condição financeira. Rony é de longe um dos meus personagens favoritos da saga e o que mais me diverte.

É isso, beijos e até o próximo capítulo! Comentem!

༄༄༄

E hey, se você gosta de PJO não irá se arrepender de dar uma olhada na minha história postada no meu perfil! Vai lá.

Lembrem: Respeite a quarentena, use máscara e álcool em gel para proteger você e outras pessoas. Beijão!

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