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História Trying Not to Love You - Capítulo 19: O que fazer?


Escrita por: lilwriteer

Notas do Autor


Mais um capítulo pra esquentar o coração de vcs nesse fim de semana chuvoso (aqui está chovendo)
Não postei antes pq estava sem internet.

Apreciem o capítulo, não deixem e comentar e indicar prazamiga 😉

Capítulo 20 - Capítulo 19: O que fazer?


Fanfic / Fanfiction Trying Not to Love You - Capítulo 19: O que fazer?

Ando de um lado para o outro no corredor, reunindo coragem para entrar. Meu coração parece querer saltar pela boca, minhas mãos suam. Passei dias tentando vir, mas desistia de última hora, não sei o que vou encontrar lá dentro, qual vai ser a reação dele. Mas preciso vê-lo, preciso olhar em seus olhos e dizer, que estou aqui, para o que ele precisar. Dizer, que o que passou, passou, e agora, vou estar ao lado dele, mesmo não sendo mais um casal, me importo com ele, quero seu bem.

Minha mão toca a maçaneta, pela décima vez, respiro fundo e entro. Ele está dormindo, seu rosto todo machucado, alguns cortes já cicatrizando, outros ainda abertos. Sinto meu coração doer, se apertar dentro do peito, todo seu corpo está machucado, braços, pescoço, pernas, as pernas estão imóveis, uma delas engessada, assim como um dos braços. Não posso evitar, me sentir culpada por tudo aquilo, me sentir mal, por vê-lo naquela situação. Me sinto péssima. Meus dados tocam seus pés, gelados, e nenhum movimento, nenhum espasmo sequer, meus olhos já marejados não controlam as lágrimas, seu tórax, firme como rocha, está enfaixado, imobilizado. Seus olhos inchados, seus lábios cortados. Quantos machucados e hematomas ele tem? Quantas cicatrizes vão ficar? Quantas sequelas?

Acaricio delicadamente cabelos, seus olhos lentamente se abrem, o azul inebriante ainda está lá, porém mais triste, distante, esboço um sorriso tímido e ele solta um suspiro, tenta se ajeitar na cama, com dificuldade, tento ajudá-lo, mas ele recusa, me encara por alguns segundos e desvia o olhar

– Eu sinto muito... – tento dizer com a voz embargada

– Não diz isso! – diz sem me olhar – Me sinto ainda pior. – suspira e encara a janela – Você nem deveria ter vindo. – suas palavras e sua frieza me doem

– Eu precisava saber como você está, eu...

– Não te disseram como eu estou? – ele finalmente me encarou, um olhar frio, distante - Inválido, inútil, destruído!

– Não fala assim! – acaricio seus cabelos

– Como você quer que eu fale? – sua voz fria se torna ríspida, seca – Que eu estou bem? Que não é nada demais? Que eu vou superar? Não tenho essa positividade, não nasci com isso.

– A Emy disse que isso pode ser revertido, que existem tratamentos, cirurgias...

– Nada é garantido. – ele me interrompe bruscamente, seus olhos frios encaram os meus – Posso passar anos preso a uma cadeira, a uma cama. Entre cirurgias e sessões de fisioterapia que podem não dar em nada!

– Mas pode dar certo...

– E eu vou me prender a um minúsculo fio de esperança? Pra me desiludir e sofrer mais ainda quando der errado? – ri irônico – Não, obrigado.

– Você precisa tentar, você não pode se entregar, Hector, você...

– Porque você veio aqui, afinal? – me encara com os olhos cheios de raiva

– Pra saber como você está? Pra dizer que eu vou estar do seu lado, que nós vamos encarar isso juntos...

– Juntos? – ele ri e seus olhos frios e tristes me encaram – Nós não estamos mais juntos.

– Eu sei, mas...

– Eu não quero você do meu lado por pena, Ashley. – seus olhos brilham de uma forma indecifrável – Eu não preciso disso. Não preciso da sua compaixão, pena, culpa, seja lá o que for isso. Aliás, eu te libero da culpa, se é o que quer...

– Não é isso Hector! – meus olhos o encaram cheios d'água, suas palavras me machucam inexplicavelmente – Eu só quero...

– Eu preciso do seu amor, Ashley. – seu olhar é de uma tristeza profunda – E isso, eu sei que você não pode me dar, não mais. O resto, eu não quero, não preciso, é só vai me fazer mal. Se você se importa mesmo comigo, me deixa em paz! Vai embora! – cada palavra que ele diz, a dor na sua voz, me fazem sentir uma tristeza imensa, um aperto enorme no coração

– Hector...- tento falar, mas ele não permite

– Por favor Ashley! – as lágrimas escorrem em seu rosto – Sai.

O encaro por alguns segundos, devastada por suas palavras, seus olhos ainda firmes e frios me encaram, me fazendo gelar por completo, nunca o vi daquela forma, tão triste, tão abalado, isso me cortar o coração. Vê-lo assim , tão frágil, e tão perdido e sem poder fazer nada é terrível. Me afasto lentamente olhando em seus olhos vermelhos, o olho pela última vez, espero que ele me diga algo, me peça para ficar, mas ele não diz, em vez disso, fecha os olhos e solta um suspiro dolorido. Mordo os lábios engolindo o choro e saio. Coração despedaçado, me sinto ainda pior agora, o vendo naquela situação, sofrendo, sem que eu possa ajudar.

*”*”*”*”

– Hey. – me aproximo de Ashley no corredor do hospital, sentada no chão, cabeça entra nas pernas, chorando em soluços – Hey, vem cá! – a puxo delicadamente e a abraço – O que houve?

– Ele me odeia! – seus soluços doloridos me cortam o coração – Ele me odeia, ele não me quer por perto, sente raiva de mim! – enterra o rosto em meu peito e chora compulsivamente

– Ele não te odeia. – suspiro a abraçando, vê-la chorando por outro homem me machuca mais do que eu imaginava – Ele só está passando por momento difícil, a mente dele está confusa.

– Você não viu os olhos dele, as coisas que ele me disse. Ele me culpa...

– Não faz isso com você, Ashley! – seguro seu rosto – A culpa não é sua, ele sabe que não é. Não se tortura desse jeito.

– E o que eu faço com essa dor? Esse sentimento de... angústia, de...- suas lágrimas encharcaram meu peito, suas palavras partiram meu coração

– Ash – a abraço forte e suspiro acariciando seus cabelos – tudo vai ficar bem. – beijo o topo da sua cabeça, quero dizer, quero dizer que a amo, quero dizer que ao meu lado tudo vai ficar bem, mas não é a hora certa, não me parece certo – Vamos sair daqui. – a guio calmamente até a saída, ela me abraça forte e suspira algumas vezes

O que eu vou fazer? Sufocar esse sentimento no peito? Até quando? Eu tenho tentado, tentado não sentir, tentado não ama-la desesperadamente, mas a cada tentativa, a cada esforço de arrancar esses sentimento do meu peito, fracasso miseravelmente. Vê-la assim, tão abalada, tão frágil, só me faz ama-la ainda mais, querer cuida-la, envolve-la em meus braços e afastar toda essa dor, dor causada por outro homem, que talvez ela ainda ame. E se ela escolher ficar com ele, meu coração se partirá em mil pedaços, talvez seja esse medo que me impeça de dizer o que eu sinto, se ela recusar esse amor, eu, não sei o que faço.

– Melhor? – a observo tomar um sorvete, seu semblante um pouco mais calmo, ela assente com a cabeça e sorri – Daph diz que sorvete cura qualquer dodói. – a olho sorrindo

– Ela sabe das coisas, puxou ao pai. – seu sorriso sincero aquece meu coração – Sinto falta dela, com isso tudo, faz dias que não a vejo.

– Ela também sente a sua. – a admiro sorrindo, Deus como é linda, seus olhos, seus lábios, acho que me apaixonei desde o primeiro instante em que a vi, só não quis admitir

– Obrigada. – seus olhos encontram os meus e ela sorri timidamente – Se não fosse você ao meu lado, acho que eu surtaria, você é, meu resquício de paz em meio a esse furacão. – seus olhos verdes brilham de encontro aos meus, suas palavras fazem meu coração bater acelerado, descompassado no peito, levo as mãos ao seu rosto e o acaricio gentilmente, me aproximo com receio de que ela me afaste, mas ela não o faz, suspira e me olha fixamente, minha respiração pesa, colo nossos rostos e aproximo calmamente nossos lábios, ela fecha os olhos, nossos lábios enfim se tocam e ela permite que eu a beije, um beijo suave, terno, diferente dos outros, suas mãos tocam suavemente meu braço, levo as mãos a sua nuca aprofundando o beijo, sinto meu coração disparar de uma forma que eu nunca senti antes, ela se desprende lentamente do beijo e leva as mãos ao meu peito e suspira encarando o chão – Eu, só, não acho certo isso agora – me olha confusa – eu não me sinto bem, sendo, feliz, enquanto ele...

– Não precisa explicar! – seguro seu rosto e sorrio – Eu entendo, eu te entendo. Isso é normal, só como, egoísmo, eu sei...

– Você sabe, não é? – sorri e me olha – Melhor do que eu, você...

– É diferente. – sorri a olhando – Violet morreu, não tem mais volta, minha única alternativa é seguir em frente. – as palavras seguintes saem com dificuldade, uma dor terrível, mas me sinto na obrigação de dizer – Hector está vivo, é normal que você fique confusa, mexida, vocês ainda podem se acertar. – ela me olha por alguns segundos, seu semblante é indecifrável

– Não acho que seja possível. – suspira e desvia o olhar – Eu não, o vejo mais dessa forma, mas ainda, o amo, me preocupo com ele, eu não sei, eu só queria que ele não estivesse assim! – as lágrimas voltam a inundar seu rosto e novamente meu coração se aperta no peito

– Ninguém queria. – a abraço e suspiro – Eu queria saber o que te dizer agora, mas...

– Só me abraça! – ela me aperta forte e solta um longo suspiro – Me abraça forte e não me solta.


Notas Finais


E as dúvida permanecem

Hector: abraçar ou matar?

E o Mike se declara ou perde a moça?

Ashley ama Mike ou ama Hector?

Tantas questões, acompanhem as cenas dos próximos capítulos e descubra 😉😂


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